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Percepção em Psicologia cognitiva
CONCEITO GERAL
A percepção é o conjunto de processos pelos quais é possível reconhecer, organizar e entender as sensações provenientes dos estímulos ambientais (Epstein, Rogers, 1995; Goodale, 2000a, 2000b; Kosslyn, Osherson, 1995; Marr, 1982; Pomerantz, 2003).
A existência de ilusões perceptivas indica que aquilo que se sente (por meio dos órgãos do sentido) não é necessariamente o que é percebido (na mente). A mente pode estar se utilizando da informação sensorial disponível e manipulando-a de alguma forma para criar representações mentais de objetos, propriedades e relacionamentos espaciais do próprio ambiente (Peterson, 1999). Além disso, a maneira como esses objetos são representados depende em parte do ponto de vista do indivíduo ao percebê-los.
OBJETO DISTAL, MEIO INFORMACIONAL, ESTÍMULO PROXIMAL E OBJETO PERCEPTUAL
O objeto distai (distante) é aquele do mundo externo. Nesse caso, a árvore que cai. Esse evento impõe um padrão no meio informacional, que é a luz refletida, ondas de som (aqui o som da árvore caindo), moléculas químicas ou informações táteis (relativas ao toque) originadas do ambiente. Assim, os pré-requisitos para a percepção de objetos no mundo externo começam cedo e têm início mesmo antes da informação sensorial atingir os receptores dos sentidos (células neurais que são especializadas em receber determinados tipos de informação sensorial). Quando a informação entra em contato com os receptores sensoriais apropriados dos olhos, ouvidos, nariz, da pele ou da boca, ocorre a estimulação proximal (próxima). Por fim, a percepção ocorre quando um objeto perceptual interno reflete de alguma forma as propriedades do mundo externo. TABELA
CONSTÂNCIA PERCEPTIVA 
A percepção da profundidade é um bom exemplo de como as pistas facilitam a percepção. Não há algo intrínseco a respeito do tamanho relativo para indicar que um objeto que parece menor esteja mais distante. Ao contrário, o cérebro utiliza essa informação contextual para concluir que o objeto menor está mais distante.
ABORDAGEM CENTRADA NO OBSERVADOR X CENTRADA NO OBJETO
Uma delas, a da representação centrada no observador, diz que o indivíduo armazena a forma como o objeto lhe parece. Sendo assim, o que importa é a aparência do objeto ao observador, e não sua estrutura real. A segunda posição, a representação centrada no objeto, diz que o indivíduo armazena uma representação do objeto, independentemente de sua aparência ao observador. A semelhança fundamental entre essas duas posições é que ambas podem explicar como o indivíduo representa um determinado objeto e suas partes. A diferença fundamental está em representar um objeto e suas partes em relação ao próprio indivíduo (centrado no observador) ou em relação à totalidade do objeto propriamente dito, independentemente da própria posição do indivíduo (centrado no objeto).
ABORDAGEM GESTALTISTA
PERCEPÇÃO DIRETA
De acordo com a teoria da percepção direta de Gibson, o conjunto de informações nos receptores sensoriais, inclusive o contexto sensorial, é tudo de que o homem necessita para perceber qualquer coisa, ou seja, o ser humano não necessita de processos cognitivos superiores ou qualquer outra coisa para mediar as experiências sensoriais e as percepções. As crenças existentes ou os processos de pensamentos de inferências de níveis elevados não são necessários à percepção.
TEORIAS ASCENDENTES (BOTTOM-UP)
As teorias que começam com o processamento de características de nível elemental são chamadas de teorias ascendentes {bottom-up), ou seja, são acionadas por dados (isto é, por estímulos).
· TEORIAS DO PADRÃO: Uma teoria afirma que todas as pessoas possuem armazenada na mente uma enorme quantidade de padrões, que são modelos altamente elaborados para os moldes que as pessoas poderão reconhecer. Reconhece-se um molde pela comparação deste com o conjunto de padrões.
