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Aula 07
Direito Processual Civil p/ TJ-RJ (Analista
Judiciário - Sem Especialidade) Com
Videoaulas- CEBRASPE
Autor:
Ricardo Torques
Aula 07
13 de Fevereiro de 2020
09953258716 - Ana Paula Cardoso Moreira
 
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Sumário 
Audiência de instrução e julgamento ................................................................................................................. 3 
1 - Abertura .................................................................................................................................................... 4 
2 - Tentativa de conciliação ........................................................................................................................... 4 
3 - Instrução .................................................................................................................................................... 5 
4 - Debates ...................................................................................................................................................... 9 
5 - Decisão .................................................................................................................................................... 10 
6 - Documentação ......................................................................................................................................... 11 
Provas ............................................................................................................................................................... 13 
Teoria Geral das Provas ................................................................................................................................... 13 
1 - Princípio da atipicidade dos meios de prova ........................................................................................... 13 
2 - Poderes Instrutórios do Juiz .................................................................................................................... 14 
3 - Princípio do convencimento motivado e da comunhão da prova ........................................................... 15 
4 - Provas emprestadas ................................................................................................................................. 18 
5 - Distribuição do ônus da prova ................................................................................................................ 21 
6 - Fatos que não dependem de prova .......................................................................................................... 27 
7 - Demais dispositivos gerais de prova ....................................................................................................... 29 
8 - Colaboração com a instrução .................................................................................................................. 30 
Produção Antecipada da Prova ........................................................................................................................ 31 
Provas em espécie ............................................................................................................................................ 36 
1 - Ata Notarial ............................................................................................................................................. 36 
2 - Depoimento pessoal e interrogatório. ..................................................................................................... 37 
3 - Confissão ................................................................................................................................................. 42 
3.1 - Conceito e elementos ....................................................................................................................... 42 
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3.2 - Confissão espontânea ou provocada ................................................................................................ 44 
3.3 - Confissão e litisconsórcio ................................................................................................................ 45 
3.4 - Irrevogabilidade da confissão .......................................................................................................... 45 
3.5 - Indivisibilidade da confissão ............................................................................................................ 45 
4 - Exibição de Documento ou Coisa ........................................................................................................... 46 
4.1 - Documento em poder da parte contrária .......................................................................................... 46 
4.2 - Documento em poder de terceiro ..................................................................................................... 49 
Destaques da Legislação e Jurisprudência Correlata ....................................................................................... 52 
Lista de Questões com Comentários ................................................................................................................ 58 
Lista de Questões sem Comentários .............................................................................................................. 103 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 118 
 
 
 
 
Ricardo Torques
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PROVAS (PARTE 01) 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Na aula de hoje vamos iniciar o assunto provas. Veremos, primeiramente, as regras referentes à audiência 
de instrução e julgamento, após, analisaremos os dispositivos referentes à teoria geral da prova e à produção 
antecipada da prova. Por fim, iniciaremos o estudo das provas em espécie. 
Veremos os arts. 358 a 404 do NCPC. 
Boa aula a todos! 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
Como um tópico precedente à análise das provas, compete estudar os arts. 358 a 368, os quais disciplinam 
o principal ato instrutório do processo: a audiência de instrução e julgamento (AIJ). Segundo a doutrina1: 
Audiência, em termos genéricos, é toda sessão processual (ato complexo) do qual 
participam as partes em razão de convocação feita pelo juiz, para que compareçam à sede, 
com a finalidade de, nela, serem praticados atos processuais. 
Entre as espécies de audiência, vamos nos aprofundar na análise da AIJ, que atende aos princípios: 
 do contraditório; 
 da ampla defesa; 
 da cooperação; e 
 da oralidade. 
Além disso, a AIJ caracteriza-se pela: 
1. publicidade (como regra); 
2. direção pelo juiz; e 
3. unicidade (como regra). 
A fim de tornar o estudo didático, vamos destacar as fases que delimitam a audiência de instrução e de 
julgamento: 
 
1 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. 
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 401. 
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1 - Abertura 
Aberta a audiência pelo magistrado, há o pregão a ser realizado pelo servidor auxiliar. Vejamos, inicialmente, 
o art. 358, que traz a regra procedimental de abertura do ato: 
Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e 
julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras 
pessoasque dela devam participar. 
O pregão consiste no ato pelo qual um auxiliar do juízo, na porta do local em que se dará a sessão, identifica 
verbalmente os dados do processo, assim dando às partes, aos advogados e aos demais interessados a 
oportunidade para dela participar2. 
2 - Tentativa de conciliação 
O primeiro ato a ser praticado na AIJ é a tentativa de conciliação pelo magistrado. Mesmo que tenham havido 
outras tentativas de solução do conflito e as partes não tenham chegado nem perto de um consenso, 
compete ao magistrado empregar técnicas com vistas à conciliação entre as partes. 
 
2 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. 
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 405. 
abertura
tentativa de 
conciliação
instrução debates
decisão documentação
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Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, INDEPENDENTEMENTE 
do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a 
mediação e a arbitragem. 
3 - Instrução 
Não havendo acordo, passa-se à colheita das provas. Para tanto, o magistrado deverá receber o poder de 
polícia do ato processual. Esse poder de polícia justifica-se no dever de o magistrado conduzir o 
procedimento de forma legal e legítima, sem abusos e violações de direitos pelas partes e por terceiros 
envolvidos. 
De acordo com a doutrina3: 
Ao juiz compete dirigir o processo (art. 139, CPC), sendo o art. 360, CPC, simples 
particularização desse dever no âmbito específico da audiência. Compete-lhe velar pela 
mantença da ordem e do decoro na audiência, garantindo o seu transcurso sem que 
qualquer de seus participantes se comporte de maneira inconveniente. Pode, para tanto, 
ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente, 
requisitando para tanto, quando necessário, força policial. 
Entre as possibilidades de ação do magistrado para assegurar poder de polícia, temos: 
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe: 
I - manter a ordem e o decoro na audiência; 
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem 
inconvenientemente; 
III - requisitar, quando necessário, força policial; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e 
da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; 
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência. 
Além de manter a ordem dos trabalhos, podendo determinar a retirada e, inclusive, o uso de força policial, 
o magistrado deve consignar tudo em ata, a fim de permitir eventuais irresignações e para conferir segurança 
jurídica à audiência. 
Segue um esquema para memorizar essas situações: 
 
