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resistência de nó

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1. INTRODUÇÃO 
s nós são recursos marcadamente úteis e freqüentemente utilizados em muitas 
atividades de montanha. Eles permitem que muitas tarefas verticais sejam 
realizadas com segurança e eficiência, contribuindo assim para o bem estar do 
escalador e a versatilidade da tarefa. 
Existem diversos tipos de nós, cada um deles desenvolvido para desempenhar 
determinada tarefa específica. No entanto, um fator de suma importância tem sido muitas 
vezes negligenciado ou pouco compreendido no meio das atividades verticais. É o que 
chamamos de resistência específica do nó. 
Porém, antes de se debater mais aprofundadamente esse assunto, alguns fatores 
importantes devem ser compreendidos. O primeiro é que, ao atar qualquer tipo de nó em 
uma corda ou fita, isso reduzirá substancialmente a resistência dessa estrutura. Outro 
ponto chave é que alguns nós reduzem menos a resistência da estrutura do que outros. 
Portanto, saber quanto da resistência da estrutura é preservada por determinado nó pode 
ser particularmente importante quando se pretende realizar qualquer tipo de atividade 
vertical. Finalmente, deve-se entender que um nó e tão forte quanto a corda na qual ele é 
atado. Logo, uma corda em bom estado é imprescindível para o funcionamento correto de 
um nó. 
O presente artigo tem o objetivo de informar acerca dos principais nós utilizado na 
escalada em rocha e o quanto da resistência específica da estrutura é preservada quando 
eles são atados em cordas ou fitas. 
 
 
2. RESISTÊNCIA ESPECÍFICA DO NÓ 
A resistência específica de um nó refere-se à habilidade que ele tem de resistir a 
uma determinada carga sem se romper. Algumas análises têm sido feitas no intuito de 
esclarecer como a estrutura do nó interage com as forças mecânicas que são impostas à 
O
 Nós e Resistência Específica 
 
 
Prof. Ms. Eurico P. César 
 
2 
 
ele e como diferentes designs ou tipos de nós influenciam na resistência específica da 
estrutura na qual ele é atado. 
Um segmento de corda sem nenhum nó apresenta uma resistência específica de 
100 %, ou seja, total. Isso acontece por que a carga ou força é distribuída igualmente em 
cada uma das fibras, gerando assim um estresse uniforme. No entanto, um segmento 
curvado dessa corda enfraquece a resistência específica por que distribui a carga de forma 
irregular, o que vai tencionar (alongar) algumas fibras e ao mesmo tempo comprimir 
outras. O esquema de carga de tensão e compressão simultânea (carga de inclinação) 
pode ser visualizado na Figura 1. 
 
 
Figura 1: Cargas de inclinação em um 
segmento. De um lado observa-se tensão e 
do outro, compressão. 
 
A resistência específica de um nó é determinada pela severidade (inclinação) da 
primeira curva no segmento mais sobrecarregado da estrutura. Quanto mais a primeira 
curva se desviar do eixo de tensão, mais fraco será o nó. 
Outro fator a ser considerado é a localização da primeira curva do nó. Essa 
localização irá afetar tanto a resistência do nó quanto o local aonde ele irá se partir, 
diferente da severidade da curva, que irá afetar apenas a sua resistência. Além disso, as 
curvas ou cargas aplicadas em regiões que não sejam a primeira curva do nó não afetarão 
sua resistência. 
Nós como o Pescador Duplo são mais resistentes do que o Laís de Guia, por 
exemplo, devido ao seu design. Isso se deve ao fato de que a primeira curva do Pescador 
Duplo fica posicionada dentro do nó, local onde essa se aperta contra a haste rígida da 
corda, reduzindo assim a carga na primeira curva desse nó. 
 
 
3 
 
3. RESISTÊNCIA COMPARATIVA ENTRE OS NÓS 
Este tópico é particularmente importante para as pessoas que utilizam nós em 
cordas, onde as quais são submetidas a cargas relativamente pesadas, como é o caso de 
escaladores ou alpinistas industriais. 
Todo ou qualquer tipo de nó reduz a resistência específica da corda ou fita na qual 
ele é atado, no entanto alguns se mostram menos desvantajosos do que outros. Uma 
revisão de estudos sobre a resistência de nós mostra por que alguns deles são mais fortes 
ou resistentes do que outros, o que vai lançar luz sobre os aspectos que envolvem o 
comportamento dos nós. 
A resistência específica dos nós varia amplamente de um tipo para o outro. 
Algumas experiências controladas utilizando diferentes designs de nós em cordas de 
mesmo material têm demonstrado que alguns deles enfraquecem a estrutura em mais de 
50 %, enquanto outros declinam apenas 10 % da resistência específica. 
Na Tabela 1 encontram-se alguns dos nós comumente utilizados no meio vertical e 
suas resistências específicas. 
 
