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Educação de jovens e adultos – eja (leitura de mundo, variação linguística, alfabetização e letramento)
INTRODUÇÃO
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Quando a educação iniciou no Brasil, somente tiveram direito a ela pessoas de classe privilegiadas. Isso fez com que um número reduzido de pessoas tivessem acesso ao mundo do saber, colocando diversas pessoas na situação de analfabetismo ou ensino tardio.
Com a aprovação da LDB 9394/96 e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, Parecer nº 11/2000, a Educação de Jovens e Adultos - EJA é caracterizada como modalidade da educação básica correspondente ao atendimento de jovens e adultos que não frequentaram ou não concluíram a educação básica.
EJA
A Educação de Jovens e Adultos - EJA apresenta sua história muito mais tensa do que a história da educação básica. Nela se cruzaram interesses menos consensuais do que na educação da infância e adolescência.
A EJA representa uma parcela da população brasileira que não teve acesso ao direito básico constitucional de frequentar a escola no tempo previsto pela LDB/96, que é de 4 a 17 anos. 
Esse público abrange aproximadamente 70 milhões de pessoas, com mais de 15 anos, que ainda não concluíram o ensino fundamental.
Esse publico é formado por adultos, jovens, idosos, pais, trabalhadores, subempregados, donas de casas, portadores de deficiências, etc. Os alunos jovens muitas vezes ultrapassaram a idade estabelecida para a conclusão da educação básica com sucessivas reprovações, atitudes que os levam a serem negados na escola básica, pois muitos deles são repetentes desde sua vida infantil, e são levados a estudarem à noite.
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Leitura de mundo
Educar um adulto que não sabe ler e nem escrever não é o mesmo que educar uma criança que não sabe ler ou escrever. O adulto possui anos de vivência de mundo e isso não pode ser desconsiderado durante o processo de ensino-aprendizagem.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra’’, é uma frase muito forte de PAULO FREIRE que aponta a necessidade de utilizar o mundo do estudante na aprendizagem.
Ex: um homem que nunca foi à escola não é alfabetizado e não aprendeu as operações básicas de matemática, porém, trabalha em uma roça plantando milho e, por incrível que pareça, consegue efetuar todas as contas necessárias para saber se sua produção foi bem ou mal. Esse homem não aprendeu isso na escola, mas sim através do seu conhecimento de mundo/vivência. 
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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A variação linguística decorre de vários fatores, entre eles estão: classe social, origem demográfica, sexo, entre outros. No Brasil, o tema variação linguística é pouco abordado nas aulas de língua portuguesa, visto que se tem preferência predominante ao ensino da norma culta. 
Na Educação de Jovens e Adultos- EJA, a variação linguística é bastante perceptível, visto que é uma etapa onde os alunos possuem regionalidades e idades diferentes, justamente por obter essas diferenças a EJA deve abordar e abranger mais sobre esse tema nas aulas de língua portuguesa. Para Camacho (2009), ”a variabilidade é inerente ao sistema linguístico, não podendo, por isso, língua e variação serem separadas”.
Alfabetização e letramento
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Para trabalhar com a alfabetização e o letramento é preciso saber suas diferenças. Para Camacho (2003), a alfabetização de forma resumida é a prática do ler e do escrever, sendo, portanto a aquisição do código alfabético e ortográfico, enquanto o letramento é o processo do envolvimento da pessoa com a cultura escrita.
Muitas vezes o indivíduo sabe ler e escrever, porém de maneira superficial, não obtendo compreensão do que se lê ou escreve.
Mesmo possuindo noções básicas de leitura e escrita, o estudante da EJA não consegue tornar a prática da alfabetização funcional, ou seja, o letramento não foi realizado de maneira correta, foi interrompido ou se perdeu com a falta de prática.
A importância de dar andamento a esse processo requer uma análise prévia dos conhecimentos dos alunos para saber o nível de alfabetização e de letramento, e assim direcionar metodologias para que esse processo seja realizado no EJA.
Plano de ação 
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TEMA 1 - 
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	OBJETIVOS	JUSTIFICATIVA	AÇÕES	RECURSOS	AVALIAÇÃO
	Identificar imagens que irão ser distribuídas pelo professor para que os alunos falem e sobre o significado das imagens.
	O objetivo dessa aula é fazer com que os alunos tenham espaço para mostrar seu conhecimento de mundo e suas interpretações acerca das imagens. 
