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Teoria da burocracia

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Faculdade de Tecnologia de Barueri "Padre Danilo José de Oliveira Ohl"
Katia Salvador dos Santos
Raynan Marinho de Melo Bereza
Rafael de Brito Sousa
Weslley Amano Benetti de Siqueira
TEORIA DA BUROCRACIA
Barueri, 2020
Faculdade de Tecnologia de Barueri "Padre Danilo José de Oliveira Ohl"
Katia Salvador dos Santos
Raynan Marinho de Melo Bereza
Rafael de Brito Sousa
Weslley Amano Benetti de Siqueiraa
TEORIA DA BUROCRACIA
Trabalho destinado à profa. Margarete B. Ascencio Cansado referente a disciplina Processos Gerenciais do curso de graduação tecnológica em Gestão de Tecnologia da Informção.
Barueri, 2020
Resumo
ATeoria da Burocracia surgiu a partir da década de 1940 oriunda dos estudos do sociólogo alemão Max Weber. Neste período a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, consideradas contrárias e extremistas, se tornaram obsoletas e ineficintes para lidar com o crescimento e complexidade das organizações da época.
Weber tipificou três formas de sociedade e de autoridade: a tradicional, carismática e burocrática. Ele com seus estudos sobre sociologia inspirou a criação de uma nova teoria administrativa, a qual apresenta características como: caráter legal, formal e racional, impessoalidade, hierarquia, rotinas e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia, especialização, profissionalização e completa previsibilidade do funcionamento. 
Uma organização burocrática oferece vantagens, tais como: racionalidade, precisão na definição do cargo e na operação, rapidez nas decisões, univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas e procedimentos, continuidade da organização, redução do atrito entre as pessoas, constância, subordinação dos mais novos aos mais antigos, confiabilidade. Contudo, a racionalidade burocrática, a omissão das pessoas que participam da organização e os próprios dilemas da burocracia, apontados por Weber, constituem problemas( disfunções) que a burocracia não consegue resolver adequadamente
De maneira geral a burocracia, apesar de todas as suas limitações e restrições, é provavelmente uma das melhores maneiras de gerir uma organização, sendo superior a várias outras alternativas tentadas no decorrer do século XX. 
Sumário
Resumo	3
1 Intodução	6
2 Origem	6
3.1 Tipos de Sociedade	7
3.1.1 Sociedade tradicional:	7
3.1.2 Sociedade carismática:	7
3.1.3 Sociedade legal, racional ou burocrática:	7
3.2 Tipos de autoridade	9
3.2.1 Autoridade tradicional	10
3.2.2 Autoridade carismática	10
3.2.3 Autoridade legal, racional ou burocrática	11
4.1 Aspectos da burocracia	12
4.1.0 Caráter legal das normas e regulamentos	12
4.1.1 Caráter formal das comunicações	13
4.1.2 Caráter racional e divisão do trabalho	13
4.1.3 Impessoalidade nas relações	13
4.1.4 Hierarquia da autoridade	14
4.1.5 Rotinas e procedimentos padronizados	14
4.1.6 Competência técnica e meritocracia	14
4.1.7 Especialização da administração	14
4.1.8 Profissionalização dos participantes	15
4.1.9 Completa previsibilidade do funcionamento	15
5 Vantagens	15
6.1 Disfunções	16
6.1.1 Internacionalização das regras e exagero apego aos regulamentos	16
6.1.2 Excesso de formalismo e papelório	16
6.1.3 Resistência a mudanças	16
6.1.4 Despersonalização do relacionamento	17
6.1.5 Categorização como base do processo decisório	17
6.1.6 Superconformidade às rotinas e procedimentos	17
6.1.7 Exibição de sinais de autoridade	17
6.1.8 Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público	18
7 Conclusão	18
Bibliografia	19
1 Intodução
Você realmente sabe como a burocracia transita pelo mundo de uma organização formal?
Ou possui enraizado o estereótipo pejorativo sobre o assunto?
Geralmente quando se fala em burocracia, se imagina um conjunto de normas e regras que deixam ineficientes as organizações administrativas públicas ou privadas, e isto, está relacionada a maneira que enxergamos o excesso de formulários e a morosidade que qualquer processo solicitado ao setor público necessita para ser realizado.
Entretanto a teoria burocrática de Max Weber, sociólogo alemão considerado pai da teoria, objetiva a eficiência das organizações, buscando a adequação dos meios para se alcançar os resultados previstos.
Esta teoria administrativa, foi implementada devido a fragilidade das teorias Clássica e de Relações Humanas, as quais se tornaram enificazes com o crescimento exponencial das organizações em meados do século passado.
