Buscar

Aulas 31 e 32 Socioantropologia 2020 1 PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 1 
 
 
 
3.8.6 A Exclusão e a Pobreza no mundo 
 
Vimos que a questão da pobreza é hoje uma das principais mutilações sociais 
no mundo. Um aspecto que constrange e envergonha cada cidadão e seus dirigen-
tes. Sob o foco da ética é um problema que deve abarcar toda nossa atenção e em-
penho para minimizá-lo. 
A presença constante, próxima e crescente dessa massa de pobres, que che-
gam a dois terços da população do terceiro Mundo, incomoda e constrange por vá-
rios motivos: 
 
 
 
 
A percepção de incompetência, do siste-
ma econômico e político, se somam ao descon-
forto de saber que, nos grandes centros, milha-
res de pessoas não se encontram sob a vigilân-
cia das instituições sociais, vivem como podem, 
à deriva e à revelia dos planejamentos oficiais. 
Cria-se, em relação a essa população, um 
sentimento de desconfiança e de insegurança, já 
Aula 31 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 2 
que há uma relação entre o crescimento dessa população e o aumento da criminali-
dade nos grandes centros urbanos. Evidenciado tanto na mídia como nos estudos 
de caráter científico, o perfil social, dos criminosos, ajudam a reforçar essa associa-
ção entre pobreza e criminalidade. 
Os autores dos crimes, oficialmente denunciados, são geralmente analfabe-
tos, trabalhadores braçais e predominantemente 
de cor negra. Entretanto, sociólogos mais cuidado-
sos têm estabelecido outras relações, como o cien-
tista social brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, diz 
que contra a população pobre e estigmatizada, a 
prática policial preconceituosa, somada à despro-
teção das classes subalternas, torna a relação en-
tre pobreza e criminalidade que já era esperado 
(profetizado). Acabando por formar um círculo vici-
oso onde, o indivíduo, para ter trabalho, precisa ter 
domicílio, registro, carteira profissional e uma situ-
ação civil legal. Podem, classes subalternas, aten-
der tais exigências? Não podem, ficam impossibilitados de trabalhar por não cumprir 
tais exigências, passando a engrossar as fileiras de marginalizados que vivem sob 
constante vigilância policial. 
As estatísticas demonstram que o desenvol-
vimento econômico tem aumentado a pobreza e a 
desigualdade social, evidenciando a incompetência 
do Estado, no combate à pobreza, quando toma só 
medidas públicas de policiamento, vigilância e vio-
lência do que de resolução do problema. E com a 
globalização dos meios de comunicação, a pobreza, 
dos países em desenvolvimento, são transformadas 
em manchete internacional. 
A pobreza é estigmatizada, seja pelo caráter de denúncia da falência da soci-
edade e do Estado em relação às suas funções junto à população, seja pelo contras-
te com a abundância de produtos, seja pelo perigo iminente de convulsão social. A 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 3 
violência e a agressividade criam um clima de guerra 
civil nas grandes cidades, onde os índices de crimina-
lidade são alarmantes. 
Medo e insegurança associado ao preconceito e 
discriminação contra as camadas pobres, generaliza 
medidas arbitrárias de violência e brutalidade, chaci-
nas, linchamentos e assassinatos. Medidas arbitrárias 
que não resolvem o problema. 
Estudos procuram caracterizar de maneira cien-
tífica a pobreza, buscando causas, denunciando res-
ponsáveis, procurando tratá-la como um fenômeno 
dissociado da sociedade. Chegou-se a falar em "cultu-
ra da pobreza”. Realmente, os excluídos dos benefícios da civilização tecnológica 
acabam por criar mecanismos próprios de sociabi-
lidade. Sua estratégia de defesa e sobrevivência já 
que a pobreza é constantemente afastada e exclu-
ída do convívio social, eximindo-se de responsabi-
lidade os que com ela se relacionam direta ou indi-
retamente. Estudos teóricos refletem essa política 
de exclusão, ao analisar a pobreza como um fe-
nômeno em si mesmo. Se essa população não 
participa dos benefícios dos “privilegiados” e não 
consome os bens produzidos, certamente algum segmento o faz por ele. 
Análises econômicas preocupadas com o desenvolvimento do mercado, ele-
mento fundamental e necessário ao desenvolvimento das nações, têm procurado 
alertar que a população carente representa uma fragilidade e uma ameaça à estrutu-
ra social como um todo. Esses excluídos representam um desperdício de recursos 
humanos e uma disfunção do sistema econômico. 
 
 
 
 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 4 
 
 
 
3.8.7 A pobreza e a estrutura do Estado 
O distanciamento, social e ideológico, a alienação, a discriminação e a estig-
matização, que recaem sobre a pobreza, não ajudam a encontrar soluções para o 
problema nem evitam que as desigualdades sociais aumentem. 
Precisamos entender que o desemprego não é condição de quem não quer 
ou não está apto ao trabalho, mas resultado de uma inelasticidade na oferta de em-
prego. Os sem qualificação, sem em-
prego, sem assistência são operários 
virtuais, recrutáveis a qualquer momen-
to, um reduto de mão-de-obra barata 
que anseia por uma situação regular. O 
que Karl Marx conceituou de "exército 
industrial de reserva". Só que com a 
robotização da indústria, que coloca 
em disponibilidade massas de traba-
lhadores, e com a exigência cada vez 
maior de trabalhadores qualificados, o conceito de exército de reserva precisa ser 
reavaliado. Por quê? 
 
