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Curso de Estudos Avançados para Graduados GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES VOLUME ÚNICO COMUM CEAG IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA Curso de Estudos Avançados para Graduados VOLUME ÚNICO Apostila da Disciplina Gestão de Conflitos nas Organizações do Curso de Estudos Avançados para Graduados - CEAG Edições(es): 1a Edição: SO BMA ED WILLY – 2019 2a Edição: SO BMA ED WILLY – 2020 Revisor(es) Pedagógico(s): TEN PED FREDERICO – 2020 Revisor(es) de Diagramação: SO BFT DINIZ – 2020 SO BET MENDES JR – 2020 GUARATINGUETÁ - SP 2020 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................7 CAPÍTULO 1 - CONFLITOS.....................................................................................................9 TÓPICO 1.1 - INTRODUÇÃO AOS CONFLITOS..................................................................9 CAPÍTULO 2 - SINTOMAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS..........17 TÓPICO 2.1 - SINTOMAS DE CONFLITO...........................................................................17 TÓPICO 2.2 - CAUSAS DE CONFLITO................................................................................18 TÓPICO 2.3 - CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO.............................................................21 CAPÍTULO 3 - COMO LIDAR COM OS CONFLITOS.......................................................26 TÓPICO 3.1 - ABORDAGENS INICIAIS E FORMAS DE LIDAR COM CONFLITOS. 26 TÓPICO 3.2 - TÉCNICAS DE REDUÇÃO E ESTÍMULO DE CONFLITOS....................31 TÓPICO 3.3 - A PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NOS CONFLITOS.........................34 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................41 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................43 EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 77 / / 4444 APRESENTAÇÃO Prezado Aluno(a), parabéns por sua matrícula neste Curso de Aperfeiçoamento. Trata-se de um grande momento em sua carreira. Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta apostila, entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo para exercer as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por militares mais modernos. Nesta disciplina trataremos no primeiro capítulo dos conceitos relacionados ao Conflito, os principais sintomas, suas causas e suas consequências. Discutiremos no segundo capítulo as formas de lidar com os conflitos, abordando as técnicas de redução e também veremos os estímulos de conflitos. Por fim, no terceiro capítulo veremos como se dá a participação de terceiros nos conflitos, buscando sempre compreender os conceitos relacionados a esse assunto com vistas a mitigar as consequências que possam prejudicar o trabalho. Parabéns novamente e votos de sucesso em seus estudos! AD ASTRA ET ULTRA! DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 99 / / 4444 CAPÍTULO 1 - CONFLITOS TÓPICO 1.1 - INTRODUÇÃO AOS CONFLITOS Olá! Ao longo da leitura você observará algumas estratégias das quais utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo sucesso alcançado por meio de seu esforço e dedicação. Passaremos algumas horas juntos e a todo momento estaremos dialogando sobre assuntos os quais você convive diariamente. É importante destacar que você será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem, leia e responda todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir reflexões e desenvolver a sua aprendizagem e habilidades necessárias. Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para a sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua ainda mais para seu aperfeiçoamento e habilidades necessárias para seu sucesso profissional. Veja isso! CONCEITO DE CONFLITOS https://www.youtube.com/watch? v=mAbeslgBMVM Teoria do Conflito- Conceitos iniciais Os conflitos têm origem nas diferenças, e fazem parte da natureza humana. Podemos afirmar que os conflitos são inevitáveis em qualquer organização. Os desejos e interesses de um grupo ou de uma pessoa muitas vezes divergem dos interesses e desejos de outros grupos ou outras pessoas. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1010 / / 4444 Quando um grupo ou pessoa percebe que outro grupo ou pessoa se opõe aos seus interesses, o conflito está criado. Já que o conflito e a diferença, se encontra no mundo e não podemos evitá-lo, podemos utilizá-lo. Em vez de condená-lo, deveríamos fazer que trabalhasse a nosso favor. Apesar de, muitas vezes, estar ligado a confrontos, não devemos temer as situações de conflito. Podemos afirmar que tais situações nem sempre são prejudiciais e, quando gerido de forma correta, o conflito pode se tornar a força propulsora de mudanças positivas na empresa. Porém devemos reconhecer que há uma maneira destrutiva e outra construtiva de lidar com tais situações. Os conflitos têm aumentado no passado recente nas grandes organizações e para isso têm contribuído: a) Maior velocidade das mudanças. b) Maior diversidade das pessoas que trabalham na organização. c) Menos comunicação pessoal, que está sendo, em parte, substituída por comunicações eletrônicas. d) Globalização das organizações, abrangendo pessoas com culturas diferentes. As principais causas de conflitos são: a) Personalidades incompatíveis. Sistemas de valores diferentes. b) Atribuições pouco claras. c) Comunicações inadequadas. d) Complexidade organizacional. e) Tarefas interdependentes (uma tarefa depende da conclusão de outra). f) Políticas ou normas pouco claras. g) Pressão exagerada de tempo para a conclusão de alguma coisa. h) Decisões coletivas por meio de consenso. i) Expectativas pouco realistas. j) Conflitos anteriores não resolvidos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1111 / / 4444 CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES As organizações são formadas por pessoas. Isso parece óbvio, não é? No entanto, não são raras as ocasiões em que os gestores agem como se ignorassem não só Isso, mas também o fato de que não há duas pessoas iguais. Essas diferenças vêm desde a criação, passam pela formação e experiência profissional, e alcançam as expectativas, os sonhos, as necessidades, as ansiedades, e assim por diante. Ora, se temos o intuito de trabalhar com as pessoas de forma que elas contribuam para o aumento da eficácia organizacional, não há contexto na área de gestão de pessoas que não seja impactado por essas diferenças, caso não sejam adequadamente trabalhadas e resolvidas (se for o caso). Os conflitos são processos que envolvem duas partes (pessoas, setores, instituições etc.), iniciados a partir do momento em que uma delas se sente ameaçada pela outra em algum de seus interesses. O