Administradores acreditavam que através dos estudos de Weber sobre os tipos de sociedades, denominada por ele como tradicional, carismática e legal. Pudesse existir uma maneira assertiva em gerir uma organização para que se encontrasse a maneira mais eficiente de alcançar seus objetivos. Todavia, qualquer teoria por mais notória que seja, pode apresentar disfunções.
2 Origem
Max Weber (1864 –1920), foi um economista, jurista e um importante sociólogo alemão. Considerado, juntamente a Karl Marx e Emile Durkheim, um dos três grandes pensadores clássicos responsáveis pela fundação da sociologia.
A Teoria da Burocracia é considerada uma teoria póstuma, pois foi implementada a partir da década de 40, após a morte de Max Weber. Na época havia uma espécie de conflito entre as teorias Clássica e das Relações Humanas, tendo em vista que estas eram oponentes e contrárias uma a outro, pois uma apresentava um mecanicismo das atividades para o profissional e desvalorização da humanidade, já a outra promovia um romantismo exagerado da organização para com o seu colaborador. Por conta da falta de abrangência e solidez destas teorias em relação ao crescente tamanho e complexidade das corporações, as quais passaram a necessitar de modelos organizacionais mais bem-definidos e robusto. Alguns estudiosos buscaram em obras do economista e sociólogo já falecido, Max Weber, uma solução para a nova situação das empresas, descobrindo a partir de seus trabalhos um modelo organizacional racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, capacitado também para lidar com o comportamento dos membros dela participantes e podendo ser aplicada em qualquer forma de organização humana, seja elas de cunho governamental ou privado. 
3.1 Tipos de Sociedade
Weber apresenta três tipos de sociedade distintas entre si:
3.1.1 Sociedade tradicional: onde predominam características patriarcais e patrimonialistas, a família, um clã, uma sociedade medieval, são exemplos deste tipo de sociedade.
3.1.2 Sociedade carismática: onde predominam características místicas, carismáticas e arbitrárias, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas entidades religiosas, entre outros.
3.1.3 Sociedade legal, racional ou burocrática: onde predominam normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc.
Tabela 1.1 tipologia de sociedade e suas características segundo Weber
	Tipos de sociedade
	Características
	Exemplos
	Tradicional
	Patriarcal e patrimonialista. Conservadorismo.
	Clã, tribo, família, sociedade medieval.
	Carismática
	Personalística, mística e arbitrária.
Revolucionária.
	Grupos revolucionários, partidos políticos, entidades religiosas.
	Legal, racional ou burocrática
	Racionalidade dos meios e dos objetivos.
	Estados modernos, grandes empresas, exército.
3.2 Tipos de autoridade
Weber acreditava que para cada tipo de sociedade existe um tipo de autoridade.
Para ele a autoridade é a chance de que uma ordem seja obedecida, sendo que a autoridade representa uma figura de pleno poder. Este poder o qual possui potencial de influenciar outras pessoas e impor a própria vontade em um meio social, independente de qualquer resistência que possa existir. Portanto, poder é probabilidade de um indivíduo impor sua vontade sobre conduta de um grupo de pessoas. 
A autoridade promove o poder, propiciando a quem tem a autoridade ter o poder. Entretanto a recíproca pode não ser verdadeira, porque ter poder
nem sempre significa ter autoridade. A autoridade precisa ser legítima,
ou seja, capazde justificar seu exercício.
A legitimidade é o motivo que explica por que um determinado número de pessoas obedece às ordens de alguém, conferindo-lhe poder. Essa aceitação, essa justificação do poder são chamadas legitimação. A autoridade é legítima quando é aceita. Se a autoridade proporciona poder, o poder conduz à dominação. Dominação significa que a vontade manifesta (ordem) do dominador influencia a conduta dos outros (dominados) de tal forma que o conteúdo da ordem, por si mesma, se transforma em norma de conduta (obediência), para os subordinados. A dominação é uma relação de poder na qual o governante (ou dominador) - ou a pessoa que impõe seu arbítrio sobre as demais – acredita ter o direito de exercer o poder, e os governados (dominados) consideram sua obrigação obedecer-lhe às ordens. As crenças que legitimam o exercício do poder existem tanto na mente do líder como na dos subordinados e determinam a relativa estabilidade da dominação (CHIAVENATO, 2004, p. 259).
Weber aponta três tipos de autoridade legítima, a autoridade tradicional, autoridade carismática e autoridade racional, legal ou burocrática.
