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AULA 1 introdução ao direito de família

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Conceito de Direito de Família	“É o complexo dos princípios que regulam a celebração do casamento, (e da união estável) validade e os efeitos que deles resultam, as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, a dissolução desta, as relações entre pais e filhos, o vínculo de parentesco (do companheirismo) e os institutos complementares da tutela, da curatela.” (Eduardo de Oliveira Leite) 
		“É o complexo dos princípios que regulam a celebração do casamento, sua validade e os efeitos que dele resultam, as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, a dissolução desta, as relações entre pais e filhos, o vinculo de parentesco e os institutos complementares da tutela, da curatela e da ausência.” (Clóvis Beviláqua) 
	Atuação no Direito de Família 	Responsabilidade social: Dentre todas as instituições, públicas ou privadas, a da família reveste-se de maior significação. Ela representa, sem contestação, o núcleo fundamental, a base mais sólida em que repousa toda a organização social. (Washington de Barros Monteiro) 
		Advogado conciliador: “O tradicional papel do advogado litigante cede lugar ao do advogado conciliador e negociador, o qual juntamente com o juiz conciliador aponta ao interessado o modo mais conveniente para obter a solução do conflito que o aflige.” ( Silvio de Salvo Venosa) 
		Interdisciplinaridade: “Compreender a família, a partir de outras disciplinas, traz o necessário diferencial ao profissional que se dedica á essa área.” (Giselle Câmara Groeninga)
		Tolerância; reconhecimento; preconceito; valores. 
		Valor do afeto: “O direito de família, enquanto é concebido como campo do direito civil responsável pela solução de conflitos entre membros de um conjunto de pessoas vinculadas por parentesco consangüíneo, quer na linha reta, quer na colateral, é um direito incompleto: enquanto não se permitir ser concebido como campo do direito responsável pela regulação das relações de afeto, a família presente na sua designação certamente continuará sendo uma instituição jurídica, mas ainda não conseguirá ser, de forma alguma, uma instituição humana.” (Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka)
INTRODUÇÃO AO DIREITO DE FAMÍLIA – Prof. Paulo Henrique de Oliveira
	Tendências do Direito de Família (Eduardo de Oliveira Leite) 	“Estatização”: Interferência crescente do Estado nas relações familiares	
		“Retratação”: redução do grupo familiar, substituição da família patriarcal pela família nuclear	
		“Dessacralização”: desaparecimento do elemento sagrado, valorização do público e da vontade individual	
		“Democratização”: sociedade familiar transforma-se numa sociedade igualitária; substituição da hierarquia pelo companheirismo	
		“Desbiologização” ou “desencarnação”: “substituição do elemento carnal pelo elemento afetivo ou psicológico”. 	
	Fontes do Direito de Família	Constituição Federal	
		Código Civil 1916 e 2002	
		Leis esparsas 	 - Lei 6.515/77 Lei do divórcio
 - Lei 8.009/90: Impenhorabilidade do bem de família
- Lei 8.069/90 : ECA
- Lei 8.560/92 Investigação de paternidade
- Lei 8.971/94: Regula o direito dos companheiro a alimentos e à sucessão
- (...) 
Evolução do direito de família
 Direito canônico e direito português 
Código Civil de 1916
-Art. 358. Os filhos incestuosos e os adulterinos não podem ser reconhecidos. (Revogado pela Lei nº 7.841, de 17.10.1989)
- Art. 178. Prescreve: § 1o Em 10 (dez) dias, contados do casamento, a ação do marido para anular o matrimônio contraído com a mulher já deflorada
-Art. 230. O regime dos bens entre cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento, e é irrevogável.