3 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 459. 
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Uma vez iniciada a AIJ, temos uma série de atos organizados em sequência que estão arrolados no art. 361, 
do NCPC: 
Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos 
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por 
escrito; 
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; 
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. 
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as 
testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem 
licença do juiz. 
Assim: 
AO JUIZ INCUMBE
manter a ordem e o decoro na 
audiência
ordenar a retirada de pessoas 
da sala de audiência
requisitar, quando necessário, 
força policial
tratar com urbanidade 
qualquer pessoa que participe 
do processo;
registrar em ata todos os 
requerimentos apresentados 
em audiência
dentro do seu poder de polícia
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Segundo a doutrina4, essa é a ordem de produção de provas. Contudo, é possível que seja tomado 
depoimento primeiro do réu em relação ao autor e, do mesmo modo, sejam ouvidas primeiramente as 
testemunhas do réu antes das testemunhas da parte autora. Isso poderá ocorrer quando o magistrado 
aplicar as regras de inversão do ônus da prova e também quando a audiência se destinar à prova de que não 
ocorreu determinado fato constitutivo do autor. 
De acordo com o art. 362, do NCPC, a audiência poderá ser adiada em três situações: 
1ª SITUAÇÃO: convenção das partes. 
2ª SITUAÇÃO: não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença. 
3ª SITUAÇÃO: atraso injustificado superior a 30 minutos. 
De todo modo, quem der causa ao adiamento responderá pelas custas decorrentes de nova realização do 
ato processual. 
Art. 362. A audiência poderá ser adiada: 
I - por convenção das partes; 
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva 
necessariamente participar; 
III - por atraso injustificado de seu início em tempo SUPERIOR A 30 (TRINTA) MINUTOS do 
horário marcado. 
 
4 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 460. 
1º - colheita de provas periciais (com parecer dos assistentes técnicos)
2º - depoimento pessoal do autor
3º - depoimento pessoal do réu
4º - oitiva das testemunhas do autor
5º - oitiva das testemunhas do réu
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§ 1o O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o sendo, o 
juiz procederá à instrução. 
§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado 
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao 
Ministério Público. 
§ 3o Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas. 
O art. 363, do NCPC, traz uma regra simples: se a audiência foi antecipada ou adiada, as partes serão 
intimadas na pessoa do respectivo advogado. 
Art. 363. Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou da sociedade de 
advogados para ciência da nova designação. 
Em provas, já tivemos: 
 
(TRT8ªR - 2016) Com base nas normas processuais relativas às provas no processo civil, julgue. 
Viola norma expressa do CPC — que determina que a instrução probatória será feita de acordo com o 
princípio dispositivo — o magistrado que determina de ofício a exibição de documento que estava com o 
réu. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. Como sabemos, o magistrado tem a prerrogativa de conduzir o processo, inclusive, 
podendo determinar a realização de provas. 
Vejamos mais uma questão: 
(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil. 
Com fundamento no princípio da verdade material, o juiz não poderá dispensar a produção de prova 
requeridapela parte cujo advogado não compareceu à audiência. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. Segundo o art. 362, §2º, do NCPC, o juiz poderá dispensar a produção das provas 
requeridas pela parte do advogado ou defensor que não tenha comparecido à audiência. O mesmo ocorre, 
inclusive, em relação às provas requeridas pelo Ministério Público. 
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4 - Debates 
Após a produção de provas, temos a fase de debates, que se destaca pela sustentação oral das partes e dos 
interessados. O art. 364, do NCPC, trata da sustentação oral. Segundo a doutrina5: 
Objetivando outorgar maior prestígio à palavra falada sobre a palavra escrita, haja vista 
adoção da técnica da oralidade na conformação do processo civil brasileiro, nosso 
legislador prevê como regra debates orais para fechamento da audiência de instrução e 
julgamento. 
Veja o dispositivo: 
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como 
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo 
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do 
juiz. 
§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da 
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de 
modo diverso. 
§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral 
poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo 
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos 
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. 
Sobre a sustentação oral... 
 
 
5 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 461/2. 
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O art. 365, do NCPC, destaca que a AIJ, embora seja em regra una, pode ser dividida em partes. 
Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente 
cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes. 
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do 
julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima 
possível, em pauta preferencial. 
Vimos no §2º, do art. 364, do NCPC, que é possível a substituição da sustentação por apenas memoriais 
escritos. No art. 366, por sua vez, trataremos especificamente dos referidos memoriais, que são assegurados 
mesmo quando houver audiência. 
Assim, se envolver questão complexa em que o juiz dispense as sustentações orais, temos que a 
apresentação de memoriais observará, sucessivamente, o prazo de 15 dias a contar da seguinte ordem: 
autor, réu e MP (se houver). Findo esse prazo, inicia-se o prazo do magistrado para, em 30 dias, proferir a 
sentença 
5 - Decisão 
A decisão constitui o momento em que o magistrado irá, após conhecer dos fatos, das provas e das 
argumentações das partes, proferir a sentença, decisão definitiva da fase de conhecimento. 
De acordo com a doutrina6: 
 