3.2.1 Autoridade tradicional
O domínio exercido por um pai sobre sua família, a autoridade contida no cacique para com sua tribo, ou qualquer outra figura que represente um chefe de um determinado clã, são exemplos de autoridade tradicional. Esta tem como características a irracionalidade, transmissão de poder por herança e conservadorismo exagerado, sendo que qualquer mudança corrompe rapidamente as tradições.
A legitimidade do poder tradicional, vêm da crença que seu líder comanda pela sua condição de herdeiro ou sucessor, de maneira justa, fundamentado em um passado imutável e em respeito dos costumes e hábitos tradicionalistas. Suas ordens são pessoais e arbitrárias.
A dominação tradicional quando envolve um número elevado de pessoas, ou uma grande extensão territorial, pode apresentar duas formas para manter sua influência. A forma patrimonial, a qual utiliza a dependência econômica para manter seu poder. E a forma feudal, a qual utiliza o caráter de aliança entre o senhor e seus vassalos, frisando a honra e fidelidade. 
3.2.2 Autoridade carismática
A autoridade exercida devido a influência da personalidade, por exemplo líderes políticos como Lula ou Bolsonaro, líderes religiosos, ou até mesmo digital influencers são inerentes ao poder carismático. O qual se caracteriza por não ser racional e ser instável, podendo abruptamente obter tom revolucionário. Este poder não pode ser dado nem recebido por sucessão ou herança.
A legitimação desta autoridade ocorre pelas características carismáticas do líder e da devoção de seus seguidores.
O aparato administrativo na dominação carismática envolve um grande número de seguidores, discípulos e subordinados leais e devotados, para desempenharem o papel de intermediários entre o líder carismático e a massa. O pessoal administrativo é escolhido e selecionado segundo a confiança que o líder deposita nos subordinados. A seleção não se baseia na qualificação pessoal nem na capacidade técnica, mas na devoção e confiabilidade no subordinado. Se o subordinado deixa de merecer a confiança, passa a ser substituído por outro subordinado mais confiável.
Daí a inconstância e instabilidade do aparato administrativo na dominação carismática (CHIAVENATO, 2004, p. 260).
3.2.3 Autoridade legal, racional ou burocrática
O poder burocrático justifica e se legitima através de preceitos ou normas predeterminados. Este tipo de autoridade é técnica e meritocrática, baseando-se em leis, normas e regulamentos promulgados de maneira formal. A submissão não é devida a uma pessoa, mas a um conjunto de regras e leis previamente estabelecidos. 
A legitimidade da autoridade legal está no crédulo de obtenção de justiça que a sociedade possui ao obedecer a leis criadas de forma coletiva.
Tabela 1.2 tipologia de autoridade e suas características segundo Weber
	Tipos de autoridade
	Características
	legitimação
	Aparato administrativo
	Tradicional
	Não é racional.
Poder herdado ou delegado.
Baseada no “senhor”.
	Tradição, hábitos, uso e costumes.
	Forma patrimonial e forma feudal.
	Carismática
	Não é racional.
Não é herdado nem delegável.
Baseada no “carisma”.
	Características pessoais (heroísmo, magia, poder mental), carismáticas do líder.
	Inconstante e instável.
Escolhido pela lealdade e devoção ao líder e não por condições técnicas.
	Legal, racional ou burocrática
	Legal, racional.
Impessoal formal.
Meritocrática.
	Justiça da lei.
Promulgação e regulamentação de normas legais previamente estabelecidas.
	Burocracia.
4.1 Aspectos da burocracia 
A burocracia passou popularmente a ser conhecida como sinônimo de morosidade, ineficiência e resistência a inovações e mudanças. Entretanto Weber conceituou burocracia exatamente o contrário de como um leigo a imagina, pois ela explica nos mínimos detalhes o que deve ser feito, para que uma organização alcance a máxima eficiência.
Para Max Weber, a burocracia apresenta as seguintes características:
4.1.0 Caráter legal das normas e regulamentos
A burocracia é orientada por normas e regulamentos predeterminados de maneira formal, ou seja, é uma organização que tem como base um próprio conjunto de regras que define antecipadamente como a organização burocrática funcionará.
Estas regras tem como objetivo abranger todos os níveis da organização formal, com o intuito de enquadrar e regulamentar absolutamente tudo que ocorre dentro dela.
Alguns exemplos são a Constituição Federal para o Governo ou os estatutos para o mundo corporativo.
4.1.1 Caráter formal das comunicações
A burocracia utiliza as comunicações de maneira formal. Tudo que é feito dentro da organização é formulado e registrado por escrito, de maneira que todos possam compreender em virtude da comprovação e documentação adequada.
