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[ ] 000 . 3 ) ( ... ) ( ) ( 2 2 1 1 d n n i t N t N t N Desconto ´ ´ + + ´ + ´ = Disciplina: Matemática Comercial e Financeira Autor: João Luiz Oliveira Gomes Unidade de Educação a Distância MATEMÁTICA COMERCIAL E FINANCEIRA Autor: João Luiz Oliveira Gomes Belo Horizonte / 2012 ESTRUTURA FORMAL DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA REITOR LUÍS CARLOS DE SOUZA VIEIRA PRÓ-REITOR ACADÊMICO SUDÁRIO PAPA FILHO COORDENAÇÃO GERAL AÉCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA COORDENAÇÃO TECNOLÓGICA EDUARDO JOSÉ ALVES DIAS COORDENAÇÃO DE CURSOS GERENCIAIS E ADMINISTRAÇÃO HELBERT JOSÉ DE GOES COORDENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/ LETRAS LAILA MARIA HAMDAN ALVIM COORDENAÇÃO DE CURSOS LICENCIATURA/PEDAGOGIA LENISE MARIA RIBEIRO ORTEGA INSTRUCIONAL DESIGNER DÉBORA CRISTINA CORDEIRO CAMPOS LEAL KELLY DE SOUZA RESENDE PATRICIA MARIA COMBAT BARBOSA EQUIPE DE WEB DESIGNER CARLOS ROBERTO DOS SANTOS JÚNIOR GABRIELA SANTOS DA PENHA LUCIANA REGINA VIEIRA ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA FERNANDA MACEDO DE SOUZA ZOLIO RIANE RAPHAELLA GONÇALVES GERVASIO AUXILIAR PEDAGÓGICO ARETHA MARÇAL DE MACÊDO SILVA MARÍLIA RODRIGUES BARBOSA REVISORA DE TEXTO MARIA DE LOURDES SOARES MONTEIRO RAMALHO SECRETARIA LUANA DOS SANTOS ROSSI MARIA LUIZA AYRES MONITORIA ELZA MARIA GOMES AUXILIAR ADMINISTRATIVO THAYMON VASCONCELOS SOARES MARIANA TAVARES DIAS RIOGA AUXILIAR DE TUTORIA FLÁVIA CRISTINA DE MORAIS MIRIA NERES PEREIRA RENATA DA COSTA CARDOSO Sumário 5Unidade 1: Introdução à Matemática Financeira 21Unidade 2: Juros compostos 38Unidade 3: Taxa de Juros 54Unidade 4: Desconto 71Unidade 5: Rendas Uniformes 91Unidade 6: Sistemas de Amortização Ícones Comentários = 1 N Reflexão = 1 t Dica = d i Lembrete Período de Capitalização 4 Taxa Efetiva Anual 36,05% Taxa Nominal 32,00% Unidade 1: Introdução à Matemática Financeira Taxa Nominal 9,00% Período de Capitalização 2 Taxa Efetiva Anual 9,20% 1. Nosso Tema Olá, seja bem-vindo à disciplina virtual de Matemática Comercial e Financeira. De acordo com os nossos objetivos de aprendizagem, propostos para esta disciplina, ao final de seus estudos, você deverá ser capaz de: · Conhecer as principais ferramentas de cálculos financeiros; · Interpretar os resultados de uma operação financeira; · Empregar meios para aperfeiçoar a gestão dos recursos financeiros a partir do raciocínio lógico, com capacidade de abstração e habilidade de cálculo. Nesta disciplina de Matemática Comercial e Financeira, você terá as seguintes habilidades e competências desenvolvidas durante os estudos: · Compreender a abrangência e os limites dos cálculos financeiros para o exercício da atividade tecnológica; · Identificar, com segurança, as necessidades de investimento financeiro para atendimento aos requisitos da atividade tecnológica; · Aplicar raciocínio lógico e crítico na solução de problemas; · Perceber as implicações sociais, tecnológicas e econômicas do posicionamento empresarial sobre a sociedade. Espero que, ao longo desta unidade, você possa adquirir conhecimentos que lhe serão úteis durante a realização do curso. Vamos começar? 2. 120,00% Período de Capitalização 6 Taxa Efetiva Anual 198,60% Taxa Nominal Para Refletir Durante muitos anos, percebi que o meu papel como professor é o de propor desafios e questões interessantes, explorando os recursos que o computador pode oferecer aos alunos. Dessa forma, questiono: Você está preparado para iniciar os estudos da Matemática Comercial e Financeira nessa modalidade de ensino? Espero que sim e bons estudos! Você sabia que qualquer valor monetário que uma pessoa (física ou jurídica) empresta para outra, durante certo tempo, para pagamento futuro, gera a perda do poder aquisitivo do dinheiro devido a fatores econômicos? Por exemplo: a inflação, a desvalorização da moeda, a queda da bolsa de valores e até mesmo as turbulências no mercado internacional. Além disso, corre-se o risco do não pagamento parcial ou total desse empréstimo. Surge, então, o conceito de juro. Ele pode ser definido como o custo do empréstimo, como se fosse o aluguel que se paga pelo uso do dinheiro. Vamos descobrir como calculamos Juros Simples e onde eles são empregados? 3. 10,00% 12 10,47% Taxa Nominal Período de Capitalização Taxa Efetiva Anual Conteúdo Didático 3.1. Iniciação à Disciplina Agora que você já conheceu a proposta da disciplina, vamos iniciar nossos estudos buscando aprender um pouco mais da Matemática Comercial e Financeira. A Matemática Financeira investiga relações entre finanças, circulação e gestão do dinheiro e de outros recursos líquidos. A remuneração de uma operação financeira é afetada pelo prazo, pela inflação e pelo risco associado à operação. Ou seja, o conceito fundamental na operação financeira é o valor do dinheiro ao longo do tempo. Os investimentos realizados no mercado financeiro têm o objetivo de crescimento do valor investido. Já os títulos com vencimentos futuros são descontados antes de seu vencimento com o intuito de decrescimento dessas dividas. Para compreender as particularidades da matemática financeira, iniciaremos nosso estudo analisando a capitalização. bimestre bimestre Prazo 8 Valor da Aplicação R$ 856,31 Valor do Eletrodoméstico 1.200,00 Taxa de Juros 4,31% Lembre-se de que apreender os objetivos de aprendizagem é fundamental no entendimento da disciplina. 3.2. Capitalização Quando tomamos emprestada certa quantia, por exemplo $1.000.000, com a finalidade de devolver $1.250.000 ao final do mês, houve um acréscimo de $250.000. Quais são as razões para esse acréscimo? Poderia ser: a) recomposição do poder aquisitivo; b) lucro; c) risco; d) seguro; e) motivação psicológica. O acréscimo ocorrido é uma remuneração para o cedente do capital e um custo para o tomador do capital. Esse acréscimo é denominado de juros. Veja, a seguir, os conceitos de capital e juros, segundo VIEIRA SOBRINHO (1997). Capital: é qualquer quantia disponível em qualquer data para ser aplicada em uma operação financeira por um tempo determinado. Juros: Remuneração do capital durante um período determinado de tempo. Pode ser também um custo do capital tomado emprestado. Suponha que uma pessoa deseja comprar uma geladeira e não disponha de dinheiro suficiente para pagamento à vista. Nessas condições, ela pode efetuar a compra a prazo ou tentar um empréstimo em um banco. Em qualquer um dos casos, a pessoa geralmente paga uma quantia – além do preço da geladeira – a título de juros. Há outras situações em que aparecem juros. Por exemplo: se uma pessoa dispõe de uma importância em dinheiro, ela pode aplicá-la em uma caderneta de poupança ou em algum outro investimento. Ao fim de certo período, ela receberá do banco a importância aplicada acrescida de um valor referente aos juros da aplicação. No seu material on-line, você também encontrará exemplo de juros, consulte-o. Normalmente, quando se realiza alguma aplicação desse tipo, fica estabelecida uma taxa de juros por um período (mês, dia ou ano), na qual incide sobre o valor da transação, chamado de capital. Os juros comerciais serão calculados, levando em consideração o calendário comercial (360 dias), enquanto os juros exatos serão calculados levando em consideração o calendário civil (365 ou 366 dias). Veja os exemplos: Exemplo 1: Quando tomamos emprestada a quantia de $1.000.000 com a finalidade de devolver $1.250.000 ao final do mês, houve um acréscimo de $250.000. Qual foi a taxa cobrada? Para isso, basta dividir o valor acrescido pelo valor emprestado. Ou seja, 25 , 0 100 25 000 . 000 . 1 000 . 250 = = , ou 25% (vinte e cinco por cento). O valor de 0,25 é a taxa unitária de juros e o valor de 25% a taxa percentual. Outra forma de executar o cálculo é dividir o valor devolvido pela quantia emprestada, e retirar uma unidade do resultado. Veja: 25 , 0 1 25 , 1 1 100 125 1 000 . 000 .1 000 . 250 . 1 = - = - = - , ou 25%. trimestre trimestre Principal 28.000,00 Taxa de Juros 9,00% Prazo 8 Montante R$ 55.791,75 A taxa de juros sempre se refere a uma unidade de tempo. Por exemplo: 1200% ao ano ( 1200% a. a. 600% ao semestre ( 600% a. s. 28% ao mês ( 28% a. m. A taxa percentual é a componente usada, mas, no desenvolvimento da fórmula, usa-se a taxa unitária. 1200% a. a. ( 12 100 1200 = a. a. 600% a. s. ( 6 100 600 = a. s. 28% a. m. ( 28 , 0 100 28 = a. m. Os resultados das divisões não podem ter o símbolo de %, uma vez que é a taxa representada na forma unitária. A unidade de tempo da taxa deve vir tanto no formato percentual, quanto no unitário. O regime de capitalização é a adição de juros ao capital. Existem dois regimes de capitalização: simples e composto (sistema de juros simples e sistema de juros composto). O sistema será de capitalização simples quando os juros, pelo período de capitalização, forem constantes, ou seja, será calculado sobre o capital inicial. Já no sistema de capitalização composto, os juros serão somados ao capital que o produziu e passam os dois, capital e juros, a renderem juros no período seguinte. É o chamado “juros sobre juros” ou juros compostos. 