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DIREITO PENAL 4 - FABIANO

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DIREITO PENAL IV – CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PROFESSOR FABIANO ZOLDAN
Indicação, youtube: Direito Penal Inteligente
1- Crimes contra à administração pública – art. 312, CP 
Adm. Pública – sujeito passivo
Adm. Pública direta – União, Distrito Federal, Estados, Municípios
Adm. Pública indireta – autarquia, fundações públicas, empresas públicas, sociedades mistas
2- Quem é considerado funcionário público? Art. 337, CF
3- Princípios – art. 37, CF
a. MORALIDADE
b. LEGALIDADE
c. IMPESSOALIDADE
d. PUBLICIDADE
e. EFICIENCIA
4- Crime funcional próprio
5- Crime funcional impróprio – art. 312 – tem que ser funcionário público 
6- Diferença entre o art. 316 (concussão) e 317 (corrupção passiva)?
Na concussão (316), há um exigência, uma determinação, uma imposição do funcionário para obtenção de vantagem indevida. Na corrupção passiva (317), ao contrário, existe uma solicitação, um pedido.
7- Corrupção passiva (art. 317): basta solicitar, não precisa receber.
Modo privilegiado, parágrafo 2º
Partícipe x Coautor 
coautor: pratica o verbo do tipo
partícipe: participa
8- Corrupção ativa: é o particular que oferece, não é funcionário público, não está no Título XI, pois não é crime contra administração. É crime comum. 
9- Facilitação de contrabando ou descaminho (318): ex. pagar policial para liberar na fronteira
10- Prevaricação (319): movido por ‘sentimento pessoal’ retardar/deixa de praticar ou praticar contra disposição expressa em lei 
11- Condescendência Criminosa (320): deixar de responsabilizar o subordinado que cometeu infração por indulgência (pena).
12- Advocacia administrativa (321): patrocinar/facilitar/fazer acontecer interesse privado, valendo-se do cargo. 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Funcionário público
        Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
        § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.  
 § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PRATICADOS POR PARTICULARES
ART. 328 E SS
1- Art. 328 – Usurpação de função pública: tomar posse da função, não basta que o agente intitule-se, é necessário a prática do ato de ofício (não basta, por exemplo, dizer que é vereador, precisar exercer a função como se assim fosse). 
a. Se auferir vantagem = qualificado. Obs. Esta vantagem deve estar relacionada ao cargo. Se a vantagem não estiver relacionada a isto, será crime de ESTELIONATO. 
2- Art. 329 – Resistência: 
a. O agente deve valer-se de violência ou grave ameaça;
b. Deve ser legítimo (legal) o ato;
3- Art. 330 – Desobediência:
a. A ordem deve ser formal e legal (escrita?) 
b. O funcionário público que determinou deve ter atribuição legal para tanto. 
4- Art. 331 – Desacato: 
5- Art. 332 – Tráfico de influência: 
a. Tráfico de influência x Advocacia administrativa= o tráfico é praticado por particulares, é crime impróprio. 
b. Não há necessidade de o agente efetivamente ter recebido a vantagem, basta ter a promessa de receber a vantagem. 
6- Art. 333 – Corrupção ativa: oferecer ou prometer.
a. É aquela praticada por particular (crime comum). 
b. Corrupção passiva: praticado por funcionário público (crime próprio). 
7- Art. 334 – Descaminho: crime contra a ordem tributária, onde não se paga imposto. Produtos lícitos que entram sem pagamento de impostos. 
8- Art. 334-A - Contrabando: importar ou exportar mercadoria PROIBIDA.
Princípio da insignificância: não significa que a pessoa não fez, apenas significa que o Direito Penal não se interessa por isso. Não há uma sentença de absolvição. 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
9- Art.339 – Denunciação Caluniosa: dar causa a instauração ... de que SABE SER INOCENTE. 
a. Não é simplesmente uma notícia crime, é necessário instaurar inquérito.
b. Majorante: anonimato
c. Minorante: conduta denunciada é uma contravenção 
10- Art. 340 – Comunicação Falsa: provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe crime que sabe não se ter verificado
11- Art. 341 – Auto-acusação Falsa: acusar-se perante autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem. 