Constituição Federal 1988
Código Civil de 2002
	Constituição Federal de 1988 e o direito de família – Direito Constitucional de Família
	Constitucionalização do direito: A “constitucionalização do direito” : é um fenômeno inconteste na contemporaneidade. Na literatura pátria, em distintos ramos do direito, somam-se vozes autorizadas nesse pensar. A “constitucionalização” bem se sintetiza clássica frase de Paulo Bonavides: “Ontem os Códigos; hoje as Constituições”. A “constitucionalização do direito”, entre outros efeitos, implica: na (a) unificação da ordem jurídica: as “normas constitucionais tornam-se progressivamente o fundamento comum dos diversos ramos do direito”; ainda, resulta na simplificação da ordem jurídica: “recoloca a constituição como inegável ‘norma de referência’ do ordenamento jurídico (Virgílio Afonso da Silva ).
	Mudança de paradigmas: 
 - Há, indubitavelmente, um Direito de Família pré e pós Constituição, porquanto o novo texto alterou “radicalmente os paradigmas hermenêuticos para compreensão dos modelos de convivência e para a solução dos conflitos intersubjetivos na esfera da família” (Gustavo Tepedino). 
- Dignidade humana no direito de família: A constitucionalização da Dignidade Humana altera a razão de ser da família. A família “deixa de ter valor intrínseco, como instituição capaz de merecer tutela jurídica pelo simples fato de existir, passando a ser valorada de maneira instrumental, tutelada na medida em que – e somente na exata medida em que – se constitua em um núcleo intermediário de desenvolvimento da personalidade dos filhos e de promoção da dignidade dos seus integrantes” (Gustavo Tepedino ). Dizendo de outra forma, a Dignidade da Pessoa Humana implica na “funcionalização da família”, devendo “ser preservada (apenas) como instrumento de tutela da dignidade da pessoa humana” (Gustavo Tepedino ). Bem diz Maria Berenice Dias: “Tutelar a família é tutelar o ser humano” - Funcionalização da família (família instrumento): não mais o indivíduo para a família e a família para a sociedade, mas a família para o indivíduo. 
	Principais princípios constitucionais do direito de família			
	Princípios gerais	Dignidade humana	“Elegendo como princípio fundamental a dignidade da pessoa humana, de forma revolucionária, a Lex Fundamentallis alargou o conceito de família [...]. Desse modo, a entidade familiar deve, efetivamente, promover a dignidade e a realização da personalidade de seus membros integrando sentimentos, esperanças e valores, servindo como alicerce fundamental para o alcance da felicidade.” (Cristiano Chaves de Farias )	
		Liberdade Fundamental à Constituição do Núcleo Familiar	Em resenha, esse princípio se condensa na premissa-direito de liberdade de viver em família; “no livre poder de escolha e autonomia de constituição, realização e extinção de entidades familiares, sem imposição ou restrições externas de parentes, da sociedade ou do legislador” (Paulo Luiz Netto Lôbo ). 
- Respeitar a liberdade significa “obediência às escolhas individuais quanto à constituição do núcleo familiar, excluindo-se a definição apriorística de padrões preconceituosos para a convivência familiar” (Gustavo tepedino ).	
		Igualdade de Reconhecimento 	- O princípio da igualdade tem expressiva aplicação no Direito de Família, sobretudo no reconhecimento e proteção das entidades familiares e dos vínculos de parentesco-filiação. 	
	Princípios específicos 
	CRFB/88: TÍTULO VII - Capítulo (VII): “Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso”. 		
		Princípio da Proteção à Família	CRFB/88: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 	
			À família, no direito positivo brasileiro, é atribuída proteção especial na medida em que a Constituição entrevê o seu importantíssimo papel na promoção da dignidade humana. Sua tutela privilegiada, entretanto é condicionada ao atendimento desta mesma função. Por isso mesmo, o exame da disciplina jurídica das entidades familiares depende de concreta verificação do entendimento desse pressuposto finalístico: merecerá tutela jurídica e especial proteção do Estado, a entidade familiar que efetivamente promova a dignidade e a realização da personalidade de seus componentes” (GUSTAVO TEPEDINO ).	
