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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Letras - Português e Inglês - licenciatura
Áquila louro xavier
A IMPORTÂNCIA DA EJA E O PAPEL DO PROFESSOR NESTA MODALIDADE 
João Monlevade
2020
Áquila louro xavier
A IMPORTÂNCIA DA EJA E O PAPEL DO PROFESSOR NESTA MODALIDADE
Trabalho de Letras apresentado à Universidade Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média Semestral nas disciplinas Educação Inclusiva, LIBRAS - Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática: planejamento e avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula.
Orientadores: Tatiane Mota Santos Jardim, Camila Aparecida Pie, Natalia Gomes dos Santos, Maria Luzia Silva Mariano, Mari Clair Moro Nascimento.
Tutor Eletronico: Suze Borda
João Monlevade
2020
INTRODUÇÃO
A História da Educação permite em primeiro lugar tornar mais inteligível a pedagogia atual pelo conhecimento do passado. Descobrimos, graças a ela, as origens frequentemente longínquas das nossas tradições educativas. A utilidade da História da Pedagogia, como escreveu Campayré, não pode ser posta em causa. A história da pedagogia não pode ser encarada unicamente como um espetáculo agradável: ela é, de fato, uma escola de educação, uma das fontes da pedagogia definitiva. Na ciência da educação, pelo contrário, como em todas as ciências filosóficas, a história é a introdução necessária, a preparação para a própria ciência. A partir de meados do século XI X, a História da Educação j unta - se às aprendizagens práticas e metodológicas nos planos de estudo da formação de professores, chamando - se, assim, a atenção para a importância de compreender os princípios, as experiências, os sucessos e as decepções dos educadores do passado. Se queremos fazer progressos conscientes e seguros do ponto de vista pedagógico, temos de nos aconselhar com a história. 
Enquanto a desvalorizamos, continuaremos a girar no círculo estéril do empirismo, a esgotar- nos em tentativas infrutíferas e a seguir teorias incertas e perigosas. O estudo histórico permitirá, assim, guiar o professor nos melhores métodos e ideias, pois a maior parte já foi aplicada no passado e é possível saber quais os que fa lharam e quais os que tiveram sucesso. 
A História da Educação é, assim, uma disciplina que pretende favorecer o acesso a uma visão global e diacrónica da educação, considerando os sistemas educativos como pontos de chegada de uma longa e lenta evolução. É este conhecimento – o como e o porquê das diferentes formas institucionais e educativas – que enriquece e alimenta, numa perspectiva crítica e atualmente, o professor e o educador – face à realidade educativa presente. Do mesmo modo a problemática relativa ao desenvolvimento curricular e as políticas educativas só podem ser vistas à luz do pensamento histórico. 
Não é possível qualquer abordagem científica de uma reforma curricular que não comece por lhe devolver a sua historicidade localizando-a no tempo e nos espaços sociais em que se desenvolveu. O mesmo acontece em relação às políticas educativas cuja especificidade política e as razões dos seus êxitos ou fracassos constituem uma fonte importante de reflexão para os reformadores educativo.
DESENVOLVIMENTO
A estruturação da EJA no Brasil possui estreita relação com os condicionantes sócio -históricos da educação brasileira, a qual se envolve diretamente com relações políticas, econômicas, culturais, históricas e sociais. 
 Percebendo essa realidade peculiar da Educação de Jovens e Adultos em nosso país e a importância do papel do professor para a efetivação de um ensino de qualidade, buscamos desenvolver, nesse direcionamento, o presente trabalho de pesquisa que se propõe, a partir de uma observação crítica da realidade discutir a qualidade do ensino a qual está diretamente ligada à preparação do professor, que terá de se qualificar para estar atuando junto aos alunos de Educação de Jovens e Adultos tal capacitação devendo ser reconhecida e valorizada, uma vez que esta modalidade de ensino acolhe jovens e adultos que não tiveram oportunidade de estudar no período certo e a busca do reconhecimento da importância da EJA é acima de tudo compreender que mister se faz erradicar o analfabetismo. 