3.3. Capitalização simples Você sabe o que é juro simples? É o juro calculado sobre o capital inicial. Ele é definido pela fórmula: n i C J ´ ´ = , onde: Juros J : ; Capital C : ; taxa i : unitária ; período n : Se os juros correspondentes cobrados são calculados a uma taxa fixa por período, durante certo número de períodos, significa que a cada um dos períodos serão sempre calculados sobre a quantia inicial, e só serão incorporados a ela ao final do último período. Nesse regime, há pagamento de juros constantes por períodos iguais. A maioria dos investimentos financeiros não obedece ao princípio de juros simples. A exceção do mecanismo de desconto simples. No exemplo 1, temos: 000 . 250 1 25 , 0 000 . 000 . 1 = ´ ´ = J . O montante simples é o valor do capital em data futura. Montante é a soma dos juros ao capital inicial durante um período de aplicação. Ou seja, C J M + = . Como o juro é dado por: n i C J ´ ´ = , substituindo no montante M temos: C n i C M + ´ ´ = . Colocando o capital C em evidência, temos: ( ) n i C M ´ + = 1 O montante M do exemplo 1 é dado por ( ) 000 . 250 . 1 1 25 , 0 1 000 . 000 . 1 = ´ + = M . ano meses Capital 1.500,00 Montante R$ 3.247,12 Taxa de Juros 24,00% Prazo 39 Lembre-se de que, para a realização dos exercícios, é necessário fazer as conversões das taxas de juros utilizadas, ou períodos, para as mesmas unidades de referências. Uma taxa de 24% ao ano equivale a 0,0667% ao dia, considerando o calendário comercial; e a 0,0657%, considerando o calendário civil. Ela equivale também a 2% ao mês. No final desta unidade, você encontra uma tabela para auxiliá-lo na conversão de prazos. Essa tabela nada mais é do que um resumo dos resultados obtidos a partir de regras de três simples realizadas nos prazos, adequando-os para a mesma unidade de tempo da taxa. Esse procedimento também pode ser adotado para as taxas, adequando-as para a mesma unidade de tempo do período. Isso é possível, pois a Capitalização Simples tem característica linear. A maioria das atividades programadas para esta disciplina será feita utilizando a planilha de cálculo do programa Microsoft Office Excel. Em geral, o primeiro exercício de cada série estará feito para servir de exemplo. É importante saber utilizar a planilha do Microsoft Office Excel, em suas funções básicas e funções financeiras. É preciso e necessário preencher as células com os valores corretos, segundo o enunciado, e mandar executar os cálculos com os valores digitados nas células correspondentes, como feito no exercício que servirá de exemplo. Em caso de dúvidas, não hesite em entrar em contato comigo, seu tutor, via ferramentas disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem para esclarecê-las. Agora, veja alguns exemplos resolvidos passo-a-passo, utilizando a planilha do Microsoft Office Excel: Vamos voltar no exemplo 1, resolvê-lo detalhadamente e fazê-lo na planilha do Excel? Quando tomamos emprestada a quantia de $1.000.000 com a finalidade de devolver $1.250.000 ao final do mês. a) Qual o juro acrescido? b) Qual foi a taxa cobrada? Resolução: Foram dados C = $ 1.000,00 M = $ 1.250,00 n = 1 mês i = ? J = ? a) como o montante é dado por C J M + = , o juro acrescido é dado por C M J - = . Então, 250 1000 1250 = - = J . Ou seja, $250,00. b) e como o juro é dado por n i C J ´ ´ = , a taxa cobrada é dada por: n C J i ´ = Então, 25 , 0 100 25 1 1000 250 = = ´ = ´ = n C J i , ou seja, 25% (vinte e cinco por cento). Utilizando a planilha Microsoft Office Excel você deverá preencher as células praticamente da mesma maneira apresentada na fórmula. Veja: Capital - C R$ 1.000,00 valor futuro - M R$ 1.250,00 Período - n 1 mês Juros - J R$ 250,00 Taxa - i 25,00% ao mês Selecione a célula onde você quer obter a resposta e comece digitando o símbolo igual (=). Quando uma célula do Excel começa com o símbolo “=”, ela processará uma conta e apresentará o resultado, caso a fórmula esteja correta. Quando você mudar de célula, pressionando a tecla “ENTER” ou pressionando a setinha para qualquer lado, aparecerá a resposta da operação solicitada. Preencha as células da planilha com os valores dados no enunciado do problema, como mostrado acima. Para obter as soluções pedidas, digite: =250/(1000*1), executando a fórmula: 25 , 0 100 25 1 1000 250 = = ´ = ´ = n C J i . O Excel executa as operações que estão dentro dos parênteses primeiro, à medida que eles vão aparecendo, e depois as outras operações. Quando você mudar de célula, através da setinha para qualquer lado, ou através do executar (enter do teclado), aparecerá a resposta 0,25. Se você formatar a célula da resposta para “percentual” aparecerá como resposta o valor de 25%. Apertando o botão do mouse sobre a célula da resposta obtida, você poderá observar, na barra de fórmulas, todo o procedimento utilizado no cálculo. Se você utilizar a linha 1 e a coluna B da planilha, a sua fórmula ficará =250/(1000*1). Ou ainda =B4/(B1*B3). A planilha será útil pelos motivos: a) os dados estarão bem organizados na planilha, o que fará com que você não desvie do caminho tão facilmente. b) a resposta dada no Microsoft Office Excel não será simplesmente uma resposta. Apertando o botão do mouse sobre ela, você poderá observar, na barra de fórmulas, todo o procedimento utilizado no cálculo. c) as células já estarão formatadas para receber as categorias específicas dos enunciados dos exercícios. Vejamos agora outro exemplo: Exemplo 2: Um capital de R$ 70.000,00 é aplicado à taxa de juros simples de 24% ao ano, durante 180 dias. Pede-se determinar o valor dos juros comerciais acumulados nesse período. Resolução: Foram dados C = R$ 70.000,00 i = 24% a. a. n = 180 dias J = ? Como visto, a fórmula para o cálculo dos juros simples é definida levando-se em consideração o capital aplicado, a taxa de juros envolvida e o prazo da aplicação: n i C J ´ ´ = . Substituindo os valores das variáveis temos: 00 , 400 . 8 5 , 0 24 , 0 000 . 70 = ´ ´ = J Observe que a taxa é unitária e o prazo foi ajustado para a unidade de medida da taxa de juros. Ou seja, 180 dias correspondem a 0,5 ano. Veja o exemplo 2, utilizando a planilha do Microsoft Office Excel: Um capital de R$70.000,00 é aplicado à taxa de juros simples de 24% ao ano, durante 180 dias. Pede-se determinar o valor dos juros comerciais acumulados nesse período. Capital – C R$ 70.000,00 Taxa – i 24,00% a. a. Prazo – n 180dias Juros – J R$ 8.400,00 Faça você mesmo o exemplo, utilizando a planilha do Microsoft Office Excel. Selecione a célula em que você quer obter a resposta e comece digitando o símbolo igual (=). Neste exemplo, digite: =70000*(24/100)*(180/360). Lembre: o Excel executa as operações que estão dentro do parêntese primeiro, à medida que eles vão aparecendo, e depois as outras operações. Quando você mudar de célula aparecerá, a resposta 8400. Apertando o botão do mouse sobre a célula da resposta obtida, você poderá observar, na barra de fórmulas, todo o procedimento utilizado no cálculo. Nesse caso, vai aparecer: (180/360) * (24/100) * 70000 = , que é o Juro calculado. Você também pode selecionar as células onde foram digitados os valores do enunciado do problema para fazer a fórmula para a resposta do exercício. Se você começou esse problema na primeira linha e na primeira coluna da planilha do Excel você poderá observar, na barra de fórmulas, a expressão: (A3/360) * (A2/100) * 1 A = Exemplo 3: O gerente de um banco outorgou um empréstimo de R$2.100,00 pelo prazo de 48 dias. No momento de assinar o contrato, o devedor se comprometeu a devolver R$2.350,00. Calcule: a) o juro, b) a taxa unitária de juro e, c) a taxa percentual de juro dessa operação. Resolução: Foram dados C = R$2.100,00 n = 48 dias M = R$2.350,00 J = ? i = ? a) O juro da operação é M – C. Então, J = R$2.350,00 - R$2.100,00 = R$250,00; b) A taxa unitária de juro é 119 , 0 2100 250 = = i aos 48 dias; c) A taxa percentual de juro é % 90 , 11 100 119 , 0 = = x i aos 48 dias. Agora, utilizando a planilha do Microsoft Office Excel. Selecione a célula em que você quer obter a resposta e comece digitando o símbolo igual (=). Preencha as células da planilha com os valores dados no enunciado do problema, como mostrado a seguir. Capital – C R$ 2.100,00 valor futuro – M R$ 2.350,00 Período – n 48 dias Juros – J R$ 250,00 Taxa - i – unitária 0,119 aos 48 dias Taxa - i – percentual 11,90% aos 48 dias Para obter o juro de R$250,00, digite: =2350-2100. Para obter a taxa unitária de 0,119, digite: =250/2100. E para obter a taxa percentual de 11,90%, digite: =(250/2100)*100. Apertando o botão do mouse sobre cada uma das células das respostas obtidas, você poderá observar, na barra de fórmulas, todos os procedimentos utilizados nos cálculos. Exemplo 4: O gerente da instituição garantiu que aplicando R$5.000,00 pelo prazo de 60 dias nominais você resgatará R$5.112,50 no final da operação. Calcule: a) o juro, b) a taxa unitária de juro e, c) a taxa percentual de juro dessa aplicação. Resolução: Foram dados C = R$5.000,00 n = 60 dias M = R$5.112,50 J = ? i = ? a) O juro da operação é M – C. Então, J = R$5.112,50 - R$5.000,00 = R$112,50; b) A taxa unitária de juro é 0225 , 0 5000 50 , 112 = = i aos 60 dias; c) A taxa percentual de juro é % 25 , 2 100 0225 , 0 = = x i aos 60 dias. Agora utilizando a planilha do Microsoft Office Excel. Selecione a célula em que você quer obter a resposta e comece digitando o símbolo igual (=). Preencha