		Princípio da Pluralidade de Entidades Familiares		“cláusula geral de inclusão” (CRISTIANO CHAVES DE FARIAS )
 Rol exemplificativo, não taxativo 
		Princípio da AfetividadeEste princípio “também considerado como o da prevalência do elemento anímico da affectio nas relações familiares, pode ser extraído da interpretação sistemática e teleológica dos arts. 266, §§ 3º e 6º, 227, caput e § 1º, ambos da Constituição Federal” (GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA ). 	
		Princípio da Igualdade jurídica dos cônjuges		CRFB/88: Art. 226 § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 
	Principais inovações Código Civil 2002	Diferença entre família legítima e ilegítima 
		Igualdade dos cônjuges “respeito e consideração mútuos” 
		Igualdade dos filhos 
		Reconhecimento da união estável 
		Possibilidade de dissolução sociedade conjugal 
		Possibilidade de alteração do regime de bens 
		Regime legal de bens da comunhão parcial 
		Poder Familiar (pátrio poder)
	Princípios específicos 	Princípio da Igualdade jurídica dos filhos 	CRFB/88: Art. 227 § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 
		Princípio da paternidade responsável e planejamento familiar 	CRFB/88: Art. 226 § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
		Princípio da proteção integral a criança e ao adolescente	CRFB/88: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão § 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
			“A proteção integral tem como fundamento a concepção de que crianças e adolescentes são sujeitos de direito, frente à família, a sociedade e ao Estado[...] colocando-os como titulares de direitos comuns a toda e qualquer pessoa, bem como direitos especiais decorrentes da condição peculiar de pessoas em processo de desenvolvimento.” ( CURRY, GARRIDO; MARÇURA)
	Tipos de famílias (entidades familiares): novas tendências 			
	Famílias expressamente previstas na CF
	Família formal – matrimonial – formada pelo casamento		CRFB/88: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
		União estável – informal – companheirismo, conviventes		CRFB/88: Art. 226 § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
		Monoparental
		CRFB/88: Art. 226 § 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
				Formada por um dos genitores e filho(s)
	Famílias reconhecidas pela jurisprudência e doutrina
	Anaparental	- Formada por parentes sem relação de descendência/ascendência. Ex. duas irmãs	
		Homoafetiva	STF: ADI nº 4277 e a ADPF nº 132 (2011 - REL. MIN. AYRES BRITTO)	
			STJ: QUARTA TURMA. REsp nº 1183378 / RS, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO. Julgamento: 25/10/2011).	
			Família homoparental e biparental	
		Mosaico, reconstruída, recomposta, socioafetiva, pluriparental		
	Novas tendências 
	Homoparental		
		Biparental		
		Multiparental		
		Paralela		
		Poliafetiva		
		Eudomonista		
DO CASAMENTO – Prof. Paulo Henrique de Oliveira
	Conceito 	“Vínculo jurídico entre homem e mulher [pessoas] que se unem material e espiritualmente para constituírem família.” (EDUARDO DE OLIVEIRA LEITE)			
	Importância do casamento 
	“Casamento é o centro do direito de família. Dele irradia suas normas fundamentais. Sua importância, como negócio jurídico formal vai deste as formalidades que antecedem sua celebração, passando pelo ato material de conclusão, os deveres recíprocos, a criação e assistência material e espiritual recíproca e da prole etc.” (S. S. VENOSA)			
	 Natureza do casamento 
	Teoria contratualista: É contrato, direito negocial			
		Teoria institucionalista ou supra-individual: Casamento é instituição preexistente que aderem os nubentes, aceitam um estatuto.			Adeptos ex. M. H Diniz e W. B Monteiro: “reduzir o casamento a contrato seria equipará-lo a uma venda ou a uma sociedade, relegando para segundo plano suas nobres e elevadas finalidade.” 