 Os estabelecimentos educacionais destinados ao preparo específico de formação dos professores para o exercício de suas funções estão ligados à institucionalização da instrução pública no mundo moderno, ou seja, à implementação das ideias liberais de secularização e extensão do ensino a todas as camadas da população. 
 Mas somente com a Revolução Francesa concretiza-se a ideia de uma escola normal a cargo do Estado, destinada a formar professores leigos, ideia essa que encontraria condições favoráveis no século XIX quando, paralelamente à consolidação dos Estados Nacionais e à implantação dos sistemas públicos de ensino, multiplicaram-se as escolas normais. 
 Iniciativas pertinentes à seleção não somente antecedem as de formação, mas permanecem concomitantemente com estas, uma vez que, criadas as escolas normais, estas seriam por muito tempo insuficientes, quer numericamente, quer pela incapacidade de atrair candidatos, para preparar o pessoal docente das escolas primárias. 
 Apesar da separação do curso normal em ciclos de formação geral e profissional, introduzida em algumas reformas, e da considerável ampliação dos estudos pedagógicos, a escola normal chegou ao final da Primeira República com um curso híbrido, que oferecia, ao lado de um exíguo currículo profissional, um ensino de humanidades e ciências quantitativamente mais significativo. 
 Graças à atuação dos profissionais da educação, mediante publicações, conferências, cursos, debates e inquéritos, divulgavam-se ideias da escola renovada e formava-se uma nova consciência educacional, relativa ao papel do Estado na educação, à necessidade de expansão da escola pública, ao direito de todos à educação, tendo em vista seu alcance político e social, à importância da racionalização da administração escolar, à necessidade de implantação de uma política nacional de educação. 
 Iniciava-se um esquema de licenciatura que passou a ser conhecido como “3 + 1”, ou seja, três anos dedicados às disciplinas de conteúdo – no caso da Pedagogia, os próprios “fundamentos da educação” – e um ano do curso de Didática, para a formação do licenciado SILVA, (1999). 
 Num contexto de embates teóricos, gerados nos anos anteriores, sobre formação dos professores, entramos nos anos 90, denominados de “Década da Educação”, que representaram o aprofundamento das políticas neoliberais em resposta aos problemas colocados pela crise do desenvolvimento do capitalismo desde os anos 70, na qual a escola teve papel importante. 
 Educação para Todos, Plano Decenal, Parâmetros Curriculares Nacionais, diretrizes curriculares nacionais para a educação básica, educação superior, educação infantil, educação de jovens e adultos, educação profissional e tecnológica, avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, Exame Nacional de Cursos (Provão), Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, descentralização político-administrativa da educação, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, Lei da Autonomia Universitária, valorização dos profissionais da educação, são medidas que objetivam adequar o Brasil à nova ordem, bases para a reforma educativa que tem na avaliação a chave-mestra que abre caminho para todas as políticas de formação do professor, de financiamento, de descentralização e gestão de recursos. 
 A concepção tecnicista de educação que alcançou grande vigor no pensamento educacional da década de 1970, criticada e rebatida na década de 1980, retorna sob nova roupagem, no quadro das reformas educativas em curso, anunciando que “a globalização econômica confronta o Brasil com os problemas da competitividade para a qual a existência de recursos humanos qualificados é condição indispensável”(MELLO, 1999, p. 
 Criados como instituições de caráter técnico-profissionalizante, de baixo custo, a expansão exponencial desses novos espaços de formação objetiva, com raras exceções, responder às demandas de grande parcela da juventude atual por educação em nível superior, oferecendo-lhes uma qualificação mais ágil, flexível, adequada aos princípios da produtividade e eficiência e com adequação às demandas do mercado competitivo e globalizado. 
 Em uma conjuntura de desvalorização da profissão do magistério, caracterizada pela degradação das condições de funcionamento das escolas, pelas péssimas condições atuais de trabalho, salário e carreira CNTE (2001), as novas instituições criadas têm encontrado dificuldades na manutenção de seus cursos de formação de professores exclusivamente como curso normal superior. 
 A formação em serviço da imensa maioria dos professores passa a ser vista como lucrativo negócio nas mãos do setor privado, uma vez que se abrem novas modalidades de ensino superior, principalmente universidades particulares que se estendem aos interiores do país, e não como política pública de responsabilidade do Estado e dos poderes públicos. 
