Buscar

PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO 
 
1) Da irredutibilidade salarial 
 
Art. 7º, CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das 
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não 
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade 
da cláusula infringente desta garantia. 
 
A redução salarial deve ser transitória e respeitar o mínimo existencial 
indisponível. 
 
2) Da integralidade salarial 
 
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do 
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei 
ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde 
de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do 
empregado. 
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias 
aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in 
natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os 
empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou 
serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente 
determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias 
sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro 
e sempre em benefício das empregados. 
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por 
qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. 
 
Súmula nº 342 do TST 
DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 
20 e 21.11.2003 
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por 
escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, 
médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade 
cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu 
benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, 
salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie 
o ato jurídico. 
 
3) Da intangibilidade salarial 
 
Protege os salários contra os credores do empregador. 
 
Todavia, com o advento da Lei 11.101/ 2005, ocorreu parcial relativização do 
princípio: 
 
Art. 141, Lei 11.101/ 2005. Na alienação (de empresa falida) conjunta ou 
separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob 
qualquer das modalidades de que trata este artigo: 
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão 
do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, 
as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de 
trabalho. 
§ 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos 
mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por 
obrigações decorrentes do contrato anterior. 
 
No que tange à recuperação extrajudicial: inexiste óbice para a incidência da 
sucessão trabalhista. 
 
No entanto, o mesmo não acontece com a recuperação judicial: 
 
Art. 60, Lei 11.101/ 2005. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver 
alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o 
juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei. 
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não 
haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de 
natureza tributária, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei. 
 
4) Da impenhorabilidade salarial 
 
Art. 833, CPC. São impenhoráveis: 
 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como 
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários 
de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; 
 
Exceções: 
 
Art. 833, § 2º, CPC O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à 
hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, 
independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto 
no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º . 
 
 
Art. 50, CP - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada 
em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as 
circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas 
mensais. 
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento 
ou salário do condenado quando: 
a) aplicada isoladamente; 
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; 
c) concedida a suspensão condicional da pena. 
 
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento 
do condenado e de sua família. 
 
Questão polêmica: é a que diz respeito à possibilidade de penhora de parte de 
salário do sócio da empresa ou do empregador pessoa física para pagamento 
de crédito trabalhista. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art528%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art529%C2%A73
5) Outras regras gerais 
 
Periodicidade: 
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, 
não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que 
concerne a comissões, percentagens e gratificações. 
 
Moeda corrente: 
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do 
País. 
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste 
artigo considera-se como não feito. 
 
Recibo: 
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado 
pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, 
ou, não sendo esta possível, a seu rogo. 
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta 
bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o 
consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de 
trabalho. 
 
Substituição: 
Súmula nº 159 do TST 
SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO 
(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, 
DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Enquanto perdurar a substituição que tenha caráter meramente eventual, 
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do 
substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito 
a salário igual ao do antecessor. (ex-OJ nº 112 da SBDI-1 - inserida em 
01.10.1997)

Continue navegando