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Resenha crítica da obra Moral e ética

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ALUNO: AURÉLIO ALVES ARAUJO 
RA: 8228254 
TURMA: 003109A04 
CAMPUS: ITAIM BIBI 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DA OBRA “MORAL E ÉTICA: DIMENSÕES INTELECTUAIS E 
AFETIVAS, DE YVES DE LA TAILLE”. 
 
 
 
O texto ora em exposição tem por moldar análise acerca da obra “Moral e Ética: dimensões 
intelectuais e afetivas (2007), do psicólogo e professor francês Yves de La Taille. 
 
A mesma se expõe dividida em três partes, e desta forma compreende-se a Moral e Ética, a qual 
se dá como sendo uma apresentação do autor sobre os dois conceitos, chamados 
respectivamente de “Saber fazer moral: a dimensão intelectual” e “Querer fazer moral: a 
dimensão afetiva”. Tratam-se de duas dimensões apresentadas pelo escritor para versar sobre 
a temática principal do livro, isto é, moral e ética. 
 
Em outras palavras, o autor realiza uma análise e discorre sobre os principais elementos, e tão 
necessários, no que se refere à experiência psicológica, para que a vida tenha são eles: a 
experiência subjetiva de bem estar do ser humano, a transcendência desta experiência tanto 
de prazer, como do aqui-agora, e por fim, ver-se a si mesmo como alguém de valor, capaz de 
desenvolver-se e ter auto-respeito, por estar este indivíduo associado a valores morais da 
sociedade. 
Ressalta-se que o objetivo principal da referida obra é explicar e entender “o empreendimento 
psicológico de compreensão das ações morais”, em outras palavras, compreender os processos 
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psicológicos das atividades e ações da sociedade, de cunho moral (os valores considerados pela 
sociedade, e suas ações). Para isso, ele o autor recorre a diversos autores do campo da filosofia, 
sociologia e psicologia moderna, dentre eles Kant, ou até mesmo Durkheim, para, por fim, 
subdividir o estudo em duas dimensões: uma primeira ligada ao conhecimento intelectual 
adquirido para se valorar ações, e a segunda ao agir do conhecimento da dimensão citada 
anteriormente. 
Yves faz uma separação inteligente entre duas diferentes dimensões de teorias relacionadas à 
Moral, que são visualizadas claro, de formas separadas, sendo elas a: dimensão afetiva e a 
dimensão cognitiva do agir moral. 
 
A dimensão afetiva, primeira citada, onde podemos encontrar as teorias de Freud e Durkheim, 
acerca da moral, está ligada ao que chamamos de “querer agir” moral, sendo que nesta 
concepção de ideia do agir moral seria muito mais variável. 
Já a segunda dimensão nos ilustra teorias como a de Piaget e Kohlberg, postuladas no sentido 
de que o indivíduo só poderia conseguir eleger seu agir ético por meio da autonomia para seu 
conhecimento, sendo chamada esta de “dever agir” moral, por suas palavras. 
 
No conceito de moral, é possível notar de que a ideia destacada pelo autor na obra é a do dever, 
como sendo guia para a regular convivência humana, e segundo ele, neste ponto é introduzida 
a ética, visto que neste sentido é necessária percepção clara para vermos a necessidade do 
outro, e desta forma, agir. 
 
O autor se posiciona claramente no sentido que estas dimensões devam ser tratadas de forma 
separada, dadas suas diferenças substanciais, pois são coisas diferentes de fato segundo ele, 
entretanto, reconhece que é possível relacioná-las, por sua matéria. 
 
Por sua obra, é claro que se alinha diretamente ao pensamento de Piaget, para relacionar a 
afetividade e a racionalidade no agir moral, sendo que a primeira é o que impulsiona o agir moral 
do ser humano, mas deve estar acompanhada pela segunda citada, para que o ciclo esteja. 
 
De igual forma, reconhece que em ambas teorias que cita na obra, o agir moral se relaciona com 
o dever e a obrigatoriedade dentro da ação psicológica do agir moral. 
 
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Conclui-se portanto que a ação moral dos indivíduos está ligada ao conhecimento destes sobre 
o que consideram correto, permeado pelo seu conhecimento adquirido ao longo dos anos, bem 
como no querer agir de tal forma, sendo assim possível, que mesmo que saiba seu 
direcionamento social, por estar inserido em determinado grupo, o mesmo pratique ação diversa 
por julgar que, naquele caso, com base na afetividade, por exemplo, o modo do agir moral é 
diverso, e por sua concepção, mais correto que o entendimento dos demais. 
 
Logo, o agir moral é tanto racional (cognitivo), quanto afetivo (emoções), uma vez que embora 
as ações morais possam, e de fato via de regra estão internalizadas nos indivíduos por seus 
aprendizados durante a vida, o seu “querer” agir muitas vezes é diretamente relacionado a 
afetividade daquilo que o faz praticar a ação moral de determinada forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DE LA TAILLE, Yves Moral e ética: Dimensões intelectuais e afetivas. Artmed. Porto Alegre, 
2007.

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