 A formação continuada é uma das dimensões importantes para a materialização de uma política global para o profissional da educação, articulada à formação inicial e a condições de trabalho, salário e carreira, e deve ser entendida como: continuidade da formação profissional, proporcionando novas reflexões sobre a ação profissional e novos meios para desenvolver e aprimorar o trabalho pedagógico; 
 A visão tutorial e paternalista do trabalho de formação com professores, enfatizada no programa de formação continuada da Secretaria de Ensino Fundamental do MEC – Parâmetros em Ação e a Rede de Formadores –, desenvolvido por supervisores e/ou coordenadores pedagógicos e centralizado na própria escola e nos sistemas de ensino, retoma a ideia já superada na década de 1970, dos “multiplicadores”, professores que passavam por processos de formação e se transformavam em formadores de professores, e assim sucessivamente, em uma “cadeia” de formação. 
 Devemos entender que o momento histórico era outro e a proposta pedagógica também a concepção de formação no próprio local de trabalho, se traz em si elementos inovadores ao tomar o trabalho concreto como categoria de análise, contraditoriamente provoca o reducionismo nas análises mais amplas e críticas desse trabalho em suas relações com a sociedade. 
 Outro exemplo: ela prevê a criação dos “Institutos Superiores de Educação”, mas, de nada adiantará criar uma nova instituição (universidade) com velhas práticas, como: currículos fragmentados e desvinculados da realidade das escolas, ausência de relação entre teoria e prática, formação conteudista e concepção iluminista do conhecimento. 
 Ainda retomando o artigo 64, cabe ressaltar que a exigência da docência como pré-requisito para a ocupação de qualquer cargo técnico-administrativo como a direção, a supervisão, a orientação educacional, a assistência técnico-pedagógica e a coordenação de área curricular pode ser considerada como um avanço na medida em que contribui para impedir o tão conhecido distanciamento entre os especialistas e a realidade das escolas. 
 Na sociedade contemporânea, as rápidas transformações no mundo do trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de informação e comunicação incidem com bastante força na escola, aumentando os desafios para o professor no que se refere a sua formação profissional. 
 Transformar as escolas em suas práticas e culturas tradicionais e burocráticas – as quais, por meio da retenção e da evasão, acentuam a exclusão social – em escolas que eduquem as crianças e os jovens, propiciando-lhes um desenvolvimento cultural, científico e tecnológico que lhes assegure condições para fazerem frente às exigências do mundo contemporâneo, exige esforço do coletivo da escola – professores, funcionários, diretores e pais de alunos –, dos sindicatos, dos governantes e de outros grupos sociais organizados. 
 Identidade que é epistemológica, ou seja, que reconhece a docência como um campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes conjuntos, a saber: conteúdo das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências humanas e naturais, da cultura e das artes; 
 Uma visão progressista de desenvolvimento profissional exclui uma concepção de formação baseada na racionalidade técnica, em que os professores são considerados mero executores de decisões alheias, e assume a perspectiva de considerá-los em sua capacidade de decidir e de rever suas práticas e as teorias que as informam, pelo confronto de suas ações cotidianas com as produções teóricas, pela pesquisa da prática e a produção de novos conhecimentos para a teoria e a prática de ensinar. 
 Não nos parece, pois a essa ampliação quantitativa, em grande parte resultante da reivindicação dos educadores e da população, não correspondeu a melhoria das condições de trabalho, de jornada, de organização e funcionamento, de formação e valorização do professor, fatores essenciais para a qualidade do ensino. 
 Dessa forma, uma escola que inclua, ou seja, que eduque todas as crianças e jovens, com qualidade, superando os efeitos perversos das retenções e evasões, propiciando-lhes um desenvolvimento cultural que lhes assegure condições para fazerem frente às exigências do mundo contemporâneo, precisa de condições para que, com base na análise e na valorização das práticas existentes que já apontam para formas de inclusão, se criem novas práticas: de aula, de gestão, de trabalho dos professores e dos alunos, formas coletivas, currículos interdisciplinares, uma escola rica de material e de experiências, como espaço de formação contínua, e tantas outras. 
