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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Aluna: 
Matrícula
Polo Três Rios
Regime Diferenciado de Contratações Públicas
A lei 12.462/11, de 04 de agosto de 2011, estabelece o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para licitações destinadas a obras e serviços relacionados à Copa das Confederações (2013), à Copa do Mundo (2014) e aos Jogos Olímpicos (2016). A votação do projeto que deu origem à lei nas Casas Legislativas foi marcada por acirradas discussões entre a base governista e a oposição, sendo apenas aprovado na Câmara após cinco tentativas de votação. Segundo o governo federal, a flexibilização da Lei de Licitações se justifica pela necessidade de simplificar as licitações das obras nos aeroportos, que correm risco de não ficarem prontos para a Copa. Contudo, em setembro do mesmo ano 2011, O Ministério Público Federal, questiona no Supremo Tribunal Federal a constitucionalidade do regime de contratações públicas para obras da Copa. 
Em 25/02/2013, tendo por base a simplificação admitida pela lei em análise, o Estado do Rio de Janeiro divulgou o edital de licitação para a concessão da administração do Complexo Maracanã por 35 anos para a iniciativa privada, através do modelo de parceria público-privada No dia 10/05/2013, após o anúncio de que o vencedor da licitação do Maracanã foi o consórcio formado pelas empresas Odebrecht, IMX e AEG, o denominado “Maracanã S.A”, o Ministério Público questionou o resultado do certame, alegando ilegalidade no processo licitatório.
Diante desse quadro, elabore um texto dissertativo sobre o modelo de licitações vigente no Estado brasileiro e analise criticamente o Regime Diferenciado de Contratações Públicas dentro desse contexto, identificando os seus pontos positivos e negativos. 
O regime de licitações no Brasil hoje é regido basicamente pela Lei 8666/93 no caso citado acima temos complexidades. Com o intuito de assegurar o princípio da segurança jurídica e, ao mesmo tempo, incentivar os princípios da eficiência e celeridade às licitações públicas, o legislador com uma única medida realizou dois atos: ao editar a Lei 12.462/2011, manteve a norma geral da Lei 8666/93 como regra para as licitações e contratos administrativos e criou o Regime Diferenciado de Contratações Públicas, popularmente conhecido como RDC, trazendo instrumentos próprios ao processo licitatório destinados exclusivamente às obras de infraestrutura e serviços para os eventos supramencionados. Desta criação surgiram algumas polêmicas e sustentações acerca da inconstitucionalidade do RDC, levadas ao Supremo Tribunal Federal por meio das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4645 e 4655, respectivamente ajuizadas por partidos políticos – DEM, PPS e PSDM – e pelo Procurador-Geral da República. Inconstitucionalidades da RDC, ausência dos requisitos de urgência e relevância para edição do RDC via medida provisória; e abuso do poder de emendar na conversão da MP nº 527/11 na Lei 12.462/11, delegação ao Executivo acerca da escolha do regime jurídico aplicável; o sigilo do orçamento das contratações previstas no RDC; a contratação integrada; a remuneração variável aos contratos de desempenho; a dispensa de publicação dos atos praticados no processo licitatório em questão; o instrumento auxiliar da pré-qualificação permanente. 
Em 21 de junho de 1993, foi publicada a Lei 8666, disciplinando o processo licitatório, com a criação de normas gerais. Com ela, o legislador potencializou o processo licitatório anterior, disposto no Decreto-lei 2300/86. 
Segundo Jessé Torres Pereira Junior, o aperfeiçoamento e as inovações introduzidas pela Lei 8666/93 ao ordenamento jurídico licitatório, dava-se no sentido de: 
 “ampliar a aplicação das normas gerais do novo estatuto à Administração dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades vinculadas; melhor caracterizar o dever geral de licitar e as hipóteses que o excepcionam; traçar definições objetivas sobre figuras que passaram a ocupar posição de relevo na conceituação legal; vincular a Administração a regras mais exigentes para elaboração de editais e o julgamento de propostas; criar procedimentos especiais para o processamento de determinados tipos e regime de licitação; assegurar o direito à ampla defesa em caso do desfazimento do processo licitatório (por revogação ou anulação).” 
Sendo assim vemos que o processo criado pra o caso citado acima bate de frente com a lei de licitação vigente no País.

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