Tabela 1: Resistência Específica de Nós Utilizados na Escalada em Rocha 
Nós Muito Resistentes 
Tipo de Nó Resistência Mantida Autor da Pesquisa 
Blood Knot 80 % a 90 % Barnes, 1947; Day,1986 
Oito para unir cordas 81 % Frank e Smith, 1992 
Oito com alça 80 % Frank e Smith, 1992 
Pescador Duplo 79 % Frank e Smith, 1992 
Nós Moderadamente Resistentes 
Butterfly 75 % Frank e Smith, 1992 
Azelha com alça 60 % a 65 % Luebben, 2002 
Laís de Guia 60 % Day,1986 
Nós Pouco Resistentes 
Azelha para unir cordas < 50 % Desconhecido 
 
Observe que existem na literatura inúmeras variações dessas porcentagens de 
resistência específica, mas tais variações devem-se a possíveis diferenças nas cordas e 
materiais utilizados além de pequenas diferenças no design dos nós. 
Para maior entendimento sobre os diferentes tipos de nós e suas funções, sugere-
se a leitura do artigo tipos de nós utilizados em escalada em rocha. 
 
 
 
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4. TERMOS UTILIZADOS EM ESTUDOS SOBRE NÓS 
A utilização de alguns termos técnicos é essencial para se discutir a resistência 
específica de nós. Alguns desses termos estão bem estabelecidos e são de uso comum, 
porém outros são menos freqüentes e mais complexos e, portanto, pouco compreendidos. 
Para se entender melhor o funcionamento de diferentes nós e como eles afetam a 
resistência específica de uma estrutura, faz-se necessário entender alguns desses termos, 
frequentemente utilizados em estudos sobre nós. São eles: 
 
• Segmento Constante (Standing Part - SP) – segmento contínuo da corda, sem curvas, 
que se direciona ao miolo do nó, suportando 100 % da carga. É a parte livre da corda. 
Nesta parte da corda a carga é distribuída igualmente em todas as fibras. 
• Ponto de Entrada (Entry Point - X) – local onde o Segmento Constante (SP) une-se ao 
Talo (S) e curva-se, entrando no miolo do nó. Situado imediatamente antes da primeira 
volta ou curva do nó, é geralmente neste local que algumas cordas se rompem quando 
submetidas a cargas excessivas. Teoricamente, 100 % da carga incidem nesse ponto. 
• Talo ou Haste (Stem - S) – une-se ao segmento constante (SP) no ponto de entrada 
(X); onde é atado ao emaranhado do nó. Como essa parte atravessa o colar do nó, 
nesse ponto forma-se a primeira curva. Neste local a carga se distribui de forma 
desigual, sendo esse fato o grande responsável pelo enfraquecimento da corda e seu 
rompimento no ponto de entrada. É a inclinação dessa primeira curva que irá 
determinar a resistência do nó. 
• Colar ou Volta (Bight - B) – é a primeira estrutura pela qual o Talo (S) atravessa, 
penetrando no miolo do nó. Ele forma o primeiro obstáculo ao qual o Talo tem que 
contornar, fazendo uma volta. O design do Colar (B) será um dos fatores que 
determinarão a severidade da primeira curva. Os outros fatores são a angulação do 
Segmento Constante (SP) e a localização do Ponto de Ancoragem. 
• Âncora (Crossing of the Hitch – C) - parte de tamanho indefinido no miolo do nó. A 
parte superior da âncora funde-se a parte final do Talo (S) e tem duas funções: a) 
proporcionar ao Segmento Constante (SP) uma amarração firme para se tracionar; b) 
mantêm a parte final do Talo (S) em uma posição particular que determinará o quanto 
ele será forçado a se desviar da linha reta de tração. Lembre-se que, quanto mais 
severa for essa curva, mais fracoserá o nó. 
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• Arco (Arc of the Hitch - H) – Segmento curvado, oposto a Âncora (C), que envolve os 
segmentos (pernas) do Colar (B), apertando-os e os mantendo unidos. 
• Cauda (Tail - T) – extremidade (ponta) da corda que não sofre carga. 
• Alça (Loop - L) – enquanto o loop suporta toda a carga, cada uma de seus segmentos 
(pernas) suporta 50 %. 
Os segmentos e terminologias citados anteriormente podem ser melhor observados 
e compreendidos na Figura 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2: Partes que compõem o Nó 
 
 
 
5. FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO DE UM NÓ 
Para entender os fatores que afetam o funcionamento esperado ou desempenho de 
um nó, devemos entender primeiro os fatores que podem afeta-lo. Feito isto, perguntas 
acerca da segurança, estabilidade e resistência do nó e aonde ele irá se romper poderão 
ser respondidas com mais acerto. 
A performance de um nó será afetada, basicamente, por quatro fatores a serem 
entendidos: 1) Leis físicas da Mecânica; 2) A estrutura do nó; 3) O tipo de material ao 
qual ele foi atado; 4) Condições ambientais e de uso do mesmo. 
 
