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CINTHIA SOUSA MATOS POLIANA TAVARES MACHADO TAMARA CRISTINA GOULART DE CARVALHO THAYNARA MATOS DE OLIVEIRA AS CLÁSSICAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ GOIÂNIA/2020 CINTHIA SOUSA MATOS POLIANA TAVARES MACHADO TAMARA CRISTINA GOULART DE CARVALHO THAYNARA MATOS DE OLIVEIRA AS CLÁSSICAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO Trabalho ministrado para fins de obtenção de nota na disciplina de Introdução a Psicologia, do curso de Psicologia, sob orientação da Prof. Andreia Costa Rabelo. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ GOIÂNIA/2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3 1 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA ................................................................................... 4 1.1 Psicologia Clínica .................................................................................................................... 4 1.2 Psicologia Hospitalar ............................................................................................................. 5 1.3 Psicologia Educacional .......................................................................................................... 6 1.4 Psicologia do esporte ............................................................................................................. 8 1.4.1 Práticas de tempo livre ................................................................................................... 8 1.4.2 Projeto social ..................................................................................................................... 8 1.4.3 Iniciação esportiva ........................................................................................................... 9 1.4.4 Esporte escolar ................................................................................................................. 9 1.4.5 Reabilitação ....................................................................................................................... 9 1.5 Psicologia do trabalho ........................................................................................................... 9 1.5.1 Recrutamento Pessoal .................................................................................................. 10 1.5.2 Seleção de Pessoas ....................................................................................................... 10 1.5.3 Treinamento de Pessoas .............................................................................................. 11 1.5.4 Diagnóstico Organizacional ........................................................................................ 11 1.5.5 Orientação profissional ................................................................................................ 11 1.5.6 Espaço físico e ergonomia .......................................................................................... 12 1.5.7 Diversidade Cultural ...................................................................................................... 12 1.6 Psicologia Social ................................................................................................................... 13 1.7 Psicologia Jurídica ................................................................................................................ 14 1.8 Psicologia Forense ............................................................................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 17 3 INTRODUÇÃO A psicologia como ciência é bastante recente, datando do fim do século XIX. Por este motivo é impressionante o rápido crescimento e a grande abrangência em que ela atua. Em menos de 200 anos já existem diversas áreas para se trabalhar dentro da profissão. Ao longo do tempo essa ciência veio se moldando e encaixando em várias áreas da sociedade a fim de auxiliar no entendimento do que pode ser maior quebra cabeça do universo: a mente humana. Quando se fala em psicologia, é comum vir a mente a imagem de um consultório onde o paciente pode contar seus problemas e ser direcionado por um profissional para resolvê-los. Isto é o que chamamos de psicologia clínica. No entanto, apesar de ser, talvez, a mais conhecida das especialidades, está