6 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 35. 
REGRA: 20 minutos, na seguinte 
ordem: a) autor; b) réu; e c) MP 
(se houver).
PRORROGAÇÃO: 10 minutos (a 
critério do juiz).
QUANDO HOUVER 
LITISCONSORTES OU TERCEIRO 
INTERVENIENTE: 30 minutos para 
ambos que será dividido de 
forma igual (15 para cada), salvo 
convenção em sentido diverso.
QUESTÕES COMPLEXAS: 
memoriais escritos no prazo de 
15 dias (prazos sucessivos).
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Feitas as alegações finais, oralmente, em mesa de audiência, completa-se a instrução e 
deve o juiz, desde logo, proferir a sentença, oralmente. Mas o juiz pode optar por proferir 
a decisão por escrito, posteriormente, em seu gabinete, quando deverá apresentá-la no 
prazo de trinta dias (art. 366, CPC). 
Se proferida a sentença em audiência, as partes saem intimadas, correndo, a partir dessa data, o prazo para 
apresentação de eventuais recursos. 
Quando o magistrado, entretanto, se valer do prazo de 30 dias, após a prolação da sentença, temos a 
intimação das partes. De todo modo, após a conclusão da AIJ, já se inicia o prazo de 30 dias para sentença 
(prazo impróprio, pois não gera preclusão). Confira: 
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em 
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias. 
6 - Documentação 
Todos os atos praticados na AIJ serão documentados em um termo a ser confeccionado pelos servidores 
auxiliares da justiça. 
O art. 367, de pouca relevância para a prova, exige apenas a sua leitura atenta. Trata-se da ata da audiência 
de instrução e julgamento que será registrada em termo: 
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido 
na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida 
no ato. 
§ 1o Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as folhas, 
que serão encadernadas em volume próprio. 
§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o 
escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de 
disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes. 
§ 3o O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica do termo de 
audiência. 
§ 4o Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, em legislação 
específica e nas normas internas dos tribunais. 
§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital 
ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, 
observada a legislação específica. 
§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente por qualquer 
das partes, independentemente de autorização judicial. 
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Para encerrar, lembre-se de que a AIJ é pública, a não ser quando houver restrição de acesso por envolver 
fatos que possam violar a privacidade da parte ou conter questões de interesse público e de segurança 
nacional, que justifiquem a restrição de participação na audiência. 
Art. 368. A audiência será pública, RESSALVADAS as exceções legais. 
A publicidade, com sede constitucional (art. 5º, LX), é princípio central do nosso Direito Processual Civil. Há, 
entretanto, hipótese de limitação da publicidade quando envolver defesa da intimidade ou interesse social. 
Em síntese... 
 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
ABERTURA: declaração de abertura pelo magistrado seguida do pregão pelo servidor. 
Tentativa de Conciliação: realizada independentemente da existência de outras tentativas de solução 
consensual do conflito. 
INSTRUÇÃO: colheita de provas. 
1º - provas periciais; 
2º - depoimento do autor e, após, do réu; e 
3º - testemunhas do autor e, após, do réu. 
DEBATES 
 REGRA: 20 minutos, na seguinte ordem: a) autor; b) réu; e c) MP (se houver). 
 PRORROGAÇÃO: 10 minutos(a critério do juiz). 
 QUANDO HOUVER LITISCONSORTES OU TERCEIRO INTERVENIENTE: 30 minutos para ambos que será 
dividido de forma igual (15 para cada), salvo convenção em sentido diverso. 
 QUESTÕES COMPLEXAS: memoriais escritos no prazo de 15 dias (prazos sucessivos). 
DECISÃO: prazo de 30 dias para proferir a sentença 
 prazo impróprio e não preclusivo. 
DOCUMENTAÇÃO: lavratura de termos 
Demais regras: 
 poder de polícia pelo magistrado (manutenção da ordem e do decoro, determinação para retirada em 
caso de comportamento inconveniente, possibilidade de requisição policial, tratamento com urbanidade 
e registro em ata dos requerimentos). 
 adiamento da audiência: 
1º - convenção das partes; 
2º - não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença; 
3º - atraso injustificado superior a 30 minutos. 
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 PROVAS 
O estudo das provas é dividido em duas grandes partes: teoria geral e provas em espécie. São dois grandes 
blocos de estudos que devem ser bem estudados e compreendidos. 
 
De acordo com a doutrina7, podemos conceituar prova como meio retórico, regulado pela legislação, 
destinado a convencer o Estado da validade de proposições controversas no processo dentro de parâmetros 
fixados pelo direito e de critérios racionais. 
Assim, a prova constitui um instrumento para a formação do convencimento do juiz sobre os fatos que são 
objeto da atuação jurisdicional. 
Esse instrumento de que se valem as partes para comprovar seus argumentos no processo possui sede 
constitucional. De acordo com o art. 5º, LVI, da CF, o direito à prova é fundamental, sendo inadmissíveis 
provas ilícitas. 
O objetivo central da prova é alcançar a verdade. Contudo, em termos concretos, a verdade é inatingível no 
processo, pois baseia-se em juízos de verossimilhança a partir daquilo que é produzido no contexto do 
processo. Assim, a partir das provas produzidas nos autos, o juiz irá definir as normas que irão incidir 
concretamente dessumindo as consequências. 
Desse modo, a prova tem natureza processual e é desenvolvida para reconstituir fatos pretéritos. 
 TEORIA GERAL DAS PROVAS 
1 - Princípio da atipicidade dos meios de prova 
Esse princípio constitui a base do sistema de provas do Direito Processual Civil. Entende-se que o legislador 
não abarca todos os meios de prova por absoluta impossibilidade. A sociedade e as relações decorrentes 
dela são complexas, de forma que o NCPC estabelece que as possibilidades de provas são abertas desde que: 
 
7 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 464. 
PROVAS
teoria geral arts. 369 a 383
provas em espécie arts. 384 a 484
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 sejam legais; e 
 moralmente legítimas. 
Veja: 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, AINDA QUE não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
É importante relembrar que a Constituição, no art. 5º, LVI, estabelece que “são inadmissíveis, no processo, 
as provas obtidas por meios ilícitos”. 
Assim: 
 
 
Para arrematar, veja a distinção doutrinária8 entre provas ilícitas e ilegítimas: 
A proibição abrange tanto as provas produzidas com ofensa a normas do próprio direito 
material (provas ilícitas em sentido estrito, na ação adotada na doutrina), quando àquelas 
que violam as próprias normas processuais sobre a produção probatória (provas ilegítimas, 
conforme a mesma classificação doutrinária). 
2 - Poderes Instrutórios do Juiz 
O art. 370, do NCPC, fixa a responsabilidade do magistrado para determinar as provas que serão necessárias 
ao julgamento do mérito, podendo indeferir provas que entender inúteis ou que sejam apenas protelatórias. 
 
8 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. 
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 250. 
São admitidas todas as provas, desde que 
legais e legítimas.
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Esse poder é conferido ao magistrado para conduzir o processo à luz daquilo que as partes indicarem e, 
também, de acordo com o que o magistrado entender pertinente. Isso porque a finalidade principal do 
processo é chegar à decisão de mérito. 
Veja: 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
As diligências inúteis são aquelas que nada podem acrescentar à parte que pretende produzi-las. As 
diligências meramente protelatórias são aquelas que têm por finalidade atrasar o desenvolvimento do 
processo. 
Assim... 
 