ser humano tende a estar continuamente em busca do atendimento de Interesses e necessidades, e esses podem ser dos mais variados tipos (além de terem caráter altamente pessoal). Desta forma, os conflitos poderão surgir quando as pessoas se virem diante de situações em que precisam lutar por poderou posição, defender direitos não respeitados ou ainda não conquistados, desempenhar suas funções sem que tenham as condições ou os recursos necessários para tanto, alcançar maiores níveis de autonomia, posicionar-se em ambientes. Apresentam-se novos pontos de vista e as pessoas são provocadas a pensarem com mais cuidado a respeito de algum assunto. A consequência mais provável é o aperfeiçoamento da forma de se fazerem as coisas e, por isso, são situações que podem até ser estimuladas no âmbito organizacional. Em síntese: Se um conflito leva as pessoas a se tornarem impermeáveis, ou seja, por estarem defendendo “sua honra” ou um interesse muito Individualizado tornam-se incapazes de refletir sobre enfoques diferentes dos seus próprios, ele deverá ser evitado ou tratado diretamente para ser eliminado. Nesses casos, os conflitos são conhecidos como “disfuncionais” ou “destrutivos”. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1212 / / 4444 Nos contextos em que os conflitos são motivos para maiores reflexões a respeito de algum assunto, ou alguma tarefa, eles poderão até mesmo ser estimulados, visto ser essa uma forma de evolução do funcionamento organizacional. Nesses casos, os conflitos são conhecidos como “funcionais” ou “construtivos”. DIFERENTES NÍVEIS DE CONFLITO E importante perceber que o alcance de um conflito pode requerer diferentes abordagens de tratamento. De acordo com a quantidade de pessoas envolvidas em um cenário conflituoso, a estratégia precisará ser adequada para que os efeitos da solução encontrada sejam os mais representativos possíveis. Os conflitos podem ocorrer nos seguintes níveis de abrangência: a) Pessoal (intrapessoal): dentro do próprio individuo. b) Interpessoal: envolvendo mais de um indivíduo. c) Intragrupal: entre membros de um mesmo grupo. d) Intergrupal: entre membros de dois ou mais grupos, ou seja, com pessoas defendendo interesses de seus grupos (diferentemente do que seria se tivéssemos pessoas defendendo interesses pessoais, caso em que ocorreria um conflito interpessoal). e) Interorganizacional: entre organizações diferentes. Por outro lado, dependendo do elemento motivador do conflito, podemos ter os conflitos classificados como (Robbins, 2002): a) Conflitos de tarefa: conteúdo e objetivo do trabalho. b) Conflitos de relacionamento: relacionamentos interpessoais. c) Conflitos de processo: forma de realização das tarefas. FORMAS HISTÓRICAS DE PERCEPÇÃO DOS CONFLITOS A forma pela qual uma organização percebe os conflitos determina (ou no mínimo, influencia) a maneira pela qual ela buscará tratá-los. Existem três correntes que se destacam com relação a isso: a Escola Tradicional, a Escola de Relações Humanas e a Escola Interacionista. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1313 / / 4444 A primeira delas, a Escola Tradicional, teve sua maior prevalência entre os anos 30 e 40. Segundo essa escola, conflitos são prejudiciais (disfuncionais), estão sempre associados a perdas de produtividade e quebra do nível ideal de racionalização organizacional e, por isso, devem ser em todos os casos evitados. Além disso, a simples ocorrência de conflitos denotaria inabilidade dos administradores, problemas de comunicação e quebra de confiança entre as pessoas. Em suma, conflito seria um problema a ser eliminado do seio da organização. Com a evolução das visões a respeito desse assunto, a partir do início da década de 40 ganharam espaço as ideias da Escola de Relações Humanas, pela qual os conflitos estarão presentes em uma organização como reflexo natural dos relacionamentos existentes. Os que defendiam esse posicionamento partiram do pressuposto de que conflitos não podem ser evitados. Mais ainda, consideravam que os conflitos podem, sim, ter efeitos positivos sobre a produtividade e o desempenho das pessoas e dos grupos, desde que adequadamente tratados. Assim, pela Escola de Relações Humanas, os conflitos não poderiam ser considerados como algo necessariamente nocivo à organização. Por fim, representando mais uma evolução na forma de se verem os conflitos nas organizações, surgiu a Escola Interacionista. Por essa abordagem, extrapolando a ideia proposta pela Escola das Relações Humanas de que os conflitos podem ser positivos, assumiu-se que os conflitos são, na verdade, necessários às organizações. A justificativa repousa sobre a visão de que ambientes em que não existem conflitos são por demais estáveis, estabilidade que acaba se tornando um fator de desaceleração e apatia, ou seja, enfraquecem a capacidade de mudança e inovação que deve ser um dos pontos mais valorizados em uma organização, Com base nisso, a Escola Interacionista defende que se mantenha um “nível ideal de conflito”, o que seria necessário para que as pessoas se mantivessem em um constante estado de alerta e “insatisfação Com o status quo”. Por essa ótica, o resultado (efeito) dos conflitos estaria relacionado não ao conflito propriamente dito, mas à forma pela qual cada conflito é tratado. Essa escola cria uma relação clara entre o desempenho organizacional e o nível percebido de conflitos, ou seja, se esse nível estiver aquém ou além do que seria o ideal, o resultado corporativo poderá ser comprometido, devendo-se trabalhar continuamente para que isso não ocorra. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1414 / / 4444 Após as reflexões mencionadas e a leitura dos textos acima, você saberia explicar os diferentes níveis de conflitos? O PAPEL DO GERENTE NOS CONFLITOS Uma das atribuições do gerente, por estar formalmente investido de autoridade, é manter a integração dos subsistemas organizacionais e trabalhar para que eles funcionem de forma cooperativa para que os objetivos gerais sejam alcançados. O bom funcionamento de uma organização está relacionado à habilidade que os gerentes demonstram ter para tratarem adequadamente os conflitos. Um dos motivos para isso é que alguns conflitos exigem posicionamento de alguém formalmente investido de autoridade para analisar, julgar e decidir, Por outro lado, essa autoridade também lhes dá alguma capacidade de remanejamento de recursos e reformulação de tarefas, soluções Comumente encontradas em alguns cenários conflituosos. Finalmente, gerentes normalmente têm poder, ou seja, capacidade para influenciar comportamentos, o que deve ser visto como uma poderosa ferramenta na administração de conflitos de qualquer tipo. Os gerentes devem então ter habilidade para analisar interesses, conflitos e relações de poder e para tomar as decisões corretas a fim de manter ou colocar as circunstâncias em situação de controle. Para tanto, precisam estar atentos e monitorar continuamente o ambiente organizacional, identificando elementos com potencial para geração de conflitos e tendências comportamentais que precisem ser trabalhadas desta ou daquela forma. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1515 / / 4444 Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partirde suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo? Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você resolva as questões abaixo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1616 / / 4444 1. Compartilhe conosco o que você aprendeu até agora, organizando um pequeno resumo contendo as seguintes definições: a) O que é Conflito? b) Quais as origens dos conflitos? c) Quais as principais causas dos conflitos? 2. Descreva com suas palavras os conceitos de conflitos Funcionais” e Desfuncionais. 3. Em relação a quantidade de pessoas envolvidas em um conflito podemos afirmar que temos _____ níveis de abrangência. Sendo eles os seguintes: 4. Com relação aos elementos motivadores, podemos classificar os Conflitos em _________________________, ________________________ e ___________________ 5. As três correntes que se destacam em relação a percepção dos conflitos dentro de uma organização são: _________________________, _________________________ e _________________________. 6. Faça um resumo das atribuições do gerente dentro de uma organização e seu papel no gerenciamento de conflitos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1717 / / 4444 CAPÍTULO 2 - SINTOMAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS TÓPICO 2.1 - SINTOMAS DE CONFLITO Você já se deparou com situações que “sentiu no ar” que algo estava em conflito? Isso já ocorreu em seu local de trabalho? Vejamos juntos alguns sintomas que podem indicar algum tipo de conflito! Um sintoma é um indicativo de alguma coisa. Quando se fala de sintomas de conflito organizacional, tratam-se os elementos que apontam para a ocorrência de conflitos, sem, no entanto, identificar claramente sua causa. Exemplo: Quando você vai ao médico, após as apresentações iniciais, a primeira pergunta que ele faz é: o que você está sentindo? Essa é a forma que ele tem de delimitar o universo dos possíveis problemas (enfermidades) que podem estar lhe acometendo. É importante notar que o mapeamento dos sintomas Ï1äo leva diretamente à identificação da enfermidade, nem tampouco à determinação das causas. Por exemplo, se você chega ao consultório médico e diz sentir constantes dores de cabeça, essa informação é importante para orientar as próximas perguntas, mas é sabido que essa dor de cabeça poderá estar associada a uma grande variedade de doenças, as quais, por sua vez, poderão estar associadas a diferentes causas. Assim, o sintoma (a dor de cabeça que você sentiu) serve principalmente para indicar que “alguma coisa precisa ser examinada”, ou seja alguma coisa está fora do funcionamento usual. Destaque-se que quando ocorrem conflitos nas organizações, os sintomas serão percebidos de forma subjetiva, ou seja, cada parte envolvida (além dos terceiros que compõem o cenário como um todo) vai enxergar o sintoma com maior ou menor intensidade, como sendo de maior ou menor impacto (importância), e assim por diante. É fundamental que líderes, gerentes e gestores tenham capacidade de perceber antecipadamente os sintomas que Indicam a presença de conflitos, a fim de poderem tomar as DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1818 / / 4444 medidas cabíveis antes que se tornem problemas reais ou se agravem a ponto de se tornarem incontroláveis (em se tratando de conflitos disfuncionais). Dentre os sintomas mais comuns de conflitos organizacionais, podemos citar: a) Problemas de comunicação. b) Hostilidade e inveja intergrupal c) Problemas interpessoais. d) Constantes intervenções de escalões superiores em conflitos que poderiam ser resolvidos em níveis hierárquicos inferiores (escalada de arbitragem). e) Excessivo surgimento de regras e normas. f) Baixo moral causado pela sensação de impotência diante das situações. O próximo passo, após a percepção da ocorrência de um ou mais desses sintomas, é a análise das possíveis causas geradoras dos conflitos. Note-se que a identificação das causas é que permitirá a definição das ações cabíveis, ou seja, a atuação precisa no tratamento dos conflitos. TÓPICO 2.2 - CAUSAS DE CONFLITO Como já dissemos, identificar as causas é indispensável para que se possa agir coerentemente com relação aos conflitos organizacionais. Ao contrário do que se possa pensar, uma grande parte dos conflitos decorre de fatores externos aos relacionamentos específicos em questão, ou seja, de fatores que antecedem o relacionamento. Dentre os principais antecedentes (causas) dos conflitos, podemos citar: a) Dependência mútua da tarefa: é comum termos mais de uma área ou pessoa relacionada a uma mesma tarefa. Quando isso ocorre, essa dependência pode gerar situações conflituosas de “atribuição de culpa” por problemas de desempenho, disputas por informação, disputas por posições de destaque quanto aos resultados, e assim por diante. b) Assimetrias relacionadas à tarefa: um objeto assimétrico é aquele que apresenta desequilíbrios, desigualdades, entre seus lados. Uma assimetria relacionada à tarefa está associada à existência de maior favorecimento de uma parte em detrimento da outra, quando uma mesma tarefa precisa ser realizada por grupos ou pessoas diferentes. Daí DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 1919 / / 4444 decorrem prejuízos quanto à obtenção de resultados por cada uma dessas partes, o que poderá dar origem a situações de conflito. c) Critérios de desempenho e recompensas: essa é uma situação comum quando a forma predominante de reconhecimento é individualizada, ou seja, a organização, culturalmente, valoriza, reconhece e recompensa desempenhos isolados, em vez de dar destaque ao alcance dos objetivos coletivos. Cria-se, portanto, a tendência à busca não colaborativa de resultados, ou seja, o “cada um por si”. E certo que esse cenário é um potencial gerador de conflitos e precisa ser identificado (e tratado). d) Diferenciação organizacional: esse é um elemento diretamente ligado à forma pela qual a organização é estruturada. O grau de diferenciação horizontal diz respeito ao nível de fracionamento dos trabalhos a serem realizados, ou seja, quão distribuídas entre grupos ou pessoas diferentes estão as tarefas. Quanto mais fracionado, maior 0 número de pessoas e grupos envolvidos e, consequentemente, maior o potencial de geração de conflitos, dado