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PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO PRIVADO MARIA EDUARDA ROCHA DA COSTA – 201803290765 – VIA CORPVS DISSERTAÇAO ABORDANDO OS SEGUINTES TOPICOS: 1. O QUE SÃO? 2. QUEM SÃO? E O QUE AS DIFERENCIA? 3. COMO SE FORMAM VALIDAMENTE? 4. O QUE SÃO OS GRUPOS DESPERSONALIZADOS? 5. EM QUE CONSISTE A “TEORIA DA DESCONSIDERAÇAO DA PERSONALIDADE JURIDICA”? 1. As pessoas jurídicas de direito privado estão dispostas no artigo 44 do Código Civil. São assim denominadas, pois as relações e interesses são particulares, não tendo o Estado interesse direto na relação político-econômica. Vale ressaltar que as pessoas jurídicas de direito privado adquirem a personalidade jurídica a partir do registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial ou Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. 2. É constituída a partir da iniciativa de seus membros - ao contrário da pessoa física, que adquire esse estatuto a partir do seu nascimento, e da pessoa jurídica de direito público, que é criada por lei. A pessoa jurídica de direito privado precisa ser formalmente registrada nos órgãos competentes para passar a existir perante a lei. Segundo a legislação brasileira, existem seis tipos de pessoas jurídicas de direito privado: Associações Sociedades Fundações Organizações religiosas Partidos políticos Empresas individuais de responsabilidade limitada 3. A Existência legal das pessoas jurídicas de Direito Privado, só começa com o seu registro do ato constitutivo no devido órgão competente. No registro serão colocadas todas as obrigações e deveres da empresa, direito a nome, a que ramo será utilizado, participação dos sócios a sede e entre vários outros. 4. Existem entidades que possuem quase todos os requisitos para a formação da pessoa jurídica, porém, alguns requisitos (como nas sociedades, a vontade inicial, conjunta e principal, para uma mesma finalidade), lhe são falhos ou ausentes, segundo as especificações do Código Civil para a devida formalização da PJ. Entes Despersonalizados: Entes despersonalizados são coletividades de seres humanos ou de bens que não possuem personalidade jurídica própria, também conhecidos como pessoas formais. Exemplos de entes despersonalizados: Massa falida (pessoa jurídica), massa insolvente (empresário individual), espólio, herança jacente ou vacante, grupos de consórcios, grupos de convênio médico, sociedade de fato e sociedade irregular. Há divergência sobre o fundamento da ausência de personalidade jurídica dos entes despersonalizados: 1. Doutrina Clássica - Não tem personalidade jurídica própria, em razão da ausência de affectio societatis, que consiste na intenção de estar junto com objetivo comum. 2. Doutrina Contemporânea - José de Oliveira Ascensão - essas coletividades não tem personalidade jurídica própria porque o seu objetivo é atender meramente a necessidades internas de organização dos seus integrantes. De acordo com o Enunciado 58 do CJF, sociedade em comum é gênero, da qual são espécies a sociedade de fato e sociedade irregular. Sociedade de fato é aquela que não possui atos constitutivos, enquanto sociedade irregular é aquela que possui atos constitutivos, mas estes não foram registrados. Enunciado 58 CJF - Art. 986 e seguintes: a sociedade em comum compreende as figuras doutrinárias da sociedade de fato e da irregular . A sociedade de fato e a sociedade irregular possuem affectio societatis, mas não tem personalidade jurídica própria, em razão do não cumprimento de exigências legais. 5. Diante da importância que a pessoa jurídica possui para o direito e para a sociedade, o próprio sistema jurídico dispõe de instrumentos para proteger tal instituto, corrigindo eventuais fraudes e abusos no seu exercício. Através da teoria da desconsideração da personalidade jurídica, a personalidade distinta e a autonomia patrimonial são afastadas temporariamente, fazendo com que sócios e administradores sejam responsabilizados, como se a pessoa jurídica não existisse. A pessoa jurídica é um dos institutos mais importantes não só para o direito, mas para toda a sociedade, embora nem sempre seja utilizado para os fins a que deveria se destinar. Pois, além de instrumento da economia de mercado, a pessoa jurídica deve atingir aos fins sociais do próprio direito. Nas situações em que há abuso ou fraude em seu exercício, há a possibilidade de correção em sua utilização, fazendo com que os responsáveis pelos referidos atos sejam responsabilizados, de modo a desconsiderar a personalidade da pessoa jurídica, decidindo o magistrado como se essa não existisse.
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