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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ - TERESINA BACHARELADO EM DIREITO AMARILDO EDUARDO DA COSTA LOPES, ANTÔNIO LISBOA FRANCISCO DANTAS JÚNIOR, JOÃO ANTÔNIO BARBOSA GONÇALVES MESQUITA, JEAN CARLOS SOUSA FELIX, WAGNER SOBRAL DA LUZ RESENHA CRÍTICA SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE NO DIREITO BRASILEIRO TERESINA -PI 2020 AMARILDO EDUARDO DA COSTA LOPES, ANTÔNIO LISBOA FRANCISCO DANTAS JÚNIOR, JOÃO ANTÔNIO BARBOSA GONÇALVES MESQUITA, JEAN CARLOS SOUSA FELIX, WAGNER SOBRAL DA LUZ RESENHA CRÍTICA SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE JUDICIAL DE CONSTITUCIONALIDADE NO DIREITO BRASILEIRO Trabalho acadêmico apresentado à Faculdade Estácio de Sá-Teresina, como requisito para primeira avaliação do semestre 2020.1 do curso de Bacharelado em Direito. Professor: Jason Cintra TERSINA – PI 2020 A histórica do controle judicial de constitucionalidade no ordenamento jurídico brasileiro O controle de constitucionalidade no atual ordenamento jurídico brasileiro, instituto este que caracteriza correção com atuação de verificação de atos (lei, decretos e etc.), em relação a constituição vigente, sob a égide de controlar a constitucionalidade das normas para que sejam todas harmônicas entre si e não haja divergência, garantido a estabilidade e preservação dos direitos e garantias constitucionais. Na Constituição Imperial do ano de 1824 não existia qualquer modelo parecido com os atuais de controle de constitucionalidade, enfatizava somente a incumbência de fazer leis, interpreta-las, suspende-las e revoga-las sob influência francesa e também com o condão de velar pela guarda da constituição. Constituição esta, consagrava a soberania do parlamento. Entretanto, na constituição de 1891, entra um novo sistema influenciar, com concepção o regime republicano e o sistema norte-americano, com a consolidação do sistema difuso. Este controle sendo apenas incidental, difuso e sucessivo, com ações direcionadas ao Supremo Tribunal Federal para rever em última instancia quando contestado a validade de leis ou atos em face da constituição vigente. Na constituição de 1934, constituição esta que trouxe várias alterações quanto ao controle de constitucionalidade. Determinou que, pra ser declarado a inconstitucionalidade de uma determinada norma no ordenamento jurídico, somente com maioria da totalidade de membros dos tribunais, evitando-se assim a insegurança jurídica, advinda das diversas mudanças de entendimentos dos tribunais. Ato continuo, tal constituição determinou competência do senado federal, com autoridade para suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer lei ou ato, deliberação ou regulamento, que sejam declarados inconstitucionais. O controle de constitucionalidade na constituição de 1937, tendo está provocado grande retrocesso no controle de constitucionalidade, apesar de ainda ser difusa e o quórum especial para a declaração de inconstitucionalidade. Inovou negativamente, questão meramente política, podendo o Presidente da República caso considere necessária para o bem estar do povo, poderá remeter novamente ao Parlamento para apreciação da inconstitucionalidade. A Carta Magna de 1946, restaurou o controle de constitucionalidade no Direito Brasileiro, prevalecendo a exigência da maioria absoluta dos membros dos Tribunais para a declaração de inconstitucionalidade, também manteve a atribuição do Senado Federal, declarando extinto os direitos meramente políticos da constituição anterior. Também, disciplinou-se a apreciação de recursos extraordinários. Constituição esta, atribui ao Procurador-Geral da República a titularidade da representação de inconstitucionalidade, para os efeitos de intervenção federal, nos casos de violação dos seguintes princípios: a) forma republicana federativa; b) independência e harmonia entre os Poderes; c) temporariedade das funções eletivas, limitada a duração destas à das funções federais correspondentes; d) proibição da reeleição de governadores e prefeitos para o período imediato; e) autonomia municipal; f) prestação de conta da Administração; g) garantias do Poder Judiciário. (Constituição Federal de 1946, art. 8º, parágrafo único, c/c o art. 7º, VII). Tal controle na Carta Magna de 1967/69, não teve muita alteração no controle de constitucionalidade, manteve o controle difuso e a ação direita de inconstitucionalidade, tal como previsto na constituição de 1946. Ampliando ao Procurador-Geral a representação para fins de intervenção, não somente para a observância dos princípios sensíveis, como também prover a execução de lei federal. Transferindo para o Presidente da República a competência para suspender o ato estadual. Previu, expressamente, o controle de constitucionalidade de leis municipais comente pela emenda nº.1/69. E somente com a emenda nº. 7/77, outorgou poderes ao Supremo Tribunal Federal para deferir pedido cautelar, requisitado pelo Procurador-Geral da República. Por fim, na constituição de 1988 amplia de forma expressiva e notável o controle de constitucionalidade para meios de proteção das leis. Inovando quanto ao processo de intervenção federal, sendo de competência do Presidente da República. Também, com grande mudança no controle abstrato das normas de ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou federal. Por conseguinte, com grande ampliação para a propositura das ações de inconstitucionalidade. Na emenda constitucional nº. 3 atribui competência ao Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar a ação direta de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, suprindo todos os atos dos demais órgãos do executivo e do judiciário. Na emenda constitucional nº. 45 de 2004 atribui competência para todos os legitimados da ação de inconstitucionalidade para a propositura da ação direta de constitucionalidade conforme artigo 103 da constituição de 1988. Diante do exposto, foi verificado na parte da evolução histórica das Constituições, e também fica notório que no que se refere ao controle judicial de constitucionalidade, o mesmo se desenvolveu e evoluiu nos últimos anos, bem como, percebe-se uma significativa contribuição por parte da Constituição de 1988 nesse processo de amadurecimento, sobretudo no que tange ao controle abstrato, com uma considerável ampliação. No que tange a realidade brasileira, observa-se que cada um desses modelos de controle de constitucionalidade no Brasil, tiveram falhas de origem, notadamente porque foram copiados de maneira um tanto diferenciada em relação aos modelos originais. Isto gerou sérios problemas em nosso sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade. Nesse ponto, torna-se oportuno destacar, inclusive, a elevação do número de demandas de controle abstrato, nos últimos tempos. A título de exemplo, enquanto, no ano de 2014, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou 51 (cinquenta e uma) ações de controle concentrado, no ano de 2015, julgou 181 (cento e oitenta e uma). Resta saber, contudo, o que acontecerá nos anos que se seguem, isto é, se o atual modelo de controle judicial de constitucionalidade manter-se-á tal como estabelecido, ou, quem sabe, até mesmo se uma nova constituição surgirá, alterando- o de maneira expressiva, de forma a garantir ainda mais os direitos e garantias fundamentais, o que é, indiscutivelmente, uma tendência. BIBLIOGRAFIA BARROSO, L. R. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 7ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. VICENTE, P. Direito constitucional descomplicado. 4ª. ed. São Paulo: Forense, 2009. MAMEDE, M. L. Âmbito Jurídico, 2010. Disponivel em: <https://ambitojuridico.com.br>. Acesso em: 6 Maio 2020
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