o aumento da complexidade na coordenação dos trabalhos. Por outro lado, o grau de diferenciação vertical está relacionado à quantidade de níveis hierárquicos existentes, o que também poderia ser fonte de conflitos vinculados ao distanciamento entre “quem manda e quem faz”. Percebe-se que não há fórmula matemática para definição desses fatores, mas eles certamente devem ser analisados para que se chegue (evolutivamente) a níveis ideais, e) Insatisfação com o papel organizacional: pode vir de diversas fontes, Todas elas, quando chegam a causar a insatisfação, tendem a gerar conflito. Quando o papel das unidades ou o status externo não atendem às necessidades dos membros, estes podem ressentir-se, e istodesencadeia um conflito. f) Ambiguidades: podem estar presentes em diversos contextos, sempre contribuindo para o aparecimento de conflito. Podem surgir da dificuldade em distribuir o mérito e a culpa e podem estar presentes nos critérios de avaliação de desempenho gerando frustrações, tensões e conflitos. Vale acrescentar aqui uma observação de Robbins a este respeito: “quanto maior a ambiguidade na definição das responsabilidades pelas ações, maior o potencial de conflito”. Dependência de recursos comuns: sempre que mais de um indivíduo depende dos mesmos recursos, principalmente quando estes recursos são DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2020 / / 4444 também escassos, há um grande potencial para o conflito, pois haverá competição por estes recursos. g) Obstáculos na comunicação: a comunicação é essencial para a cooperação, e as dificuldades semânticas podem interferir e impedi-la, gerando o potencial para o conflito. Tanto o excesso de comunicação, quanto a comunicação deficiente podem aumentar o potencial de conflito h) Habilidades e traços pessoais: algumas características individuais ou certos atributos da personalidade podem aumentar o potencial de conflito em uma relaçä0. Aqui estão incluídos os sistemas de valores de cada um e seus traços de personalidade, o que faz com que sejamos diferentes uns dos outros e tenhamos opiniões divergentes. i) Tendência cultural à criação de situações de “perder ou ganhar”: isso fomenta o individualismo e a competição não sadia entre os membros da organização, fazendo com que as pessoas estejam constantemente em posturas de “ataque e defesa”. Normalmente é consequência de problemas de coordenação. Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso primeiro voo sobre este tema tão interessante! Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2121 / / 4444 Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. TÓPICO 2.3 - CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO Pelo que foi dito até aqui, você já sabe que não devemos classificar previamente um conflito como bom ou ruim. Na verdade, os mecanismos usados para gerir os cenários de conflito ajudarão a potencializar efeitos “mais positivos” ou “mais negativos” nas situações específicas. Assim, veremos nesta seção que há casos em que o gestor (ou o líder, ou o gerente) poderá optar por incentivar o conflito, estimulando a autocrítica, a criatividade e a propensão para aceitação das mudanças na organização. Conflitos, como já dissemos, envolvem pessoas com percepções, valores, saberes, personalidades e temperamentos diferentes. Portanto, quando surgem disputas em torno de interesses antagônicos, essa competição poderá ter efeitos diferenciados em cada um dos lados envolvidos e esse é outro ponto a ser considerado na tentativa de encontrar a melhor alternativa de solução para cada caso. Efeitos negativos Alguns autores ressaltam que quando um conflito resulta em competição entre áreas ou departamentos, mesmo que em um primeiro momento se mostre sadia e estimuladora de melhoras, no decorrer do tempo gerará consequências negativas para a organização. Observe que não estamos nos referindo aqui a divergências entre grupos ou pessoas, visto que a análise requereria algumas diferenciações. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2222 / / 4444 Quando criam arestas nos relacionamentos interpessoais, os conflitos se mostram capazes de interferir nos processos de comunicação, bloqueando as trocas e abrindo espaço para surgimento das barreiras à comunicação eficaz. Note-se também que os conflitos podem obstruir a visão das pessoas, e até da organização como um todo, diminuindo a capacidade para identificação de novas alternativas. Isso se dá quando provocam posturas “defensivas e enraizadas”, construindo um quadro de inflexibilidade e resistência a ideias diferentes daquelas inicialmente defendidas. E claro que altos níveis de conflito levam a prejuízos na saúde dos envolvidos, tanto mental, quanto física, ambas normalmente ocasionadas pelo excessivo estresse. Posicionamentos Individualistas e “autofocados” podem colocar em segundo plano os interesses organizacionais em função de interesses pessoais. Esse aspecto tem um “efeito colateral” que é o esquecimento de metas previamente traçadas. Isso ocorre quando as pessoas começam a perseguir obstinadamente seus próprios objetivos. Finalizando (sem esgotar as possibilidades), vale citarmos que níveis exagerados de conflitos podem levar ao mau uso dos recursos. Isso se dá tanto pela retenção ou alocação desnecessária de determinado item feita “apenas para pirraçar”, quanto como reflexo da tentativa desesperada dos gestores no sentido de resolverem um conflito e simplesmente "duplicarem o recurso em questão para acabarem com a disputa. Observação: Um cuidado que se deve tomar é quanto à estereotipagem dos “usuais perdedores”. É comum vermos nas organizações pessoas ou áreas contra as quais “não adianta lutar” Um bom exemplo disso seria um cenário organizacional em que um dos mitos (elemento da cultura organizacional) seria: “não adianta nem tentar bater de frente com o Diretor Financeiro. Aliás, isso é sempre perigoso!”