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Artigo - Fernando Rodrigues

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UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES - UNIBF
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS
Orientação Educacional: A importância e o papel do orientador 
educacional no contexto escolar
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
	
PLANALTINA - GOIÁS
2020
 (
UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES – UNIBF
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO 
EM ESPECIALISTA EM ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD
)
INFORMAÇÕES PESSOAIS
	NOME DO ALUNO
	ENDEREÇO
	CONTATO
	Fernando Rodrigues dos Santos.
	Endereço quadra qa 7 setor norte MC lote 03 st norte 
Planaltina - Goiás
 Cep:73751207
	E-mail: nandopedagogia@gmail.com
	e
telefone: (61)99445-7251
 (
2
)
TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO
FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da UniBF – União Brasileira de Faculdades, como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Orientação Educacional, e aprovado pelos professores responsáveis pela orientação e sua aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros participantes deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e a discussão entorno das temáticas aqui propostas.
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR
FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS
ORIENTADOR: Prof. Especialista Adival José Reinert Junior
RESUMO
O presente estudo com foco na a Orientação Educacional: a importância e o papel do orientador educacional no contexto escolar – visa salientar a importância do trabalho e da atuação desse profissional no ambiente escolar. Este profissional exerce um trabalho integrado na construção dos princípios da cidadania do educando, sendo ponto de apoio para sua estruturação enquanto ser que pensa e atua. O objetivo desse estudo é identificar as contribuições da Orientação Educacional para o cotidiano escolar; entender qual papel do orientador educacional na escola, bem como descobrir em quais as áreas e situações o orientador educacional atua e compreender sua relevância para processo de ensino e aprendizagem. O estudo em questão trata-se de uma pesquisa baseada em informações de referenciais teóricos que abordam a temática acima, caracterizando-se, como uma pesquisa bibliográfica. Por meio da realização desta pesquisa, foi possível notar a importância da atuação do orientador educacional durante o processo de ensino-aprendizagem, pois, além de contribuir para o desenvolvimento pleno do aluno, age como norteador e se utiliza do currículo oculto, ou seja, conteúdos atitudinais. Dessa forma, o profissional é capaz de cumprir com a sua principal preocupação: a formação do indivíduo. 
Palavras-chave: Educação. Cotidiano Escolar. Orientação Educacional. Processo ensino-aprendizagem
1. INTRODUÇÃO
Este artigo baseia-se na Orientação Educacional que é uma área específica de formação do pedagogo, tornando-o dessa forma, um especialista da educação.
Para Penteado e Giacaglia (2010), a Orientação Educacional é uma prestação de serviço especializado, exercido pelo o orientador educacional no cotidiano escolar. Este profissional é definido como aquele que oferece apoio às pessoas, de forma a dar assistência a elas nos vários campos necessários da vida, sendo seu trabalho de caráter assistencial e educacional.
Ainda com base nas explanações autoras citadas acima, o orientador é um profissional da educação onde ele exerce um trabalho significativo no meio escolar. Este profissional possui uma atuação de forma direta na construção da cidadania do aluno e, em seu desenvolvimento pleno. O orientador tem como principal foco ações que visam à prevenção de possíveis problemas que possam surgir no cotidiano escolar, uma vez que seu papel principal é o de orientação aos alunos em seus diversos aspectos da vida, desde a sua inserção no meio escolar até sua escolha profissional; sendo assim, intermediário para o processo de aquisição de saberes necessários para sua construção enquanto indivíduo.
Para Pascoal (2013) o serviço de Orientação tem por finalidade o desenvolvimento pleno de cada aluno, a construção de sua cidadania, aquisições de valores para formação de sua personalidade; sua preocupação está voltada para as atitudes e comportamentos deste aluno frente à realidade, evidenciando que enquanto o professor ocupa-se com conteúdos expressos no currículo explícito, que são as disciplinas e conteúdos da grade curricular, a ação do Orientador volta-se para o currículo oculto, ou seja, à formação integrada do educando.