· TEORIAS DOS PROTÓTIPOS: O protótipo é uma espécie de média de uma classe de objetos ou padrões relacionados que integra todos os traços mais característicos (e mais frequentemente observados) daquela classe.
· TEORIAS DAS CARACTERÍSTICAS: De acordo com essas teorias, o indivíduo tenta estabelecer correspondência entre as características de um padrão e aquelas armazenadas na memória, ao invés de associar um padrão inteiro a um gabarito ou protótipo (Stankiewicz, 2003)
· TEORIA DA DESCRIÇÃO ESTRUTURAL: De acordo com a teoria do reconhecimento por componentes de Biederman (RPC), é possível reconhecer rapidamente objetos observando-se suas cunhas para depois decompor os objetos em geons.
TEORIAS DESCENDENTES (TOP-DOWN)
Na percepção construtiva, quem percebe constrói uma representação cognitiva (percepção) do estímulo, usando informações sensoriais como base para a estrutura, além de usar outras fontes de informação para construir a percepção. Esse ponto de vista também é conhecido como percepção inteligente porque diz que o pensamento de ordem superior cumpre um papel importante na percepção. Além disso, dá ênfase ao papel do aprendizado na percepção (Fahle, 2003)
De acordo com os construtivistas, durante a percepção, formam-se rapidamente várias hipóteses com relação aos perceptos, que são baseados em três fatores. O primeiro é o que se percebe pelos sentidos (dados sensoriais). O segundo é o que se conhece (conhecimento armazenado na memória) e o terceiro é o que se pode inferir (usando-se os processos cognitivos de alto nível).
DEFICITS PERCEPTIVOS
AGNOSIA: São diversas as formas de agnosias e nem todas são visuais. Aqui o enfoque é nas incapacidades específicas de enxergar formas e padrões no espaço. Pessoas com agnosia visual possuem sensações normais do que está diante delas, mas não conseguem reconhecer o que são. 
· SIMULTAGNOSIA: Transtornos na região temporal do córtex podem conduzir à simultagnosia, na qual um indivíduo não consegue prestar atenção a mais de um objeto ao mesmo tempo.
· AGNOSIA ESPACIAL: Na agnosia espacial, o indivíduo tem grande dificuldade em se orientar no ambiente cotidiano. Por exemplo, um agnósico espacial pode se perder de casa, virar em lugares errados no trajeto diário e até mesmo não conseguir reconhecer as referências mais familiares. Tais indivíduos também aparentam grande dificuldade em desenhar traços simétricos de objetos simétricos (Heaton, 1968).
· PROSOPAGNOSIA: Resulta em uma deficiência grave na capacidade de reconheci mento de fisionomias.
· AGNOSIA AUDITIVA
· AGNOSIA ASSOCIATIVA: é a capacidade de representar objetos visualmente, mas não set capaz de usar essa informação para reconhecer coisas. Assim, na agnosia associativa, o problema não está no processamento perceptual, mas nos processos cognitivos associativos que operam sobre as representações perceptuais (Anaki et al, 2007).
· AGNOSIA DE CORES: incapacidade para nomear as cores sem uma perda correspondente na capacidade de percebê-las
ATAXIA: é um defeito na capacidade de usar o sistema visual pata orientar os movimentos (Himmelbach, Karnath, 2005). As pessoas com esse déficit têm dificuldade para alcançar coisas.
ANOMALIAS NA PERCEPÇÃO DA COR: Este déficit é diferente da agnosia da cor, discutida anteriormente, na qual a pessoa, ainda que perceba a cor, não consegue dizer que cor é. Sempre que o déficit na percepção da cor ocorre, o indivíduo não consegue perceber as diferenças nas cores.
· DALTONISMO/ACROMATISMO: CINZA
· PROTANOPIA
· PROTANOMALIA
· DEUTERANOMALIA
· TRITANOPIA: AZUL E AMARELO
AQUINATOPSIA: Nesse transtorno, o indivíduo não consegue perceber o movimento. Ao contrário, o movimento lhe parece apenas uma série de instantâneos.

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