12- Art. 342 – Falso testemunho ou falsa perícia: afirmar/negar/calar a verdade.
a. A única pessoa que tem o direito de permanecer em silêncio é o réu. Perjúrio somente pelo réu. 
b. A testemunha não pode ficar em silêncio. 
c. Majorante: presença de suborno ou quando for parte do processo a administração pública direta e indireta.
d. Deixa de ser punido se ANTES da sentença se retrata ou declara a verdade
13- Art. 348 – Favorecimento Pessoal: auxiliar a subtrair-se da ação de agende público, criminoso (esconder autor de crime com pena de reclusão e detenção)
a. Isento de pena: ascendente, descendente, cônjuge ou irmã do criminoso
14- Art. 349 – Favorecimento Real: Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o PROVEITO (produto) do crime. 
CASO CONCRETO 1
No dia 15 de março de 2017, por volta das 23h30min, em um hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Eugenópolis, PAULO ALBERTO, médico do referido hospital, solicitou, para si, diretamente, o valor de R$3.000,00 (três mil reais) referente ao pagamento de uma cirurgia de urgência, à paciente ELEONORA, que se encontrava internada no hospital sob seus cuidados com hemorragia interna. A vítima alegou não ter condições de pagar o procedimento. Diante da negativa do médico na realização da cirurgia sem o pagamento solicitado, este solicitou a transferência de ELEONORA para o hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itamuri, aonde o procedimento cirúrgico foi realizado por outro médico, sem qualquer ônus a ELEONORA. Dos fatos, PAULO ALBERTO restou denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública. Em defesa afirmou não ter solicitado valores para realização cirurgia, mas que apenas referiu que se fosse fazer a cirurgia seria de forma particular e custaria R$3.000,00 (três mil reais). Disse, ainda, que era médico contratado pelo hospital e, portanto, não poderia ser considerado funcionário público, conforme relatado na denúncia. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) A alegação de PAULO ALBERTO de que não pode ser caracterizado funcionário público deve prosperar? 
Paulo pode ser considerado funcionário público visto que o art. 327 dispõe “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.“
b) Qual a correta tipificação da conduta de PAULO ALBERTO? Ainda, o fato de ELEONORA não ter feito o pagamento solicitado possui alguma relevância?
Corrupção Passiva, Art. 317, parágrafo 1º, CP – solicitar vantagem indevida *diretamente* majorada por infringir dever funcional.
CASO CONCRETO 2
LAURA, Delegada de Polícia, negou-se a registrar ocorrência de estupro de vulnerável contra o filho de sua empregada doméstica, CARLA, sob o argumento de que conhecia o jovem e que a suposta vítima, de 13 anos, à época dos fatos, era, como afirmado pela mãedo suposto autor dos fatos, namorada deste. Independentemente da discussão acerca da configuração do delito de estupro de vulnerável, quando a menor já possui experiência sexual e consente com a relação sexual, analise sob o aspecto jurídico penal a conduta de LAURA. Responda, de forma objetiva e fundamentada, consoante os estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública. Ainda, caso a Delegada de Polícia deixasse de registrar ocorrência de estupro de vulnerável a pedido de CARLA, a resposta permaneceria a mesma? Responda de forma objetiva e fundamentada.
A conduta de Laura corresponde à de Prevaricação (art. 319, CP). Deixou de registrar a ocorrência (disposição expressa em lei) movida por sentimento pessoal (empregada), mesmo que sem visar vantagem para si ou por iniciativa própria.
Se Laura deixasse de registrar a ocorreria a pedido da empregada Carla, mesmo que sem receber qualquer tipo de vantagem indevida, sua conduta se encaixaria na forma privilegiada do crime de corrupção passiva (art. 317, parágrafo 2º, CP).