longe de ser a única. A psicologia hospitalar, por exemplo, auxilia os pacientes e as famílias a lidar com as dificuldades advindas de uma doença. Enquanto isso, a psicologia educacional, ajuda com as dificuldades que podem ocorrer ao longo do aprendizado escolar. E quem nunca passou por uma entrevista com dinâmica ou recebeu um treinamento do Recursos Humano? Trata-se da psicologia voltada ao ambiente de trabalho. Há também o profissional da área esportiva que pode amparar o indivíduo em um momento de reabilitação pós lesão. A psicologia social colabora com o entendimento sobre a relação entre o indivíduo e o grupo ao qual pertence. Temos ainda as psicologias jurídica e forense, que estão ligadas a resolução de crimes, por meio de conciliação de conflitos, avaliação psicológica, etc. 4 1 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA 1.1 Psicologia Clínica O nome, psicologia clínica, foi cunhado pelo americano Lightner Witmer, que abriu a primeira clínica de psicologia na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Lá, ocorria o tratamento de crianças com problemas escolares. A psicologia clínica é uma área destinada a atender o indivíduo, em suas especificidades, com o intuito de possibilitar o autoconhecimento e alívio de dores emocionais. O psicólogo é a figura que permite o conhecimento de si mesmo por meio da fala (MIRANDA, 2013). Dentre todas as áreas da psicologia essa é, possivelmente, a mais conhecida e, por ser muito ampla, pode atender a pessoas em todas as fases da vida (infância, adolescência, maturidade e velhice). "Entendemos que a psicologia clínica se distingue das demais áreas psicológicas muito mais por uma maneira de pensar e atuar, do que pelos problemas que trata. O comportamento, a personalidade, as normas de ação e seus desvios, as relações interpessoais, os processos grupais, evolutivos e de aprendizagem, são objeto de estudo não só de muitos campos da psicologia como também das ciências humanas em geral" (MACEDO, 1984, p.8). Esta área da psicologia se ocupa com transtornos mentais e suas demonstrações, incluindo prevenção, psicoterapia, avaliação, diagnósticos, encaminhamentos, etc. O que difere a psicologia clínica das demais áreas, é a observação singular de escuta clínica, sendo um espaço onde o paciente pode expressar suas angústias, conflitos e medos com o propósito de buscar alívio emocional. Muitos buscam a psicoterapia para resolver problemas. No entanto, ela também pode servir como uma fonte de conhecimento de si mesmo e uma fonte de aprimoramento pessoal, mesmo que o indivíduo não apresente manifestação de qualquer disfuncionalidade. O psicólogo clínico está habilitado para realizar psicoterapias e atendimentos, além de poder escolher uma abordagem teórica (bahaviorista, comportamental, humanista, etc.) para embasar sua prática em consultório. Para Miranda (2013), o 5 psicólogo pode atender de forma individual, em qualquer faixa etária, e também em forma de grupos, como no caso de um atendimento familiar. Seja qual for o tipo de atendimento, o objetivo é ajudar os indivíduos a lidar de forma mais correta em suas tomadas de decisão e na resolução de seusconflitos. É importante ressaltar que, esse profissional precisa estar munido de embasamento em diversas teorias clínicas e métodos tático para extrair o máximo do paciente e, assim, poder ajuda-lo. 1.2 Psicologia Hospitalar A psicologia hospitalar, como o nome sugere, trata-se de profissionais da psicologia que trabalham em hospitais. Essa vertente vem se desenvolvendo desde os anos 1950, sendo oficializada no Brasil no ano 2000 (ISMAEL, SANTOS; 2013). Essa é uma prática terapêutica, derivada da psicologia clínica, mas difere-se dela por ser ativa, ou seja, ao invés de esperar que o paciente vá até o consultório, o psicólogo vai ao paciente em caso de necessidade. Enquanto os médicos se ocupam de tratar a doença física dos pacientes, o psicólogo hospitalar entra em cena para ajuda-los com a parte psicológica. Essa abordagem leva em conta as subjetividades distintas de cada indivíduo, visando aplacar as angústias e medos que podem decorrer da doença e hospitalização. A psicologia hospitalar enfatiza a parte psíquica, mas não diz que a outra parte não é importante, pelo contrário, perguntará sempre qual a reação psíquica diante dessa realidade orgânica, qual a posição do sujeito diante desse “real” da doença, e disso fará seu material de trabalho. (SIMONETTI, 2006, pág.16). O ser humano possui sentimentos, comportamentos, lembranças e desejos que são únicos. Esses aspectos podem influenciar no quadro clínico do paciente, podendo, inclusive, provocar o processo patogênico (CANTARELLI, 2013). Por este motivo, o profissional de psicologia se torna tão importante nesse contexto, trabalhando para minimizar o sofrimento do sujeito em um período que, por si só, já é delicado. 