Neves e Siqueira (1988) corroboram ao discorrer que a orientação na educação é planejada e sistematizada, e tem por finalidade fornecer ao orientando conhecimentos necessários para agir sobre a realidade e os fatos, de forma consciente e coerente, bem como, avaliar suas capacidades, interesses e limitações.
As questões que permeiam este estudo são: Quais são as contribuições da Orientação Educacional no cotidiano escolar? Qual o papel do Orientador na escola? Em quais áreas e situações o Orientador Educacional atua? Qual a relevância do trabalho do Orientador Educacional para processo de ensino-aprendizagem.
Os objetivos deste estudo foram: entender as contribuições da Orientação Educacional para âmbito escolar; compreender o papel de atuação do Orientador Educacional na escola; identificar as áreas e situações em que atua o Orientador Educacional e verificar a importância do trabalho do Orientador Educacional para o processo do ensino e aprendizagem.
O interesse pessoal pelo tema surgiu a partir das aulas de Orientação Educacional, através das quais, foi possível ver que existem várias áreas de atuação deste profissional; despertando dessa forma, motivação para disseminar conhecimentos acerca de sua atuação, que é tão significativa para o processo educativo e consequentemente, para a construção da cidadania do educando; podendo assim conhecer melhor o seu trabalho e torná-lo mais propagado e vivenciado e respeitado pelos profissionais na área de educação e pela comunidade como um todo.
A relevância acadêmica deste estudo justificou-se em poder corroborar com os professores em formação, para reconhecimento da prática do Orientador Educacional, pois em seu exercício profissional no âmbito escolar podem se deparar com este profissional que tem um trabalho de grande valia para a educação.
Hipoteticamente o papel do Orientador Educacional no âmbito escolar é de caráter aconselhador, tendo como ponto de partida a orientação aos alunos na construção de sua cidadania, através de um trabalho de apoio a formação integrada do mesmo. As suas áreas de atuação são bastante abrangentes, ultrapassando os muros da escola e abrangendo também a comunidade em que o aluno vive.
Acredita-se que o Orientador Educacional pode também contribuir com melhorias significativas na escola, tendo em vista que o seu trabalho oferece o amparo psicológico e pedagógico, no sentido de aconselhar os educandos nas tomadas de decisão, oferecendo a esses alunos o apoio que é tão necessário para os vários campos da vida do educando e como consequência para aprendizagem.
1.1.METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio de levantamento de artigos científicos, relatórios técnicos, dissertações, projetos de estudo em curso, livros, revistas e manuais pesquisados em bases de dados como Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em literaturas de autores renomados que estudam e pesquisam sobre o tema deste estudo. Desse modo, explanou-se sobre a história a Orientação Educacional, da importância e do papel do orientador educacional no âmbito escolar. 
Segundo Severino (2007) a pesquisa bibliográfica consiste em registros de dados pautados em autores sobre uma determinada temática, e ocorre através dabusca das informações organizadas, no contato com livros e posteriormente com fichamento das informações que o estudante pesquisador coleta em seus estudos. O campo da pesquisa é, portanto, a própria bibliografia.
O método segundo Lüdke & André (1986), compreende o confronto entre os dados, evidências e informações coletadas a respeito de determinado assunto e que, de acordo com Gil (1994, p. 42), é o “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento”. Além disso, “muitos pensadores do passado manifestaram a aspiração de definir um método universal aplicável a todos os ramos do conhecimento” (GIL, 1994, p. 27).
2.BREVE HISTÓRICO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
2.1.Orientação educacional: origens e conceituação
A orientação educacional tem origem na orientação profissional, nos EUA na década de 30. Para explicitar a relação da orientação educacional com a orientação profissional é necessário remontar às origens da orientação profissional. Segundo Pimenta (1995, p.18), “a orientação profissional é conseqüência das mudanças científicas, tecnológicas, e industriais das últimas décadas do século XIX, que assinalaram profundas transformações estruturais na sociedade de então”.
O conceito de Orientação Educacional abrange diferentes significados que acompanham sua trajetória histórica, principalmente na realidade brasileira. É interessante observar que há contradições na própria explicitação dos significados desse termo. A concepção inicial de orientação no Brasil era de cunho psicológico, terapêutico e corretivo, mas o significado que lhe foi dado na sua implantação era pedagógico e escolar.