		Teoria mista, eclética ou híbrida		É contrato e instituição (contrato de direito de família) 	
	Casamento como ato solene	“[...]é o ato com maior número de solenidades no direito civil.” (S. S. VENOSA)	Formalidades preliminares: Processo de habilitação 		
			Celebração do casamento		
	CAPACIDADE PARA O CASAMENTO 								
	Compreensão		Capacidade (capacidade – idade)e legitimação (ausência de impedimento)						
	Incapazes para o casamento	Enfermos e doente mentais sem o necessário discernimento 							
		Pessoas que por causa transitória ou definitiva não puderem exprimir sua vontade							
		Menores de 16 anos (Idade núbil 16 anos)			Exceção	CC Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.			
						Imposição ou cumprimento de pena criminal	Lei 11.206/2005 revogou o CP (art. 107 inc. VII e VIII) que previa a excludente 		Não revogação do Código Civil (ex. Flávio Tartuce e José Simão) 
									Revogação (ex. Maria Berenice Dias ) 
						Gravidez			
	Casamento dos maiores de 16 anos e menores de 18			Pressupõe autorização 		Divergência		CC art. 1.517 p. u. houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631	
						Suprimento do consentimento		CC Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.	
						Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização			
	IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO 		
	Conceito
	“impedimento matrimonial é a ausência de requisito para o casamento. Impede, portanto, a realização de casamento válido. Se alguém, que careça de alguma das condições exigidas por lei, contrair matrimônio proibido, a norma fulminará de nulidade tal união.” (M.H. DINIZ) 	
	Impedimentos (CC 1.521) 
		Impedimentos resultantes do parentesco
			Impedimento resultante de casamento anterior 
			Impedimento decorrente de crime 
I – os ascendentes com os descendentes seja o parentesco natural ou civil 
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante, (V)o adotado com o filho do adotante
Adotante
Adotado(a)
Adotado(a)
Adotado(a)
Esposa adotado
Adotante
Esposa adotante
IMPEDIMENTOS - PARENTESCO 
Adotante filho adotado
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais
IV colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
“Conforme o art. 2º do decreto-lei ( 3.200/1941) os parentes de 3º grau poderão casar-se se dois médicos que os examinarem atestarem-lhes a sanidade, afirmando não ser inconveniente sob o ponto de vista da saúde de qualquer deles e da prole, a realização do casamento. Esse certificado pré nupcial equivale à dispensa.” (M.H. DINIZ) 
VI - as pessoas casadas
IMPEDIMENTO RESULTANTE DE CASAMENTO ANTERIOR 
- Nulidade do primeiro não convalida o segundo casamento. 
- “Desquitados” e separados não podem contrair novo casamento
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte
Homicídio somente doloso
Pressupostos 
Sentença transitada em julgado 
Atenção! Prescrição afasta o impedimento para M.H.Diniz diferentemente entende Venosa 
IMPEDIMENTODECORRENTE DE CRIME 
	OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS	
	Conceito	“É o ato pelo qual alguém leva ao conhecimento da autoridade competente a existência de determinado impedimento ou causa suspensiva ao matrimônio de duas pessoas habilitadas a contraí-lo ou que, para esse fim estejam se habilitando.” (J. S. FUJITA)
	Momento 	Até a celebração, após somente por anulação 
	Forma	Serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com o lugar onde possam ser obtidas 
	Legitimados (1.522) 
	Qualquer pessoa capaz
		Ministério Público
		Juiz, ou o oficial de registro, são obrigados a declará-los
	Procedimento	Oposição -> comunicação aos nubentes -> instrução -> MP -> Decisão judicial 
	CAUSAS SUSPENSIVAS									
	Conceito		“Causas suspensivas são determinadas circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento, se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a fazê-los, mas que não provocam, quando infringidas, a sua nulidade ou anulabilidade. O casamento é apenas considerado ‘irregular’, tornando, porém obrigatório o regime da separação de bens (CC, art. 1.641, I) como sanção imposta ao infrator .” (C.R. GONÇALVES) 							
	Causas suspensivas 	Proteger a prole anterior 
	o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;			Sanções
	Obrigatoriedade do regime de separação de bens 			
							Hipoteca legal dos bens imóveis aos filhos (CC 1.489) 			
						Inventário deve estar concluído, necessário ainda que negativo 				
						Dispensa: provando-se a inexistência de prejuízo, para o herdeiro				
		Evitar confusão de sangue
		a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;					Sanção: Obrigatoriedade do regime de separação de bens 	
									Dispensa: provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo	
		Evitar confusão de patrimônio 
	o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal					Sanção: Obrigatoriedade do regime de separação de bens 		
								Dispensa: provando-se a inexistência de prejuízo, para o ex-cônjuge 		
			o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas							Sanção: Obrigatoriedade do regime de separação de bens 
										Dispensa: provando-se a inexistência de prejuízo, para o tutelado ou curatelado 
	Oposição das causas suspensivas
		Legitimados		Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.					