6 A atuação do psicólogo hospitalar pode se dar nos momentos de preparativos para procedimentos como pré e pós operatório, exames, tratamento, aconselhamento do paciente e da família. O interesse do profissional não se dá pela doença em si e sim pela relação que o paciente estabelece com ela. Sendo assim, é importante compreender, por meio do processo de fala paciente/psicólogo, o que essa doença representa para o paciente, qual o seu significado, para que assim, o psicólogo possa auxiliá-lo da maneira correta. Camon e Vale (2004, pág. 93) diz o seguinte “Não existe um sujeito e uma doença separados, mas um ser que adoece, que se revela na sua vivência particular.” Isso demonstra a necessidade do psicólogo, já que fica clara a influência da subjetividade de cada um em seu processo de luta contra uma doença. 1.3 Psicologia Educacional A Psicologia Escolar/Educacional pode ser entendida como um campo de reflexão teórica, de pesquisa e de intervenção profissional (PSICOLOGIA, 2019). Uma figura notável para o desenvolvimento da psicologia escolar foi Granville Stanley Hall (1846-1924) ele ficou conhecido por tornar-se o primeiro Presidente da American Psychological Association (APA), em 1892. Fundou o primeiro laboratório de psicologia americano da Universidade John Hopkins, e foi o Primeiro americano a ganhar um Ph.D. em Psicologia. Foi professor e se interessava muito por temas relacionados à adolescência e infância, e ao longo de sua carreira publicou diversos artigos e livros concentrados nesses temas (GRANVILLE, 2016). Dentre outros podemos citar grandes nomes como Lightner R. Witmer (1867- 1956), Alfred Binet (1857-1911), Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1962) e Rene Zazzo (1910-1995). O psicólogo educacional é o profissional da psicologia cuja missão é o estudo e a intervenção do comportamento humano no contexto da educação. Seu objetivo principal é o desenvolvimento das capacidades das pessoas, dos grupos e das instituições. Além disso, na definição se entende o termo educacional no sentido mais amplo da formação, de possibilitar o desenvolvimento pessoal e coletivo (QUAIS, 2017). 7 As funções do psicólogo escolar/educacional são: • Intervenção em relação às necessidades educacionais dos alunos: deve se encarregar de estudar e prever as necessidades educacionais dos alunos. Graças a isso pode agir para melhorar a experiência educacional dos alunos; • Funções vinculadas à orientação, aconselhamento profissional e vocacional: o objetivo geral desses processos é colaborar no desenvolvimento das competências das pessoas, através do esclarecimento dos seus projetos pessoais, vocacionais e profissionais de modo que possam dirigir sua própria formação e sua tomada de decisões; • Funções preventivas: deve intervir na aplicação das medidas necessárias para evitar os possíveis problemas na experiência educacional. É importante agir sobre todos os agentes educacionais (pais, professores, filhos, orientadores…). • Intervenção na melhoria do ato educacional: é de grande importância prestar atenção à instrução aplicada pelos educadores. Estudar e aplicar as melhores técnicas educacionais é necessário para que o aprendizado e o desenvolvimento do aluno sejam ideais; • Formação e aconselhamento familiar: uma parte importante da educação é a que a família oferece. Através do estudo da família e do posterior aconselhamento é possível alcançar modelos educacionais familiares eficientes. Com isso, aumentamos a qualidade de vida de todos os membros da família; • Intervenção socioeducativa: a vida acadêmica e familiar não são as únicas coisas que educam o ser humano, o ambiente todo importa. É responsabilidade do psicólogo educacional se encarregar do estudo de como o sistema social