	Organizar a turma em círculo, levar uma caixa de surpresa com vários tipos de figuras e pedir para cada aluno tirar uma figura e dizer o que ela representa para o seu ponto de vista	Caixa surpresa, figuras diversas.	A avaliação acontecerá a partir da participação oral dos alunos.
TEMA 1 – LEITURA DE MUNDO
TEMA 1 - 
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	OBJETIVOS	JUSTIFICATIVA	AÇÕES	RECURSOS	AVALIAÇÃO
	Conhecer o alfabeto e reproduzir o som de cada letra. 	O objetivo dessa aula é fazer com que os alunos conheçam o alfabeto, além de tentarem escrever as letras que formam o alfabeto.	Serão distribuídas folhas A4 com as letras do alfabeto para que os alunos cubram cada letra, bem como para que treinem seus próprios nomes. 	folha de papel A4, lápis, borracha.	Será através da realização da atividade, devendo os alunos mostrar ao professor o que produziram.
TEMA 2 – ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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	OBJETIVOS	JUSTIFICATIVA	AÇÕES	RECURSOS	AVALIAÇÃO
	Refletir sobre as variações da língua no decorrer do tempo, valorizar as diferenças culturais e linguísticas, usar a linguagem com autonomia e sem preconceito.
	Fazer com que os alunos conheçam as variações presentes nas falas de seus colegas, refletindo sobre a fala de várias regiões do país.	O professor explicará o tema “variação linguística”. Os alunos serão divididos em grupos para discutirem gírias ou expressões utilizadas em sua região de origem.	Cadeira e mesa.	A avaliação será individual, onde cada integrante do grupo deverá expor oralmente o resultado da atividade proposta, devendo relatarem sobre as expressões e gírias que ainda não conheciam.
TEMA 3 – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
CONSIDERAÇÕES
Este trabalho pretendeu mostrar a importância da Educação de Jovens e Adultos – EJA, uma modalidade de ensino que merece mais atenção em nossa sociedade, pois é uma maneira de tentar combater o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental.
A EJA deve contribuir não só no processo de leitura e escrita, mas também na leitura de mundo dos alunos e socialização, aproximando-o dos conhecimentos das práticas sociais.
A leitura de mundo dos alunos deve ser levada em consideração durante as aulas, pois as suas observações e vivências colaborarão para que haja um ensino-aprendizagem com maior relevância e facilidade. 
Além da alfabetização, o letramento é de suma importância para os estudantes da EJA, pois essa ferramenta possibilita que o aluno possa se envolver com a leitura e escrita, consequentemente, fazendo com que consigam interpretar e não apenas decodificar sílaba por sílaba, sem entender o que tentou ler.
Em relação a variação linguística, mesmo que o aluno tenha que aprender as normas cultas, não deve ser deixando de lado seus conhecimentos e formas de falar, pois essa atitude colaborará para a motivação dos alunos em aprenderem sempre mais e mais, vendo a sala de aula como um espaço para interação e aprendizado.
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Referências bibliográficas
DIOGO,E. M.;GORETTE,M. da S. Letramento e Alfabetização: uma prática pedagógica de qualidade. X Congresso Nacional de Educação – EDURECE. I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação. Disponível em: https://edurece.bruc.com.br/CD2011/pdf/5806 2767.pdf. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: editora UNESP, 2000
GADOTTI, Moacir ;ROMÃO, Jose E. Educação de jovens e adultos: teoria, prática, e proposta. 12.Ed. São Paulo:cortez:2011
JULIÃO, E. F.; BEIRAL, H. J. V.; FERRARI, G. M. As políticas de Educação de Jovens e Adultos na atualidadecomo desdobramentos da constituição e da LDB. POIÉSIS – Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, v. 11, n. 19, p. 40-57, Jan/Jun. 2017. Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Poiesis/article/view/4
Meu Cantinho. Disponível em: > http://meucantinhosimonelucas.blogspot.com/<
MOREIRA, R. M.; SOUZA, M. D. A. A leitura de mundo como ponto de partida para a leitura da palavra: desafio da formação e prática de educadores de programas de alfabetização de jovens e adultos. V Seminário Nacional – Formação de Educadores de Jovens e Adultos. 13 a 15 de maio – Faculdade de Educação – UNICAMP, Campinas, SP. 
 Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=44004. Acesso em: 20 de outubro de 2019
 
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