as células da planilha com os valores dados no enunciado do problema, como mostrado a seguir. Capital - C R$ 5.000,00 valor futuro - M R$ 5.112,50 Período - n 60 dias Juros - J R$ 112,50 Taxa - i - unitária 0,0225 aos 60 dias Taxa - i - percentual 2,25% aos 60 dias Para obter o juro de R$112,50, digite: =5112,50-5000. Para obter a taxa unitária de 0,0225, digite: =112,5/5000. E para obter a taxa percentual de 2,25%, digite: =(112,5/5000)*100. Apertando o botão do mouse sobre cada uma das células das respostas obtidas, você poderá observar, na barra de fórmulas, todos os procedimentos utilizados nos cálculos. Exemplo 5: Um capital de R$25.000,00, aplicado durante 7 meses, rende juros de R$7.875,00. Determine a taxa. Capital – C R$ 25.000,00 Período – n 7 meses Juros – J R$ 7.875,00 Taxa – i 4,50% ao mês Resposta: Se você utilizou as células (da coluna B) da planilha para fazer o lançamento dos valores, quando você selecionar a célula da resposta com o mouse, a sua resposta será: ( ) 2 * 1 / 3 B B B = . Exemplo 6: Sabendo-se que os juros de R$6.000,00 foram obtidos com a aplicação de R$7.500,00, à taxa de 8% ao trimestre, calcule o prazo. Taxa 8 ao trimestre Capital R$ 7.500,00 Juros R$ 6.000,00 Prazo = período 10 trimestres Resposta: Se você utilizou as células (da coluna B) da planilha para fazer o lançamento dos valores a sua resposta, quando você selecionar a célula da resposta com o mouse será: ( ) ( ) 100 / 1 * 2 / 3 B B B = . Veja que é importante utilizar a fórmula correta nos cálculos matemáticos financeiros. Muitas vezes, é preciso também fazer uma transformação de prazos. Lembre-se de que as unidades de tempo apresentadas nos enunciados necessitam de uma referência comum. Veja, a seguir, uma listagem de fórmulas e uma listagem com a operação a fazer para transformar um prazo dado em prazo procurado. Fórmulas: Período x Taxa x Capital Simples Juros = Período x Taxa Juros Capital = Período x Capital Juros juros de Taxa = Taxa x Capital Juros Período = Transformações de Prazo Tempo Dado em com a OPERAÇÃO Obtém o tempo em Dia Dividir por 30 Mês Dia Dividir por 60 Bimestre Dia Dividir por 90 Trimestre Dia Dividir por 120 Quadrimestre Dia Dividir por 180 Semestre Dia Dividir por 360 Ano Mês Dividir por 2 Bimestre Mês Dividir por 3 Trimestre Mês Dividir por 4 Quadrimestre Mês Dividir por 6 Semestre Mês Dividir por 12 Ano Bimestre Dividir por 1,5 Trimestre Bimestre Dividir por 2 Quadrimestre Bimestre Dividir por 3 Semestre Bimestre Dividir por 6 Ano Trimestre Dividir por 1,3 Quadrimestre Trimestre Dividir por 2 Semestre Trimestre Dividir por 4 Ano Quadrimestre Dividir por 1,5 Semestre Quadrimestre Dividir por 3 Ano Semestre Dividir por 2 Ano 4. anos Capital 1.750,64 Montante 5.000,00 Taxa Nominal Mensal 2,50% Prazo 4 Teoria na Prática Agora que você já conheceu um pouco mais sobre juros, montante simples e capitalização simples, estude os exercícios resolvidos abaixo e desenvolva a atividade proposta disponível na Web. Todos os exercícios abaixo são desenvolvidos utilizando a planilha do Microsoft Office Excel. Exemplo 1: Determine os juros obtidos com aplicação de R$250.000,00 a 300% a. a. durante 6 meses. Capital – C R$ 250.000,00 Taxa – i 300% a. a. Período – n 6 meses Juros – J R$ 375.000,00 Resposta: Faça o exemplo utilizando a planilha do Microsoft Office Excel e aperte o botão do mouse sobre a célula da resposta final que você encontrará a equação utilizada nos cálculos. Nesse caso, ela é: ( ) ( ) 12 / 6 * 100 / 300 * 250000 = . Se você utilizou as células (da coluna B) da planilha para fazer o lançamento dos valores, quando você selecionar a célula da resposta com o mouse, a sua resposta será: ( ) ( ) 12 / 3 * 100 / 2 * 1 B B B = . O juro é de R$375.000,00. Exemplo 2: Calcular os juros de R$500.000,00 à 360% a. a., durante um trimestre Capital – C R$ 500.000,00 Taxa – i 360% a. a. Período - n 3 meses Juros – J R$ 450.000,00 Resposta: Se você utilizou as células (da coluna B) da planilha para fazer o lançamento dos valores a sua resposta, quando você selecionar a célula da resposta com o mouse será: ( ) ( ) 12 / 3 * 100 / 2 * 1 B B B = . Exemplo 3: Qual é o capital que, aplicado a 25% a. m. durante um quadrimestre, rende juros de R$380.000,00? Taxa – i 25% a. m. Período – n 4 meses Juros – J R$ 380.000,00 Capital – C R$ 380.000,00 Resposta: Se você utilizou as células (da colunaB) da planilha para fazer o lançamento dos valores, quando você selecionar a célula da resposta com o mouse, a sua resposta será: ( ) ( ) 2 * 100 / 1 / 3 B B B = . Procure utilizar a ferramenta Correio para trocar experiências, informações ou dúvidas com seus colegas e comigo. Isto é importante, pois formamos uma comunidade de aprendizagem. 5. ( ) 200 . 10 $ 02 , 0 1 000 . 10 $ 1 = + ´ = M Recapitulando Esta unidade apresentou conhecimentos sobre juros simples, montante simples e capitalização simples, através das fórmulas: Período x Taxa x Capital Simples Juros = Período x Taxa Juros Capital = Período x Capital Juros juros de Taxa = Taxa x Capital Juros Período = Você teve a oportunidade de conhecer métodos para cálculo dos juros simples e do montante simples, utilizando as funções financeiras do Microsoft Office Excel. Além disso, você vivenciou problemas do dia-a-dia, analisando a sua prática, situando-se no processo de ensino-aprendizagem na busca do conhecimento específico. 6. Amplie seus Conhecimentos Nesta unidade, estudamos a capitalização simples. No próximo capitulo, discutiremos o Regime de Capitalização Composto. Você sabia que grande parte das negociações financeiras no Mercado Nacional é realizada sob o regime de capitalização composto? Por que o Mercado Nacional utiliza, quase que em sua totalidade, a Capitalização Composta em detrimento da Simples. Acesse o endereço abaixo e você terá mais informações para analisar a questão acima: · Para saber mais sobre Investimentos: www.estadao.com.br/investimentos · Revista Forbes Brasil: www.forbesbrasil.com.br 7. Referências ASSAF, N. Matemática Financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998. CRESPO, A.A. Matemática Comercial e Financeira Fácil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. HAZZANI, S. Matemática Financeira. São Paulo: Saraiva, 2001. KUHNEN, O.L.; BAUER, U.R. Matemática Financeira Aplicada e Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, 1994. MATHIAS, W.F. Matemática Financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. PUCCINI, A.L. Matemática financeira Objetiva e Aplicada. São Paulo: Saraiva, 1999. VERAS, L.L. Matemática Aplicada à Economia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. VIEIRA SOBRINHO, J.D. Matemática Comercial e Financeira. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997. Unidade 2: Juros compostos 1. Nosso Tema Na Capitalização Composta, o capital cresce mais a juros compostos do que a juros simples. Esses são os juros cobrados no dia-a-dia das empresas e de todas as pessoas que realizam operações financeiras. Você vai acompanhar como eles são calculados nos empréstimos bancários, no comércio de modo geral, compreendendo o seu funcionamento em aplicações financeiras como a poupança e vários outros fundos de investimento. O capital aplicado ou emprestado cresce mais rapidamente nesse regime, comparado com o de juros simples, porque os juros do período presente são incorporados ao capital, passando a render no período seguinte, juntamente com o capital aplicado. Para facilitar o nosso trabalho na disciplina, você irá conhecer mais algumas aplicações das Funções Financeiras do Microsoft Office Excel, disponíveis nessa modalidade de cálculo. Você está preparado para mais uma unidade e disposto a aprender? Então, vamos lá! 2. Um cliente realizou uma compra no valor de R$850,00 se comprometendo a pagar, no prazo de 45 dias, a importância de R$895,00. Qual a taxa efetiva mensal de juros compostos está sendo cobrada no financiamento? mês Taxa de juros 3,50% Valor da compra R$ 850 Prazo 1,5 Valor pago R$ 895,00 Para Refletir O regime de juros simples e juros compostos formam o grupo capitalização discreta. Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa Houaiss, (a primeira edição foi lançada em 2001, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia), juros composto é definido como o juro calculado sobre um montante principal acrescido de seus próprios juros. Você vai perceber a diferença de um investimento colocado à capitalização com juros simples, em um determinado período, e esse mesmo capital investido a juros compostos, no mesmo período. Como exemplo da aplicação de juros compostos, lembre-se da caderneta de poupança. Como exemplo da aplicação de juros compostos, lembre-se da Caderneta de Poupança. A Caderneta aplicada uma taxa de correção, mensalmente, à soma do juro produzido pelo capital e o capital aplicado anteriormente, formando um novo montante a ser submetido à aplicação no próximo mês. (entendeu?). Vamos descobrir como calculamos juros compostos e onde eles são empregados? 3. 