					MP não pode! Ex-marido?					
			Momento		As causas suspensivas somente podem ser opostas até o prazo de quinze dias da publicação dos proclamas 					
	Diferenças entre impedimentos e causas suspensivas 		
		Impedimentos	Causas suspensivas 
	Casamento 	Impede casamento – casamento nulo	Não impede o casamento – obrigatoriedade separação de bens 
	Momento para oposição 	Até a celebração 
	Até o prazo edital 
	Legitimados	Qualquer pessoa, também MP! Obrigatório para juiz e oficial 	Art. 1.524 (não MP!) 
	PROCESSO DE HABILITAÇÃO	
	Conceito	O processo de habilitação “ tem a finalidade de comprovar que os nubentes preenchem os requisitos que a lei estabelece para o casamento.” (C. R. Gonçalves) 
	Finalidade	Verificar os requisitos de existência do casamento
		Verificar a capacidade para o casamento
		Verificar a inexistência de impedimentos
		Verificar a inexistência de causa suspensiva 
		Dar publicidade do ato 
	Documentos 
(CC, art. 1.525) 
	Certidão de nascimento ou documento equivalente
		Autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra
		declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar
		Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos (Memoriais : podem ser separados ou em conjunto)
		Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
	Jurisprudência
	Declaratória de inexistência de incompatibilidade matrimonial - parentesco entre tio e sobrinha - O risco para a prole não mais pode ter o peso que tinha na legislação revogada - Não mais cabe ao Estado interferir na vida privada das pessoas, impedindo que haja casamento quando os filhos não podem ser gerados - Não parece justo impedir o casamento de duas pessoas que se amam, apenas porque, talvez, mais tarde, venham eles a ter filhos, e esses filhos correrão o risco de nascer com algum defeito ? Recurso provido (TJSP Relator(a): José Luiz Gavião de Almeida - Data de registro: 26/03/2007). (Disponível em http://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=1041348 )
	apelação cível. suprimento de idade. autorização para o casamento. situação de fato existente. adolescente que conta 15 anos e dois meses de idade e que já coabita com pretenso esposo. Cabimento.  
No caso, o impedimento matrimonial da imaturidade fisiológica não pode se sobrepor à realidade fática apresentada pela relação existente entre a adolescente (com 15 anos e dois meses de idade) e seu pretenso esposo, que já “vivem como se casados fossem” há mais de um ano, com o consentimento de seus genitores, mormente quando se tem em vista que a idade núbil, estatuída no art. 1.517 do CC, sempre foi exigida como condição em respeito à prole e aos nubentes (em relação à capacidade para a procriação) e quando se sabe que a existência de filhos não é requisito substancial à formação da família. (TJRS - Nº 70054285366 - 15 de agosto de 2013). 