 
3 - Princípio do convencimento motivado e da comunhão da 
prova 
São dois princípios que podemos extrair do art. 371, do NCPC. 
(i) O primeiro deles é o princípio do convencimento motivado, que destaca o sistema da persuasão racional 
do juiz, ao conferir ao magistrado liberdade para apreciar a prova. 
No CPC/15 não temos mais a referência ao “LIVRE convencimento motivado”, tal como tínhamos no CPC73. 
De todo modo, isso não significa dizer que o magistrado perdeu qualquer liberdade para apreciação da prova. 
• O juiz irá fixar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
• A parte poderá requerer a prova, contudo, o magistrado poderá indeferir as provas que
entender inúteis ou protelatórias.
• O juiz também poderá, de ofício, determinar a relação de provas, ainda que não
requeridas pelas partes.
PODERES INTRODUTÓRIOS DO JUIZ
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Nesse sentido, leciona a doutrina9 que o juiz: 
apreciará livremente, sem qualquer elemento que vincule o seu convencimento “a priori”. 
Ao valor livremente a prova, tem, no entanto, de indicar na sua decisão os motivos que lhe 
formaram o convencimento. No direito brasileiro vige, pois, o sistema da livre valoração 
motivada (também conhecido como sistema da persuasão racional da prova). 
(ii) O segundo é o princípio da comunhão das provas, segundo o qual entende-se que as provas produzidas 
no processo são compartilhadas entre as partes envolvidas, embora seja dirigida principalmente ao 
magistrado para que ele possa formar a convicção e proferir a sentença de forma fundamentada. 
Confira o dispositivo que serve de base para os princípios acima explicitados: 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que 
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
Vamos aprofundar um pouco?! 
 
Temos identificados alguns estágios evolutivos no sistema de provas: 
1º - SISTEMA DAS ORDÁLIAS E JUÍZOS DIVINOS 
Em Roma e na Idade Média, respectivamente, tínhamos práticas divinas para fins de determinação da prova. 
Por exemplo, colocar o réu diante de serpentes. Se mordido, considerava-se culpado; caso contrário, seria 
inocente. 
2º - SISTEMA DAS PROVAS TARIFADAS 
Nesse sistema adotava-se um sistemalegal hierarquizado para determinação das provas, desenvolvido no 
Direito Processual alemão. 
Em contraposição à liberdade do magistrado para adotar a prova que entende adequada para formar o seu 
convencimento, temos a referência ao sistema tarifado de provas. De acordo com esse sistema, diante de 
duas ou mais provas sobre o mesmo fato, o magistrado deveria observar a ordem estabelecida pela 
legislação. Não há, portanto, liberdade do magistrado em escolher uma ou outra provas. 
 
9 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 467. 
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O sistema tarifado não é aplicado em nosso ordenamento jurídico, contudo, temos, ainda, alguns resquícios 
do tarifamento de provas, tal como podemos depreender do art. 448, do NCPC, que estabelece hipóteses 
em que o NCPC veda a utilização de determinadas provas, ainda que, naturalmente, sejam provas legais e 
legítimas. 
3º - SISTEMA DA LIVRE CONVICÇÃO 
O juiz é soberanamente livre para decidir à luz das provas produzidas, sem necessidade de especificar os 
fundamentos que levaram àquela decisão. Esse sistema é prejudicial, pois viola princípios democráticos e 
constitucionais. 
A livre convicção gera subjetivismo e a falta de publicidade dos atos judiciais não indica esse sistema de 
provas com sistemas democráticos. 
4º - SISTEMA DA PERSUASÃO RACIONAL 
Esse é o sistema adotado atualmente, conforme explicado acima. 
 
Fora essa evolução histórica, cumpre destacar a distinção de modelos de apreciação de provas 
proposto por Marinoni, Arenhart e Mitidiero. A finalidade desses modelos é evitar o arbítrio das 
decisões judiciais na apreciação das provas, em prestígio ao contraditório e ao princípio da 
motivação das decisões judiciais. 
Para esses autores, o Direito Processual Civil brasileiro contempla dois modelos de provas: 
 MODELO DE PREPONDERÂNCIA DE PROVA: aplicado em ações que envolvem direitos 
patrimoniais. Impõe esse modelo que a prova seja pautada em juízos de verossimilhança. 
 MODELO DE PROVA CLARA E CONVINCENTE: aplicado em ações que envolvem direitos não 
patrimoniais com reflexos penais (fraudes), referente ao estado das pessoas (interdição), 
aos direitos de personalidade e a respeito de seus direitos políticos (improbidade 
• A prova era extraída de fatos corriqueiros e místicos do dia a dia.
SISTEMA DAS ORDÁLIAS E JUÍZOS DIVINOS
• A legislação define qual a prova deveria prevalecer na decisão do caso.
SISTEMA DAS PROVAS TARIFADAS
• O magistrado é soberano na adoção da prova, independentemente de fundamentação.
SISTEMA DA LIVRE CONVICÇÃO
• Embora livre para escolher a prova, o magistrado deve explicitar as razões do seu 
convencimento.
SISTEMA DA PERSUAÇÃO RACIONAL
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administrativa). Nesses casos, tem o juiz o dever de empregar o modelo de prova clara e 
convincente, cuja constatação é mais rigorosa. 
Desse modo, ambos os modelos devem ser empregados de acordo com a natureza do processo. 
4 - Provas emprestadas 
A prova é confeccionada para ser utilizada dentro do processo em que os fatos foram retratados. Contudo, 
admite-se, desde que preenchidas certas condições, que a prova seja utilizada em outros processos. 
Transporta-se a prova do primeiro para o segundo processo a fim de que sejam utilizadas como provas 
documentais. 
De acordo com a doutrina10, a utilização da prova emprestada depende da: 
a) produção regular no processo de origem; 
b) observância do contraditório no processo de origem; 
c) observância do contraditório no processo de destino. 
Hoje, essa temática é expressa no NCPC. 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
Algumas informações relevantes: 
 A admissão da prova emprestada é faculdade do juiz; 
 O magistrado é livre para apreciar a prova emprestada, atribuindo fundamentadamente 
o valor que entender razoável; 
 Deve ser observado o contraditório antes da decisão que admite a prova emprestada. 
Aqui, novamente, é importante aprofundar um pouco. 
Sempre houve dúvidas se, para admissão da prova emprestada, é necessário haver alguma 
correlação (ou identidade) entre as partes do processo atual e daquele que se pretende 
emprestar a prova. 
 
