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METODOS ANALÍTICOS EM BIOQUÍMICA CLINICA ESPECTROFOTOMETRIA (REAÇÕES COLORIMÉTRICAS E CINÉTICAS) Prof: DIMAS JOSE CAMPIOLO FASES DE REALIZAÇÃO DE EXAMES Fase pré-análitica Preparo do Paciente Coleta do Material Preparo e armazenamento da amostra biológica Fase analítica Fase pós-analítica * MATERIAL BIOLÓGICO (AMOSTRAS): Sangue total Soro Plasma Líquidos cavitários Urina Líquor Esperma, etc... TUBOS DE COLETA A VÁCUO Tubo para Coleta Sangue a Vácuo (5) (inversões) (3-4) (8) (8) (8) Cor da tampa (nome) Finalidade Anticoagulante Tubo para Sorologia (seco) Não Possui partículas de sílica micronizada e gel de separação ou Esferas de poliestireno Separar soro Dosagens Bioquímicas e Imunológicas Tubo para coagulograma Citrato trissódico (3,2% ou 3,8%) 1 parte citrato para 9 partes de sangue Coagulação Tempo e atividade protrombina (TPAP) Tempo de Tromboplastina Antitrombina III Tubo para plasma Heparina (lítica, amônica ou sódica) Parede revestida com heparina ou barreira de gel Separar plasma Dosagens de vários parâmetros Tubo para hematologia EDTA-K2 ou EDTA-K3 ou EDTA 8% Hemograma, Plaqueta HT/Hb, eletroforese de Hb Hb glicosilada Tubo para Glicemia Anticoagulante/Estabilizador oxalato de potássio/fluoreto de sódio EDTA/fluoreto de sódio Heparina (sódica ou lítica)/fluoreto sódio Dosagem glicose Teste Tolerância Glicose Teste Tolerância Insulina Prova sobrecarga lactose Soro Plasma Uso de anticoagulantes Não Sim Consumo de fatores da coagulação e fibrinogênio pela ativação da coagulação Sim Não (Quando colhido com citrato) Quantidade líquida separada Menor Maior Probabilidade de ocorrência de hemólise Maior Menor Tempo de espera para separação da parte líquida Maior - 60 minutos sem ativador do coágulo - 30 minutos com ativador do coágulo Menor - 5 minutos para cair a temperatura Exames Sorologia: (Chagas, HIV, Hepatite, VDRL. etc..) Dosagens bioquímicas etc.. Hemograma, Provas de coagulação, tipagens, eletroforese de hemoglobina etc... * Método de análise baseado em medidas de absorção de radiação eletromagnética. Espectrofotometria Óptica Comprimento de onda corresponde a luz visível ou ultra-violeta: faixa entre aproximadamente 180 a 800 nm Espectrofotometria * Vários fenômenos podem ocorrer com a radiação luminosa, como: reflexão, refração, espalhamento ou ser absorvida pelo material. Absorção de Radiação * ESPECTROFOTOMETRO O espectrofotômetro é um aparelho que faz passar um feixe de luz monocromática através de uma solução, e mede a quantidade de luz que foi absorvida por essa solução. Usando um prisma o aparelho separa a luz em feixes com diferentes comprimentos de onda (tal como acontece no arco-íris com a separação das cores da luz branca). A espectrofotometria podem ser conceituadas como um procedimento analítico através do qual se determina a concentração de espécies químicas mediante a absorção de energia radiante (luz). * ESPECTROFOTÔMETRO A espectrofotometria baseia-se na absorção da radiação nos comprimentos de onda entre o ultravioleta e o infravermelho; Quando luz passa através de uma amostra ou quando ela é refletida de uma amostra, a quantidade de luz absorvida é a diferença entre a radiação incidente (I0) e a radiação transmitida (I). A quantidade de luz absorvida é expressa tanto como transmitância ou absorbância. COMPONENTES BÁSICOS DA FOTOMETRIA Fonte de energia elétrica Fonte de energia radiante Lâmpada de Tunstênio – UV próximo e visível Lâmpada de Hidrogênio – região do UV Monocromador Porta Cubetas Quadradas Redondas Detectores: E° radiante transmitida em E° elétrica Circuito medidor: E° elétrica emitida e medido em A e/ou T ESPECTROFOTOMETRO MEDIDAS Leitura em Transmitância Leitura em