	SUPRIMENTO IDADE CASAMENTO Indeferimento - Autora com 15 anos de idade por ocasião do ajuizamento da ação e do sentenciamento Ausência de idade núbil Inexistência de enquadramento nas situações excepcionais previstas no art. 1.520 do Código Civil (gravidez ou processo criminal) Presunção legal de que o menor de 16 anos não possui maturidade psicológica para contrair matrimônio - Ausência de situação de necessidade ou extrema relevância para autorizar casamento a quem ainda não atingiu idade núbil Precedentes desta Câmara Aquisição da idade núbil no curso da ação, o que resulta na perda do objeto do presente apelo, não sendo hipótese de dispensa de proclamas, porque não se enquadra o caso dos autos a qualquer das situações do artigo 69 e seus parágrafos, da Lei 6.015/73 Sentença reformada para julgar extinta a ação (perda superveniente do objeto) - Recurso não conhecido. (TJSP n. 0005494-39.2010.8.26.0180 Apelação - Relator(a): Salles Rossi - 8ª Câmara de Direito Privado - Data do julgamento: 09/11/2011 ) (Disponível em: http://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=5529773&vlCaptcha=pdkun )
	Suprimento de outorga. Consentimento para menor, próxima de alcançar 16 anos se casar. Ausência de adequação aos arts. 1517 e 1520 do CC. Apoio dos pais. Autorização concedida em razão dos princípios da dignidade da pessoa humana, proteção especial à família e de sua função social, além do acesso a uma ordem jurídica justa. Sentença reformada. Pedido acolhido para suplementar a idade nupcial da apelante, autorizando o casamento a ser celebrado no Regime da Separação de Bens, com dispensa dos proclamas na forma do art. 69, § Io, da Lei 6.015/73. Recurso provido, confirmando a tutela anteriormente concedida(TJSP Relator(a): Caetano Lagrasta - 8ª Câmara de Direito Privado - julgamento: 01/07/2009 ) (Disponível em: http://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=3801486&vlCaptcha=jhjUF) 
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO– Prof. Paulo Henrique de Oliveira
	Importância da celebração 		“O casamento, instituto fundamental do direito de família, é a fonte de importantes efeitos de ordem pública e privada. É o eixo em trono do qual se movimenta grande parte do sistema jurídico familiar. A sociedade preocupa-se por isso pela sua celebração, nela intervindo com especial interesse, procurando cercá-la da maior solenidade.” (W. B MONTEIRO) 				
	Princípios da celebração 
					Publicidade	
						Consentimento 	“A publicidade representa garantia essencial. É matéria de casamento [...], ela é de ordem pública.” (W. B MONTEIRO) 
	Realização	Após o processo de habilitação 					
		Dia			Qualquer dia Inclusive feriados e domingos		
		Horário		“Não é de se permitir a efetivação do ato em altas horas noturnas, ou pela madrugada, posto que, em tais hipóteses, cerceia a publicidade, ou a possibilidade da presença de interessados, com o oferecimento de impugnações.” (A. RIZZARDO) 			
Imagem: http://t-colection.blogspot.com.br/2011/05/ele-nao-e-exatamente-um-marido-que-se.html
	Realização
	Local 	Sede do próprio cartório 		“Não deve ser permitida a realização de casamento em prédios e apartamentos, seja salão de festas, seja na unidade condominial, ainda que permaneçam com as portas abertas, uma vez que a insegurança que principalmente nas cidades mais populosas faz com que o ingresso nos prédiso seja controlado pelo serviço de portaria.” (C. R. GONÇALVES) 	
			Local escolhido pelos nubentes 		“não se admitem locais impróprios para o comparecimento, ou inacessíveis, como em um navio, ou numa aeronave, eis que situações que inviabilizam por inteiro o requisito da publicidade, senão de assegura o acesso ou a presença do público.” (A. RIZZARDO) 	
		Ato 		Sempre a portas abertas 		
		Autoridade		Conforme lei local		
		Testemunhas 		DUAS: Se realizado no cartório 		
				QUATRO 		Se realizado em local diverso do cartório 
						Se um dos nubentes não souber ou não puder escrever 
	Momento da celebração 
	Presença simultânea dos nubentes (ou procuradores) 
				Casamento por procuração