influencia a educação para, assim, tentar intervir naqueles aspectos que são passíveis de melhorias; • Pesquisa e docência: para que todas as outras funções possam ser desempenhadas, são necessárias muitas pesquisas que mostrem as direções a seguir. Toda pesquisa seria inútil sem uma docência que dissemine o conhecimento entre outros profissionais e estudantes. (QUAIS, 2017) 8 1.4 Psicologia do esporte Os primeiros especuladores sobre a função motora e de percepção por conceitos de corpo e alma foram os filósofos Aristóteles e Platão. Assim, foi na Grécia Antiga que iniciaram os estudos sobre Psicologia Esportiva. No início do século XVIII algumas questões relacionadas ao esporte ocuparam os estudos da época, onde foram analisadas principalmente as habilidades motoras, tempo de reação, atenção e sentimentos. Esses estudos afirmaram que seria por meio do esporte que mente, corpo e alma se manifestariam em situações reais, permitindo a capacidade de julgar, reagir, compreender ações corretamente, entre outros, compondo corpo e mentes fortes (A INTERVENÇÃO, 2017). A psicologia do esporte é uma área de atuação que não está voltada somente para o esporte de alto rendimento. O psicólogo do esporte atua também, nas práticas de tempo livre, nos projetos sociais, na iniciação esportiva e na reabilitação (COMO, 2014). 1.4.1 Práticas de tempo livre O papel do psicólogo do esporte nesse contexto visa, auxiliar as pessoas que fazem exercícios físicos buscando melhorar a qualidade de vida até as pessoas que competem de maneira amadora. O objetivo da psicologia do esporte nesse contexto é de promoção e prevenção da saúde facilitando os processos de adesão e aderência as atividades físicas, seja, em um indivíduo que inicia uma aula numa academia, parque, clube ou assessoria esportiva até o executivo que nas horas vagas pratica triátlon como uma equipe, por exemplo. Esse é o maior “nicho” de trabalho do psicólogo do esporte, é onde há maior demanda de pessoas e pouca intervenção prática e acadêmica. 1.4.2 Projeto social Nesse contexto o psicólogo do esporte visa trabalhar a prática de esporte para o desenvolvimento humano e para o complemento da educação. Tem como objetivo promover a inclusão social através de estratégias pedagógicas que pretendem desenvolver o lazer e a aquisição de hábitos e práticas esportivassaudáveis que possam ser incorporadas em sua formação como cidadão. 9 É uma das áreas em que o psicólogo do esporte têm se inserido no mercado de trabalho, já que muitas iniciativas do terceiro setor e de ongs estão sendo criadas com o foco voltado para a educação pelo esporte. 1.4.3 Iniciação esportiva Consiste em auxiliar juntamente com outros profissionais no desenvolvimento de métodos adequados para crianças e jovens que iniciam nas atividades físicas e esportivas em clubes ou instituições, respeitando sua fase de desenvolvimento físico e psicológico. 1.4.4 Esporte escolar Ainda pouco desenvolvido no Brasil, visa colaborar com as instituições escolares em todas as suas etapas, desde a ensino básico até o ensino superior. Sendo, em nível competitivo, recreativo e lúdico. 1.4.5 Reabilitação A Psicologia do Esporte na reabilitação possui duas frentes de intervenções. A primeira visa reabilitar o atleta ou o praticante de esporte lesionado. Geralmente a lesão não traz consigo somente sofrimento e dor física, possui um componente emocional e psicológico de grande repercussão. O trabalho é em equipe com médicos e fisioterapeutas para amenizar o sofrimento emocional e suas possíveis consequências psicológicas. O segundo tipo de intervenção consiste na reabilitação através do esporte, ou seja, desde auxiliar na reintegração social e inclusão de deficientes físicos e mentais em programas de práticas esportivas exaltando seu efeito terapêutico e lúdico, até trabalhar com pessoas que necessitam da atividade física como prescrição médica para promoção e prevenção da saúde e para melhorar o estilo de vida. Nesse grupo temos os obesos, os cardiopatas, os diabéticos entre outros (PSICOLOGIA, 2010). 