 Dada a natureza do trabalho docente, que é ensinar como contribuição ao processo de humanização dos alunos historicamente situados, espera-se dos processos de formação das instituições em nível superior que desenvolvam conhecimentos e habilidades, competências, atitudes e valores que possibilitem aos professores ir construindo seus saberes-fazeres docentes a partir das necessidades e desafios que o ensino como prática social lhes coloca no cotidiano. 
 Espera-se, pois, que mobilizem os conhecimentos da teoria da educação e do ensino, das áreas do conhecimento necessárias à compreensão do ensino como realidade social, e que desenvolvam neles a capacidade de investigar a própria atividade (a experiência) para, a partir dela, constituírem e transformarem os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de suas identidades como professores. 
 Nesse contexto, a formação para a docência deve levar em conta a preparação do educador da forma mais ampla possível, observando o desenvolvimento pessoal que deve estar em sintonia com o desenvolvimento da cidadania – o conhecimento de si próprio enquanto ser capaz de atuar positivamente nas decisões sociais a partir de um conhecimento de mundo; 
 Esse foi um aspecto positivo para os índices educacionais do nosso país – redução do analfabetismo – pois se dava passos significativos para o crescimento da nossa economia e da educação, embora se perceba que os objetivos de implementação de tal projeto estivessem muito mais ligados a interesses econômicos e politiqueiros que propriamente educacionais. 
 Contudo, a metodologia adotada gerou alguns problemas: o fato de os cursos não exigirem freqüência faz com que os índices de evasão sejam elevados, o atendimento individual impede a socialização do aluno com os demais colegas, a busca por uma formação rápida a fim de ingressar no mercado de trabalho, restringe o aluno à busca apenas do diploma sem conscientização da necessidade do aprendizado. 
 Por não existir uma ação sistemática de desenvolvimento contínuo o vácuo deixado pela ausência de políticas públicas nacionais de escolarização de jovens e adultos tendeu a ser ocupado poriniciativas locais, em geral concretizadas por meio de parcerias entre governos municipais e organizações da sociedade civil. 
 De um lado, houve a continuidade, e até mesmo a intensificação da presença de centros de educação popular e organizações não governamentais que, tendo desenvolvido especialização técnica, passaram a prestar serviços de pesquisa, planejamento, assessoria e avaliação dos programas educativos, formação de educadores e produção de materiais didático-pedagógicos, tarefas antes desempenhadas pelo Estado. 
 Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
 Quanto aos sistemas de ensino esses deverão assegurar gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
 São criados novos métodos de aprendizagem, por meio dos quais o alfabetizador trabalha o conteúdo a ser ensinado - a língua escrita - com a preocupação de que seus alunos estejam compreendendo o sentido para o sistema da escrita, a partir de temas e palavras geradoras, ligadas às suas experiências de vida. 
 Educação Popular é o paradigma que fundamenta a prática da EJA tanto na dimensão educativa – alfabetizar e/ou escolarizar, quanto na dimensão da política – como elemento fundamental à construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, preocupado com a qualidade de vida e com as questões ambientais, ou ainda, na dimensão humana – afirmação das identidades culturais das classes populares. 
 Esses princípios levam em conta o fato de se considerar que a EJA atende um universo de pessoas jovens, adultas e idosas bastante diverso, com trajetórias de vida distintas, com ou sem repertório escolar prévio, que chegam da ou retornam à escola movidos por interesses e disponibilidades também diferenciados. 
 Netas condições, para atender a diversidade, a comunidade escolar deve se organizar estabelecendo o diálogo como fundamento metodológico com a multiplicidade de características e experiências, tais como as fases da vida, as condições de trabalho, identidade, cultural, ética, religiosa e de gênero, participação social, e a linguagem e as suas expressões e outras. 
 Em se tratando da construção curricular, deve ter a perspectiva de desenvolver a formação dos jovens e adultos nas diversas dimensões da vida tais como, cognitiva, afetiva, ética, cultural, estética e política, construindo uma dimensão de totalidade do educando, contribuindo para a superação das dicotomias que tem caracterizado a educação que separa corpo e intelecto, por exemplo, cujo o objetivo é promover a interação entre os sujeitos e a construção da autonomia. 