	Instrumento público 
							Eficácia de 90 dias 
							Revogação até a celebração (também por instrumento público) 
		Consentimento dos nubentes
			“...o consentimento dar-se-á verbalmente, não devendo o juiz contentar-se com o mero silêncio dos contraentes[...]. Se um deles se conversa calado, quando o juiz lhe dirige a pergunta fundamental, não chega a manifestar o consentimento, o casamento inexiste.” (W. B. MONTEIRO) 		
		Suspensão da celebração do casamento
	“... o casamento é resultado de uma decisão firme, livre e íntegra dos nubentes, devendo ser imediatamente suspensa a celebração caso notar a autoridade oficiante a mínima oscilação [...]. A simples demora em externar o assentimento, ou a clara aparência de indecisão, e mesmo um nervosismo que traduza insegurança, justificam a suspensão da cerimônia pelo juiz de paz.” (A. RIZZARDO) 				
			“A suspensão impõe-se, ainda que a negativa ou reticência tenha sido manifestada por chacota. A seriedade do ato não se harmoniza com o escárnio.” (S. S. VENOSA) 				
		Declaração pela autoridade celebrante 				CC Art. 1535: “ De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados.”	
	Consumação do casamento
			CC Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.			
				“são as declarações de vontade dos nubentes que constituem o vínculo matrimonial e não a participação do Estado, que é importante apenas do ponto de vista formal. O casamento resulta da vontade dos nubentes, e não de um ato de vontade do órgão público [...] apesar da argumentação exposta se efetiva o casamento quando a autoridade celebrante profere a fórmula do art. 1.535.” (A. RIZZARDO) 			
	Formas de celebração	Casamento em caso de moléstia grave
		Casamento nuncupativo 
		Casamento consular
		Casamento religioso de efeitos civis 
	CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE		
	Previsão legal		CC Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
	Conceito	“pressupõe-se que já estejam satisfeitas as formalidades preliminares do casamento e o oficial do registro civil tenha expedido o certificado de habilitação ao casamento, mas a gravidade do estado de saúde de um dos nubentes o impede de locomover-se e de adiar a cerimônia. Neste caso, o juiz irá celebrá-lo na casa dele ou ‘onde se encontrar’ (no hospital, p. ex.), em companhia do oficial., ‘ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever’. Só em havendo ‘urgência’ é que o casamento será realizado à noite.” (C. R. GONÇALVES) 	
	CASAMENTO NUNCUPATIVO 	
	Previsão legal	CC Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
	Conceito	 “é a de casamento em iminente risco de vida, quando se permite a dispensa do processo de habilitação e até a presença do celebrante.” (C. R. GONÇALVES) 
		“O casamento nuncupativo ou in extremis vitae momentis, ou in articulo mortis é uma forma especial de celebração de casamento em que, ante a urgência do caso e por falta de tempo, não se cumprem todas as formalidades estabelecidas...” “trata-se de um casamento subordinado à habilitação a posteriori e homologação judicial.” (M. H DINIZ) 
	Requisitos	Iminente risco de morte de contraente
		Presença de SEIS testemunhas que não sejam parentes em linha reta e colateral até SEGUNDO grau 
	Procedimento	Após a celebração as testemunhas devem em DEZ dias comparecer perante o juiz para declarar; faz-se a “processo de habilitação”; após oitiva do MP o juiz homologa determinando o registro. 
	CASAMENTO CONSULAR	
	Previsão legal 	LINDB: Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. Art. 7o [...] § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
		CC Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
	Possibilidade 	Possível somente entre co-nacionais conforme suas leis 
	CASAMENTO RELIGIOSO DE EFEITOS CIVIS 		
	Previsão legal 	CRFB: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 	
		CC Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. § 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, teráefeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. § 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.	