CASO CONCRETO 3
No dia 10 de fevereiro de 2017, por volta das 02h45min, ALEX SANDRO foi abordado por Policiais Militares em local conhecido como ponto de venda de drogas, tendo localizado em revista pessoal, na cueca do acusado 15 pedras de crack, droga que o ALEX SANDRO trazia consigo, para fins de distribuição e comércio, com peso aproximado de 2,56 gramas (auto de apreensão da fl. W/IP). Além da droga, apreendeu-se em poder de ALEX SANDRO um aparelho celular, marca LG, dual sim, sem cartão e sem chip, bem como R$ 325,00 (trezentos e vinte e cinco reais), divididos em cédulas de diversos valores (uma de R$ 50,00; duas de R$ 20,00; 18 de R$ 10,00 e 11 de R$ 5,00). Submetida a exame, constatou-se a natureza entorpecente da substância apreendida (laudo preliminar de constatação das fls. X-Y/IP). Na ocasião, durante a abordagem acima referida, ALEX SANDRO tentou resistir à revista, inclusive ameaçando o Policial Militar ANTÔNIO, dizendo-lhe que com uma ligação para o “Nando do Posto de Gasolina” o policial tomaria um “tiro na cara”. Dos fatos, ALEX SANDRO restou denunciado como incurso nas sanções do artigo 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, combinado com o artigo 2° da Lei n 8.072/90. Ante o exposto, responda, de forma objetiva e fundamentação às questões abaixo: 
a) A conduta de ALEX SANDRO ao ameaçar os policiais durante a revista, configura figura típica?
Crime de resistência, art. 329, CP.
b) Diferencie as condutas de resistência e desobediência.
Resistência: o agente deve valer-se de violência ou grave ameaça, sendo o ato legítimo (dever legal). 
Desobediência: desacatar a ordem formal de funcionário público. 
CASO CONCRETO 4
No dia 20 de dezembro de 2010, por volta das 21h05min, no cruzamento entre as Ruas Whashington Luís e General Portinho, em Porto Alegre, Adalto, atuando de forma negligente na direção de veículo automotor, praticou lesões corporais culposas na vítima Roger. Na ocasião, Adalto, no supracitado cruzamento, sem acautelar-se em relação ao trânsito existente no local, colheu a motocicleta conduzida por Roger, que trafegava pela Rua General Portinho. Segundo o apurado, o carro de Adalto passou por cima da motocicleta da vítima, arrastando-a por considerável distância, produzindo na vítima lesões nos braços, punhos, mãos e quadril esquerdo. A vítima gritou por socorro, ocasião em que foi socorrida por populares e policiais militares, uma vez que Adalto afastou-se do local, deixando de prestar socorro à vítima, embora lhe fosse possível fazê-lo. Na ocasião, policiais militares foram informados pela vítima e por populares que o motorista causador do acidente estava dirigindo o veículo Fiat/Uno, placa XXX000, bem como havia empreendido fuga do local. Com as informações do veículo, os policiais empreenderam diligências na direção apontada pelos populares e pela vítima, ocasião em que avistaram Adalto, em seu veículo, na praça supracitada, razão pela qual foi procedida abordagem. Quando da abordagem, Adalto ofereceu vantagem indevida a funcionários públicos para que omitissem ato de ofício. Após ser identificado, Adalto foi preso e colocado dentro da viatura policial, ocasião em que se dirigiu aos policiais dizendo que, para acabar com tudo aquilo (retirar as algemas e deixar que fosse embora), daria aos policiais a quantia que quisessem em dinheiro. Dos fatos narrados, indaga-se: com relação à conduta de Adalto oferecer vantagem indevida a funcionários públicos para que omitissem ato de ofício, qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, caso os policiais tivessem aceito e recebido a referida vantagem e ainda assim o prendessem, a resposta se alteraria? Responda de forma objetiva e fundamentada.