 Hoje, ainda vivemos a travessia de uma escola centralizada, verticalizada, com currículos homogeinizantes, rígidos, lineares, acríticos e ahistóricos, consequentemente excludentes, para a construção de um currículo dialógico, dinâmico, crítico, histórico, que garanta a diversidade dos sujeitos, e multiplicidade de tempos, espaços e ritmos de construção. 
 Esses princípios que devem ser definidos coletivamente na Política Pública da Educação de Jovens e Adultos precisam ser implementados nos Projetos Políticos e Pedagógicos das comunidades escolares, cujo currículo deve estar emergindo da situação real de vida do/a educando/a: pois se considera que a EJA atende um universo de pessoas jovens, adultas e idosas bastante diverso, com trajetórias de vida distintas, com ou sem repertório escolar prévio, que chegam da ou retornam à escola movidos por interesses e disponibilidades também diferenciados. 
 Para atender a diversidade, a comunidade escolar precisa se organizar, estabelecendo o diálogo como fundamento metodológico com a multiplicidade de características e experiências, tais como as fases da vida, as condições de trabalho, identidade, cultural, ética, religiosa e de gênero, participação social, e a linguagem e as suas expressões e outras. 
 Dentro dessa nova ótica de currículo, a EJA deve propiciar uma visão ampla do processo produtivo e do mundo do trabalho com vistas à eliminação de todas as formas de exclusão e discriminação Desenvolver a Educação de Jovens e Adultos segundo um enfoque intercultural, de educação para o exercício da cidadania democrática, da justiça social e de uma cultura de paz. 
oportuno lembrar que, a construção da identidade da Educação de Jovens e Adultos concretiza-se na organização curricular, pois é neste momento que marcamos os tempos e os espaços de ensinar e aprender, em que a diversidade apresentada por este grupo aponta-nos à construção de um currículo flexível, mas com a garantia de qualidade pedagógica que assegure a articulação entre os saberes vividos e os escolares. 
 seleção de conteúdos, conceitos ou conhecimentos significativos, tem o objetivo de abranger e problematizar a macro-estrutura, buscando uma análise explicativa mais ampla que usa de instrumentos conceituais das diferentes áreas do conhecimento para pensar as suas práticas sociais, a sua transformação e a conseqüente intervenção no mundo. 
 Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade específica da Educação Básica que se propõe a atender a um público ao qual foi negado o direito à educação durante a infância e/ou adolescência seja pela oferta irregular de vagas, seja pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas desfavoráveis. 
Educação de Jovens e Adultos refere-se não apenas a uma questão etária, mas, sobretudo de especificidade cultural, ou seja, embora defina-se um recorte cronológico, os jovens e adultos aos quais dirigem-se as ações educativas deste campo educacional não são quaisquer jovens e adultos, mas uma determinada parcela da população. 
 São sujeitos sociais e culturais, marginalizados nas esferas socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. 
 Considerar a heterogeneidade desse público, quais seus interesses, suas identidades, suas preocupações, necessidades, expectativas em relação à escola, suas habilidades, enfim, suas vivências, torna-se de suma importância para a construção de uma proposta pedagógica que considere suas especificidades. 
 Os dados colhidos, pelo professor, permitem visualizar várias possibilidades de trabalho e devem se referenciar nos conhecimentos e na observação feita pelo professor no dia-a-dia com seus alunos, nas expectativas observadas e nas representações de mundo que os alunos trazem de suas vivências. 
 Para que se considere a EJA enquanto uma modalidade educativa inscrita no campo do direito, faz-se necessário superar uma concepção dita compensatória cujas principais fundamentos são a de recuperação de um tempo de escolaridade perdido no passado e a idéia de que o tempo apropriado para o aprendizado é a infância e a adolescência. 
 Tendo em face, a partir dos dados levantados, o alto índice de repetência no segmento de Educação de Jovens e Adultos - EJA, o principal objetivo da escola que trabalha com este segmento de ensino e convive com esta realidade deves ser o do combate à evasão escolar buscando promover o acesso e garantir a permanência dos alunos em seus domínios educativos. 