. Esse tipo de situação inibe posicionamentos e, por conseguinte, desestimula a apresentação de ideias que poderiam mostrar-se benéficas à organização de forma geral. Efeitos positivos Por outro lado, dentre os resultados benéficos dos conflitos para as organizações, citamos: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2323 / / 4444 a) Melhora nos níveis de coesão dos grupos: isso ocorre em casos de conflitos intergrupais, os quais fazem com que os membros de um grupo se sintam como uma “família ameaçada” e por isso se unam para defender os interesses coletivos do grupo a que pertencem. b) Aumento nos níveis de empenho e comprometimento: o fato de fazer parte de uma situação conflituosa faz com que uma pessoa trabalhe para superar seus próprios limites no intuito de "sair vencedora c) Aperfeiçoamento do processo de integração das pessoas ao contexto organizacional (socialização), já que ao tomarem parte em situações conflituosas as pessoas tenderão a sentir-se envolvidas com alguma causa específica, aumentando com isso seu comprometimento. d) Proposição de novas ideias: a criatividade é provocada como recurso competitivo, ou seja, as pessoas se veem estimuladas a buscarem novas alternativas que se mostrem mais fortes do que aquelas apresentadas pelas outras partes conflitantes. e) Disponibilização de informações úteis para diagnósticos: a análise de situações de conflito Oferece informações que permitem aos líderes e gestores identificarem pontos a serem trabalhados e melhorados (ou, por outro lado, mantidos). O objetivo, nesses casos, é justamente aperfeiçoar a “inteligência organizacional” e possibilitar o aprendizado quanto ao que se deve e ao quenão se deve fazer em determinados contextos. f) Estímulo ao equilíbrio das relações de poder na organização. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2424 / / 4444 Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Avançamos mais um degrau em nossos conhecimentos sobre conflitos. Podemos verificar sua compreensão acerca do conteúdo desse capítulo? Como nos exercícios anteriores, a proposta é que você consulte as suas anotações, o fórum de debates ou outro recurso, desde que responda as questões abaixo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2525 / / 4444 1. É fundamental que _________________, _________________ e _________________tenham capacidade de perceber antecipadamente os sintomas que Indicam a presença de conflitos, a fim de poderem tomar as medidas cabíveis antes que se tornem problemas reais ou se agravem a ponto de se tornarem incontroláveis. 2. Enumere os sintomas mais comuns de conflitos organizacionais: 3. Elabore um resumo contendo os antecedentes das causas (antecedentes) dos conflitos. 4. Faça uma relação dos efeitos Negativos e Positivos que os conflitos podem trazer para uma instituição estabelecendo uma relação destes com as possíveis causas já estudadas até aqui. Após isso faça uma comparação com possíveis situações quotidianas. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2626 / / 4444 CAPÍTULO 3 - COMO LIDAR COM OS CONFLITOS TÓPICO 3.1 - ABORDAGENS INICIAIS E FORMAS DE LIDAR COM CONFLITOS Veja isso! Abordagens iniciais e formas de lidar com conflitos https://pt.coursera.org/lecture/gestao-de-marca- crise-imagem/video-1-o-que-voce-faria-aC9nF Você sabe como lidar com conflitos? Baseando-se no que vimos até agora, você indicaria uma maneira para resolver um conflito no local de trabalho? Não entre em conflito antes de saber como lidar com ele, não pe mesmo? Então vamos em frente! Existem três maneiras de se lidar com o conflito: dominação, conciliação e integração. A dominação é a vitória de um lado sobre o outro: eu ganho e você perde. Esta é a maneira mais fácil de lidar com o conflito, mas, com frequência, mal sucedida. Um perdedor em uma batalha é um inimigo na próxima. A conciliação é a solução de meio-termo. Se essa solução for obtida no interesse da organização, pode ser válida, mas se for no interesse de uma das partes, será prejudicial. Cada lado cede um pouco para ter paz. É a maneira mais comum de acabar com uma controvérsia. Contudo, ninguém fica plenamente satisfeito, porque isso significa a renúncia a algum desejo. A integração é o encontro de uma solução em que todos encontram algum espaço. Ninguém teve de sacrificar coisa alguma. As partes envolvidas trabalham ativamente para encontrar uma solução. A conciliação não cria, ela lida com o que já existe; a integração cria algo novo. A integração envolve uma solução criativa, ou a eliminação de barreiras psicológicas. A dominação consiste em derrotar o oponente eliminando sua ideia. A conciliação consiste em procurar um meio-termo que seja aceitável por ambas as partes, mas se ela não for bem conduzida, o conflito pode reaparecer adiante. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2727 / / 4444 A integração consiste em procurar, junto com o oponente, todas as possibilidades para resolver o problema até encontrar uma alternativa que seja aceitável por todos. O primeiro passo para a integração é explicitar as diferenças. Não podemos esperar integrar nossas diferenças a menos que saibamos quais são. Então, a primeira regra para se obter a integração é colocar suas cartas na mesa, enfrentar a verdadeira questão, revelar o conflito, trazer a coisa toda às claras. Uma das mais importantes razões para trazer os desejos de cada lado a um lugar-comum, em que possam ser claramente avaliados, é que a avaliação, frequentemente, conduz à reavaliação e nesse ponto tende a surgir uma ideia criativa que requer certo grau de inteligência, aguda percepção e brilhante inventividade. Esta é a única maneira de deixar todos satisfeitos, mas nem sempre é possível conseguir a integração e, nesses casos, resta a negociação e a conciliação. Existe ainda a possibilidade de evitar o conflito retirando o problema das prioridades da organização. Pode ser uma solução válida em alguns casos, mas, provavelmente, esse problema emergirá adiante da mesma forma ou de outra parecida. De certa forma, equivale esconder a sujeira debaixo do tapete. O conflito pode ser pessoal ou funcional. Será pessoal se for causado por interesses pessoais geralmente em função de valores ou desejos diferentes. O conflito funcional é, em geral, provocado pela competição por recursos limitados ou atribuições mal definidas, gerando superposições de responsabilidades ou demandas incompatíveis com as possibilidades da pessoa. Muitos conflitos derivam de comunicações ambíguas ou malfeitas, que foram interpretadas erradamente pelo emissor ou pelo receptor. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF UM CONFLITO BEM RESOLVIDO DEVE: - Gerar um acordo; - Estabelecer relações mais amigáveis; - Aprendizado sobre os fatos envolvidos. EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2828 / / 4444 O conflito pode ser altamente negativo para a organização, mas, se for adequadamente conduzido, pode ser fonte de soluções criativas e de oportunidades para encontrar novos caminhos e para compreender melhor os oponentes, dissipando dúvidas e desacordos. Os conflitos são parte necessária dos processos de mudança e, se administrados corretamente, podem ser os motores do progresso. Mesmo uma ideia ruim pode, depois de um trabalho de busca de soluções, gerar algo interessante para a organização. O conflito fornece feedback sobre os sentimentos das pessoas, permitindo uma ação quando necessária. Um conflito mal administrado tende a gerar estresse nas pessoas envolvidas, em virtude da insegurança de enfrentar um desafio percebido sobre o qual elas não têm