O orientador, no século XIX, era considerado como “ajustador”, isto é cabia a ele ajustar a escola à família e a sociedade. Buscava-se a identidade do orientador educacional enquanto pedagogo, ciente da realidade educacional brasileira, comprometido com as transformações que estavam ocorrendo na sociedade, em especial com a defesa da escola pública de qualidade.
Hoje, a orientação caracteriza-se por um trabalho muito mais abrangente no sentido de sua dimensão pedagógica, com o orientador educacional assumindo caráter mediador junto aos demais educadores e todos os membros da comunidade escolar.
Conforme Grinspun (2006, p. 31), “o orientador está comprometido com a formação da cidadania dos alunos considerando em especial o caráter da formação e da subjetividade”. O papel do orientador é ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica e a escola na organização de seu projeto pedagógico.
A educação é uma prática social e a orientação deve ser vista como uma prática que ocorre privilegiadamente dentro da escola, mas cujas atividades podem e devem ultrapassar seus muros. Uma prática que caminha no sentido da totalidade da educação, ou seja, a serviço de um processo educacional organizado, permanente, pelo qual todos os conhecimentos sobre o educando são colocados a favor da sua educação e formação, considerando-o capaz de aperfeiçoamento e realização. Grinspun (2006, p.12) conceitua a orientação educacional como um processo humano e consciente de orientar o educando no campo educacional, segundo os pontos básicos que regem o processo da Educação”.
3. O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL
Para entender o que é o orientador educacional, é preciso fazer uma breve retrospectiva histórica, pois há diversas vertentes ao longo de seu desenvolvimento.
Transferindo o conceito original de Orientação, para o conceito metafórico de Orientação Educacional, este pode ser definido como “uma ação consciente de situar o educando no campo educacional, segundo os pontos básicos do processo educacional” (VITORIANO, 1973).
O conceito de orientação significa ação ou efeito de orientar. Orientar é um processo humano de colocar pessoas ou coisas na direção do oriente como ponto de referência.
Mostrou-se válida na ordenação de sociedade brasileira em mudança na década de 1940 e incluía a ajuda ao adolescente em suas escolas profissionais. A autora mostra que a primeira menção a cargos de orientador nas escolas estaduais se deu pelo Decreto n. 17.698 de 1947, referente às Escolas Técnicas e industriais. (PASCOAL; HONORATO; ALBUQUERQUE, 2008 p. 102).
A Orientação Educacional no Brasil surge no início da década de 20, na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007)
A essa época, o país atravessava um período de instabilidade econômica. No campo educacional, as oportunidades eram reservadas para as classes dominantes, enquanto que as classes menos favorecidas não podiam alcançar melhores condições de vida, ou seja, a escola reproduzia as desigualdades sociais.
No ano de 1908, na cidade de Boston (EUA), em meio a tantos avanços tecnológicos, Frank Parsons criou um sistema de orientação para adolescentes que ainda não haviam optado por uma carreira – foi o início da Orientação Profissional.
Logo em seguida, no mesmo país, a Orientação Profissional ganhou seu espaço dentro das escolas, que hoje é conhecido como Orientação Vocacional. A proposta era de orientar os alunos na área que escolheria para inserção no mercado de trabalho. A preocupação era voltada para a formação profissional e não para o desenvolvimento do aluno.
Depois de muitos anos, a orientação começa a ganhar espaço no país e é mencionada na legislação federal brasileira. É trazida nas Leis Orgânicas do ensino, que foram criadas para dar definição a cada área de ensino e suas diversas atribuições.
A Lei Orgânica do ensino Industrial em 1942 trouxe, pela primeira vez, algo sobre Orientação Educacional. O seu papel seria trabalhar com a ascensão das qualidades morais do indivíduo, desvendando assim, suas aptidões naturais, o que ajudaria na escolha da carreira profissional.
Em seguida seu papel recebe caráter disciplinatório, alunos que saíam dos moldes desejados eram encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional (SOE). Sua função era voltada para ajustamento e falta de disciplina, pouco ou nada voltada para a autonomia do aluno. As pessoas eram rotuladas em mais capazes e menos capazes, àqueles que exerceriam funções subordinadas e àqueles que exerceriam funções de chefia ou direção.