10,00% 12 10,47% Taxa Nominal Período de Capitalização Taxa Efetiva Anual Conteúdo Didático 3.1. Juros compostos Juros compostos, acumulados ou capitalizados são os juros produzidos no 1º período que, somados ao capital que o produziu, passam a produzir juntos, juros no 1º período seguinte. O dicionário Houaiss (2001) registra juros compostos como juro calculado sobre um montante principal acrescido de seus próprios juros. Portanto, no regime de juros compostos, os juros gerados são capitalizados na mesma data e geram juro no período seguinte até completar o prazo da operação. Do investimento de $10.000 realizado com o prazo de 12 meses, considerando o regime de capitalização simples, você receberá mensalmente juros de $200 calculados com a taxa de juro de 2% ao mês, ocorrendo o pagamento do primeiro juro no final do primeiro mês depois da data do investimento. Agora, os juros mensais gerados $200 são reinvestidos até completar o prazo de 12 meses do investimento, supondo que se conseguiu investir mensalmente $200 com a mesma taxa de juros de 2% ao mês. Na tabela abaixo, as duas últimas colunas mostram o efeito de investir os juros mensais até completar o prazo do investimento. Mês Juro mensal Sem reinvestir os juros Reinvestindo os juros Juros acumulados Montante Juros acumulados Montante 1 $200,00 $200,00 $10.200,00 $200,00 $10.200,00 2 $200,00 $400,00 $10.400,00 $404,00 $1.404,00 3 $200,00 $600,00 $10.600,00 $621,08 $10.621,08 4 $200,00 $800,00 $10.800,00 $824,32 $10.824,32 5 $200,00 $1.000,00 $11.000,00 $1.040,81 $11.040,81 6 $200,00 $1.200,00 $11.200,00 $1.261,62 $11.261,62 7 $200,00 $1.400,00 $11.400,00 $1.486,86 $11.486,86 8 $200,00 $1.600,00 $11.600,00 $1.716,59 $11.716,59 9 $200,00 $1.800,00 $11.800,00 $1.950,93 $11.950,93 10 $200,00 $2.000,00 $12.000,00 $2.189,94 $12.189,94 11 $200,00 $2.200,00 $12.200,00 $2.433,74 $12.433,74 12 $200,00 $2.400,00 $12.400,00 $2.682,42 $12.682,42 Para cada mês, a quinta coluna da tabela registra o valor dos juros mensais acumulados nessa data, e a última coluna registra o montante (futuro) considerando que a operação terminasse nessa data. Ao completar os 12 meses do investimento de $10.000, verifica-se que o montante reinvestindo os juros mensais, $12.682,42, é maior que o montante correspondente sem investir os juros, $12.400. Vamos a um exemplo? Foram investidos $10.000 durante três meses com a taxa de juro de 2% ao mês e pagamento mensal de juros. Calcule o valor resgatado, considerando o regime de juros compostos. Solução: Na data zero, foi investido $10.000 com a taxa de juro de 2% ao mês e pagamento mensal dos juros. No final do primeiro mês, é recebido o juro J1 = $200 que, na mesma data, é investido junto com o capital inicial, totalizando $10.200 pelo prazo de um mês à taxa mensal de juro de 2%. No final do segundo mês, é recebido o juro J2 = $200 do investimento inicial de $10.000 mais o juro $200 do primeiro mês remunerado com a taxa mensal de juro de 2%, que resulta no valor $204, totalizando $10.404. Os montantes M1 e M2 no final do primeiro e do segundo mês são: 120,00% Período de Capitalização 6 Taxa Efetiva Anual 198,60% Taxa Nominal ( ) 404 . 10 $ 02 , 0 1 200 . 10 $ 2 = + ´ = M No final do terceiro mês, são recebidos osJ3 = $200 do investimento inicial de 10.000 mais os juros $404 acumulados até o final do segundo mês remunerados com a taxa de juro de 2%, o que resulta no valor $412,08. No final do terceiro mês, temos: ( ) 08 , 612 . 10 $ 02 , 0 1 404 . 10 $ 3 = + ´ = M O procedimento mostra que os dois primeiros juros mensais foram reinvestidos, ou capitalizados, e o terceiro juro mensal foi capitalizado no final, ao completar o prazo do investimento de três meses. Neste momento, talvez seja necessário um retorno à unidade 1 para relembrar os conceitos de N, M e C. É fácil verificar, através de operações simples, que: Para 1 = n e sendo ( ) n i C M ´ + = 1 , ( ) i C M + = 1 1 1 . Para 2 = n , ( ) i C M + ´ = 1 2 2 . Então, ( ) ( ) ( ) i i C i M M + ´ + = + ´ = 1 1 1 1 1 2 . Então, para calcularmos o montante no regime de capitalização composta, utilizamos a fórmula: ( ) n n i C M + = 1 Como o juro é dado por montante menos o capital, C M J - = , o juro pode ser calculado por: ( ) [ ] 1 1 - + = n i C J Observe outros exemplos para compreender o assunto! Exemplo 1: Voltando ao exemplo acima, foram investidos $10.000 durante três meses com a taxa de juro de 2% ao mês e pagamento mensal de juros. a) calcule o valor resgatado (utilizando a fórmula), considerando o regime de juros compostos. b) calcule os juros pagos. Solução: a) Sendo ( ) n n i C M + = 1 , temos: ( ) ( ) ( ) 08 , 612 . 10 $ 061208 , 1 000 . 10 02 , 1 000 . 10 02 , 0 1 000 . 10 3 3 3 = = = + = M b) sendo ( ) [ ] 1 1 - + = n i C J , temos; ( ) [ ] ( ) 08 , 612 $ 1 061208 . 1 000 . 10 1 02 , 0 1 000 . 10 3 R J = - = - + = . Que também poderíamos utilizar C M J - = , ficando 08 , 612 000 . 10 08 , 621 . 10 = - = J . Exemplo 2: Qual o montante de R$800.000,00 a 240% a. a. em 3 anos? Solução: ( ) ( ) ( ) 00 , 200 . 443 . 31 $ 304 , 39 000 . 800 4 , 3 000 . 800 4 , 2 1 000 . 800 3 3 R M = = = + = Exemplo 3: Qual o montante de R$3.000,00 a 6 anos e 3 meses, com juros 5% a. a.? Solução: ( ) 63 , 069 . 4 $ 05 , 0 1 000 . 3 25 , 6 R M = + = Exemplo 4: Se R$1.000,00 são investidos por 8 anos e meio a 7% a. a. compostos trimestralmente. Qual é o montante? Nesse caso, 00 , 000 . 1 = C ; 0175 , 0 = i (7% ÷ 4) e 34 = n meses. Solução: ( ) 72 , 803 . 1 $ 0175 , 0 1 000 . 1 34 R M = + = Exemplo 5: Qual o montante de R$500.000,00 em 3 anos, com juros 240% a. a. compostos trimestralmente? Solução: ( ) 36 , 488 . 737 . 140 $ 60 , 0 1 000 . 500 12 R M = + = Vamos agora aprender a utilizar o Microsoft Office Excel, ferramenta que o auxiliará na resolução dos problemas. 3.2. Utilizando o Microsoft Office Excel na resolução dos problemas O Microsoft Office Excel possui uma categoria de funções Financeira, disponíveis para a Matemática Financeira, auxiliando na resolução de problemas, envolvendo os conceitos utilizados no mercado financeiro. Para utilizar essas funções, você deve abrir a planilha do Microsoft Office Excel e selecionar com o cursor do mouse a opção Inserir Função no menu de comandos, ou utilizar o assistente de função fx . Caso o seu computador não apresente todas as funções a serem utilizadas, selecione com o cursor mouse a opção Ferramentas, e depois Suplementos, e ative a opção Ferramentas de análise. Em seguida, selecione OK. Para a capitalização simples (juros simples e montante simples), o Microsoft Office Excel não possui funções construídas disponíveis para a utilização. O que acha de resolvermos os exemplos apresentados anteriormente utilizando o Microsoft Office Excel? Vamos lá, assim será mais fácil compreender sua utilização! Resolvendo o Exemplo 1: Foram investidos $10.000 durante três meses com a taxa de juro de 2% ao mês e pagamento mensal de juros. Calcule o valor resgatado, considerando o regime de juros compostos. Para resolver os problemas envolvendo o regime de capitalização composta, serão utilizadas as funções: VP – para o cálculo do valor presente retorna o valor presente de um investimento: quantia total atual (capital) de uma série de pagamentos futuros. VF – para o cálculo do valor futuro retorna o valor futuro de um investimento (montante) com base em pagamentos constantes e periódicos e uma taxa de juros constantes. TAXA – para o cálculo da taxa de juros compostos retorna a taxa de juros por período de um empréstimo ou investimento. NPER – para o cálculo do prazo da operação financeira retorna o número de períodos de um investimento com base em pagamentos constantes periódicos e uma taxa de juros constante. Solução: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, como mostrado abaixo. Exemplo 1: Foram investidos $10.000 durante três meses com a taxa de juro de 2% ao mês e pagamento mensal de juros. Calcule o valor resgatado, considerando o regime de juros compostos. Capital R$ 10.000,00 Taxa 2,00% a. mês Prazo 3 meses Montante Posicione o cursor para a célula que vai receber o resultado, digite o sinal de igual (=) e selecione com o mouse o assistente de função fx . Na janela Inserir Função, selecione VF em Selecione uma função: Neste momento vai aparecer a tela abaixo, em branco, para você preencher os valores do enunciado do problema. Nesse caso, os Argumentos da função deverão ser preenchidos como no exemplo a seguir. Depois, marque a opção OK. Vale ressaltar que o capital e o montante (ou VP, VF ou PGTO, não ao mesmo tempo) deverão estar com sinais opostos para indicar que um deles é a entrada e o outro é a saída de Caixa. O Microsoft Office Excel efetua os cálculos conforme o Fluxo de Caixa. As unidades de medida de tempo da taxa de juros e do prazo deverão ser iguais. Uma opção melhor, e que deve ser seguida em todos os exercícios é preencher os Argumentos da função com os valores matriciais correspondentes das células. Dessa forma, nesse exemplo, a Taxa assume o valor F69 (coluna F e linha 69); Nper com F70 (coluna F e linha 70) e Vp com –F68 (coluna F e linha 68). Observe que, do lado direito da janela, após o igual, aparecem os valores numéricos correspondentes a cada célula. Na solução do exemplo 1, irá aparecer o resultado de R$10.612,08, como é mostrado na figura abaixo. Capital R$ 10.000,00 Taxa 2,00% a. mês Prazo 3 meses Montante R$ 10.616,78 Resolvendo o Exemplo 2: Qual o montante de R$800.000,00 a 240% a. a. em 3 anos? Solução: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, como mostrado abaixo. Exemplo 2: Qual o montante de R$800.000,00 a 240% a. a. em 3 anos? Capital R$ 800.000,00 Taxa 240,00% a. a. Prazo 3 anos Montante Posicione o cursor para a célula que vai receber o resultado, digite o sinal de igual (=) e selecione com o mouse o assistente de função fx , como resolvido no exemplo acima. Nesse caso, os Argumentos da função deverão ser preenchidos como no exemplo a seguir. Na solução do exemplo 2, irá aparecer o resultado de R$31.443.200,00, como é mostrado na planilha abaixo. Capital R$ 800.000,00 Taxa 240,00% a. a. Prazo 3 anos Montante R$ 31.443.200,00 Resolvendo o Exemplo 3: Qual o montante de R$3.000,00 a 6 anos e 3 meses, com juros 5% a. a.? Solução: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, como mostrado abaixo. Exemplo 3: Qual o montante de R$3.000,00 a 6 anos e 3 meses, com juros 5% a. a.? Capital R$ 3.000,00 Taxa 5,00% a. a. Prazo 6,25 anos Montante R$ 4.069,62 Resolvendo o Exemplo 4: Se R$1.000,00 são investidos por 8 anos e meio a 7% a. a. compostos trimestralmente, qual é o montante? Solução: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, como mostrado abaixo. Exemplo 4:Neste exemplo, lembre-se das conversões necessárias para a taxa e o prazo. Temos: 00 , 000 . 