Absorbância Leitura em Concentração Transmitância é a fração da luz incidente em um comprimento de onda específico, que passa por uma amostra de matéria. T = P / P0 TRANSMITÂNCIA * TRANSMITÂNCIA A intensidade de uma absorção pode ser expressa em Transmitância (T) definida como T=P/P0 onde: P0: Intensidade da energia radiante que incide na amostra P: intensidade da radiação que emerge da amostra. Obs: A absorção da luz é tanto maior quanto mais concentrada for a solução por ela atravessada: É a capacidade do material em absorver radiações em frequência específica. A = - log10 T ABSORVÂNCIA Absorbância A absorção da luz é tanto maior quanto mais concentrada for a solução por ela atravessada: Relação entre a concentração de uma solução e a luz absorvida. A solução 20g/l absorve o dobro da solução 10g/l. solução 10 g/l Po PT1 solução 20 g/l PT2 Po feixe de luz de intensidade Po A absorção da luz é tanto maior quanto maior for a distância percorrida pelo feixe luminoso através das amostras: Po PT1 Po PT2 3 cm feixe de luz de intensidade po 1 cm LEI DE LAMBERT-BEER A Lei de Lambert-Beer: a absorbância é proporcional à concentração da espécie química absorvente, sendo constantes o comprimento de onda, a espessura atravessada pelo feixe luminoso e demais fatores. Verifica-se uma relação linear entre absorbância ou densidade ótica e concentração, e de uma relação logarítmica entre transmitância e concentração. Quando a E°radiante atravessa uma solução, a quantidade de E° transmitida com: - espessura atravessada (LEI DE LAMBERT); - da concentração ou intensidade da cor da solução (LEI DE BEER); “LEI DE LAMBERT-BEER” A relação entre E emergente/ E° incidente indica a transmitância da solução. Representação gráfica da Lei de Beer, para soluções de KMnO4 em 545 nm e um caminho óptico de 1 cm. Em %Transmitância (%T versus c) b) Em Absorbância (A versus c) (C = Concentração em mg/L) INSTRUMENTAÇÃO O que é luz? Luz é uma onda eletromagnética. Uma onda é caracterizada pela velocidade com que se propaga, a intensidade, e o comprimento de onda (ou a frequência). Em um determinado ponto no espaço, o que varia rapidamente (umas 1014 vezes por segundo) são campos elétricos e magnéticos. Cor Comprimento de onda (nm) Cor Comprimento de onda (nm) Ultravioleta <400 Amarelo 570-590 Violeta 400-450 Alaranjado 590-620 Azul 450-500 Vermelho 620-760 Verde 500-570 Infravermelho >760 INSTRUMENTAÇÃO Se a luz passa em uma solução onde não há absorção nenhuma, a absorvância será zero e a transmitância será 100. ESPECTRO UV O espectro UV está dividido em 3 partes: UVC (< 280nm), UVB (280–320nm), UVA (320–400nm). UVA – Luz Negra – 320:400 nm Bronzeado; Formação da catarata; UVB – Região do eritema – 280:320nm Região potencialmente carcinogênica; Protetores solares; UVC – Bactericida e Germicida - < 280 nm Protegidos pela camada de ozônio; Lâmpadas de vidro bloqueiam completamente esses raios; “Uma solução AZUL absorve o VERMELHO com maior intensidade e portanto deve-se escolher a porção vermelha para medida da solução azul” OBJETIVO: “Utilizar uma faixa no espectro na qual a E° radiante seja absorvida ao máximo ou aproximadamente” Faixa visível do Espectro Eletromagnético Radiante. Comprimento de onda (nm) Cor absorvida Cor da solução analisada 380 – 430 Violeta Amarelo – verde 430 – 475 Azul Amarelo 475 – 495 Verde – azul Laranja 495 – 505 Azul – verde Vermelho 505 – 555 Verde Púrpura 555 – 575 Amarelo – verde Violeta 575 – 600 AMARELO AZUL 600 – 620 Laranja Azul – verde 620 - 700 Vermelho Verde - azul METODOLOGIAS: SEGUNDO PRODUTO FORMADO AGLUTINAÇÃO COLORIMÉTRICA PRECIPITAÇÃO REAÇÃO DE PONTO FINAL: Aquelas reações que formam produtos cuja concentração chega a um ponto máximo permanecendo estável por um