Buscar

Estado na ordem juridica Internacional

Prévia do material em texto

Estado na ordem jurídica Internacional 
Caroline Barboza Freire de Carvalho 
As Organizações Internacionais são entidades públicas que possuem 
personalidade jurídica de Direito Internacional e além delas, também são 
considerados assim os Estados Soberanos e a Santa Se. Esses são os atores do 
direito internacional. São sujeitos de Direito Internacional por terem capacidade 
jurídica própria. Os Estados então, possuem algumas características que os 
coloca como sujeitos originários bem como a Santa Se. 
 Nesse sentido, podemos considerar que alguns elementos precisam estar 
presentes para a formação de um Estado, são eles: Povo, território e governo 
soberano. Povo, que se caracteriza como a população de um Estado considerado 
seu aspecto jurídico, ou seja, o conjunto de indivíduos que se sujeitam as mesmas 
leis, regras; Território podemos entender como delimitação geográfica onde o 
Estado exerce sua Soberania e por fim, Governo Soberano se traduzindo como a 
autonomia reconhecida como uma liderança máxima, poder absoluto onde não há 
subordinação nem dependência, e sim igualdade entre o Estados. 
Diante dessas características então, podemos estabelecer uma ligação entre o 
princípio da Soberania e os demais princípios estabelecidos na Constituição 
Federal em seu Art. 4º dentre eles, o de não- intervenção, igualdade entre os 
Estados e o da autodeterminação dos povos que estão intimamente ligados ao 
primeiro. A não intervenção se estabeleceu, contudo no tocante ao Direito 
Internacional e na prática das relações internacionais, como um dos pilares 
descritos na Carta das Nações Unidas e vem sendo assim trazido como basilar 
nas relações entre os Estados. 
Tendo em vista que o Estado é uma pessoa jurídica de direito internacional, este 
possui então direitos e deveres. Fundamentalmente temos liberdade, 
independência nacional, igualdade (jurídica e relativa) , o respeito mútuo, a 
reclamação internacional, além da defesa e conservação como direitos precípuos 
do Estado. 
A nossa Constituição Federal prevê a INDEPENDÊNCIA NACIONAL como uma 
condição primordial para a existência do Estado, sem a qual não se subsiste.Com 
ela, o Estado é soberano, é livre, para fazer sua lei e aplicá-la, porem temos alguns 
Estados não têm independência, e não podem ser considerados como um Estado 
soberano. Todos os direitos citados, advém da independência e igualdade, onde 
todos os Estado são iguais perante o Direito Internacional Público. 
O respeito mútuo perfaz como o direito a ser tratado com consideração, com 
respeito à dignidade e à personalidade. A reclamação internacional traz a tona 
que, em caso de ofensa, o Estado pode ser reparado por representação 
internacional, recorrendo à Corte Internacional de Justiça ou a outra 
organização. Já acerca da defesa e conservação, temos o direito de poder se 
defender e conservar o território, para isso os Estados pactuam com tratados de 
cooperação militar. 
Acerca dos deveres de um Estado, podemos englobar nas categorias: moral, 
jurídicos e de não intervenção. 
Os deveres morais são aqueles prestados em assistência moral com outros Estado. 
Não são meramente cortesia internacional, mas estão voltados para a ajuda em 
caso de necessidade, urgência, calamidades onde todos se voltam para um único 
objetivo: cooperação mutua. 
 No que tange ao dever jurídico, deve ser entendido como a repressão uniforme a 
crimes ou atitudes em desconformidade com os tratados, normas estabelecidas, 
visando principalmente reprimir crimes contra humanidade. Nesse sentido, os 
Estados devem prevenir, investigar e punir toda violação aos direitos 
reconhecidos pela Convenção e procurar, ademais, o restabelecimento, caso seja 
possível, do direito violado e, em todo caso, a reparação dos danos produzidos 
pela violação dos direitos humanos. 
Por fim, acerca da não-intervenção já pontuamos que se trata de uma vontade que 
é imposta sem ser solicitada, pode ser armada, diplomática, individual, coletiva. 
É uma ingerência, uma intromissão de um ou mais Estados em um assunto interno 
de outro, o que não deve ser tolerado, exceto nos casos de legítima defesa a uma 
agressão justificável, obedecendo o princípio da proporcionalidade; para fins 
humanitários, quando a população está sofrendo limitações, para preservar os 
interesses do Estado ou se caso a intervenção se der por meio da ONU, OEA ou 
uma Comunidade Africana. Essa organização intervém no assunto de um país 
para fins humanitários.

Continue navegando