1 = C 0175 , 0 = i ( ) 4 % 7 ¸ 34 = n meses. Se R$1.000,00 são investidos por 8 anos e meio a 7% a. a. compostos trimestralmente, qual é o montante? Capital R$ 1.000,00 Taxa 1,75% a. t. Prazo 34 trimestres Montante R$ 1.810,68 Resolvendo o Exemplo 5: Qual o montante de R$500.000,00 em 3 anos, com juros 240% a. a. compostos trimestralmente? Solução: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, como mostrado abaixo. Exemplo 5: Qual o montante de R$500.000,00 em 3 anos, com juros 240% a. a. compostos trimestralmente? Capital R$ 500.000,00 Taxa 60% a.t Prazo 12 trimestres Montante R$ 140.737.488,36 Exemplo 6: De uma aplicação de $10.000 foram resgatados $10.689,12. Calcule o prazo dessa aplicação sabendo que foi realizada com a taxa de juro de 1,68% ao mês no regime de juros composto. Capital R$ 10.000,00 Montante R$ 10.689,12 Taxa 1,68% a. m. Prazo 4,00 meses Resposta: Faça o exemplo utilizando a planilha do Microsoft Office Excel e aperte o botão do mouse no assistente de função fx sobre a célula da resposta final que você encontrará a equação utilizada nos cálculos. Você deve preencher os Argumentos da função como mostrado no exemplo a seguir. Veja na aba superior da planilha o assistente fx apontando o valor de NPER (Número de Períodos): =NPER(0,0168;;10000;-10689,12). Nos exemplos no regime de juros compostos, a geração de juros durante o prazo da operação foi realizada com taxa de juros constante. Vamos ver agora o mesmo tema, porém com taxa variável de juro, mantendo as premissas de ambiente de certeza e ausência de oportunidades de arbitragem. É um procedimento mais abrangente que inclui o da taxa de juro constante. Exemplo 7: Foram investidos R$10.000,00 num fundo de investimento durante três meses com as taxas de rentabilidade mensais de 2%, 2,4% e 1,8%. Calcule a taxa total de rentabilidade no prazo do investimento, considerando o regime de juros compostos. Solução: Nesse caso, juros compostos com a taxa variável de juro, utilizaremos a fórmula: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) n j i i i i i C M + ´ × × × ´ + ´ × × × ´ + ´ + ´ + ´ = 1 1 1 1 1 3 2 1 . Essa equivalência pode ser representada com o símbolo produtório, substituindo o produto dos n fatores: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) n j n j j i i i i i + ´ × × × ´ + ´ × × × ´ + ´ + = + Õ = 1 1 1 1 1 2 1 1 ( ) Õ = + ´ = Þ n j j i C M 1 1 . Então, o valor do resgate será: ( ) ( ) ( ) 81 , 632 . 10 $ 018 , 0 1 024 , 0 1 02 , 0 1 000 . 10 R M = + ´ + ´ + ´ = . Note que as premissas contidas numa operação financeira no regime de juros compostos com n taxas variáveis de juro e conseqüentes n gerações de juros são: · As taxas de juros entre si e seus respectivos períodos também podem ser diferentes, com a condição de que os períodos das taxas de juros sejam iguais aos respectivos prazos de geração dos juros. · O capital cresce somente pela geração de juros. Durante o prazo da operação, não há nenhuma entrada nem saída de capital, havendo somente geração de juros que são capitalizados no momento de sua geração. Exemplo 8: Calcule o resgate do investimento de R$70.000,00 pelo prazo de quatro meses com taxas de juros mensais de 1,25%, 1,80%, 0,78% e 2,15% no regime de juros compostos. Solução: ( ) ( ) ( ) ( ) Þ + ´ + ´ + ´ + ´ = 4 3 2 1 1 1 1 1 i i i i C M EMBED Equation.3( ) ( ) ( ) ( ) Þ + ´ + ´ + ´ + ´ = Þ 0215 , 0 1 0078 , 0 1 018 , 0 1 0125 , 0 1 000 . 70 M EMBED Equation.387 , 276 . 74 = M Os exemplos 7 e 8 não são resolvidos através da planilha do Microsoft Office Excel. Até aqui você estudou alguns conceitos fundamentais e aplicáveis à matemática financeira e conheceu métodos para o cálculo dos juros e do montante compostos, utilizando as funções financeiras do Microsoft Office Excel. Nas unidades seguintes, aprenderá um pouco mais sobre essa disciplina fascinante, mas não prossiga seus estudos caso alguma dúvida permaneça. Entre em contato com seu tutor. Ele aguarda você! 4. Taxa Nominal 9,00% Período de Capitalização 2 Taxa Efetiva Anual 9,20% Teoria na Prática Agora que você já conheceu um pouco mais sobre juros compostos, estude o exercício resolvido abaixo. Ele foi desenvolvido utilizando a planilha do Microsoft Office Excel. Exemplo 1: Se desejo obter R$10.000,00 em um ano, qual a quantia inicial que preciso depositar, com rentabilidade de 0,5% ao mês? Montante R$ 10.000,00 Taxa 0,50% a. m. Prazo 12 meses Capital R$ 9.419,05 Resposta: Faça o exemplo utilizando a planilha do Microsoft Office Excel e aperte o botão do mouse no assistente de função fx sobre a célula da resposta final que você encontrará a equação utilizada nos cálculos. Você deve preencher os Argumentos da função, como mostrado abaixo. Veja na aba superior da planilha o assistente fx apontando o valor de VP (Valor Presente): =VP(0,005;12;;-10000). 5. Período de Capitalização 4 Taxa Efetiva Anual 36,05% Taxa Nominal 32,00% Recapitulando Esta unidade apresentou conhecimentos sobre juros compostos. No juro composto, você pôde observar que um montante qualquer, em um período específico, aplicado à taxa de juros determinada, compostos ao dia, ao mês, trimestralmente, ou em outro período, rende mais que um capital aplicado a juros simples, no mesmo período. Além disso, você vivenciou problemas do dia-a-dia, analisando a sua prática, situando-se no processo de ensino-aprendizagem na busca do conhecimento específico. Teve, ainda, a oportunidade de conhecer os métodos para cálculo dos juros compostos, e de utilizar novas funções financeiras do Microsoft Office Excel, como: · VP – para o cálculo do valor presente; · VF – para o cálculo do valor futuro; · TAXA – para o cálculo da taxa de juros compostos; · NPER – para o cálculo do prazo da operação financeira. 6. anos Capital 1.750,64 Montante 5.000,00 Taxa Nominal Mensal 2,50% Prazo 4 Amplie seus Conhecimentos Para ampliar os seus conhecimentos, leia o capítulo 2: “Capitalização Composta”, no livro Matemática Comercial e Financeira, do autor José Dutra Vieira Sobrinho e descubra mais sobre o tema. Você sabia que o Regime de Capitalização Simples é regido por uma Função Linear e que o regime de Capitalização Composta é regido por uma Função Exponencial quando representados graficamente? No material disponibilizado na Web, você poderá visualizar o gráfico para melhorar o entendimento. Você observará no gráfico que o Regime de Capitalização Simples é mais vantajoso quando consideramos prazos menores do que um período. 7. ano meses Capital 1.500,00 Montante R$ 3.247,12 Taxa de Juros 24,00% Prazo 39 Referências ASSAF, N. Matemática Financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998. CRESPO, A.A. Matemática Comercial e Financeira Fácil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. HAZZANI, S. Matemática Financeira. São Paulo: Saraiva, 2001. KUHNEN, O.L.; BAUER, U.R. Matemática Financeira Aplicada e Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, 1994. MATHIAS, W.F. Matemática Financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. PUCCINI, A.L. Matemática financeira Objetiva e Aplicada. São Paulo: Saraiva, 1999. VERAS, L.L. Matemática Aplicada à Economia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. VIEIRA SOBRINHO, J.D. Matemática Comercial e Financeira. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997. Unidade 3: Taxa de Juros trimestre trimestre Principal 28.000,00 Taxa de Juros 9,00% Prazo 8 Montante R$ 55.791,75 1. Nosso Tema Constantemente, deparamos-nos com diversos conceitosde taxas de juros utilizados pelo mercado financeiro e pelo comércio de forma geral e é muito importante o entendimento destes para facilitar o fechamento de negócios e, também, para se conhecer a real situação do que está sendo proposto. Um exemplo prático dessa situação é quando decidimos aplicar determinada quantia em dinheiro na caderneta de poupança. A taxa de juros apresentada pela instituição financeira, normalmente é anual, porém, sabemos que a capitalização (atualização) é mensal; Então, como fazer para saber qual o ganho efetivo ao final de determinado período de tempo? Qual procedimento deve ser adotado para realização desse cálculo? Como diferenciar os diversos tipos de taxas? O procedimento utilizado para o cálculo das taxas se difere quando alteramos o regime de capitalização (simples ou composto)? São essas perguntas a que procuraremos responder no decorrer da unidade. Ressaltamos que, apesar do mercado financeiro brasileiro utilizar diversos tipos de taxas, serão enfatizadas as taxas nominais, efetivas, proporcionais e equivalentes. bimestre bimestre Prazo 8 Valor da Aplicação R$ 856,31 Valor do Eletrodoméstico 1.200,00 Taxa de Juros 4,31% 2. Nosso Tema Esta unidade tem como objetivo prepará-lo para compreender, de forma mais clara, conceitos importantes relacionados às taxas de juros utilizadas pelo mercado financeiro. Para que você possa se preparar para essa nova etapa, sugerimos-lhe que reflita sobre as questões mencionadas no item anterior (Nosso Tema), para que, ao final do estudo desta unidade, você seja capaz de formar seus próprios conceitos diante dos temas aqui trabalhados. No tópico seguinte, serão apresentadas algumas informações que irão auxiliá-lo nessas e outras questões que, porventura, surjam durante a leitura da unidade. 3. Conversão de Taxa 2,50% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 50.000,00 1 2 3 4 5 Total Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 50.000,00 Conteúdo Didático 3.1. Taxa de juros efetiva e nominal As taxas efetivas são os custos ou as remunerações efetivas em uma operação financeira que toma como base o capital que foi recebido ou desembolsado na data da contratação dos recursos. A maioria das operações financeiras existentes no mercado e no comércio utiliza esse conceito na apuração dos juros. Uma taxa de juros é dita efetiva quando o período de capitalização coincidir com o período da taxa de juros. Assim, uma taxa de juros de 12% ao ano, com capitalização anual, ou uma taxa de juros de 1,4% ao mês, com capitalização mensal, são ditas efetivas. Conversão de Taxa 2,50% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 01.250,00 50.000,00 1 2 3 4 5 Total Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 50.000,00 O termo capitalização indica a periodicidade dos juros, portanto, para uma capitalização anual, os juros serão apurados anualmente e, para uma capitalização mensal os juros serão apurados mensalmente. Veja o exemplo: Um cliente realizou uma compra no valor de R$ 850,00 se comprometendo a pagar, no prazo de 45 dias, a importância de R$ 895,00. Qual a taxa efetiva mensal de juros compostos está sendo cobrada no financiamento? O valor de 3,50% de taxa efetiva foi calculado utilizando a função TAXA através do assistente fx . Vale ressaltar que o capital e o montante (ou VP, VF ou PGTO, não ao mesmo tempo) deverão estar com sinais opostos para indicar que um deles é entrada e o outro é saída de Caixa. O Microsoft Office Excel efetua os cálculos conforme o Fluxo de Caixa. Veja a resolução do problema utilizando o Excel. 3.1.1. Transformação de unidades entre taxas efetivas Para transformar uma taxa efetiva de juros compostos de uma unidade para outra, utiliza-se a seguinte expressão matemática: 100 1 100 . 1 ´ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç è æ - ÷ ø ö ç è æ + = T Q Efetiva T TEQ Onde: Conversão de Taxa 2,50% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 50.000,00 11.250,00 1.250,00 2 3 4 5 Total Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 50.000,00 Conversão de Taxa 2,50% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 50.000,00 11.250,00 1.250,00 50.000,00 21.250,00 1.250,00 50.000,00 31.250,00 1.250,00 50.000,00 41.250,00 1.250,00 50.000,00 51.250,00 50.000,00 51.250,00 Total6.250,00 50.000,00 56.250,00 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 50.000,00 Conversão de Taxa 2,20% a. m.29,84% a. a. PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 85.000,00 11.870,00 1.870,00 85.000,00 21.870,00 1.870,00 85.000,00 31.870,00 1.870,00 85.000,00 41.870,00 1.870,00 85.000,00 51.870,00 1.870,00 85.000,00 61.870,00 1.870,00 85.000,00 71.870,00 1.870,00 85.000,00 81.870,00 1.870,00 85.000,00 91.870,00 1.870,00 85.000,00 101.870,00 85.000,00 86.870,00 Total18.700,00 85.000,00 103.700,00 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 85.000,00 Conversão de Taxa 1,50% a. m.29,84% a. a. PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 R$ 100.000,00 11.500,00 1.500,00 100.000,00 21.500,00 1.500,00 100.000,00 31.500,00 1.500,00 100.000,00 41.500,00 1.500,00 100.000,00 51.500,00 1.500,00 100.000,00 61.500,00 1.500,00 100.000,00 71.500,00 1.500,00 100.000,00 81.500,00 1.500,00 100.000,00 91.500,00 1.500,00 100.000,00 101.500,00 1.500,00 100.000,00 111.500,00 1.500,00 100.000,00 121.500,00 100.000,00 101.500,00 Total18.000,00 100.000,00 118.000,00 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira - Sistema Americano de Amortização - SAA R$ 100.000,00 Conversão de Taxa 2,00% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 12.000,00 1R$ 240,00R$ 2.000,00R$ 2.240,0010.000,00 2R$ 200,00R$ 2.000,00R$ 2.200,008.000,00 3R$ 160,00R$ 2.000,00R$ 2.160,006.000,00 4R$ 120,00R$ 2.000,00R$ 2.120,004.000,005R$ 80,00R$ 2.000,00R$ 2.080,002.000,00 6R$ 40,00R$ 2.000,00R$ 2.040,00- TotalR$ 840,00R$ 12.000,0012.840,00 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira Sistema de Amortizações Constantes - SAC 12.000,00 Conversão de Taxa 5,02%a. m.80% a. a. PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 15.000,00 1R$ 753,03R$ 3.000,00R$ 3.753,0312.000,00 2R$ 602,42R$ 3.000,00R$ 3.602,429.000,00 3R$ 451,82R$ 3.000,00R$ 3.451,826.000,00 4R$ 301,21R$ 3.000,00R$ 3.301,213.000,00 5R$ 150,61R$ 3.000,00R$ 3.150,61- TotalR$ 2.259,08R$ 15.000,0017.259,08 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira Sistema de Amortizações Constantes - SAC 15.000,00 Conversão de Taxa 16,00%a. s. PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 50.000,00 1R$ 8.000,00 58.000,00 2R$ 9.280,00 67.280,00 3R$ 10.764,80 78.044,80 4R$ 12.487,17 90.531,97 5R$ 14.485,11R$ 15.088,66R$ 29.573,7875.443,31 6R$ 12.070,93R$ 15.088,66R$ 27.159,5960.354,65 7R$ 9.656,74R$ 15.088,66R$ 24.745,4045.265,98 8R$ 7.242,56R$ 15.088,66R$ 22.331,2230.177,32 9R$ 4.828,37R$ 15.088,66R$ 19.917,0315.088,66 10R$ 2.414,19R$ 15.088,66R$ 17.502,85- TotalR$ 50.697,90R$ 90.531,97141.229,87 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira Sistema de Amortizações Constantes - SAC 50.000,00 Essa expressão é utilizada para transformar taxas, no regime de capitalização composto, que não estejam na mesma unidade de tempo; essas taxas recebem o nome de: taxas equivalentes. Por exemplo: a taxa de 42% a.a. é equivalente à taxa de 2,97% a.m. 100 1 100 42 1 360 30 ´ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç è æ - ÷ ø ö ç è æ + = TEQ Já 18% a.s. é equivalente à taxa de 2,8% a.m. 0,04% ao dia é equivalente a 1,21% ao mês. Quando necessitamos transformar taxas para a mesma unidade de tempo, utilizando o regime de capitalização simples, fazemo-lo a partir de uma regra de três, uma vez que tal grandeza é proporcional. 3.1.2. Taxas Nominais Taxa nominal ou taxa aparente é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização, ou seja, a taxa é expressa em períodos diferentes do período de capitalização. Esse conceito também é muito utilizado no mercado financeiro. Por exemplo: 6,0% a.a. com capitalização mensal e 2,3% a.m. com capitalização diária. 3.1.3. Equivalências de taxas Duas, ou mais, taxas compostas são ditas equivalentes, quando aplicadas a um mesmo capital, durante o mesmo intervalo de tempo e produzirem o mesmo montante. Assim, as taxas de 1,5% ao mês e 4,5678375% ao trimestre são ditas equivalentes, pois produzem o mesmo montante, quando aplicadas sobre o mesmo capital, pelo mesmo período de tempo. Quando essas taxas de juros são taxas anuais (conduzem ao mesmo montante composto no fim de um ano) as suas equivalências se fazem através das taxas de juros nominais e efetivas. Por exemplo: No fim de um ano, o montante composto de R$100,00 a 4%, composto trimestralmente é ( ) 06 , 104 $ 01 , 0 1 100 4 R = + . Já a 4,06%, composto anualmente é ( ) 06 , 104 $ 0406 , 1 100 R = . Dessa forma, 4% composto trimestralmente e 4,06% composto anualmente são taxas equivalentes. Quando o juro é composto mais freqüentemente que uma vez por ano, a taxa anual dada chama-se taxa anual nominal ou taxa nominal ( n i ). A taxa de juro realmente obtida em um ano denomina-se taxa anual efetiva ou taxa efetiva ( i ). No exemplo acima, 4% é uma taxa nominal ao passo que 4,06% é uma taxa efetiva. Esse conceito é utilizado na transformação de taxas nominais de juros em taxas efetivas de juros e vice-versa. Agora, observe os exemplos. Exemplo 1: Calcular a taxa efetiva i equivalente à taxa nominal de 5% compostos mensalmente. Solução: Em um ano, a taxa efetiva i será i + 1 e a 5% compostos mensalmente será ÷ ÷ ø ö ç ç è æ ÷ ø ö ç è æ + 12 12 05 , 0 1 Como queremos a sua equivalência, temos: i + 1 = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ + 12 12 05 , 0 1 Sendo assim, % 116 , 5 05116190 , 0 1 05116190 , 1 1 12 05 , 0 1 12 = = - = - ÷ ÷ ø ö ç ç è æ ÷ ø ö ç è æ + = i . Exemplo 2: Calcular a taxa nominal n i composta