10 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e 
ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 250. 
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No CPC73, não tínhamos disciplina especificando o uso da prova emprestada, de forma que aplicávamos o 
entendimento dos tribunais, notadamente do STJ. 
O STJ se manifestou no sentido de que a prova emprestada poderá ser utilizada independentemente da 
identidade de partes. Confira o aresto11: 
CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DISCRIMINATÓRIA. 
TERRAS DEVOLUTAS. COMPETÊNCIA INTERNA. 1ª SEÇÃO. NATUREZA DEVOLUTA DAS 
TERRAS. CRITÉRIO DE EXCLUSÃO. ÔNUS DA PROVA. PROVA EMPRESTADA. IDENTIDADE DE 
PARTES. AUSÊNCIA. CONTRADITÓRIO. REQUISITO ESSENCIAL. ADMISSIBILIDADE DA 
PROVA. (...) 
9. Em vista das reconhecidas vantagens da prova emprestada no processo civil, é 
recomendável que essa seja utilizada sempre que possível, desde que se mantenha hígida 
a garantia do contraditório. 
No entanto, a prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes 
idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade, sem justificativa 
razoável para tanto. 
10. Independentemente de haver identidade de partes, o contraditório é o requisito 
primordial para o aproveitamento da prova emprestada, de maneira que, assegurado às 
partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra a prova e de 
refutá-la adequadamente, afigura-se válido o empréstimo. 
Não obstante esse entendimento, há Tribunais de Justiça que compreendem ser necessário haver identidade 
de partes para que possa ser emprestada a prova. 
A doutrina, entretanto, faz uma diferenciação: 
a) quando houver identidade de partes, a prova poderá ser regulamente utilizada, desde que, no processo 
de origem, tenha sido respeitado o contraditório na origem e, além disso, seja concedido o contraditório no 
novo processo. 
b) quando não houver identidade de partes, a prova também pode ser utilizada, contudo, é necessário que 
haja exercício do contraditório contra quem será utilizada a prova no processo de destinado. Além disso, o 
contraditório deve ter sido respeitado na origem. 
Esse é, por exemplo, o entendimento de Luiz Guilherme Marinoni, de Sérgio Cruz Arenhart e de Daniel 
Mitidiero12. Para os autores, se for possível exercer o contraditório (na origem e no destino), teremos 
observado o art. 372, do NCPC. Assim, em uma prova testemunhal não há se falar em empréstimo do 
depoimento em pleno conteúdo pleno, pois o advogado do processo atual não teve condições de se opor ou 
 
11 EREsp 617.428/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Corte Especial, DJe 17/06/2014. 
12 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 368. 
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de efetuar perguntas à testemunha. É uma hipótese que a produção da prova depende da percepção em 
relação aos fatos, que não poderá ser plenamente exercida no processo de destinado. De todo modo, os 
autores sugerem que o juiz faça uma ponderação entre interesses, a fim de atribuir o valor que entender 
admissível. 
Contudo, em relação a documentos acostados nos autos, admite-se a juntada no processo de destino, uma 
vez que o advogado da parte contra quem se pretende utilizar a prova poderá se manifestar quanto aos 
documentos acostados, exercendo o contraditório. 
Fredie Didier13, por sua vez, entende que, para adoção da prova emprestada quando não houver identidade 
total de partes, faz-se necessário que a parte contra quem se pretende utilizar a prova, tenha participado do 
contraditório no processo originário. 
Por exemplo: uma perícia realizada contra uma grande empresa poderá ser utilizada para vários processos 
na qual ela é ré e essa prova pericial possa esclarecer o objeto do litígio no processo de destino. Nesse caso, 
se a empresa participou do contraditório na primeira vez, quando a prova fora produzida, poderá ser 
emprestada para outros processos que envolvam a mesma ré e matéria. 
Acreditamos que o posicionamento de Fredie Didier é o que deve prevalecer no âmbito dos tribunais 
superiores à luz do NCPC e também deverá ser utilizado em provas de concurso público. 
Devido à disparidade de posicionamentos, você deve ter em mente para a prova: 
 
 
13 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 2, 11ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, 134. 
• STJ: desnecessária a identidade de partes, desde que seja concedida oportunidade de
contraditório às partes quando da juntada da prova emprestada
• DOUTRINA:
• a) quando houver identidade de partes (mesmo autor e réu), se respeitado o
contraditório na origem e novamente no destino, a prova emprestada poderá ser utilizada
regularmente.
• b) quando não houver identidade de partes, é necessário que tenha participado do
contraditório a parte contra quem se pretende utilizar a prova (Didier) ou, ao menos, a
parte contra quem se utilizar a prova tenha condições de exercer o contraditório no
processo de destino (Marinoni).
• CONTRADITÓRIO: deve ser exercido na origem e no destino.
• VALORAÇÃO: à luz de outros interesses e princípios envolvidos, o juiz deverá atribuir o
valor que entender devido à prova emprestada.
UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA
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5 - Distribuição do ônus da prova 
Ônus14 é a atribuição de determinada incumbência a um sujeito no interesse desse próprio sujeito. 
O ônus da prova consiste em atribuir a alguém o dever de comprovar. Esse ônus assume dupla finalidade: 
1ª finalidade: constituir guia às partes para estimulá-las a produzir prova (regra de 
instrução); 
Segundo a doutrina15, como regra de instrução, o ônus da prova visa estimular as partes a 
bem desempenharem os seus encargos probatórias e adverti-las dos riscos inerentes à 
ausência de prova de suas alegações. 
2ª finalidade: constituir guia do juiz para que, diante de alguma dúvida, possa decidir sem 
ser arbitrário (regra de julgamento). 
Em relação à segunda finalidade, leciona-se16 que o ônus da prova destina-se a iluminar o 
juiz que chega ao final do procedimento sem se convencer sobre as alegações de fato da 
causa. Nessa acepção, o art. 373, do CPC, é indicativo para o juiz librar-se do estado de 
dúvida e decidir o mérito da causa. 
A par das duas finalidades acima expostas, temos duas regras de distribuição do ônus da prova. Uma primeira 
regra estática, a ser observada quando do julgamento do processo, e outra dinâmica, que permite ao 
magistrado moldá-la para fins da instrução. 
Segundo a doutrina17: 
Na distribuição do ônus da prova, o legislador tome em conta aquilo que ordinariamente 
ocorre para supor que cada um das partes é maior interessada e é quem está em melhores 
condições para fazer a prova do fato que embasa sua posição jurídico-material ou que 
derruba a posição jurídico-material do adversário. 
O art. 373, do NCPC, é muito importante, pois prevê a distribuição estática, mas confere possibilidade de 
redistribuição desse ônus por decisão do juiz. 
 