Nesse contexto, percebe-se uma ação discriminatória, onde, caso necessário, os indisciplinados eram postos em classes especiais e os vistos como mais capazes tinham as habilidades treinadas para que mais tarde ocupassem os melhores postos de trabalho.
Como já exposto, o histórico da Orientação perpassa por diversas fases e papéis exercidos por esse profissional, em diferentes contextos históricos e políticos. O campo de atuação era voltado para “desajustes” escolares, hoje o papel desempenhado por esse profissional é outro:
...a orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os „alunos com problemas‟. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a „construção‟ de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, o aonde chegar‟, neste momento da Orientação Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtido através do diálogo nas relações estabelecidas (GRINSPUN, 1994, p. 13).
Segundo Grinspun (2003), antes o orientador era visto como uma figura “neutra” no processo educacional, para “guiar os jovens em sua formação cívica, moral e religiosa”, hoje, espera-se um profissional comprometido com sua área, com a história de seu tempo e com a formação do cidadão.
O orientador deve fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com suacomunidade, desenvolvendo assim, a cidadania.
O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar nosso aluno ‘por inteiro’ (grifo da autora): com utopias, desejos e paixões. (...) a Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de orientação (grifo da autora) para atender aos excluídos (...), mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na instituição Escola. (GRINSPUN, 2002, p. 29)
O que mostra que seu papel vai além dos portões da escola. Ele deve auxiliar o trabalho do professor, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para o aluno no processo educacional, realizar projetos para atender as necessidades de seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas.
O orientador educacional tem um papel fundamental na vida do aluno, da família e ate mesmo dos professores. É ele o responsável pela mediação entre todos os envolvidos no processo educacional. É um papel desafiador, que foi ganhando, com o passar dos anos, suma importância no âmbito escolar.
Infelizmente, seu papel ainda não está muito bem definido dentro das escolas, e ele acaba por realizar as atribuições de outros profissionais. Sua figura muitas vezes é confundida com a do psicólogo, coordenador, professor. No final, ele realiza todas essas tarefas, mas o seu real papel precisa ser bem desenhado, para que ele consiga realizar seu trabalho com excelência e sem sobrecarga.
Seu trabalho apresenta um olhar voltado para o educando, centrado na responsabilidade de formar cidadãos, de fazer valer o caráter democrático da educação, ou seja, dar o suporte necessário para o indivíduo atuar no meio social, fazendo com que desenvolvam senso crítico.
Auxiliá-los através de uma prática pedagógica que estimule sua participação, desenvolvendo sua capacidade de criticar e fundamentar sua crítica, de optar e assumir a responsabilidade da execução e da avaliação do trabalho pedagógico. ...O orientador trabalha o aluno para o seu desenvolvimento pessoal, visando à participação dele na realidade social. (GRISPUN, 2003, p. 109)
É uma tarefa que vai se aprimorando com o passar dos anos, se ganha experiência no dia a dia. Ele está disposto no espaço escolar para orientar o aluno, ajudando a solucionar problemas que vão surgindo durante a caminhada escolar e na vida pessoal. É ele quem faz a mediação escola/família, aluno/professor, aluno/família, aluno/comunidade, comunidade/aluno família/professor e mediações/prevenções ligadas a drogas, violência e sexo, mostrando os caminhos e escolhas que o educando pode seguir. Seu papel ultrapassa os muros da escola.
Atualmente, a sala da orientação educacional é o local que o aluno vai, não só para ser orientado sobre seus comportamentos e atitudes, mas para se sentir acolhido, ouvir e ser ouvido, entender que ele tem o seu espaço no colégio e no mundo.
Orientador e professor devem caminhar juntos. Ele auxilia o professor a compreender o comportamento dos educandos, a lidar com as dificuldades de aprendizagem e mediar conflitos entre alunos, professor e comunidade.
O orientador educacional diferencia-se do coordenador pedagógico, do professor e do diretor. O diretor ou gestor administra a escola como um todo; o professor cuida da especificidade de sua área do conhecimento; o coordenador fornece condições para que o docente realize a sua função da maneira mais adequada possível e o orientador educacional cuida da formação de seu aluno, para a escola e para a vida.