trimestralmente equivalente a 5% efetivos. Solução: Em um ano, a taxa nominal n i composta trimestralmente será 4 4 1 ÷ ø ö ç è æ + n i e a 5% efetivos 05 , 1 . Igualando, temos: 4 4 1 ÷ ø ö ç è æ + n i = 05 , 1 . Sendo assim, ( ) ( ) % 909 , 4 049088 , 0 1 05 , 1 4 05 , 1 4 1 4 1 4 1 = = ú û ù ê ë é - = Þ = ÷ ø ö ç è æ + n n i i . Exemplo 3: O empréstimo de R$1.000,00 foi acertado por um prazo de 100 dias com taxa de juro de 20% aos 100 dias. Calcule a taxa efetiva de juro, considerando que o pagamento do juro é realizado no final da operação junto com a devolução do empréstimo. Solução: Verifique que o tomador do empréstimo receberá R$1.000,00, e, ao completar o prazo de 100 dias, devolverá o capital recebido R$1.000,00 mais o juro de R$200,00, calculado com a taxa nominal de % 20 = n i aos 100 dias, totalizando R$1.200,00. A taxa efetiva de juro i pode ser calculada considerando o resultado dos capitais C M (montante e capital) da operação se com a taxa efetiva da operação: 20 , 0 1 100 1200 1 = - = Þ = + i C M i . O resultado mostra que a taxa nominal n i coincide com a taxa efetiva i , pois o pagamento do juro ocorre junto com a devolução do empréstimo no final da operação. Conversão de Taxa 8,00% PeríodoJurosAmortizaçãoPagamentoSaldo Devedor 0 60.000,00 14.800,00 4.800,00 60.000,00 24.800,00 4.800,00 60.000,00 34.800,00 R$ 5.640,89R$ 10.440,8954.359,11 44.348,73 R$ 6.092,16R$ 10.440,8948.266,96 53.861,36 R$ 6.579,53R$ 10.440,8941.687,43 63.334,99 R$ 7.105,89R$ 10.440,8934.581,54 72.766,52 R$ 7.674,36R$ 10.440,8926.907,17 82.152,57 R$ 8.288,31R$ 10.440,8918.618,86 91.489,51 R$ 8.951,38R$ 10.440,899.667,49 10773,40 R$ 9.667,49R$ 10.440,890,00 Total33.127,09 R$ 60.000,0093.127,09 Resposta PrincipalTaxa de Juros Planilha Financeira Sistema de Amortização Francês - SAF 60.000,00 Até aqui tudo bem? Lembre-se de que, em caso de dúvidas, estou à disposição. Não deixe de esclarecê-las antes de prosseguir. Exemplo 4: A rentabilidade real da caderneta de poupança é 6% ao ano com capitalização mensal (o prazo mensal é determinado pela data de aniversário entre dois meses seguidos descartando os dias 29, 30 e 31 de cada mês). Calcule: a taxa real com período anual. Solução: Como a capitalização da taxa real de 6% ao ano é mensal, primeiro calculamos a taxa de juro proporcional 0,5% ao mês, resultado da divisão da taxa anual, 6%, por 12 meses, ou seja, um ano. A taxa proporcional 0,5% ao mês é a taxa efetiva de juro com período mensal. ( ) 06167 , 0 1 005 , 0 1 1 12 06 , 0 1 12 12 = - + = - ÷ ø ö çè æ + = i . Então, a taxa efetiva anual é % 17 , 6 . Nesse exemplo, verifica-se que a taxa 0,50% é a taxa proporcional com período mensal da taxa nominal de 6% ao ano e, ao mesmo tempo, a taxa de 0,50% ao mês é uma taxa efetiva mensal. Portanto, a taxa efetiva de 6,17% ao ano é equivalente à taxa efetiva de 0,50% ao mês no regime de juros compostos. Dessa maneira, a taxa nominal de 6% ao ano com capitalizações mensais é equivalente à taxa efetiva de 6,17% ao ano. Veja outros exemplos de transformação de taxas nominais de juros em taxas efetivas de juros e vice-versa, utilizando o Microsoft Office Excel . Exemplo 5: A que taxa nominal mensal de juros compostos deve ser colocado o capital de R$1.750,64 para obtermos o montante de R$ 5.000,00, em quatro anos, capitalizados anualmente? Neste exercício foi utilizada a função TAXA. A sintaxe é: =TAXA(4;;-1.750,64;5.000)/12. Ou seja: Número de períodos, valor presente (negativo) e valor futuro. Tudo dividido por 12, pois queremos a taxa nominal mensal. Exemplo 6: Calcular o montante produzido pelo capital de R$ 1.500,00, colocado a juros compostos de 24% ao ano, com capitalização mensal, durante três anos e três meses. Neste exercício foi utilizada a função VF (Valor Futuro). A sintaxe é: =VF(24%/12;39;;-1500). Ou seja: 24% dividido por 12 (capitalização mensal), número de períodos, valor presente (negativo). Exemplo 7: Determine o montante acumulado no final de dois anos, ao se aplicar um principal de R$ 28.000,00 com uma taxa de juros compostos de 36% ao ano, com capitalização trimestral. ( ) 200 . 10 $ 02 , 0 1 000 . 10 $ 1 = + ´ = M Neste exercício foi utilizada também a função VF. A sintaxe é: =VF(36%/4;8;;-28000). Ou seja: 36% dividido por 4 (capitalização trimestral), número de períodos, valor presente (negativo). Exemplo 8:. Um cliente pretende comprar um eletrodoméstico daqui a oito bimestres, cujo valor deverá situar-se em torno de R$ 1.200,00. Para dispor dessa importância na época desejada, quanto deverá aplicar hoje, à taxa de juros de 25,85% ao ano, com capitalização bimestral? Neste exercício foi utilizada a função VP (Valor Presente). A sintaxe é: =VP(4,31%/6;8;;-1200). Ou seja: 4,31 = =25,85% divididos por 6 (capitalização bimestral), número de períodos, valor futuro (negativo). 3.2. Transformando uma taxa efetiva em taxa nominal, ou vice-versa, utilizando o Microsoft Office Excel Para transformar uma taxa efetiva em uma taxa nominal, você pode utilizar a função NOMINAL do Microsoft Office Excel. Para transformar uma taxa nominal em uma taxa efetiva utilize a função EFETIVA Excel. Em resumo: NOMINAL: retorna a taxa de juros nominal anual. EFETIVA: retorna a taxa de juros efetiva anual. Para exemplificar, vamos resolver os exemplos 1 e 2 anteriores, utilizando o Microsoft Office Excel. Exemplo 1: Calcular a taxa efetiva i equivalente à taxa nominal de 5% compostos mensalmente. Solução do exemplo 1: Digite os dados na planilha do Microsoft Office Excel, conforme mostrado abaixo. Calcular a taxa efetiva equivalente à taxa nominal de 5% compostos mensalmente. a. m. mesesPeríodos de capitalização 12 Taxa Nominal 5,00% Taxa Efetiva 5,116% i O preenchimento dos dados da janela Argumentos da função com os valores matriciais correspondentes das células fica como mostrado a seguir: Exemplo 2: Calcular a taxa nominal n i composta trimestralmente equivalente a 5% efetivos. Solução: Calcular a taxa nominal composta trimestralmente equivalente a 5% efetivos. a. m. Períodos de capitalização 4 Taxa Nominal 4,909% Taxa Efetiva 5,00% n i Veja outros exemplos de transformações de taxa efetiva em taxa nominal, ou vice-versa, utilizando o Microsoft Office Excel . Exemplo 1: Uma poupança paga juros de 10 % ao ano, com capitalização mensal. Qual a taxa efetiva anual para essa poupança? Neste exercício foi utilizada a função EFETIVA. A sintaxe é: =EFETIVA (10,00%;12) Exemplo 2: Qual a taxa efetiva anual corresponde a uma taxa nominal de 120 % ao ano, com capitalização bimestral? Neste exercício foi utilizada também a função EFETIVA. A sintaxe é: =EFETIVA (120,00%;6) Exemplo 3: Determinar a taxa efetiva anual que seja equivalente a taxa de 9 % ao ano, com capitalização semestral. Neste exercício ainda foi utilizada a função EFETIVA. A sintaxe é: =EFETIVA (9,00%;2). Note, neste caso, que a taxa é anual e a capitalização semestral. Por isso o período de capitalização na planilha Excel foi igual a 2. Exemplo 4: Um empréstimo é feito a taxa de 32 % ao ano, com capitalização trimestral. Determine o custo efetivo anual para esse empréstimo. Neste exercício também utilizamos a função EFETIVA. A sintaxe é: = EFETIVA (32,00%;4). Veja, neste caso, que a taxa é anual e a capitalização trimestral. O período de capitalização na planilha Excel foi igual a 4. Vale lembrar que, para transformar uma taxa efetiva em outra taxa efetiva, deve-se utilizar o conceito de transformação de unidades entre taxas efetivas, através da fórmula. Para transformar uma taxa nominal em uma taxa efetiva, ou vice-versa, deve-se utilizar o conceito transformando uma taxa efetiva em taxa nominal, ou o contrário, e esta é feita através do Microsoft Office Excel. Para que vocês compreendam a importância de se estudar as taxas de juros utilizadas pelo comércio Brasileiro, transcrevemos, na íntegra, o texto retirado do site: http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0170.htm , de José Nivaldo Cordeiro, de 03 de junho de 2002, sobre a taxa de juros. Boa Leitura! “ O site do Professor Ricardo Bergamini (www.angelfire.com/sc3/ricardobergamini) é daqueles imperdíveis para quem estuda a economia brasileira. Ele tem sistematicamente acompanhado a conjuntura econômica e os grandes números dos dois Governos FHC, colocando no site as suas preciosas conclusões. É, claro, um economista crítico com relação ao governo e também não poderia ser diferente: quem enxerga os números sabe que as coisas não andam bem no Brasil. Um dos pontos de destaque da sua análise é a determinação da taxa de juros do mercado. Para ele, é inútil tentar reduzir a taxa de juros na ponta do tomador privado apenas pela redução da taxa básica. Esta última só interessa para o próprio governo, na medida em que, para cada ponto percentual de redução da mesma, a taxa de mercado sofre contração de apenas 0,04%, segundo seus cálculos. A fato objetivo é que, pelo mecanismo do depósito compulsório, o governo se apropria de grande parte do dinheiro disponível para crédito, de sorte que pouco sobra para o mercado privado. A taxa básica média para o governo está em torno de 18% a.a., enquanto que a taxa média para o mercado é de 59,42%a.a., sem considerar os impostos, taxas e demais custos do serviço bancário. As lideranças empresariais melhor fariam