Como a comunicação é algo constante e repetitivo, a burocracia utiliza rotinas e formulários para facilitar e agilizar seus processos.
4.1.2 Caráter racional e divisão do trabalho
A organização burocrática apresenta uma sistemática divisão do trabalho. Visando estabelecer as atribuições, competências e reponsabilidades, de cada participante. De maneira racional cada membro da organização sabe exatamente o que fazer, como fazer, quando pode fazer e até que ponto pode chegar, porque assim não interferirá na competência alheia e nem prejudicará a estrutura existente.
4.1.3 Impessoalidade nas relações
As relações na burocracia são impessoais, detendo o poder cargos e funções. Um subordinado não obedece ao superior em consideração à sua pessoa, mas ao cargo que ele ocupa. Desta forma o poder de cada pessoa dentro da organização é impessoal e provem do seu respectivo cargo.
4.1.4 Hierarquia da autoridade
A organização burocrática estabelece os cargos conforme sua hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior. Todo cargo é supervisionado e a autoridade está vinculado ao cargo e não ao indivíduo que o ocupa. Além disso, a distribuição de autoridade minimiza o atrito entre os colaboradores e protege o subordinado da ação arbitrária do superior.
4.1.5 Rotinas e procedimentos padronizados
A burocracia traça as regras e normas técnicas para o desempenho de cada função. Desta forma, é estipulado o que deverá ser feito de acordo com rotinas e procedimentos estabelecidos. Desta maneira, não permiti que o colaborador faça o que deseja.
Para garantir a disciplina e o desempenho na execução do trabalho é necessário um conjunto de normativas que enquadram o funcionário às exigências do cargo e da organização. 
4.1.6 Competência técnica e meritocracia
Cada funcionário é escolhido baseado no mérito e na própria competência técnica, sendo irrelevantes as preferências pessoais. A seleção, a admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são fundamentadas sobre critérios de avaliação e classificação válidos para toda a organização e não em critérios particulares e arbitrários.
4.1.7Especialização da administração
A burocracia separa a propriedade da administração, ou seja, os administradores são especialistas e não possuem propriedade sobre a organização. O modelo burocrático distingue o capital da gestão dos negócios, desta forma o gestor é um profissional especializado em administração.
4.1.8 Profissionalização dos participantes
A organização burocrática se caracteriza pela profissionalização dos funcionários, a qual cada um é especializado, assalariado, tem seu cargo como principal atividade, foi nomeado pelo superior hierárquico, possui contrato por tempo indeterminado e possibilidade de seguir carreira dentro da organização. Não possui a propriedade dos meios de produção e administração, se mantem fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa.
4.1.9 Completa previsibilidade do funcionamento
Weber acreditava que o comportamento dos colaboradores de uma organização é previsível, e que todos devem se comportar de acordo com as normas e regulamentos, possibilitando atingir a máxima eficiência possível. Tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever antecipadamente todas as ocorrências, afim criar rotinas de execução, para que a máxima eficiência do sistema seja alcançada.
5 Vantagens
A teoria de Max Weber, tem muitos traços ligados a sociologia e a administração, e é uma teoria relevante até os dias atuais, visto seu pioneirismo. Ela traz a junção de temas de estudos sociológicos e administrativos, para entregar melhores resultados de gestão e qualidade.
Sendo assim, utilizando normas e regras, a organização conseguirá abordar de maneira organizada e sútil todas suas hierarquias, proporcionando uma administração eficiente.
Dentre as vantagens que são destacadas pelo Weber, estão: o melhor aproveitamento de tempo, controle de qualidade de serviços de alto padrão, organogramas bem estruturados, facilidade e transparência na comunicação e padronização de serviços e rotinas.
6.1 Disfunções
Na visão de Weber, a burocracia constitui a forma de organização eficiente por excelência, tendo como principais vantagens: a racionalidade, precisão, univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas e procedimentos, constância e continuidade, entre outras. No entanto, para outros autores, existem consequências imprevistas ou disfunções que levam à ineficiência da organização burocrática, visto que os participantes do meio sejam elementos humanos. 
Como citado, houveram críticas por parte de outros autores e também a denominação de uma série de anomalias e imperfeições no funcionamento da burocracia chamada de “Disfunções da burocracia”. 
6.1.1 Internacionalização das regras e exagero apego aos regulamentos
O funcionário se prende às normas e determinações da empresa e deixa de lado a flexibilidade, característica fundamental para as atividades racionais. O colaborador burocrata é um especialista, por conhecer notoriamente as normas e regras da organização e não necessariamente pela sua perícia técnica.