14 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, reform. e ampl. de acordo 
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 234. 
15 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 470. 
16 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 470. 
17 WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, reform. e ampl. de acordo 
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 234. 
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Por ônus, devemos compreender o dever ou o encargo de produzir as provas no bojo do processo. A regra 
tradicional, que advém do CPC73, estabelece duas regras estáticas, ou seja, dois padrões fixos do ônus da 
prova: 
1º - o autor deve provar os fatos constitutivos do direito que alega em Juízo. 
2º - o réu deve provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
Por exemplo, se o autor pede a condenação do réu pelos prejuízos causados pelo inadimplemento, deverá 
provar os fatos que alega para a constituição em juízo do seu direito. Poderá indicar testemunhas, apresentar 
o contrato referindo que não recebeu no momento e na forma combinados. O réu, por sua vez, poderá 
apresentar, por exemplo, um fato extintivo do direito do autor tal como o pagamento. 
Essas regras são estáticas! 
Veja os incisos do art. 373, do NCPC: 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
O dispositivo acima traz uma regra de julgamento, que se destina a prestar auxílio para o magistrado decidir 
o caso concreto. Não se trata de uma regra de instrução, pois as regras de distribuição do ônus somente são 
utilizadas no caso de não haver provas suficientes para a decisão. 
Essa conclusão é importante, pois a inversão do ônus da prova, por seu turno, se caracteriza como regra de 
instrução. 
Primeiramente... 
 
A inversão da regra estática de ônus da prova é considerada regra de instrução, por um motivo muito 
simples, a parte que, pelas regras dos incisos do art. 373, não estava obrigada a provar determinado fato, 
pode, por ocasião da inversão, tornar-se incumbida. Assim, ela somente poderá se desincumbir desse ônus 
– apresentando provas – na fase instrutória. 
ÔNUS DA PROVA
regra de
julgamento
distribuição estática
instrução
inversão do ônus da prova
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Em termos práticos, podemos pensar da seguinte forma: O autor deve fazer prova dos fatos 
constitutivos do seu direito. Contudo, na circunstância dos autos, o magistrado entende que é 
caso de inversão, afirmandoque cabe ao réu trazer os documentos alegados pela parte autora 
como suficientes para provar o seu direito (por exemplo, apresentação de via do contrato). Essa 
regra não deve ser aplicada no julgamento, mas na fase de instrução, a fim de que a parte ré 
possa apresentar o documento, se houver, ou trazer outros elementos que comprovem que não 
existe contrato estabelecido entre as partes. 
Nesse contexto, o art. 357, III, do NCPC, estabelece que o juiz deverá fixar as regras de distribuição do ônus 
no despacho que irá sanear o processo a fim de que as partes cheguem à instrução plenamente cientes do 
que devem fazer para defesa dos seus interesses. 
O que é e como funciona a inversão do ônus da prova? 
A regra estática, que consta dos incisos do art. 373, pode ser alterada conforme o §1º abaixo citado: 
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou 
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, PODERÁ o juiz atribuir o ônus 
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que 
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
O dispositivo acima consagra a distribuição dinâmica do ônus da prova, que permite ao juiz, em decisão 
fundamentada, alterar a regra básica, atribuindo a responsabilidade (o ônus) de provar: 
 àquele que a lei específica prevê que deve provar os fatos; 
 a outra parte, quando verificado, no caso concreto, a impossibilidade de quem deveria 
fazê-lo; 
 a outra parte, quando verificado, no caso concreto, que a produção da prova por quem 
deveria fazê-lo for extremamente difícil; e 
 àquele que tiver mais facilidade em obter a prova dos fatos discutidos. 
Essas quatro hipóteses autorizam a distribuição de forma diversa das regras estáticas. 
O NCPC, na realidade, encampou atendimento do STJ18 sobre o assunto: 
PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. INVERSÃO DO ÔNUS DA 
PROVA. REGRA DE INSTRUÇÃO. EXAME ANTERIOR À PROLAÇÃO DA 
SENTENÇA.PRECEDENTES DO STJ. 
 
18 AgRg no REsp 1450473/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 30/09/2014. 
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1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a inversão do ônus da prova prevista 
no art. 6º, VIII, do CDC, é regra de instrução e não regra de julgamento, sendo que a decisão 
que a determinar deve - preferencialmente - ocorrer durante o saneamento do processo 
ou - quando proferida em momento posterior - garantir a parte a quem incumbia esse ônus 
a oportunidade de apresentar suas provas. Precedentes: REsp 1395254/SC, Rel. Ministra 
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 29/11/2013; EREsp 
422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA 
ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 21/06/2012. 
2. Agravo regimental não provido. 
Ainda no que diz respeito à dinâmica de distribuição de prova que vimos acima, o §2º estabelece duas 
situações em que não é possível a dinâmica de distribuição do ônus da prova: impossibilidade ou excessiva 
dificuldade da parte se desincumbir da prova. Trata-se da vedação à “prova diabólica”. 
A ideia do legislador é a de que a distribuição do ônus da prova não pode gerar para a outra parte 
impossibilidade ou extrema dificuldade de provar. 
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo NÃO PODE gerar situação em que a 
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
Para encerrar o estudo do art. 373, o §3º estabelece a possibilidade de as partes acordarem quanto à 
distribuição do ônus da prova. 
Antes mesmo de ler o dispositivo abaixo, é importante um esclarecimento: o ônus da 
prova pode ser determinado pelo magistrado, pela lei ou decorrer do acordo entre as 
partes. 
Assim: 
 
 
Inversão
ope legis pela lei
ope judicis pelo magistrado
convencional
por convenção das 
partes
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Feito o esclarecimento, leia o §3º que prevê a possibilidade de as partes inverterem o ônus da prova. Preste 
atenção às ressalvas! 
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das 
partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. 
Não podem, portanto, ser objeto de convenção entre as partes, a prova de fatos que envolvem direitos 
indisponíveis e, também, quando essa inversão combinada entre as partes tornar excessivamente difícil a 
prova pela outra parte. 
Por fim, atente-se que essa convenção das partes poderá ser celebrada antes ou durante o curso do 
processo. 
Confira como o assunto foi cobrado em provas... 
 