É necessário que os docentes conheçam e reflitam sobre o verdadeiro significado da existência da escola e sua função social. Seu trabalho volta-se para a constante reflexão crítica da prática pedagógica. A relação é baseada em auxílio e troca de informações, onde o professor relata o que acontece, diariamente dentro da sala de aula, e o orientador utiliza a informação para agir na vida do educando. Na maioria das vezes o comportamento que o aluno tem dentro de sala de aula é reflexo do que acontece dentro de casa, e que nem sempre ele se sente a vontade para contar a seus professores, enviam apenas sinais, ele capta e transfere para o orientador. Cabe ressaltar que na promoção das reflexões e discussões, o Orientador Educacional deve conhecer a ciência da educação incluindo as teorias da aprendizagem, as psicológicas, as ciências sociais, ou seja, possuir competência técnica.
Outros conhecimentos devem fundamentar a prática do orientador educacional, tais como a: Psicologia, Sociologia, História da Educação e História do Brasil (até nossos dias), além de outros, oriundos da Antropologia, Ciências Políticas, Metodologia e Pesquisa em uma abordagem qualitativa (ASSIS, 199, p. 137).
No que tange à ação com a família e comunidade, o trabalho volta-se para incluir e mostrar a importância que possuem na organização e desenvolvimento da instituição. Promovendo ações que incentive pais e comunidade a participarem da rotina escolar, que possam levar seus anseios e sintam que sua opinião é válida e importante. Devem construir uma relação de confiança, onde pais e comunidade estejam sempre informados do que acontece no âmbito escolar e participem ativamente da vida de seus filhos. Isso é muito importante para que esses pais tenham sentimento de pertença e colaborem com o processo educativo. Esse é um dos desafios do Orientador, levar pais e comunidade para dentro das escolas, um espaço coletivo onde as decisões podem ser compartilhadas. (GRISPUN, 2003)
4. CONTRIBUIÇÕES PARA UM REPENSAR SOBRE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Como partícipe da equipe de gestão, a orientação educacional pode se desenvolver em cinco áreas: o aluno, a escola, a família, a comunidade e a sociedade.
4.1. O orientador educacional e os alunos: A criação de espaços de participação social e exercício da cidadania
A visão contemporânea de orientação educacional aponta para o aluno como centro da ação pedagógica, cabendo ao orientador atender a todos os alunos em suas solicitações e expectativas, não restringindo a sua atenção apenas aos alunos que apresentam problemas disciplinares ou dificuldades de aprendizagem.
Mediador entre o aluno e o meio social, o orientador discute problemas atuais, que fazem parte do contexto sociopolítico, econômico e cultural em que vivemos. Assim, por meio da problematização, pode levar o aluno ao estabelecimento de relações e ao desenvolvimento da consciência crítica.
Para poder exercer a contento a sua função, o orientador precisa compreender o desenvolvimento cognitivo do aluno, sua afetividade, emoções, sentimentos, valores, atitudes. Além disso, cabe a ele promover, entre os alunos, atividades de discussão e informação sobre o mundo do trabalho, assessorando-os no que se refere a assuntos que dizem respeito a escolhas.
Todas as relações que se estabelecem no cotidiano escolar, em especial o relacionamento com os colegas, podem receber inúmeras contribuições do profissional orientador educacional.
4.2. O orientador educacional e a escola: a participação nos momentos coletivos
Como membro do corpo gestor da escola, cabe ao orientador educacional participar da construção coletiva de caminhos para a criação de condições facilitadoras e desejáveis ao bom desenvolvimento do trabalho pedagógico. É um profissional que participa de todos os momentos coletivos da escola, na definição de seus rumos, na elaboração e na avaliação de sua proposta pedagógica, nas reuniões do Conselho de Classe, oferecendo subsídios para uma melhor avaliação do processo educacional. Desta forma, é necessária a discussão sobre a natureza da vida escolar, em que todos os integrantes da equipe pedagógica escolar “questionem criticamente o currículo existente na escola, o currículo oculto, o aparelho político em todos os níveis, a forma e o conteúdo dos textos escolares e as condições de trabalho que caracterizam escolas específicas”. (GIROUX, 1987, p. 48)
O orientador, aliado aos demais profissionaisda escola e a outros pedagogos, pode contribuir muito para a organização e a dinamização do processo educativo. É o que dizem Giacaglia e Penteado (2002, p. 15): “participando do planejamento e da caracterização da escola e da comunidade, o orientador educacional poderá contribuir, significativamente, para decisões que se referem ao processo educativo como um todo”.