*Atropelou, fugiu, polícia foi atrás, prendeu e ele ofereceu vantagem para o soltarem*
Adalto praticou o crime de trânsito, após corrupção ativa, tendo oferecido vantagem aos policiais. Se os policiais tivessem aceitado a vantagem, teriam praticado a corrupção passiva. 
Art. 333 e 317, CP. Se os policiais tivessem aceito, mesmo que o prendessem, teriam praticado o crime de corrupção passiva – basta a conduta, não precisa o resultado. 
CASO CONCRETO 5
No dia 10 de abril de 2017, por volta das 9h40min, no interior da residência situada na QNO WW, conjunto X, casa Y, Ceilândia/DF, Bruno agindo de forma livre e consciente e com ânimo de assenhoramento, mediante grave ameaça exercida com o emprego de uma arma de fogo e violência física, subtraiu, em proveito próprio, um veículo Ford/KA, placa XXX000/DF, um notebook, marca SAMSUNG e R$ 500,00 (quinhentos reais) em espécie, todos pertencentes às vítimas Amanda e Carlos Gustavo. Da residência de Amanda e Carlos Gustavo, Bruno se dirigiu à casa de Paulo Victor, seu irmão e que, até o momento, nada sabia sobre a empreitada criminosa. Lá chegando muito nervoso, Bruno pediu auxílio ao irmão e pediu que ele escondesse o notebook, pois estava com medo de o encontrarem na posse do computador, todavia, meia hora após ter saído da casa de seu irmão, Bruno teve o carro identificado pela polícia e foi preso. Ante o exposto, com base nos estudos sobre crimes contra a Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta tipificação da conduta de Paulo Victor? Ainda, o fato de ser irmão de Bruno pode ser utilizada como tese defensiva para fins de isenção de pena?
A conduta de Paulo Victor se encaixaria no art. 349 se ele soubesse que os produtos eram proveito do crime. Caso não soubesse, a conduta não seria tipificada. O fato de ser irmão de Bruno nada mudaria, visto que o delito não possui esta tipificação. Apenas se Paulo tivesse escondendo Bruno, fato que não aparenta ser o caso concreto.
CASO CONCRETO 6
No dia 05 de maio de 2017, por volta das 20h15min, uma viatura da Polícia Militar durante a patrulha notou que um veículo que vinha em sentido contrário invadiu a pista com o intuito de colidir. A viatura desviou do carro e percebeu que ele adentrou em um matagal próximo ao local. Ato contínuo foi ao encontro do carro e ao efetuar a abordagem, os policiais militares perceberam que se tratava de um roubo, visto que a vítima, que estava no banco do carona, gritava por socorro. No local, a vítima, baleada na coxa, teve uma parada cardíaca, sendo ali reanimada, e levada ao hospital mais próximo pelos policiais. O projétil foi retirado e confirmada a materialidade em relação à arma encontrada com GENÉSIO, autor dos fatos e que foi preso em flagrante delito. Dos fatos narrados, indaga-se: 
a) Qual a correta tipificação da conduta de GENÉSIO? 
Genésio cometeu a conduta de roubo, art. 157, CP.
b) Qual a competência para processo e julgamento da infração penal? 
Vara criminal. Caso fosse considerado tentativa de homicídio poderia ser julgado no Tribunal do Júri.
c) Qual o prazo para fins de progressão de regimes?
AULA TEAMS – SEMANA 07
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
LEI DE DROGAS – 11.343/06
1- Art. 1º, parágrafo único: Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazesde causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. lei penal em branco 
2- Até o art. 26 trata do combate as drogas, relacionado ao sistema.
3- Art. 28, USUÁRIO, POSSE: Crime de múltipla ação. 
a. § 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
b. Critério para distinção de Consumo X Trafico: 
i. NATUREZA: tipo – qual era a droga. 
ii. QUANTIDADE
iii. LOCAL
iv. CONDIÇÕES: bolo de dinheiro, notas picadas.
v. CIRCUNSTÂNCIAS SOCIAIS
vi. CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS
vii. CONDUTA DO AGENTE
viii. ANTECEDENTES DO AGENTE
c. Uso de drogas NÃO gera reincidência na dosimetria da pena de outros crimes que não o do parágrafo 4º.