certo tempo; SEGUNDO PROCEDIMENTO TÉCNICO REAÇÃO DE CINÉTICA CONTÍNUA: Reações que utilizam medidas contínuas da formação de produtos; REAÇÕES CINÉTICAS DE TEMPO FIXO: Reações que utilizamum tempo fixo de incubação sendo a formação de produtos interrompida por qualquer processo. REAÇÃO DE CINÉTICA DE 2 PONTOS: Útil para diminuir tempo de reação, eliminar interferentes. ESPECTROFOTOMETRIA APLICAÇÃO CLINICA Espectro de absorção Curva de calibração Dosagem de amostra APLICAÇÕES DA FOTOMETRIA EM ANÁLISES BIOQUÍMICAS A principal finalidade de uma medida espectrofotométrica, nas regiões do ultravioleta e visível, é avaliar quantidades. Assim, é extremamente importante efetuar uma rigorosa calibração visando obter resultados exatos. Para obter-se uma curva de calibração alguns aspectos devem ser considerados como: A escolha de uma solução padrão ( Ex:proteina-Albumina) O estabelecimento de um branco adequado A seleção da área espectral. Solução padrão Constitui parte integrante da análise quantitativa no laboratório e usada na dosagem de amostra desconhecida. Uma solução padrão apresenta concentração exata de uma substância conhecida, que servirá como referência na determinação fotométrica de concentrações desconhecidas desta mesma substância. Uma solução padrão tem grande importância no preparo da curva de calibração. Exemplo: uma solução padrão de albumina 10 mg/ml Isto significa que foram pesados 10 mg de albumina que a seguir foram dissolvidas em 1 ml de água ou outro solvente. Preparo de uma curva padrão (ou calibração) O preparo da curva de calibração é de grande importância e deve ser bem entendido. Todo analista deve ser capaz de preparar suas próprias curvas de calibração e interpretar os resultados obtidos. Para se obter o valor da concentração de substâncias cuja concentração se desconhece, é necessário estabelecer uma relação entre a absorbância desta solução em diferentes concentrações com as suas concentrações. Isto se chama curva de calibração (curva padrão). BR 2 4 6 8 10mg/ml Preparar uma série de padrões exatos, cobrindo a faixa de trabalho usada ou indicada. Usar o padrão recomendado para o método a ser calibrado. 2. Dosar todos os padrões de acordo com a técnica recomendada. Efetuar as leituras colorimétricas, usando o branco apropriado para acertar o zero-A, além do comprimento de onda recomendado pela literatura ou obtido pela curva de absorção espectral previamente realizada. 3. Obter os valores de Absorbância. 4. Plotar os resultados em papel milimetrado, relacionando Absorbância (ordenada) com as concentrações dos padrões (abcissa). Examinar bem os pontos e decidir se eles serão cobertos por uma linha reta. Se os pontos aparentemente seguirem uma linha reta, traçar uma curva de modo que mais se aproxime de todos os pontos obtidos. A curva não deve ser traçada de ponto a ponto, mas interpolando através dos pontos. 5. Examinar a curva traçada, avaliando se ela tem sensibilidade correta A curva padrão ideal deve ter ângulo aproximado de 45° Uma boa curva padrão Dosagem de proteínas totais de uma amostra Determinar a concentração amostra recorrendo à curva padrão de proteínas totais na 1,0 ml da amostra 4,0 ml do reagente de biureto Esperar 10 minutos Ler contra o Branco Amostra Conc. ? O USO DE FATOR DE CALIBRAÇÃO (FC) È um artifício usado rotineiramente e seu cálculo é feito como: concentração padrão FC = absorbância padrão A absorvância da luz a cada comprimento de onda é diretamente proporcional à concentração da solução contida na cubeta. Esta linearidade deixa de ocorrer a concentrações muito elevadas da substância, podendo nesses casos diluir previamente a amostra a medir. Linearidade da reação
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