 
 
 
Aula 32 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 5 
Não podemos esquecer o dumping so-
cial, um dos principais problemas da competi-
ção internacional onde alguns buscam preços 
competitivos no mercado à custa de explora-
ção de crianças e adolescentes, onde propicia 
uma competição internacional injusta e cria 
uma crise no sistema produtivo aumentando a 
quantidade de produtos e diminuindo, perver-
samente, a capacidade de consumo de um 
número cada vez mais crescente de pessoas. 
A pobreza é complexa, difícil, pública, patente, estigmatizada e incômoda, ela 
aflige, envergonha e exclui. É um fenômeno constante e assustador, que exige me-
didas conscientes e responsáveis. Os esforços serão conjuntos, envolvendo políti-
cas estatais (os Bancos do Povo e a criação de Organizações Não-
Governamentais), onde deverão desenvolver projetos de assistência social, alfabeti-
zação e capacitação para o trabalho, programas comunitaristas, na tentativa de en-
volver a sociedade em atividades de ajuda à população carente. 
A economia tende a crescer e a se desenvolver, a jornada de trabalho e o 
número de empregados tende a diminuir, restando no futuro, pessoas e tempo, que 
poderão se envolver em atividades de ajuda à população carente, onde o sistema 
político vai favorecer uma integração maior da população em geral à sociedade co-
mo forma mais eficiente de combate à pobreza. 
É inconcebível que, depois de séculos de individualismo onde o homem bus-
cou entender, criticar e participar da vida social e do desenvolvimento de instituições 
democráticas, como cidadão, sendo-lhe permitida a atuação política, que ele ainda 
seja considerado vítima da história e dos sistemas sociais. 
 
 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 6 
 
 
 
 
 
 
 
1) A percepção de incompetência, do sistema econômicoe político, se somam ao 
desconforto de saber que, nos grandes centros, milhares de pessoas não se en-
contram sob a vigilância das instituições sociais, vivem como podem, à deriva e à 
revelia dos planejamentos oficiais. 
A consideração acima revela uma fragilidade do sistema político, amplia a exclu-
são e demonstra a incapacidade de direcionar suas ações ao contingente dessa 
população. Além disso, esta realidade: assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Cria, em relação a essa população, um sentimento de desconfiança e de inse-
gurança. 
b) Apresenta o crescimento dessa população e o aumento da criminalidade nos 
grandes centros urbanos. 
c) Reforça a associação entre pobreza e criminalidade. 
d) Demonstra o esforço do Estado em garantir aos indivíduos de qualquer nature-
za a segurança e a acessibilidade. 
 
2) Precisamos entender que o desemprego não é condição de quem não quer ou 
não está apto ao trabalho, mas resultado de uma inelasticidade na oferta de em-
prego. Os sem qualificação, sem emprego, sem assistência são operários virtuais, 
recrutáveis a qualquer momento, um reduto de mão de obra barata que anseia 
por uma situação regular. 
Esta consideração revela uma condição do trabalhador na sociedade que foi clas-
sificada por: assinale a alternativa CORRETA. 
a) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo filósofo Karl Marx. 
b) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo sociólogo Paulo Sérgio Pinhei-
ro. 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 7 
c) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo geógrafo Milton Santos. 
d) "Exército industrial de reserva" conceituado pelo sociólogo Renato Ortiz. 
 
3) Outro problema grave atual consiste na competição internacional onde algumas 
corporações buscam preços competitivos no mercado à custa de exploração de 
crianças e adolescentes, que propicia uma competição internacional injusta e cria 
uma crise no sistema produtivo aumentando a quantidade de produtos e dimi-
nuindo, perversamente, a capacidade de consumo de um número cada vez mais 
crescente de pessoas. 
A consideração acima revela uma realidade atual vinculada ao processo de Glo-
balização. Assinale a alternativa que não está relacionada a esse contexto globa-
lizado. 
a) As grandes empresas (corporações) expandem suas atividades para países do 
terceiro mundo em busca de mão-de-obra barata. 
b) O trabalho infanto-juvenil é uma realidade da exploração econômica realizada 
pelas grandes empresas mundiais. 
c) A expansão das grandes corporações nos países subdesenvolvidos tem contri-
buído para a transformação das realidades locais já que estas corporações ge-
ralmente têm ações de natureza social. 
d) A ampliação da jornada de trabalho nos países do terceiro mundo e o paga-
mento de salários irrisórios aos trabalhadores é uma prática atual das grandes 
corporações. 
 
 
mailto:claudiobarros0108@gmail.com

Continue navegando