controle. Segundo Tim Ursiny (2012), as pessoas tendem a evitar conflitos por terem medo de alguns dos seguintes motivos: rejeição, perda de uma relação, raiva, ser visto como egoísta, dizer algo errado, ferir alguém, obter algo a que não tenha direito. Os conflitos, junto com as ambiguidades e a sobrecarga no trabalho, são os maiores causadores de estresse. LIDAR COM CONFLITOS Como já dissemos, o resultado de um conflito está principalmente relacionado à forma como é tratado. São questões que compreendem a dinâmica organizacional e fatores como cultura tendência a se assumir esta ou aquela posição diante de situações-padrão, estrutura organizacional, comunicação, postura gerencial, e assim por diante. Administrar conflitos não é sinônimo deignorá-los, nem tampouco eliminá-los simplesmente. É importante que sejam cuidadosamente monitorados para que seja possível, inclusive, beneficiar-se da ocorrência de conflitos e obter reflexos positivos no desempenho das pessoas e da organização como um todo. Há contextos em que o fato gerador do conflito se mostra como sendo de grande importância. Nesses casos, as pessoas tendem a assumir posições mais assertivas e às vezes até “combativa”. Por outro lado, quando o aspecto causador do conflito parece ser de baixa importância as pessoas tendem a apresentar comportamentos passivos e a aceitarem que as coisas se resolvam naturalmente. Entre esses dois extremos, quando as questões são de média DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 2929 / / 4444 importância, o comportamento mais comum é aceitar que o conflito seja julgado e resolvido por terceiros. É posição comum assumir que não existe uma forma que possa ser genericamente vista como melhor ou pior para tratamento de conflitos. É necessário, portanto, diagnosticar cada situação (estabelecer uma relação de causa-efeito), entender a natureza, a dinâmica e as variáveis envolvidas, a fim de que se possa gerenciá-las adequadamente. Em termos gerais, o que se pode fazer é encontrar pontos de convergência entre os grupos ou pessoas envolvidos e estimular o redirecionamento das posturas, evitando, assim, possíveis consequências negativas dos conflitos ocasionadas por seu caráter competitivo. As pessoas apresentarão diferentes comportamentos diante de situações conflituosas, os quais podem ser classificados quanto ao nível de assertividade com que se posicionam e também quanto à disposição que se tem em colaborar com a outra parte envolvida. A assertividade está relacionada ao grau de importância dado por parte ao interesse que está sendo “defendido”. Já a disposição para colaborar está relacionada ao Interesse demonstrado por envolvido em atender às necessidades da outra parte. O cruzamento dessas duas variáveis dá origem a cinco posturas a serem assumidas diante de um conflito: a) Evitar: caso em que uma pessoa se mostra não-assertiva e não-colaborativa, ou seja, o objeto do conflito não tem grande importância e ela também não está preocupada em atender as expectativas da outra parte envolvida. b) Acomodar-se: acontece quando o objeto do conflito é de baixa importância, ou seja, não exige posicionamentos assertivos, mas a pessoa considera importante satisfazer os interesses da outra parte. c) Competir: são situações em que a maior preocupação da pessoa é satisfazer seus próprios interesses (comportamento assertivo) e ao mesmo tempo não está preocupada com a outra parte. O que importa é “sair vencedor” da situação conflituosa. d) Colaborar: são comportamentos com alto grau de assertividade (porque o objeto de conflito é importante para a pessoa) e ao mesmo tempo com alto grau de colaboração DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3030 / / 4444 (porque é igualmente importante que a outra parte saia satisfeita em seus interesses e necessidades) e) Negociar (ou conceder): ocorre quando há moderada assertividade (ou seja, disposição para abrir mão de alguma coisa) e moderada intenção colaborativa (esperando-se, também, que a outra parte esteja disposta a abrir mão de alguma parte de seus interesses em função da busca pelo consenso). Já foi dito anteriormente que há situações em que a melhor alternativa será tentar reduzir o nível de conflito, mas também há casos em que os possíveis resultados benéficos levariam na direção do estímulo do conflito. E aí? Tudo bem quanto a esse tópico? Agora você já sabe um pouco como solucionar conflitos? Podemos seguir adiante? “Topa” conhecer outras técnicas de redução de conflitos? NEGOCIAÇÃO: A MELHOR ALTERNATIVA GENÉRICA Negociar consiste na interação entre as partes envolvidas, que saem de posições divergentes e discutem um determinado assunto até que alcancem graus satisfatórios de convergência entre suas opiniões. Durante o processo ocorrem ofertas, contraofertas e concessões de ambas as partes, visando atingir um ponto no qual os interesses sejam atendidos da forma mais congruente possível. Durante uma negociação é importante que todos os envolvidos construam a percepção de que foram suficientemente ouvidos e tiveram chances equitativas para apresentarem suas ideias e argumentações, gerando um resultado que no todo represente mais do que as posições individuais inicialmente apresentadas. E esse o caminho que abre maiores espaços para a gestão participativa, pela qual as pessoas tomam parte nos processos decisórios que afetam não apenas Indivíduos, mas grupos, setores e a organização como um todo. Trata-se, portanto de uma habilidade de extrema Importância no contexto corporativo, visto que por ela torna-se possível orientar as forças de forma sinérgica para objetivos comuns e obterem-se comportamentos consoantes e não opostos. Ao negociarem, as pessoas podem chegar a dois tipos de troca e concessão: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3131 / / 4444 Negociação distributiva: pela qual sempre haverá um lado “vencedor” e um lado “perdedor”, ou seja, é uma operação de “soma zero”. Normalmente ocorre quando não há possibilidade de expansão dos recursos disputados e esses tenham que ser distribuídos entre todos os envolvidos, Negociação integrativa: parte do pressuposto de que é possível encontrar-se pelo menos uma situação de convergência de opiniões pela qual seja possível estabelecer-se uma relação Q ganha-ganha". Torna-se possível quando é viável redimensionar recursos, ou ainda quando se buscam resultados positivos menos imediatistas de relacionamento entre as partes. TÓPICO 3.2 - TÉCNICAS DE REDUÇÃO E ESTÍMULO DE CONFLITOS TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE CONFLITOS 1- Resolução de problemas: consiste em promover a confrontação, ou seja, colocar as partes envolvidas “frente a frente” a fim de se identificar o problema e tentar solucioná-lo com base em discussões francas. 