se lutassem para reduzir essa intervenção indevida no mercado de crédito, que coloca pesada cunha para os tomadores finais. A taxa básica pouco importa para as empresas. Por impedir o desenvolvimento de um sistema de crédito sadio, praticando o quase monopólio da dívida, o que vemos é a economia minguar. Na verdade, os brasileiros (pessoas físicas e jurídicas) se dividem em dois grupos. De um lado, os que são superavitários e sócios do governo na massa tributária. Vivem felizes, cobrando elevados juros do devedor monopolista. Do outro, os que, por qualquer motivo, são obrigados a tomar recursos emprestados, ao custo de mercado. Esses vivem asfixiados financeiramente e freqüentemente apresentam problemas de solvência. Em outras palavras, quebram ou vêem seu nome sujo na praça, sendo automaticamente excluídos do sistema de crédito. A culpa é única e exclusiva do Estado, que impede o desenvolvimento econômico através de um dos seus mecanismos naturais, que é o crédito. Se o leitor tiver em conta que os brasileiros já pagam uma brutal carga tributária, que cresce sistematicamente a cada ano, irá perceber o verdadeiro horror econômico em que estamos metidos: o governo brasileiro simplesmenteimpede que a prosperidade aconteça. Quem está desempregado e sem crédito no mercado sabe quem é o autor das suas desgraças. Aqueles que, por algum motivo, vêem os seus sonhos de crescimento fracassarem, sabe quem os seqüestrou. Da mesma forma, o desempenho frustrante da balança comercial só tem um responsável: o governo e sua voracidade fiscal e creditícia. O mercado internacional não paga o sobrecusto governamental embutido nos preços dos produtos. Então, caro leitor, dá para imaginar o grande engano que é apoiar plataformas políticas que pugnam precisamente por aumentar a intervenção governamental no processo econômico. É suicídio.” (JOSÉ NIVALDO CORDEIRO, 2002) 4. Teoria na Prática Agora que você já conheceu um pouco mais sobre Taxa de Juros, estude o exercício resolvido abaixo e desenvolva a atividade proposta disponível na Web. Apliquei R$10.000,00 à taxa nominal de 16,5%a.a., capitalizados mensalmente, por 6 meses. Do 7º mês ao 12º mês, a capitalização mensal passou a ser efetuada à taxa de 15%a.a. Calcular o valor de resgate da aplicação no final de um ano. Considerar o ano comercial e o regime de capitalização composto. Resolução: Como a capitalização da taxa real de 16,5% ao ano é mensal, primeiro calculamos a taxa de juro proporcional 1,375% ao mês, resultado da divisão da taxa anual, 16,5%, por 12 meses, ou seja, um ano. A taxa proporcional 1,375% ao mês é a taxa efetiva de juro com período mensal. Posteriormente, devemos calcular o montante obtido ao final dos 6 meses iniciais. Capital R$ 10.000,00 Taxa 1,375% a. mês Prazo 6 meses Montante R$ 10.853,88 Este montante deverá ser reaplicado pelos seis meses restantes, porém à taxa de juros de 1,25% ao mês, resultado da divisão da taxa anual, 15% por 12 meses. Obtendo, por fim, o valor de resgate ao final de um ano. Capital R$ 10.853,88 Taxa 1,25% a. mês Prazo 6 meses Montante R$ 11.693,78 5. Recapitulando Os juros são considerados como o aluguel pago/recebido pelo empréstimo de determinada quantia em dinheiro. Essa quantia monetária a ser paga ou recebida pela utilização do capital, que denominamos de juros, será determinada de acordo com a taxa de juros estipulada na negociação. A taxa de juros é a razão entre os juros pagos ou recebidos no fim de um determinado período de tempo e o capital inicialmente emprestado, como já vimos na unidade 1 – Regime de Capitalização Simples. O Mercado Brasileiro utiliza de diversas taxas de juros, tais como a SELIC e a TJLP e é possível observar que as taxas são sempre acompanhadas das respectivas unidades de tempo, ou seja, a.a., a.m. e ainda pelos períodos de capitalização (atualização), quais sejam, a.a. capitalizados mensalmente, a.m. capitalizados diariamente; são essas caracterizações que determinam alguns tipos de taxas existentes no mercado financeiro e que foram abordados na unidade em questão, são elas: as taxas de juros nominais, efetivas, proporcionais e equivalentes. ۩ Taxa de juros Efetiva: é aquela em que a unidade de tempo coincide com o período de capitalização – Exemplo: 1,5%a.m. com capitalização mensal; ۩ Taxa de juros Nominal: é aquela em que a unidade de tempo não coincide com o período de capitalização – Exemplo: 5%a.a. capitalizados mensalmente; ۩ Taxa de juros Proporcional e taxa de juros equivalente: é aquela em que, quando aplicada a um mesmo capital, durante o mesmo intervalo de tempo, produz o mesmo montante. A taxa de juros proporcional é utilizada no regime de capitalização simples e é obtida a partir de regra de três, já a taxa de juros equivalente é utilizada no regime de capitalização composto e é obtida a partir da fórmula: 100 1 100 . 1 ´ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç è æ - ÷ ø ö ç è æ + = T Q Efetiva T TEQ Esses conhecimentos poderão auxiliá-los no entendimento de diversas negociações que realizamos no nosso dia-a-dia; então, fique atento e sempre analise os prós e os contras do que está sendo proposto. 6. Amplie seus Conhecimentos Você sabia que, sempre que realizamos a “soma” de taxas, tais como os indicadores de mercado (inflação e índices diversos), nós devemos multiplicar os respectivos fatores das taxas em questão e ao final subtrairmos uma unidade? Vocês devem estar se perguntando: como assim fatores? Fator, nada mais é do que somarmos uma unidade à taxa de juros em que estamos trabalhando, lembrando sempre de utilizá-la na forma decimal ou unitária, ou seja, dividida por 100. Esse procedimento é muito utilizado para, por exemplo, apresentar o valor acumulado da inflação em determinado período de tempo. Já quando desejarmos “subtrair” taxas utilizamos o mesmo procedimento, porém em vez de multiplicá-las, devemos dividi-las. Para melhor entendimento, acompanhe os exemplos abaixo: Exemplo 1: Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 1994 foram apresentados os respectivos índices inflacionários: 41,32%; 40,57% e 43,08%. Determine a inflação acumulada do período. Resolução: Primeiro, devemos determinar os fatores, ou seja, dividir os índices por 100 e somar uma unidade ao resultado, posteriormente multiplicamos esses fatores e ao resultado subtraímos um e, por fim, multiplicamos por 100 para obtermos o resultado na forma percentual. [ ] { } = ´ - ´ ´ = ´ þ ý ü î í ì - ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ + ´ ÷ ø ö ç è æ + ´ ÷ ø ö ç è æ + 100 1 ) 4308 , 1 ( ) 4057 , 1 ( ) 4132 , 1 ( 100 1 1 100 08 , 43 1 100 57 , 40 1 100 32 , 41 % 23 , 184 = Exemplo 2: Comprei um título por R$1.000,00 e o vendi com um ganho aparente de 16%. Considerando que a inflação no período foi de 1,5%, o ganho real obtido foi: Resolução: Neste exemplo, devemos “subtrair” o valor da inflação do período, para determinar o ganho real. Então, temos: % 29 , 14 100 1 1 100 5 , 1 1 100 16 = ´ þ ý ü î í ì - ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ + ¸ ÷ ø ö ç è æ + Portanto, desconsiderando a inflação do período o ganho real na venda do título foi de 14,29%. 7. Referências ASSAF, N. Matemática Financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998. CRESPO, A. A. Matemática Comercial e Financeira Fácil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. HAZZANI, S. Matemática Financeira. São Paulo: Saraiva, 2001. KUHNEN, O. L.; BAUER, U.R. Matemática Financeira Aplicada e Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, 1994. MATHIAS, W. F. Matemática Financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. VERAS, L. L. Matemática Aplicada à Economia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. PUCCINI, A. L. Matemática financeira Objetiva e Aplicada. São Paulo: Saraiva, 1999 VIEIRA SOBRINHO, J. D. Matemática Comercial e Financeira. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997. Unidade 4: Desconto 1. Nosso Tema Nesta unidade, abordaremos o assunto: Desconto. Certamente, você já deve ter presenciado diversas negociações comerciais que oferecem descontos em pagamentos à vista. No entanto, o desconto não se restringe a essa conceituação. No mercado financeiro é comum empresas realizarem o desconto de títulos de curto prazo , transformando um pagamento futuro em capital de giro. Assim como os juros, o desconto também poderá ser regido pelo regime de capitalização simples ou composto, porém, como os descontos de títulos e duplicatas são realizados quase que em sua totalidade no curto prazo, o mercado opera normalmente no regime de capitalização simples. O desconto é muito semelhante aos juros estudados nas unidades anteriores, em que a moeda é o “ator” principal, uma vez que o mercado está realizando a “troca” de uma promessa de pagamento por moeda corrente; pela antecipação desse dinheiro será aplicada sobre o valor do título a taxa de desconto praticada pela instituição financeira. É importante ressaltar que os juros por esse serviço são sempre cobrados antecipadamente, dessa forma, você recebe o valor líquido, ou seja, já deduzido o desconto do valor nominal do título. Deteremo-nos ao estudo do desconto comercial simples, também chamado de desconto bancário.
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