 Enfrentar os desafios da Educação de Jovens e Adultos nem sempre é uma tarefa fácil e requer um esforço sistematizado do educador que deve procurar alternativas, estando sempre atento a realidade de sua sala de aula, pois somente esse olhar cuidadoso poderá lhe indicar possibilidades para a superação dos mesmos. 
 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria pessoa,como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.” Para esse estudioso português, a formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise. 
 As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva (Nóvoa 1997, p.27) 
 Pensar as questões aqui apresentadas é de fundamental importância para mudanças significativas na mudança da realidade da Educação de Jovens e Adultos, são reflexões que compreendem desde a prática pedagógica do professor e os aspectos de sua formação, como também a própria identificação da clientela da EJA que deve ser pensada de forma intencional para que mudanças positivas e possam de fato acontecer. 
 É oportuno lembrar que todos podem e devem contribuir para o desenvolvimento da EJA: os governantes devem implantar políticas integradas, as escolas devem elaborar um projeto adequado para seus próprios alunos e não seguir modelos prontos, os professores devem estar sempre atualizando seus conhecimentos e métodos de ensino, os alunos devem sentir orgulho da nível de escolaridade em que se encontram e valorizar a oportunidade que estão tendo de estudar e ampliar seus conhecimentos. 
 Desta feita, esperamos que esse pensar não se encerre aqui na conclusão desse trabalho, mas que possa transpor as idéias ora defendidas tornando-se uma realidade prática, pois a mudança verdadeira só pode acontecer quando nos propomos não apenas ao falar, ao discutir, mas quando temos a força de tomarmos decisões, quando temos a coragem de fazer reivindicar os nossos direitos, quando fazemos uso dos princípios da democracia. 
aqui, dentro do princípio da democracia é que se justifica a luta pela transformação da EJA, tanto no que se refere a uma capacitação profissional do professor, como na garantia de acesso, pois só desta feita se fará valer o princípio constitucional brasileiro que prega o direito de igualdade para todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo o trabalho acima desenvolvido, conclui Que o ensino na modalidade EJA é um trabalho que exige muito do profissional, que exige muito esforço e dedicação por parte da equipe pedagógica do município, e também dos educandos que fazem o programa acontecer. E durante a trajetória do professor da EJA são encontradas maneiras de conceber o currículo e compreendê-lo como composto pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, perpassa as relações sociais, procurando articular vivência e saberes dos educandos por meio dos conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir suas identidades.
Portanto, com a concretização desse trabalho, percebemos que a missão do educador é estar preparado teoricamente e ter uma prática pedagógica efetiva, para elaborar melhor às estratégias de intervenção junto às dificuldades apresentadas por seus alunos da EJA. Com esse diagnóstico, refletimos sobre sua responsabilidade em conceber uma prática individual, mas também coletiva, para assim buscar interferir e modificar a realidade desses sujeitos que passam a vida tentando se encaixar na sociedade.
REFERÊNCIAS 
GADOTTI, M; ROMÃO J.E. (or gs). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. 7. Ed. São Paulo : Cortez: Instituto Paulo Freire, 2005. 
GADOTTI, Moacir. Saber aprender: um olhar sobre Paulo Freire e as perspectivas atuais da educação. In: LINHARES, Célia; TRINDADE, Maria. Compartilhando o mundo com Paulo Freire.São Paulo : Cortez: Instituto Paulo Freire, 2003. 
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da educação brasileira.Paulo Ghiraldelli J R. 2. ed. São Paulo : Cortez, 2006. 
FARIA, Wendell Fiori de. Educação de jovens e adultos . São Paulo: Person Education do Brasil, 2009. 
FEITOSA, Sônia Couto Souza. M é todo Paulo Freire : a reinvenção de um legado. 
LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei nº5692 de 11.08.71, capítulo lV, Mec, Brasília, 1974. Disponível em:
< ht tp :// ww w. me c. gv.br> Acesso e m: 0 5.03.2018. 
SOARES, Leôncio José Gomes. O surgimento dos Fóruns de EJA no Brasil: articular, socializar e intervir. In: RAAAB, alfabetização e Cidadania – políticas Públicas e EJA. Revista de EJA, n.17, maio de 2004.

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