2- Metas superordenadas: é uma técnica interessante pela qual se cria dependência entre as partes com relação à realização de alguma tarefa ou ao alcance de algum objetivo. Com isso, a principal intenção é forçar, de maneira Indireta, a lubrificação do relacionamento pela necessidade mútua de se obter algum resultado. 3- Expansão de recursos: a princípio, quando os conflitos envolvem questões de compartilhamento de recursos, parece ser a solução mais imediata. Contudo, pode gerar efeitos colaterais como gastos desnecessários e, pior do que isso, posicionamentos altamente individualistas em que as pessoas nunca se veem compelidas a abrir mão e a negociar. Pense a respeito: Nos dias atuais, é comum vermos pais que se fazem valer excessivamente dessa técnica para resolverem conflitos entre seus filhos. Assim, em vez de ensinarem seus filhos a compartilharem a televisão, a bicicleta, o videogame, destacando a importância de saber dividir, DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3232 / / 4444 preferem o “caminho mais fácil”, ou seja, uma televisão para cada um, uma bicicleta para cada um, um videogame para cada um. De imediato, o que vai acontecer é um aumento significativo nos gastos financeiros associados à manutenção desse “nível de satisfação”. E o que isso vai gerar no futuro? Homens e mulheres individualistas,que sempre exigirão ser atendidos com exclusividade em suas necessidades e em seus interesses, ou seja, pessoas que não saberão compartilhar, negociar, abrir mão de alguma coisa. POSICIONAMENTO DIANTE DE CONFLITOS a) Não-enfrentamento: ocorre quando o conflito é ignorado por aqueles que poderiam fazer alguma coisa a respeito dele. Em grande parte das situações, é um posicionamento não aconselhado, pois o fato de “fingir que um problema não existe” não significa que ele não está ali, nem leva a alguma solução para ele. b) Suavização: uma outra atitude com relação às situações de conflito é trabalhar com as partes envolvidas para que vejam com maior destaque o que elas têm em comum, em vez de ficarem mantendo suas atenções sobre o que se mostra como diferença. c) Concessão: como resultado de negociações um dos reflexos mais usuais é que os envolvidos em um conflito se vejam abrindo parcialmente mão de seus interesses e pontos de vista em função da busca por pontos consensuais. d) Comando autoritário: quando um conflito não é resolvido naturalmente na camada em que ocorre, uma das saídas seria haver alguma medida impositiva por parte daqueles que estão hierarquicamente em posição superior. Nesses casos, você há de convir que ainda que aparentemente se chegue a uma “solução”, o que pode na verdade ocorrer é o abafamento involuntário dos interesses daquela parte que não for “favorecida” pela decisão tomada. e) Alteração de variáveis humanas: consiste em trabalhar comportamentos e atitudes visando à obtenção de acordos e mudanças de posturas que eliminem ou reduzam os fatores geradores de conflitos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3333 / / 4444 f) Alteração de variáveis estruturais: este posicionamento acontece quando o diagnóstico leva à identificação de elementos da estrutura organizacional que possam ser modificados no Intuito de reduzir ou eliminar conflitos e com isso são alteradas normas, alocações, atribuições, e assim por diante. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3434 / / 4444 TÓPICO 3.3 - A PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NOS CONFLITOS Veja isso! Para saber mais sobre o tema: https://www.revistamilitar.pt/artigo/354 A Prevenção e Resolução de Conflitos. Contributos para uma sistematização… Gostou do conteúdo até aqui? As “coisas” aparentam fazer mais sentido para você? Isso é bom! Indica que você está crescendo profissionalmente. PAPÉIS DE TERCEIROS NOS CONFLITOS Quando alguém se vê participando de um conflito, ele(a) poderá assumir uma postura de conflito direto, abrir mão de seus interesses em função dos interesses da outra parte, entrar em negociação, ou ainda buscar ajuda de terceiros na busca por solucionar o conflito (ou simplesmente aceitar essa ajuda). Esse “elemento externo” poderá ser um dos membros do grupo (um colega da equipe ou do setor), um profissional tecnicamente capacitado para agir na intermediação de conflitos, ou, ainda, alguém investido formalmente de autoridade que o capacite a tomar decisões (agindo como árbitro, como veremos adiante). Usar terceiros na resolução de conflitos não é alguma coisa que acontece por acaso. Pelo contrário. E uma das estratégias comumente aplicadas pelos gestores quando se veem compelidos a agir nessas situações, principalmente quando os conflitos se mostram mais complexos. Esse terceiro, que no caso mais geral será alguém neutro com relação às partes e também com relação ao objeto do conflito, poderá desempenhar três papéis (que dependem de sua autonomia e do tipo de participação): DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3535 / / 4444 a) Conciliador: conta com a confiança de ambas as partes e age muitas vezes de maneira informal, monitorando o processo, facilitando o relacionamento entre os envolvidos, encorajando e dando suporte emocional. b) Mediador: trabalha de forma a promover o uso da razão na busca pela solução do conflito, tentando persuadir as partes em direção à negociação dos interesses em questão e agindo como pacificador. c) Árbitro: esse papel é exercido por pessoas com autonomia para tomarem decisões com relação ao tema em questão. Age colhendo informações a respeito dos interesses e dos contextos e, ao final de suas análises, emite julgamento a respeito do que considerar “certo ou errado”, “melhor ou pior”. Como já dissemos, esses posicionamentos dificilmente resolvem" os conflitos, deixando-os apenas oficialmente decididos, mas abrindo margem para sentimentos velados de perda ou prejuízo por parte daqueles que não tiverem sido beneficiados pelos posicionamentos assumidos. Como requisito para uma atuação eficaz de terceiros na resolução de conflitos, cita-se a necessidade de evidente imparcialidade e não-envolvimento por parte desses terceiros, ou seja, ele não pode ser visto como aliado de qualquer uma das partes. Além disso, o terceiro deve mostrar-se capaz de perceber corretamente as variáveis ambientais que compõem o contexto, dar importância ao que é de fato importante, permitir que os envolvidos se expressem de forma livre e lidar com as tensões que provavelmente serão geradas no decorrer do processo. Tudo isso porque conflitos geralmente compreendem situações ambíguas, complexas e contraditórias. COMPORTAMENTOS SUGERIDOS NA PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NOS CONFLITOS Para que se alcancem os resultados esperados, a atuação de terceiros nos conflitos sugere alguns posicionamentos, dentre os quais destacamos: a) Entendimento do problema, dos interesses, dos estereótipos e das percepções envolvidas; b) Análise das relações e dos níveis de convergência ou divergência entre as partes; c) Mapeamento de eventuais comportamentos inadequados à obtenção dos melhores resultados; DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3636 / / 4444 d) Ação facilitadora no sentido de que se encontrem processos eficazes para a resolução do conflito; e) Disponibilização de informações que favoreçam o entendimento das interações e das consequências associadas à resolução do conflito f) Mapeamento das alternativas existentes e análise, junto com as partes envolvidas; g) Criação de ambiente e mecanismos que otimizem as comunicações; h) Disponibilização de informações que permitam análise racional da relação custo x benefício de cada uma das alternativas e da existência do conflito propriamente dito. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DECONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3737 / / 4444 Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Vejo que você está progredindo. Parabéns! Entretanto, precisamos avaliar a qualidade de seu estudo. Não “pule” esta etapa, ela é essencial para seu aprendizado. 1. Administrar conflitos não é sinônimo de ignorá-los, nem tampouco eliminá-los simplesmente. É importante que sejam cuidadosamente ________________ para que seja possível, inclusive, ________________ da ocorrência de conflitos e obter reflexos ________________ no desempenho das pessoas e da organização como um todo. 2. Em termos gerais, o que se pode fazer é encontrar ________________________ entre os grupos ou pessoas envolvidos e ________________ o ________________ das posturas, evitando, assim, possíveis consequências negativas dos conflitos ocasionadas por seu caráter competitivo. 3. O comportamento das pessoas frente aos conflitos pode ser classificado em função de duas variáveis ___________________________ e _____________________________. 4. Baseado no cruzamento dessas duas variáveis um indivíduo pode assumir cinco posturas dinate de um conflito. São elas: ________________ ,________________ ,________________ ________________ e ________________ . DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3838 / / 4444 5. Ao negociarem, as pessoas podem chegar a dois tipos de troca e concessão: ________________ e ________________. 6. Enumere as técnicas de redução de conflitos e estabeleça uma relação entre elas e as causas dos conflitos. 7. Faça um resumo dos posicionamentos que uma pessoa pode ter para solução de conflitos. 8. Enumere os papéis que um terceiro pode exercer durante o processo de mediação de conflitos. 9. Prepare um resumo dos comportamentos que podemos esperar da participação de terceiros durante o processo de mediação de conflitos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 3939 / / 4444 Para “fechar com chave de ouro”, ponha em prática o marcador seguinte. Roteirize o seu estudo! - Quais suas observações iniciais acerca do texto? Identifique algumas palavras-chave e faça breves anotações sobre elas. Faça uma breve descrição do texto. Quais correlações e associações você pode fazer em relação a ele? Compare-o a outras leituras que você já tenha realizado. Faça breves anotações, infográficos ou desenhos. - Experimente decompor o texto em tópicos. Anote cada tópico acrescido de um breve comentário. Após isso, faça um resumo, reconstruindo o texto com suas próprias palavras a partir dos tópicos. Avalie todas as suas anotações de forma reflexiva. Há algo que você possa melhorar? - Tente explicar seu resumo para alguém, prepare uma aula com 3 a 5 slides, ou faça um “mapa mental” sobre o assunto estudado. Faça uma “busca” na Internet por algum texto, infográfico ou vídeo que esteja relacionado com o assunto e que possa ser acrescentado ao seu material de estudo DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG – GESTÃO DE CONFLITOSCEAG – GESTÃO DE CONFLITOS 4141 / / 4444 CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com sucesso, Parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha aproveitado e aprendido muito. Durante nosso estudo realizamos leituras, aprendemos conceitos, verificamos novos procedimentos. Fizemos anotações, resumos, exercícios, elaboramos roteiros de estudo e dialogamos bastante, não foi mesmo? Nesta disciplina, estudamos os conceitos relacionados ao Conflito, os principais sintomas, suas causas e suas consequências. Discutimos as formas de lidar com os conflitos, abordando as técnicas de redução e também veremos os estímulos de conflitos. Por fim, vimos como se dá a participação de terceiros nos conflitos, buscando sempre compreender os conceitos relacionados a esse assunto com vistas a mitigar as consequências que possam prejudicar o trabalho. Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional! Com as saudações da Equipe do Berço dos Especialistas, sucesso em sua Missão! DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕESGESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES 4343 / / 4444 REFERÊNCIAS IKEDA, Ana Akemi; CAMPOMAR, Marcos Cortez; OLIVEIRA, Tânia Modesto Veludo. Conflito Organizacional: um estudo com executivos de marketing. Disponível em :http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2004-cor-0066.pdf. BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. MCA 2-1. Manual de Liderança da Força Aérea Brasileira. Brasília, 2012. _______ Comando da Aeronáutica. EMAER. MCA 909-1. Programa de Formação e Fortalecimento de Valores (PFV). Brasília, 2012. BROCHADO, João Manoel Simch. Eia, avante! A energia dos agrupamentos humanos. Editora: Biblioteca do Exército, 2008. DOUTRINA militar a alma do Exército. Disponível no Link: https://www.youtube.com/watch? v=w8rVJrsH0mA. Acesso em 08/03/2020. PAIVA, Luiz Eduardo Rocha. O líder militar: uma visão pessoal. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em http://ebrevistas.eb.mil.br . Acesso em 09/03/2020. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF APRESENTAÇÃO CAPÍTULO 1 - CONFLITOS TÓPICO 1.1 - INTRODUÇÃO AOS CONFLITOS CAPÍTULO 2 - SINTOMAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS TÓPICO 2.1 - SINTOMAS DE CONFLITO TÓPICO 2.2 - CAUSAS DE CONFLITO TÓPICO 2.3 - CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO CAPÍTULO 3 - COMO LIDAR COM OS CONFLITOS TÓPICO 3.1 - ABORDAGENS INICIAIS E FORMAS DE LIDAR COM CONFLITOS TÓPICO 3.2 - TÉCNICAS DE REDUÇÃO E ESTÍMULO DE CONFLITOS TÓPICO 3.3 - A PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NOS CONFLITOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
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