(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue. 
De acordo com a moderna teoria da distribuição dinâmica da prova, cada parte deverá produzir a prova apta 
a demonstrar suas alegações, independentemente de quem tenha melhores condições de o fazer. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. A teoria que afirma que as partes devem comprovar as suas alegações, 
independentemente de qual delas apresente melhores condições de fazê-lo, é a teoria da distribuição 
estática do ônus da prova. A teoria dinâmica defende justamente o contrário. 
A seguir, mais uma questão: 
(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue. 
É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer qualquer convenção que distribua de 
maneira diversa o ônus da prova. Trata-se de regra legal indisponível para as partes. 
Comentários 
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A assertiva está incorreta. O §3º, do art. 373, estabelece que somente proíbe a distribuição diversa do ônus 
da prova quando a convenção recair sobre direito indisponível da parte e quando tornar 
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
Vejamos mais uma questão sobre o assunto: 
(TJ-DFT - 2015) Julgue a assertiva abaixo acerca do direito probatório no processo civil. 
Observadas algumas restrições, admite-se que as partes distribuam o ônus da prova por convenção, hipótese 
essa considerada como típico negócio jurídico processual para parte da doutrina que defende a existência 
dessa categoria jurídica. 
Comentários 
A assertiva está correta. Vejamos o art. 373, §3º, do NCPC. 
Agora estamos quase entendendo a matéria! Vamos a mais uma questão: 
(TRT8ªR-PA - 2016) Com base nas normas processuais relativas às provas no processo civil, julgue. 
Situação hipotética: José propôs ação anulatória de infração de trânsito, alegando que ele e seu veículo não 
estavam no local da autuação na hora indicada na multa. 
Assertiva: Nessa situação, o réu terá o ônus de comprovar o fato contrário ao alegado por José, haja vista 
que não se pode exigir do autor a prova de fato negativo. 
Comentários 
De acordo com as regras estáticas de distribuição do ônus da prova, o autor deve comprovar o fato 
constitutivo do seu direito. Nesse caso, como alegou não estar no local dos fatos, deverá provar a alegação 
que constitui a hipótese de provimento da pretensão pretendida. Não se trata de prova negativa. 
Sob a alegação, não se pode exigir que o réu, no caso, o órgão de trânsito, faça a prova de que estava nolocal, ainda mais considerando que tais autos de infração possuem presunção relativa de veracidade em face 
da fé pública. 
Incorreta a assertiva. 
Para finalizar: 
(TJ-PI - 2015) Em relação ao ônus da prova, julgue: 
Não é possível juridicamente convencionar-se o ônus probatório de modo diverso ao distribuído pela Lei 
Processual Civil. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. Embora pouco provável na prática, com fundamento no art. 190, do NCPC, as 
partes podem convencionar sobre a prática dos atos processuais, inclusive quanto à distribuição do ônus 
probatório. 
Para encerrar... 
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6 - Fatos que não dependem de prova 
Não é todo fato que depende de prova. A regra é que apenas fatos relevantes, controversos e determinados 
sejam submetidos ao crivo probatório. 
FATO RELEVANTE 
É aquele que serve para influenciar o convencimento do juiz sobre a aplicação da 
norma ao caso concreto. 
FATO 
CONTROVERTIDO 
É aquele que é afirmado por uma das partes e negado por outra. 
FATO DETERMINADO 
É aquele que é delimitado, que é preciso, cujos sujeitos processuais sabem 
exatamente o que se pretende provar. 
O art. 374, do NCPC, traz alguns fatos que não dependem de prova: 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
Ô
N
U
S 
D
A
 P
R
O
V
A
regra estática de 
distribuição [regra de 
julgamento]
o autor deve provar o fato constitutivo
o réu deve provar o fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito
regra dinâmica de 
distribuição [regra de 
instrução]
pelo magistrado (ope 
judicis) quando:
impossibilidade de quem 
deveria provar
dificuldade de acesso à 
prova por quem deveria 
provar
facilidade de acesso pela 
outra parte
por convenção das partes 
(convencional), exceto se 
extremamente difícil ou 
impossível o acesso à prova 
pela outra parte; ou tratar-
se de direito indisponível
lei específica prevê regra do 
ônus (inversão ope legis)
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Vejamos cada um dos incisos: 
 Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como verdadeiros no 
processo. São fatos de conhecimento geral. 
Por exemplo, na contagem de determinado prazo que se discute a preclusão ou não, considera-se domingo 
como dia que implica prorrogação do prazo. É notório que domingo não será considerado na contagem do 
prazo. 
 Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária. 
Nesse caso, dispensa-se a produção de provas, pois uma parte alegou e a outra confessou que se trata de 
fato verdadeiro não havendo necessidade de se provar. 
 Fatos admitidos no processo como incontroversos. 
São fatos não impugnados pela outra parte. Nesse caso, não dependem de prova, não porque a parte 
contrária confessou, mas que, por serem fatos que trazem veracidade, não foram rebatidos pela parte 
contrária ao longo da instrução. 
 Fatos em cujo favor milita presunção legal de veracidade. 
De acordo com a doutrina19, o legislador, quando tem ciência de que um fato é muito difícil ou até mesmo 
impossível de ser provado em juízo, presume a sua ocorrência ou veracidade na lei, dispensando a parte, 
portanto, da produção de prova a seu respeito. 
Essas presunções são, em regra, relativas, ou seja, admitem prova em contrário. Contudo, nada impede que 
tenhamos presunções absolutas sobre as quais a prova é inócua. 
 
 
19 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 475. 
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7 - Demais dispositivos gerais de prova 
O art. 375, do NCPC, trata de um campo subjetivo para avaliação dos fatos trazidos como instrumento de 
prova. Veja: 
Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação 
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, 
quanto a estas, o exame pericial. 
Essas regras, segundo entendimento doutrinário20: 
constituem juízos hipotéticos de conteúdo geral oriundos da experiência, independentes 
dos fatos discutidos em juízo e dos casos de cuja observação foram induzidas, e que, 
sobrepondo-se a esses, pretendem ajudar na compreensão de outros casos. 
O art. 376, do NCPC, prevê: 
 
Dos conceitos acima, o que pode gerar um pouco de dúvidas é o último. O direito 
consuetudinário é aquele que decorre dos costumes, entendido como prática 
reiterada de determinada sociedade ou grupo de pessoas. Esse direito é escasso 
atualmente, em razão de que os Estados são, em regra, pautados como Estados de 
 