		LEI Nº 1.110, DE 23 DE MAIO DE 1950 ( Regula o reconhecimento dos efeitos civis ao casamento religioso) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm 	
	Fundamento 		“... o casamento religioso com efeitos civis foi instituído por força do espírito religioso do povo brasileiro, tomando foros de importância porque a tradição incutiu uma consciência de que a única forma que libera as relações sexuais entre os cônjuges.” (A. RIZZARDO) 
	Eficácia		“A prática não tem relevância jurídica. Nossa sociedade persiste no costume de realizar duas cerimônias, perante sua Igreja e perante a autoridade civil. [...] Os raros casos de registro civil de casamento religioso são os efetuados por autoridades religiosas me situação de matrimônio nuncupativo.” (S. S. VENOSA) 
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	Religião 	“A lei não distingue a modalidade de religião, todos os credos moralmente aceitos que não contrariem a ordem pública são válidos.” (S. S. VENOSA)
		“ – celebrado por ministro católico, protestante, ortodoxo, israelita etc., jamais presidente de centro espírita –.” (M. H. DINIZ) 
		“Saliente-se que qualquer casamento religioso, celebrado em conformidade com os credos tradicionais, como a religião católica, e com as novas e desconhecidas religiões ou seitas, presta-se para trazer os efeitos civis [...] Mas parece que pode exigir o oficial do registro civil a apresentação de alguma prova ou elemento pelo menos sobre a existência da religião e a legitimidade da representação, dentro do credo celebrante.” (A. RIZZARDO) 
	Formas de casamento religioso	Com habilitação prévia 
		Sem habilitação prévia 
Com habilitação prévia 
Certidão Habilitação 
Pedido de Habilitação 
Celebração religiosa 
90 dias
90 dias
Registro 
Após 90 dias nova habilitação 
Sem habilitação prévia 
Requerimento de Habilitação 
Registro 
Celebração religiosa 
 
	Eficácia retroativa do casamento religioso com efeitos civis 		reconhecido os efeitos civis a celebração religiosa seus efeitos retroagem a esta data. 
	Regime de bens 
	Na ausência de pacto antenupcial prevalece o regime da comunhão parcial, salvo os casos em for obrigatório o da separação de bens (causas suspensivas) 	
	PROVA DO CASAMENTO E POSSE DO ESTADO DE CASADO			
	Provas do casamento 
		Direta específica: Certidão do registro (Casamento consular – deverá ser registrado em 180 dias da volta de um dos cônjuges ).	
			Direta supletória: Falta ou perda do registro (Docs. como passaporte, certidão de proclamas).	
			Indireta: Prova da posse do estado de casado 	
	Posse do estado de casado 	Conceito
		“...situação em que se encontram aquelas pessoas de sexo diferente, que viviam notória e publicamente com marido e mulher, isto é, coabitando, apresentando-se juntos nas relações públicas e privadas, como esposos legítimos... (M. H. DINIZ) 
		Esclarecimento		“ Não se trata de conferir o status de casamento a circunstância de mera convivência ou coabitação, ainda que haja filhos, mas induzir a existência de casamento, que não pode ser provado pro certidão de registro...É uma situação de fato, de vivência more uxorio que serve como prova de casamento que tenha sido celebrado.” Somente pode ser invocada em caráter de exceção para beneficiar a prole ou sanar falha no assento (C.R. GONÇALVES)
		Pressupostos
		Morte dos cônjuges, ou se vivos impossibilitados de manifestar-se
				Se os cônjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido a posse do estado de casados
		Requisitos		Nomem: mulher usava o nome do marido
				Tractus: que se tratavam publicamente como marido e mulher
				Fama: de que gozam de reputação de pessoas casadas

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