Cabe a ele integrar todos os segmentos que compõem a comunidade escolar: direção, equipe técnica, professores, alunos, funcionários e famílias, visando à construção de um espaço educativo ético e solidário.
Em que pesem as contribuições do profissional orientador educacional ao processo educativo, muitas escolas, notadamente na rede escolar estadual paulista, não têm mais esse profissional na equipe, o que significa que outro profissional está acumulando as suas funções. Normalmente esse profissional é o coordenador pedagógico, que, além de cumprir a sua extensa função junto aos professores, associa a ela a função do orientador, resultando numa inadequação das duas.
4.3. O orientador educacional e a família: a criação de ambientes socioeducativos
O orientador educacional é o profissional encarregado da articulação entre escola e família. Assim, cabe a ele a tarefa de contribuir para a aproximação entre as duas, planejando momentos culturais em que a família possa estar presente, junto com seus filhos, na escola.
Cabe também ao orientador educacional a tarefa de servir de elo entre a situação escolar do aluno e a família, sempre visando a contribuir para que o aluno possa aprender significativamente. A perspectiva de orientação educacional que consideramos válida não se equipara ao trabalho do psicólogo escolar, que tem dimensão terapêutica. O papel do orientador com relação à família não é apontar desajustes ou procurar os pais apenas para tecer longas reclamações sobre o comportamento do filho e, sim, procurar caminhos, junto com a família, para que o espaço escolar seja favorável ao aluno. Não cabe ao orientador a tarefa de diagnosticar problemas e/ou dificuldades emocionais ou psicológicas e, sim, que volte seu trabalho para os aspectos saudáveis dos alunos.
4.4. O orientador educacional e a comunidade: o conhecimento do contexto local
Compreender o modo de vida, os interesses, as aspirações, as necessidades, as conquistas da comunidade é muito importante. Só assim será possível o apoio da escola na luta da comunidade por melhores condições de vida. Neste sentido, pode-se apontar que uma das tarefas do orientador educacional é o conhecimento da comunidade e das situações que facilitam sua vida, bem como as que a dificultam.
Como pólo cultural, cabe à escola e, especificamente, ao orientador educacional elevar o nível cultural dos membros da comunidade, propiciar debates sobre temas de interesse, bem como de alunos, pais, professores, envolvendo questões presentes no dia-a-dia. É fundamental que se estabeleça um clima de constante diálogo entre ambas, uma vez que a escola deve estar aberta à comunidade à qual pertence.
Como estratégia que pode colaborar para o bom andamento do trabalho educativo, podemos citar a abertura da escola à comunidade, que nem sempre é feita de forma tranqüila, com afirma Vasconcellos (2002, p. 63):
Alguns diretores tratam os equipamentos da escola como se fossem objetos pessoais, propriedades privadas; outros, ao contrário, estabelecem relações de parceria com a comunidade e, com isto, não só passam a contar com ela como elemento de apoio para as mudanças, como ainda obtêm diminuição do vandalismo, da violência; os alunos se sentem acolhidos, experimenta a escola como território aliado. Queremos deixar claro que estamos nos referindo à abertura tanto no que diz respeito às instalações e equipamentos, quanto, num sentido mais sutil, de se deixar sensibilizar pelas exigências colocadas pela sociedade.
4.5. O orientador educacional e os princípios éticos
É extremamente válido lembrar que o trabalho do orientador educacional, assim como o trabalho pedagógico de modo geral, precisa estar revestido pelo comportamento ético.
Em todos os campos em que o orientador educacional atua, ele estará sempre em contato com algumas informações que precisam ser sigilosas. Isso acontece, por exemplo, quando o profissional conversa com alunos e seus familiares, momentos em que, muitas vezes, toma conhecimento de situações complexas e delicadas. O bom senso, o sigilo e o cuidado na emissão de juízos de valor podem favorecer o trabalho do orientador. A confiança na pessoa do orientador é fundamental para o êxito de seu trabalho.
Um fato que ocorre com muita freqüência é a solicitação de informações sobre os alunos pelos professores. Neste caso, o orientador precisa tomar muito cuidado, fornecendo apenas informações que sejam relevantes, pois, como dizem Giacaglia e Penteado (2002, p. 10),