4- Art. 33, TRÁFICO: Crime de múltipla ação. 18 verbos. 
a. Súmula 145, STF
b. Crimes instantâneos (vender) e permanentes (guardar);
c. Crime hediondo: Tráfico, terrorismo (...)
d. Pode entrar sem mandado judicial quando houver flagrante delito
e. Lei de Crimes hediondos diz que deve iniciar em regime fechado, STF julgou que pode iniciar em regime semiaberto. 
f. Art. 44 de Crimes hediondos – deve ser alterado, visto que cabe SIM liberdade provisória para a prática do tráfico de drogas, foi alterado pela Lei 11.464/07.
g. Parágrafo 4º - TRÁFICO PRIVILEGIADO – redução da pena de 1/6 até 2/3. 
i. Requisitos: réu primário; bons antecedentes; não se dedique a atividades criminosas e nem integre organizações criminosas.
5- Art. 34 – Fabricar, produzir... qualquer objeto destinado à fabricação, produção, transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal regulamentar.
6- Art. 35 – Associação para o tráfico – estabilidade e permanência – 2 ou mais pessoas. 
a. Não pode ser comparado ao simples concurso de agentes.
b. Tem que ter estabilidade e permanência.
c. Diferente de Organização Criminosa – 4 ou mais pessoas - Lei nº 12.850.
7- Art. 36 – Financiar a prática de qualquer dos crimes do art. 33, caput, parag. 1º e 34.
8- Art. 37 – Informante 
9- Art. 38 – Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
a. 
10- Art. 39 – Conduzir embarcação/aeronave após uso de drogas
11- Art. 40 – aumento de pena dos art. 33 ao 37 – 1/6 a 2/3
a. Prevalecer função pública
b. Violência grave ameaça
c. Entre estados da federação e etc.
12- Art. 41 – Delação premiada – redução de pena
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (revisão) Lei 8.072/90
1- Dispõe sobre os crimes hediondos nos termos do art. 5º, XLIV, CF
2- Art. 1º São crimes hediondos:
a. Principais: Tráfico, tortura e terrorismo. 
b. Homicídio qualificado, praticado por grupo de extermínio
c. Roubo em certas circunstancias 
d. Epidemia com resultado morte
e. Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
3- Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
a. Anistia, graça ou indulto.
b. Não cabe fiança (mas cabe liberdade provisória).
c. Parágrafo 1º - iniciar em regime fechado – derrubado pelo STF.
d. Prisão temporária com período de 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. (no Processo penal seria 5 dias mais 5 dias)
4- Art. 5º Liberdade Condicional
a. Precisa cumprir no mínimo 2/3 da pena
5- Art. 8º, parágrafo único – delação premiada
LEI DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 12.850
1- Art. 1º, parágrafo 1º CONCEITO ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA: Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
a. 4 ou mais pessoas;
b. Forma organizada – estruturada com divisão de tarefas;
c. Para prática de crimes com pena máxima superior a 4 anos OU;
d. Qualquer crime desde que seja de caráter TRANSNACIONAL (exterior) – menos de 4 anos;
2- Art. 2º - promover, financiar, pertencer a organização criminosa
a. Aumento de penas:
i. Aumento de pena: uso de arma de fogo;
ii. Funcionário público, valendo-se da condição; 
iii. Transnacionalidade da ação;
3- Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: (alguns apenas – ler art)
a. colaboração premiada;
b. ação controlada – “dar o bote na hora certa”;
4- Art. 4º - Delação premiada (LER TODO ARTIGO)
a. Parágrafo 16 - Não pode haver denúncia, nem condenação, apenas pela palavra do delator, porém, esta, deve ser um elemento de convicção. 
5- Art. 7º c/c art. 10 e 11 – infiltração de agentes.
6- Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados.
a. Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando INEXIGÍVEL conduta diversa.
7- Art. 16 – Banco de dados das empresas de transporte (últimos 5 anos)
8- Art. 17 – Banco de dados das empresas de telefonia (últimos 5 anos)
9- ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA – ART. 288, CP X ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
a. Associação mínimo 3 pessoas
b. Simplicidade - Menos exigências
c. Qualquer crime
d. Previsto no CP
10- Além da pena do crime cometido será somado a pena pela associação ou pela organização criminosa.
CASO 6
No dia 05 de maio de 2017 (roubo)
a) Roubo: 
§ 2º, inciso V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade;.
§ 2º-A , inciso I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; 
§ 3º  Se da violência resulta:
 I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; 
b) O caso concreto sugere que ocorre latrocínio e neste caso a competência seria uma pegadinha, pois o latrocínio é crime contra o patrimônio, ou seja seria competência de juiz singular – vara criminal e não tribunal do júri. Súmula 603, STF.
c) LEP – art. 112. 
Sendo Latrocínio = crime hediondo. Sendo roubo com violência, lesão grave ou emprego e arma de fogo = crime hediondo. 
Art. 112, inciso V – 40% da pena. Cumprirá 4 anos para vir pro semiaberto.
CASO 7
Idoso - totura
a) Crime de tortura em concurso de pessoas, por 3 vezes. Além do art. 104, do estatuto do idoso por reter o cartão dos idosos.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Concurso de pessoas (2 agentes), art. 61, inciso II, alínea “h”, CP
3 crimes de tortura (3 idosos).
Estatuto do idoso – art. 104.
CASO 8
Adalto 
a) Art. 28, Lei 11.343/06 – posse de droga
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente
b) Princípio da insignificância.
c) Sim, oferecimento de Transação Penal e Suspensão Condicional do Processo. 
d) Art. 33, parágrafo 3º
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem.
CASO 9
Policiais militares
a) Art. 33, Lei 11.343 – tráfico de drogas.
b) Sim, art. 35 da Lei 11.343 – associação para o tráfico.
c) Sim, é crime hediondo e portanto é incidem os institutos repressores.
CASO 10
No interior de um coletivo (organização criminosa)...
R: A capitulação do Ministério Públicoindica ser organização criminosa, porém, o art. 1º, parágrafo 1º, da Lei das Organizações Criminosas fala da necessidade de cometer crimes (no plural) e no caso em tela, o grupo cometeu apenas 1 crime. Fizeram apenas uma vez para trazer uma arma, não eram uma indústria do crime, não havendo o que se falar em organização. 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – Lei 10.826
1- Art. 3º - é obrigatório o registro da arma de fogo no órgão competente.
2- Art. 1º ao 5º - explicações de como se faz o registro 
3- Art. 6º - é proibido o porte de arma de fogo, salvo para: (incisos)
4- Art. 10 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
5- Art. 12 – Posse ilegal – uso permitido
6- Art. 14 – Porte ilegal – uso permitido 
a. *cabe sim fiança – passou por adin
7- Art. 13 – Omissão de cautela – crime omissivo próprio – deixar de fazer
a. Incorre na mesma pena empresa de segurança que extravia arma de fogo e não comunica Polícia Federal
8- Art. 15 – disparo de arma de fogo sem intenção de praticar outro crime
9- Art. 16 – Posse ou porte ilegal de arma de USO RESTRITO - 3 a 6 anos
a. Se for de USO PROIBIDO – 4 a 12 anos
10- Art. 17 – Comércio ilegal de arma de fogo
a. 6 a 12 anos
11- Art. 18 – Tráfico internacional de arma de fogo
12- Arts. 19 e 20 – aumento de pena
13- Art. 21 – não se aplica liberdade provisria nos arts. 16, 17 e 18 – julgado inconstitucional.
14- Art. 26 – proibido réplicas e brinquedos
15- Art. 32 -  Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma. 
16-

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