1.5 Psicologia do trabalho Os psicólogos Hugo Munsterberg (1863-1916) e Walter Dill Scott (1869- 1955), datados como reconhecidos nomes quando o assunto é psicologia 10 organizacional/trabalho obtiveram destaque quando aplicaram a psicologia á várias práticas comerciais, como seleção de pessoas e publicidade. A Psicologia Organizacional é a área de atuação que tem como foco o desenvolvimento e a aplicação de princípios científicos, objetivando estudar o comportamento humano relacionado ao ambiente de trabalho, possibilitando alcançar níveis excelentes de qualidade por toda a organização, atuando sobre os problemas organizacionais da gestão, diretamente ligados ao bem estar dos colaboradores (A IMPORTÂNCIA, 2015). O psicólogo organizacional é um profissional que exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho, como recrutamento, seleção, orientação, aconselhamento e treinamento profissional (O PSICÓLOGO, 2015). 1.5.1 Recrutamento Pessoal O processo de recrutamento está cada vez mais tecnológico e estratégico. Antes de recrutar profissionais, deve ser feito um planejamento para atrair os melhores candidatos e garantir que a vaga seja preenchida de forma correta. Deve-se decidir junto à liderança se o recrutamento será interno, com o aproveitamento de talentos já contratados pela empresa, por meio de promoções ou troca de área; ou se o recrutamento será aberto para captação externa. De qualquer forma, o perfil profissional e comportamental da pessoa que preencherá a vaga já deve estar montado, a fim de recrutar profissionais criativos, empreendedores, bem-formados, proativos e que esteja mais alinhados com os valores e políticas da empresa. 1.5.2 Seleção de Pessoas Em sequência ao recrutamento, ocorre a seleção de pessoas. Essa etapa consiste na análise mais detalhada dos candidatos recrutados, a fim de escolher aquele que está mais apto a assumir as responsabilidades do cargo. Essa fase também deve ter uma estruturação prévia, a fim de listar quais competências são imprescindíveis que o candidato já tenha e quais podem ser aprendidas no exercício da função. https://blog.solides.com.br/recrutamento-e-selecao-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ https://blog.solides.com.br/recrutamento-e-selecao-por-competencias/ 11 A seleção, na maioria das vezes, não é tratada como uma fase separada do recrutamento. Nesse caso, o planejamento também deve ser feito. O importante é que sejam levantadas todas as informações necessárias para a contratação dos profissionais mais adequados. 1.5.3 Treinamento de Pessoas Os novos colaboradores de uma empresa devem passar por um treinamento que os permita conhecer mais a fundo sobre o funcionamento das áreas organizacionais, além de treinamentos internos visando aperfeiçoar competências que o profissional já tinha. Durante a rotina de trabalho, há a necessidade constante de mapear competências e clima organizacional, para que sejam desenvolvidos outros treinamentos e programas de instrução para os colaboradores, independentemente do tempo de empresa que cada um tenha. Esse tipo de formação é importante não apenas para o aprimoramento profissional, como também para o desenvolvimento pessoal. 1.5.4 Diagnóstico Organizacional Essa estratégia tem como objetivo compreender os motivos e antecipar possíveis conflitos que possam atrapalhar o rendimento da equipe. Por meio desse diagnóstico, é possível prever problemas, construir alternativas, elaborar planos de intervenção, avaliar e oferecer suporte ao time. Com esse planejamento já pronto, fica muito mais fácil encarar os desafios que podem surgir no ambiente de trabalho pelos mais diversos motivos. Assim, o desgaste pessoal e os possíveis danos aos resultados são reduzidos ou até mesmo evitados. Esse diagnóstico também é muito útil para a gestão de clima, pois reflete como está o ambiente na sua empresa. 1.5.5 Orientação profissional Fornecer um serviço de orientação profissional auxilia cada talento a entender em qual função seu perfil se encaixa melhor. Além de trazer benefícios para o https://blog.solides.com.br/7-melhores-ferramentas-de-recrutamento-e-selecao/ https://blog.solides.com.br/levantamento-de-necessidades-de-treinamento/ https://blog.solides.com.br/entenda-o-que-pode-influenciar-no-clima-organizacional/ 12 colaborador em questões de realização pessoal, norteia a carreira dentro da empresa. O psicólogo responsável pela orientação profissional pode ajudar cada indivíduo a entender a satisfação ou o descontentamento com o próprio trabalho, identificar perfis de liderança, orientar em uma transição de cargos ou até mesmo direcionar desligamentos de funcionários. 