 
 
SP – Segmento Constante 
X – Ponto de Entrada 
S – Talo 
B - Colar 
C – Âncora 
H – Arco 
L – Alça 
T - Cauda 
 
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5.1. Leis Invariáveis da Mecânica 
Como todos os objetos no universo, os nós também estão sujeitos às leis da 
Mecânica. Dentre as forças mecânicas que irão afetar o funcionamento de um nó estão a 
Fricção, Tensão, Compressão e Cisalhamento. A forma exata como essas forças 
influenciarão no desempenho de um nó depende de fatores como sua estrutura, o 
material ao qual foi atado e as condições ambientais. 
 
5.2. Estrutura 
O bom funcionamento de um nó depende diretamente da sua forma e 
configuração. O aspecto mais característico de um nó, ou seja, as formas das voltas e dos 
segmentos que ele apresenta, inclui as dobras, laços, amarras, alças, fios em paralelo e 
curvas. Porém, mais importante do que saber como a estrutura está delineada 
(desenhada), é certificar-se de que o nó está apropriadamente atado, com bom 
acabamento e se a forma que está recebendo a carga é adequada. 
Esses três fatores são fundamentais para um nó funcionar como o esperado. 
Lembre-se que um nó, por mais bem feito que seja, sempre reduzirá a resistência de uma 
corda. No entanto, se seu acabamento for negligenciado, se ele não estiver firme 
(apertado) e se a carga aplicada conferir ângulos desnecessários ou muito acentuados, 
provavelmente isso afetará mais ainda a estrutura, aumentando ainda mais o risco sobre a 
estrutura. 
 
5.3. Tipo de Material 
Um nó será menos ou mais eficiente dependendo do tipo de material que compõe a 
corda ou fita na qual ele é atado. A espessura do material e suas condições físicas 
também são fatores importantes. Cada material tem características distintas quanto à 
extensibilidade, elasticidade, bem como diferentes características superficiais e 
coeficientes de fricção, todos os quais afetarão diretamente seu poder de preensão. 
Alguns experimentos demonstraram que os nós feitos em cordas de nylon são mais 
susceptíveis a deslizar do que em cordas de cotton, assim como cordas trançadas de 
polipropileno são mais lisas e retorcidas, mas promovem boa resistência após serem 
tencionadas. Alem disso, cordas mais finas são mais frágeis e sujeitas ao rompimento do 
que cordas mais espessas de um mesmo material. 
 
7 
 
5.4. Ambiente e Condições de Uso 
A performance do nó é afetada pela forma em que ele é utilizado em um sistema 
de cordas e amarras, por variadas condições atmosféricas como temperatura, umidade e 
se a corda está seca ou molhada, além de contato com óleos, lubrificantes (protetor solar, 
por exemplo) e corpos estranhos que podem estar presentes no chão ou em outros 
objetos. A resistência das amarras é afetada pelo objeto no qual ela foi envolvida, como 
um tronco, um bloco de rocha ou um aparato de metal. Além disso, a carga que incide 
sobre um nó pode ser aplicada constantemente (tensão contínua como no rapel, por 
exemplo) e com cargas alternadas (momentos com carga e momentos sem carga, como 
na escalada), sendo que algumas cargas podem ser aplicadas em direções desfavoráveis 
como aquelas provocadas por obstáculos (uma quina de pedra) ou que provoquem puxões 
laterais em sua cauda. 
 
 
6. SEGURANÇA DO NÓ 
O termo segurança do nó refere-se a capacidade de um nó em se manter preso 
(tenso) e atado quando submetido a uma carga de deslizamento, sem falhar diante de 
uma carga normal, ou seja, quando ele é sujeitado a uma carga estável e moderada, 
aplicada na direção ideal, a qual o nó foi designado a suportar. 
Esse termo se difere substancialmente da estabilidade do nó, que refere-se ao quão 
bem um nó mantém sua forma (design) frente a uma carga excessiva, e da resistência do 
nó, que refere-se ao quanto o nó enfraquece a estrutura na qual está atado. 
A segurança do nó vai depender diretamente da sua conformação e das partes que 
o compõem (ver ítem 4: termos utilizados em estudos sobre nós). Apesar do número de 
passagensi que o nó apresneta ser importante para sua segurança, essa relação parece 
não ser tão simples, visto que, nós diferentes, com o mesmo número de passagens, 
apresentam segurança distinta. 
As passagens são importantes para a segurança do nó, visto que esse só irá se 
manter atado quando uma fricção for criada entre as superfícies da corda, gerando assim 
um contato entre essas passagens. No entanto, mais importante do que o número de 
passagens, é o local onde estão localizadas as superfícies, a forma em que esses 
segmentos interagem e como a carga é aplicada sobre eles. 
 
i Local onde um segmento da corda passa por outro, colocando suas superfícies em contato. 
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A forma de contato entre as superfícies é crucial para a ótima performance do nó, 
pois quando esse é submetido a uma carga, ele se torna a estrutura primária a sofrer 
diretamente a tensão. Sem as passagens, os segmentos da corda dentro de um nó vão ter 
poucas superfícies para se apertarem contra e gerarem fricção, promovendo assim menos 
tensão, menos fricção e menos segurança. 
 