há que se considerar razões de natureza psicológica para a não-divulgação dos dados. Trata-se do “efeito Rosenthal” ou “profecia auto-realizável”, segundo a qual, quando um professor desenvolve expectativas de que um aluno ou grupo de alunos irá ter insucesso escolar, tais expectativas podem se transformar, inconscientemente, por parte do professor, em fator ou causa do respectivo fracasso daqueles alunos.
Por acreditar na necessidade do orientador educacional dentro da escola, desenvolvemos a presente pesquisa com a finalidade de identificar quais estados mantêm esse profissional em seus quadros para, num segundo momento, buscar sinais indicativos da necessidade desse profissional nas escolas públicas brasileiras.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos iniciais deste estudo consistiram em entender as contribuições da Orientação Educacional no cotidiano escolar, compreender seu papel e suas áreas de atuação na escola, bem como verificar a sua importância para processo de ensino aprendizagem. Os questionamentos foram em torno de quais seriam essas contribuições, de qual o seu papel de atuação na escola e qual sua relevância para o processo de ensino aprendizagem.
Percebeu-se que o trabalho do Orientador Educacional tem grandes contribuições no cotidiano escolar, tendo em vista que sua atuação visa o desenvolvimento pleno do aluno; seu grande foco é desenvolver as potencialidades deste aluno para que possa saber agir diante das situações pessoais e educacionais, de forma a prepará-lo para viver em sociedade. Sua atuação visa aquisição de saberes necessários para a vida, tendo como norte o currículo oculto, os conteúdos atitudinais, ou seja, sua preocupação está inteiramente relacionada à formação do aluno, o que contribui significativamente para a aprendizagem desse aluno, que uma vez instruído, saberá agir de forma consciente e coerente diante de obstáculos e escolhas as quais vier a fazer.
A relevância do seu trabalho se dá a partir do apoio que oferece a todos os profissionais da escola, sendo de grande importância para os processos que permeiam o cotidiano escolar e a vida do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Com o trabalho de sondagem tem uma visão de águia que possibilita visualizar problemas, dificuldades, fornecer soluções e apoio aos profissionais da escola, ao professor no que diz a respeito à aprendizagem desse aluno; ao coordenador pedagógico na identificação da clientela e à família, no apoio à formação da personalidade do mesmo. Este profissional não trabalha sozinho; busca parcerias com os profissionais que trabalham na escola e que tem também como propósito uma educação de qualidade.
É visível que seu trabalho ultrapassa os muros da escola permeando o meio em que o aluno convive, criando laços com a comunidade, buscando uma aproximação com a família e reconhecendo seus valores e suas dificuldades; o que o permite identificar a origem dos problemas, sempre respeitando as pessoas envolvidas no processo.
Como profissional partícipe da realidade do educando e como parte da equipe gestora da escola é de sua capacidade participar do projeto pedagógico da escola, pois em sua atuação tem uma visão de águia sobre os processosque permeiam o cotidiano escolar.
Este profissional, contudo, em sua prática, oferece amparo psicológico e pedagógico aos educandos, através de acompanhamento, encaminhamento e aconselhamento. Sendo assim, suporte no processo de ensino e aprendizagem, fica evidente sua importância para a construção da aprendizagem do educando.
6.REFERÊNCIAS 
ASSIS, N. Revendo o meu fazer sob uma perspectiva teórico-prática. In: GRINSPUN, M.P.S. (Org.) A prática dos orientadores educacionais. São Paulo: Cortez, 1994.
GIACAGLIA, L. R. A; PENTEADO, W.M.A. Orientação Educacional na prática: princípios, histórico, legislação, técnicas e instrumentos. 6ª. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
GIACAGLIA, L. R. A. Orientação educacional na prática: princípios, técnicas, instrumentos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
GIROUX, Henry. Escola crítica e política cultural. São Paulo: Autores Associados, 1987.
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UNIĂO BRASILEIRA DE FACULDADES 
–
 
UNIBF
 
CURSO DE PÓS GRADUAÇĂO 
EM ESPECIALISTA EM 
ORIENTAÇ
ĂO
 
EDUCACIONAL
 
MODALIDADE A DISTÂNCIA 
-
 
EAD
 
 
1
 
 
 
 
 
 
UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES 
-
 
UNIBF
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO RODRIGUES
 
DOS SANTOS
 
 
Orientação E
ducacional: A
 
importância e o papel do orientador 
 
educacional no contexto escolar
 
 
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓS
-
GRADUAÇÃO 
LATO
 
SENSU
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANALTINA 
-
 
GO
IÁS
 
2020

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