6.1.2 Excesso de formalismo e papelório
A necessidade de documentar todo tipo de comunicação e ação, acabe gerando um excesso de papelório. Esta disfunção acaba sendo a mais relevante, pois esta dá a impressão ao leigo, que a burocracia é extremamente morosa e aparenta a utilização exagerada de formulários.
6.1.3 Resistência a mudanças
 O funcionário acomodado com as regras e procedimentos acaba se sentindo confortável e ao surgir mudanças nos processos da empresa, logo se preocupa, resistindo a mudança.
6.1.4 Despersonalização do relacionamento
A burocracia tem como característica a utilização das relações impessoais, portanto não cabe relacionamentos pessoais entre funcionários, tornando a comunicação apenas entre cargos e funções, e não entre pessoas.
6.1.5 Categorização como base do processo decisório
A organização burocrática distribui à risca a autoridade por hierarquização. Ou seja, o tomador de decisões sempre será aquele que possuir o maior cargo, independentemente se tem conhecimento ou não sobre o assunto.
6.1.6 Superconformidade às rotinas e procedimentos
A burocracia estabelece vários procedimentos e rotinas e o funcionário os torna sagrados, passando a trabalhar em função das regras e procedimentos ao invés de cumprir os objetivos organizacionais, deixando de lado sua flexibilidade, iniciativa, criatividade e renovação.
6.1.7 Exibição de sinais de autoridade
A burocracia tende a demostrar a hierarquização da autoridade através de símbolos e/ou sinais, pois necessita que totos os funcionários saibam quais são os cargos que detêm os maiores níveis de poder. Desta maneira, a diferenciação do uso de uniformes, e a localização do habitat de trabalho de cada classe, são bem claras e visíveis para todos.
6.1.8 Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público
O Colaborador se interioriza para as normas e regras da organização, focando apenas em as cumprir, para que seu comportamento seja bem avaliado pelo cargo superior do nível hierárquico. Desta maneira, todos os clientes da organização serão atendidos do mesmo jeito, fazendo com que o público fique insatisfeito com a tratativa impessoal que é dada para seus problemas.
7 Conclusão
Pela observação dos aspectos analisados percebe-se que, os administradores acreditavam que a teoria de Weber poderia melhorar a busca pelos objetivos organizacionais.
Ela foi implementada na década de 40, após controvérsias das teorias utilizadas na época, o modelo de Weber era mais racional, podendo ser aplicado em qualquer organização, privada ou governamental. 
Os estudos do sociólogo tinham três tipos de sociedade: Tradicional, um modelo patriarcal, onde o senhor ordena e o súdito obedece; 	 
Carismática, onde predomina o carisma, as qualidades da pessoa e não o cargo que ocupa; 
Sociedade legal, racional ou burocrática, tem origem de regras, leis e estatutos que definem a quem obedecer, seja numa sociedade ou organização.
Para Weber, cada sociedade tem um tipo de autoridade, para que as ordens fossem obedecidas. No modelo tradicional o poder é mais conservador, transmitido por herança familiar, como em uma realeza.
A autoridade carismática, é aquela que tem uma influência da personalidade, como alguns líderes políticos e digital influencers.
Já a racional é garantida por normas e regras, deve-se seguir as ordens de quem ocupa o cargo, mesmo que a pessoa não tenha perfil de autoridade.
A burocracia geralmente é sinônimo de demora por ter várias regras, normas, formulários e documentação para executar alguma atividade. Nas organizações os cargos são definidos pela hierarquia, cada área é comandada por um cargo superior e controla um inferior, cada função tem suas regras e normas, para que cada um saiba as tarefas que lhe cabe. Os funcionários são escolhidos pelos seus superiores, por seus conhecimentos e competências, para executar suas atividades conforme seus contratos e salários. Para Weber os colaboradores e as organizações devem seguir as normas para haja melhor aproveitamento e eficiência.
Bibliografia
TEORIA DA BUROCRACIA. Disponível em: <https://administrabrasil.com.br/wp-content/uploads/2016/04/TEORIA-DA-BUROCRACIA2.pdf> Acesso em 09 mai. 2020.
A Burocracia Weberiana e a Administração Federal Brasileira. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/viewFile/4847/3585> Acesso em 09 mai. 2020.
Detector de Plágio. Disponível em: 
<https://www.plagium.com/pt/detectordeplagio> Acesso em 09 mai. 2020.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeir: Elsevier, 2003.

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