 
7. ESTABILIDADE DO NÓ 
A estabilidade do nó refere-se a capacidade desse manter sua forma e design 
quando submetido a cargas excessivas. É importante notar que a estabilidade de um nó 
pode desempenhar um papel altamente útil ou extremamente nocivo, dependendo da 
função requerida no momento. 
Muitas vezes precisamos de nós seguros, que irão suportar a tensão submetida na 
corda, mantendo–se atados e firmes, porém que sejam de fácil desate, onde apenas um 
puxão em uma das pontas da corda irá desatar o nó. Nesse caso, a instabilidade do nó é 
útil. Porém, essa mesma instabilidade pode ser perigosa ao se unir duas cordas em um 
rapel, por exemplo. 
Podemos destacar duas fases importantes na falha causada pela instabilidade do 
nó. Na primeira fase, quando uma carga excessiva é empregada no nó, este perde sua 
forma original, alterando assim as estruturas (passagens) que geram pressão ou fricção 
em pontos chave, reduzindo sua habilidade de manter-se atado e preso. No final desse 
primeiro estágio, um nó, que antes era seguro, agora se torna inseguro. No segundo 
estágio da falha, a carga constante aplicada no Segmento Constante (SP), vai fazer com 
que o nó deslize e se desate. 
Existem ainda algumas formas de reestruturar um nó, criando assim novas 
passagens, o que pode tornar um nó seguro e de fácil desate. Muitas vezes esses novos 
arranjos são baseados em nós já pré-existentes, porém com alguns pontos ou voltas 
adicionais, que mudarão sua conformação e a forma em que eles se comportarão frente à 
tensão. 
 
 
 
 
98. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente artigo tem o objetivo de facilitar o entendimento sobre o funcionamento 
dos nós, suas características principais e como esses interferem na resistência da 
estrutura na qual foram atados. 
Alguns pontos que devem ser frisados são: a) qualquer nó, quando atado em uma 
corda ou estrutura, irá reduzir a resistência específica da mesma. Diante disso, deve-se 
evitar atar nós desnecessários em uma estrutura, pois isso provocará uma redução 
importante na sua capacidade de suportar tensão. b) o estado de conservação da corda 
ou estrutura é fundamental para o bom funcionamento do nó. Portanto, cuidados e 
manutenção adequada desses equipamentos são imperativos para garantir a segurança do 
nó. c) a forma em que a carga está sendo aplicada no nó (diretamente ou formando 
ângulos), sua conformação, além do tipo de material da corda na qual ele foi atada, 
afetarão diretamente sua performance. 
Finalmente, devemos destacar que, cada nó tem uma conformação e função 
específica, a qual deve ser ótima (em termos de segurança e estabilidade) para a tarefa 
que está desempenhando. Devemos ser capazes de escolher o nó adequado de acordo 
com a necessidade da situação. Muitas vezes um nó com pouca estabilidade pode ser útil 
quando precisamos desatar rapidamente uma corda. No entanto, essa mesma 
característica pode ser desastrosa quando pretendemos uma estabilidade maior, como na 
união de duas cordas em um rapel. 
 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. The study of knots performance in: http://www.allaboutknots.com/papers.html 
2. Barnes, Stanley. Angling Knots in Gut and Nylon. Birmingham: Cornish Brothers 
Limited, 1947. 
 
3. Chisnall, Robert (editor). Rock Climbing Safety Manual. Ontario Rock Climbing 
Association, 1985. 
 
4. Frank, James A., and Jerrold B. Smith. Rope Rescue Manual. Second Edition Santa 
Barbara, California: CMC Rescue, Inc., 1992 (1987). 
 
5. Raleigh, Duane. Knots & Ropes for Climbers. Mechanicsburg, Pennsylvania: 
Stackpole Books, 1998. 
 
10 
 
 
6. Warner, Charles. “Studies on the Behaviour of Knots.” Chapter 10 (pages 181–203) 
in Turner, John C., and Pieter van de Griend. History and Science of Knots. Series 
on Knots and Everything – Vol. 11. Singapore and River Edge, New Jersey: World 
Scientific Publishing Company Pte. Ltd., 1996.

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