1.5.6 Espaço físico e ergonomia Construir um bom ambiente de trabalho não depende apenas da relação entre os colegas de trabalho, mas também envolve o espaço físico da empresa. Aqui, a função da psicologia organizacional é atender cada profissional em sua individualidade, pois cada um possui necessidades diferentes. Os móveis, as máquinas de trabalho, uniformes e demais objetos devem contemplar pessoas de todas as alturas e portes físicos, por exemplo. Também há a questão dos colaboradores que apresentam algum tipo de deficiência. Eles precisam que o ambiente de trabalho seja inclusivo para que possam desenvolver suas tarefas com autonomia. É função do psicólogo organizacional apresentar essas questões aos líderes e discutir soluções. 1.5.7 Diversidade Cultural Assim como na sociedade em geral, dentro de uma organização também há uma diversidade maior ou menor de indivíduos. Identificar a diversidade dentro de sua equipe permite conhecer melhor seus colaboradores e elaborar estratégias de informação sobre tolerância e respeito ao próximo. Companhias que têm como valor o respeito mútuo e universal costumam, além de orientar os funcionários no momento da contratação, criar campanhas para garantir uma convivência saudável e harmoniosa. Isso pode evitar ou amenizar conflitos dentro de uma equipe. Essas são algumas das áreas da psicologia organizacional. Como visto acima, todas elas têm em comum o objetivode promover melhorias na relação entre empresa e profissional, de modo a promover satisfação e gerar melhores resultados. https://blog.solides.com.br/entenda-a-importancia-da-diversidade-nas-empresas/ 13 Diversos problemas podem ser evitados por meio de uma estratégia psicológica bem aplicada: o turnover, falta de comunicação, absenteísmo, contratações equivocadas e problemas relacionados ao estresse, com a síndrome de Burnout (CONHEÇA, 2020) 1.6 Psicologia Social A psicologia social, é uma vertente da psicologia que se apresenta como uma ponte, entre a psicologia e as ciências sociais. Que surgiu na década de 50 nos Estados Unidos como consequência da Segunda Guerra Mundial. Sua aplicação visava promover uma melhor adequação dos soldados no exército, além de melhorar o desempenho em combate. Com a grande greve na França em maio de 68, os movimentos contra culturais passaram a criticar e questionar o modelo americano de psicologia social. A partir desse ponto, desenvolveram um modelo que visava entender e superar conflitos sociais de uma forma mais ampla, que englobava conhecimentos de outras áreas de estudos sociais, tais como, sociologia, filosofia e história. Na américa latina, a psicologia social, chegou acompanhada de críticas e procura de uma vertente que atendesse às necessidades existentes. Esse modelo se deu com bases materialista-histórica e voltada para o trabalho comunitário A psicologia social pode ser trabalhada tanto como área do conhecimento, quanto área de atuação. Seu objeto de estudo é o sujeito perante outras pessoas, e a partir da análise das subjetividades do indivíduo, dimensiona os fenômenos sociais. Em seu trabalho pioneiro sobre a Psicologia das Multidões Gustave Le Bon afirma: “Sejam quais forem os indivíduos que compõem um grupo, por semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, o fato de haverem sido transformados num grupo, coloca-os na posse de uma espécie de mente coletiva que os fazem sentir, pensar e agir de maneira muito diferente daquela pela qual cada membro dele, tomado individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se encontrasse em estado de isolamento.” (LE BON, 1895, 9: p. 18) https://blog.solides.com.br/sindrome-de-burnout-o-que-e-e-os-seus-sintomas/ 14 A dimensão subjetiva dos fenômenos sociais, abrange o conjunto de registros de cada indivíduo que compõem o evento. A cognição social depende desses registros, sendo que a partir da existência do mesmo em cada indivíduo, o grupo pode chegar a um determinado consenso. O contexto social é um pilar fundamental para a análise da subjetividade do indivíduo, uma vez que conceitos como individualismo e biologismo, inferem no modo de pensar do sujeito, sendo que negam que o indivíduo seja uma construção histórica e social. Tais