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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR PCC 1º SEMESTRE Tiago Mariusso de Miranda RA 1534485 São José do Rio Preto - SP 2020 2 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR Tiago Mariusso de Miranda RA 1534485 Trabalho apresentando à Universidade Paulista UNIP, como um dos pré-requisitos do curso de Sociologia para a obtenção de nota da disciplina Prática como Componente Curricular. 3 Realizar levantamento bibliográfico nos livros didáticos de Sociologia, pelo menos 3 livros, sobre a diversidade cultural na atualidade e os problemas causados pela intolerância e pela xenofobia. Analisar como os temas são abordados e elaborar uma resenha crítica de, aproximadamente, sete páginas contendo introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas completas. Consulte o PNLD no site: http://www.fnde.gov.br/pnld-2018/ 1 – INTRODUÇÃO Os movimentos culturais organizados reivindicam em sua maioria justiça, igualdades e lutas contra discriminações, buscam igualdade de acesso a melhores serviços públicos e mais consideração política. Na educação isso também se justifica cada vez com maior força e desafiam visões e práticas profundamente enraizadas no cotidiano escolar. No ambiente escolar, bem como em nossa sociedade sempre predominou o ideal homogêneo de princípios da manutenção de uma harmonia social, subestimando as minorias que sempre foram tidas como um problema de menor grau. Assim pensando sobre a temática iremos relatar os caminhos e resultados de algumas políticas públicas e a questão da diversidade cultural no nosso cotidiano. “Tal como a educação, as outras instâncias culturais também são pedagógicas, também têm uma “pedagogia”, também ensinam alguma coisa” (SILVA 2002, p.139). Para entender o ser humano, é preciso conhecer a sua cultura e como este se organiza em seus movimentos e implicações como anseios por melhorias, religião, emancipação da mulher, desempenho escolar, nível educacional, casamento homo afetivo, política, mercado, família, comportamentos, sexualidade, manifestações e essas implicações sempre foram temas de pesquisas para entender o homem em sua totalidade, onde este por sempre está evoluindo, está também em construção. 2- DESENVOLVIMENTO O Brasil e um país multicultural, onde nos deparamos em nosso convívio com pessoas de múltiplas origens, e diferentes traços econômicos e culturais e estudar 4 esse tema é investigarmos, contudo um reflexo negativo derivado dessas mesmas diferenças e nessa oportunidade se torna essencial no levantamento de questionamentos. Cabe aqui trazer a definição de xenofobia segundo o professor Eduardo de Freitas: A xenofobia pode surgir a partir de informações imprecisas e generalizadas sobre um determinado grupo social ou racial. Nesse sentido, a aversão não ocorre por motivo de medo, mas por falta de informação. Casos evidentes desse tipo de preconceito ocorrem quando, por exemplo, dizem que o asiático é sujo, todo mulçumano é terrorista, as pessoas negras não pensam, e assim por diante. Além de preconceitos oriundos de tipos de religiões, contra os homossexuais, ideais políticos, que são puramente intolerâncias sem nenhuma causa justa (Fonte: Brasil escola). Os vários movimentos que norteiam as manifestações culturais em geral têm como agentes os jovens, as mulheres, os negros, grupos GLS e minorias. Entender essas diferenças é uma maneira de se ter um novo olhar estreitando laços de cooperação uma vez que muitos conflitos e preconceitos vêm da falta de informação sobre o outro. Discutir “Diversidade cultural” é algo complexo, e de como se trabalhar as diferenças com um trato pedagógico é um desafio aos educadores, pois, deve-se despir de autoconceitos e preconceitos e trabalhando com valores dando garantia de direitos, respeito e ética aos sujeitos envolvidos. Mostra-se necessário atualmente a necessidade de trazer os princípios de respeito e tolerância a escola, onde a principal bandeira é a redução do preconceito, uma vez que não dá para eliminá-lo de uma vez por questão também cultural de famílias que variam de uma para outra. “A redução do preconceito aparece como uma das interpretações do multiculturalismo em educação” (GONÇALVES, 2006, p.52). 