conceitos viabilizam a reprodução da ideologia dominante, considerando-a como natural ou universal. As ações individuais dependem de diversos fatores externos que independem do indivíduo, logo, elas dificilmente ocorrem de forma isolada. As ações dependem de todo um contexto histórico-social e cultural, sendo assim, o indivíduo dificilmente estará isolado, e suas ações estão ligadas a um grupo. A psicologia social é uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais. Seu papel é analisar as interações grupais e individuais e buscar entender como ocorre a formação de grupos e como os mesmos interferem no indivíduo. O homem é um ser social, e como ser social, está em constante mudança a partir de novas interações e a psicologia social busca entender essas mudanças e essas constantes relações. 1.7 Psicologia Jurídica A psicologia jurídica, é uma área que abrange a psicologia no âmbito judicial. Sendo esta uma interface entre a psicologia e o direito. Sua área de atuação abrange desde cuidados com a saúde mental, até mesmo a verificação de abuso infantil. Sendo que sua função é auxiliar nas questões sócio judiciais dos crimes, mediação de conflitos, avaliação psicológica, acompanhamento psicossocial, dentre outros. A psicologia criminal é um dos principais campos de atuação da psicologia jurídica, onde o psicólogo realiza a compreensão das motivações de crime, avaliação de suspeitos, detecção de comportamentos perigosos, dentre outros. A psicologia jurídica pode ser dividida em diversas subáreas, que segundo (FRANÇA, 2004) são: ● Psicologia jurídica e menor 15 ● Psicologia jurídica e o direito da família ● Psicologia jurídica e direito cível ● Psicologia jurídica e direito do trabalho ● Psicologia jurídica e o direito penal ● Psicologia judicial ou do testemunho ● Psicologia penitenciária ● Psicologia policial e das forças armadas ● Vitimologia ● Mediação A psicologia judiciária é de extrema importância, pois traz uma visão humanizada do indivíduo, além de considerar os fatores psicológicos e primar por sua saúde mental. 1.8 Psicologia Forense A psicologia forense é uma das vertentes das ciências forenses que tem como principal objeto de estudo a psicologia criminal. Através da avaliação de suspeitos, a psicologia forense atua de modo a analisar o comportamento individual e estudar seu contexto social. Dentre as áreas de atuação do psicólogo forense estão: ● Psicologia do testemunho ● Obtenção de evidências conflituosas ● Compreensão do delito ● Reforma moral do delinquente ● Higiene Mental 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS A psicologia possui um amplo leque de opções para se trabalhar. Cada qual possui suas particularidades, mas todas são igualmente válidas e relevantes no que se propõem a fazer. A escolha por uma especialidade será feita de acordo com a identificação do estudante com aquela área específica. Fica clara a maleabilidade da psicologia em se integrar a áreas distintas de conhecimento, somando a elas novos saberes. Uma questão que surge disto é: como pode ser considerada uma ciência única se abrange tantos campos? Essa pergunta é respondida quando entendemos que, apesar de diversas abordagens e teorias existentes, a psicologia não se desvia de seu objetivo principal: compreender e acolher o ser humano. Dito isto, é possível perceber que, apesar de ter crescido tanto, a psicologia ainda tem muito espaço para se expandir, pois onde há pessoas, há angústias, problemas e medos a serem superados. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A importância da Psicologia Organizacional. 2015. Disponível em: <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-importncia-da-psicologia-organizacional/>. Acesso em 05 de maio 2020. A Intervenção do Psicólogo do Esporte: Rendimento dos Atletas de Futebol de Base. 2017. Disponível em <https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-do- esporte/a-intervencao-do-psicologo-do-esporte-rendimento-dos-atletas-de-futebol- de-base> Acesso em 4 de maio 2020. CANTARELLI, Ana Paula Silva. Novas abordagens da atuação do psicólogo no contexto hospitalar. Rev. SBPH v.12 n.2 Rio de Janeiro dez. 2009 Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 08582009000200011> Acesso em: 25 de abr 2020. 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