5 O mecanismo racial no Brasil perpetuou por quase cinco séculos onde tínhamos um cenário desde a colonização onde a pirâmide social seguia sua vida em curso, e as minorias não tinham voz e nem vez numa espécie de dominação ideológica. Atualmente esse mesmo mecanismo ainda existe e vem se ganhando força a partir das eleições de 2018, onde pela expectativa de mudança elegeram um governador que em seu discurso menospreza as ditas minorias e exclui direitos duramente conquistados, menosprezando o fato da discriminação e do preconceito. A escola deveria desenvolver projetos voltados a valorização dando espaço ao conhecimento de diferentes raças, religião, classe social, origem e sexo. Criar meios de repudio a discriminações também deveria fazer parte do processo curricular escolar através de projetos culturais e momentos de reflexão podendo desenvolver no aluno uma criticidade, fazendo com que estes percebam os efeitos negativos do preconceito e da intolerância tanto a si quanto ao próximo, pois num país tão miscigenado como o nosso, conceitos arcaicos de convivência como xenofobia, intolerância religiosa e racismo são inaceitáveis. “A educação é entendida como um processo social no qual os cidadãos têm acesso aos conhecimentos produzidos e deles se apropriam de forma a se prepararem para o exercício de sua cidadania” (CAVALLERO 2006, p.21). A educação atual deveria passar por uma grande transformação buscando atender as transformações sociais explicitadas como as novas tecnologias, sexualidade midiática, mudanças de costumes, quebras de tabus e a família alternativa (composta por casais homoafetivos) enfim a educação tradicional deveria se adequar a novas realidades no seu currículo de forma a combater os estereótipos e a intolerância. A prática escolar poderia se dar através da interdisciplinaridade ela é sem dúvida um fator primordial no bom andamento do currículo escolar, pois agrega opiniões, projetos em grupo e parcerias dentro da escola, sendo um modelo estável e o mesmo tempo exemplo a outros movimentos. Assim atitudes de respeito não partiriam isoladamente sendo melhor em grupo, onde os envolvidos vivenciariam o que aprendem e poderiam trocar experiências com demais colegas, além e claro de trazer consigo toda uma interação como a professor/aluno, aluno/sociedade. As atividades em sala de aula e bate papos e debates podem ser usados e são didáticas esporadicamente usadas através de seminários com os alunos. Tem-se a 6 favor disto o enfoque multidisciplinar e extracurricular no sentido de usar as tecnologias disponíveis da escola como a internet do laboratório de informática. A pluralidade cultural poderá ser trabalhada de maneira que todos colaborem e tenha vez opinando, sugerindo e criticando, porém às vezes poderá se deparar com situações limites e nós educadores precisamos estar preparados contornar situações, penso que a melhor maneira seja abordar a mesma questão com enfoques diferentes, podendo trabalhar teatro do oprimido junto a sala, ou simplesmente nos melhores casos continuar e fazer-se entender qual situação provocou a situação desagradável e entender o sentido disso. CONCLUSÃO Atualmente nos deparamos com a urgência do dilema de como conviver no nosso espaço com as diferenças culturais e, acima de tudo como vivermos em tolerância ao próximo nas diversas vivencias sociais. Elaborar e colocar em práticapolíticas sociais que vão de encontro a todas as diferenças é mais que um desafio é sim uma necessidade. Acredito que não é somente papel da escola e sim de todas as instituições que trabalham com pessoas, em busca de condições melhores de igualdade, de saúde, de cidadania, etc. Evidenciar o multiculturalismo, as diferenças sociais e a diversidade cultural são necessários para o enfrentamento enquanto políticas publicas de resgate a cidadania e respeito ao próximo, pois só assim, conseguiremos modificar a mentalidade da sociedade para que se reverbere no ambiente escolar ou que isso se inicie desde a educação básica, porém para tanto seria necessário um trabalho social constante pedagógico com os responsáveis pelo ensino de cada instituição. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução as teorias do currículo. -2 ed.,4ª reimp.- Belo Horizonte: Autêntica, 2002. GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. O jogo das diferenças: o multiculturalismo e seus contextos. -4 ed.-Belo Horizonte: Autêntica 2006. 7 CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2006. FREITAS, Eduardo. Xenofobia social. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/xenofobia-social.htm>. Acesso em: 06 de abril 2020. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/xenofobia-social.htm
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