20 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 475. 
• Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como
verdadeiros no processo.
• Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária.
• Fatos admitidos no processo como incontroversos.
• Fatos em cujo favor milita presunção legal de veracidade.
NÃO DEPENDEM DE PROVA
COMPETE À PARTE 
PROVAR TEOR E 
VIGÊNCIA DE
direito municipal
direito estadual
direito estrangeiro
direito consuetudinário
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Direito. De todo modo, encontramos aplicação do direito consuetudinário no direito internacional. 
Veja o dispositivo: 
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. 
O art. 377, por sua vez, trata dos efeitos sobre o processo quando houver emissão de carta precatória, 
rogatória e auxílio direto. Esses mecanismos de cooperação internacional suspendem o processo até retorno 
do ato processual requerido, quando o requerimento ocorrer antes do saneamento do processo e a prova 
for imprescindível. 
Isso ocorre porque o resultado dessa prova poderá determinar até mesmo a forma do curso da instrução. 
Assim, antes de o magistrado fixar os pontos controvertidos sobre os quais o juízo produzirá provas, deve-
se aguardar a coleta da prova no ato de cooperação (nacional ou internacional). 
Uma observação é relevante: no caso da carta precatória ou da carta rogatória é possível que não exista esse 
efeito suspensivo. Vale dizer, o processo seguirá não havendo suspensão. A não suspensão ocorrerá em duas 
situações: 
 o juiz expedir a carta (precatória ou rogatória), sem efeito suspensivo; ou 
 não houver devolução do ato de cooperação no prazo assinado. 
Nesses dois casos, o processo seguirá seu curso, independentemente da devolução da carta precatória. Essas 
cartas poderão ser juntadas nos autos a qualquer momento. 
Leia: 
Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio direto SUSPENDERÃO o 
julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, alínea “b”, quando, tendo sido 
requeridos antes da decisão de saneamento, a prova neles solicitada for imprescindível. 
Parágrafo único.A carta precatória e a carta rogatória NÃO devolvidas no prazo ou 
concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento. 
8 - Colaboração com a instrução 
Para encerrar o conteúdo teórico dessa parte inicial, vamos analisar os arts. 378 a 380. 
O art. 378, do NCPC, estabelece o dever da parte de colaborar com o Poder Judiciário em respeito ao princípio 
da colaboração, previsto no art. 6º, do NCPC: 
Art. 378. NINGUÉM se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o 
descobrimento da verdade. 
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Esse dever de colaborar se estende a todos que participam do processo, sob pena de ser considerado 
litigante de má-fé (art. 80, do NCPC). 
Em face dessa regra geral do dispositivo acima, os artigos 379 e 380 estabelecem deveres da parte e do 
terceiro. 
A parte não pode ser obrigada a produzir prova contra si mesmo, mas deve observar alguns deveres, como: 
comparecer em juízo, colaborar com a inspeção judicial ou atender ao que for determinado pelo magistrado. 
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte: 
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado; 
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária; 
III - praticar o ato que lhe for determinado. 
O terceiro que, eventualmente, atuar no processo, deverá informar o juízo sobre fatos que saiba e exibir 
coisas ou documentos que tenha em seu poder. 
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa: 
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento; 
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder. 
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da 
imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias. 
Desse dispositivo, devemos destacar o parágrafo único, que prevê que, se o terceiro não colaborar quando 
solicitado pelo juízo, poderá ser multado, conduzido coercitivamente, entre outras medidas. 
 PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA 
No CPC73, a produção de prova antecipada era prevista como uma espécie de cautelar específica. No NCPC, 
constitui uma ação probatória autônoma disciplinada em três artigos no Código. 
A ação autônoma para produção antecipada de prova tem por finalidade assegurar o direito à prova, que 
seria futura e eventualmente realizada. Trata-se, em verdade, de instrumento processual que tem por 
finalidade construir a memória dos fatos a fim de que possa ser utilizada como instrumento de prova em 
processo eventual e futuro. 
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Sobre esse assunto discorre a doutrina21: 
A ação de produção antecipada de prova é a demanda pela qual se afirma o direito à 
produção de uma determinada prova e se pede que essa prova seja produzida antes da 
fase instrutória do processo para o qual ela serviria. É, pois, ação que busca o 
reconhecimento do direito autônomo à prova, direito este que se realiza com a coleta da 
prova em típico procedimento de jurisdição voluntária. 
O art. 381, do NCPC, estabelece as hipóteses em que será admitida a ação para produção antecipada de 
prova: 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos CASOS em que: 
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação 
de certos fatos na pendência da ação; 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
São três as hipóteses trazidas. Vejamos cada uma delas: 
 A primeira prevê que será admitida a ação de produção de provas quando a parte não puder aguardar o 
momento regular de realização de provas no processo. Assim, se aguardar até a instrução, a prova pode se 
tornar impossível ou muito difícil de ser verificada. 
O exemplo tradicionalmente citado nesses casos é o da oitiva de pessoa que esteja acometida de doença 
grave. Nesses casos, com o receio do falecimento e tratando-se de testemunha central para o deslinde da 
ação, admite-se a produção antecipada de provas. 
 A segunda hipótese tem caráter prático destacado: se a produção antecipada da prova permitir, 
eventualmente, que as partes cheguem à solução do litígio, ela será determinada. 
Por exemplo, se as partes estiverem de acordo que o pagamento dos danos de determinado acidente, 
depende apenas da realização de perícia para aferir quem realmente foi o culpado, admite-se a realização 
de tal prova em ação específica antecipada. 
 Na terceira hipótese temos a possibilidade de produção antecipada de prova para definir se a parte irá, 
ou não, demandar contra o réu. 
Por exemplo, a parte requerer antecipadamente a realização de uma prova a fim de delimitar a área do 
terreno que possui de modo que possa pleitear abatimento do valor de imóvel que comprou acreditando ser 
 
21 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 2, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 141. 
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maior. A depender do resultado dessa ação, é possível que a parte interessada defina se houve, ou não, 
violação ao pactuado no contrato de compra e venda. 
Temos, ainda, uma quarta hipótese de utilização de ação autônoma de prova antecipada prevista no §5º, do 
art. 381: 
§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum 
fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, 
em petição circunstanciada, a sua intenção. 
 Admite-se a utilização da prova antecipada para justificar a existência de eventual fato ou documento, 
quando não envolver situação conflituosa com terceiros. Nesse caso, requer apenas que, na petição, a parte 
decline a intenção. 
Dois questionamentos são relevantes nesse ponto: juízo competente e prevenção do juízo na produção 
antecipada de provas. 
De acordo com o §2º, abaixo citado, a produção antecipada de provas observa duas regras de competência: 
 
Quanto à prevenção, o §3º é claro em afirmar que a ação de produção de provas, NÃO 
previne a competência para a ação que seja ajuizada subsequentemente à ação 
probatória. Cada uma das ações observa regras específicas de competência, sem 
relação de prevenção. 
Veja os §§ abaixo: 
§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade 
apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão. 
§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva 
ser produzida ou do foro de domicílio do réu. 
§ 3o A produção antecipada da prova NÃO previne a competência do juízo para a ação que 
venha a ser proposta. 
COMPETÊNCIA PARA 
PRODUÇÃO 
ANTECIPADA DE 
PROVAS
juízo do foro do local 
em que deve ser 
produzida a prova; OU
juízo do foro do 
domicílio do réu.
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§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em 
face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não 
houver vara federal. 
Ainda sobre os parágrafos acima,o §4º se assemelha ao art. 109, §3º, da CF. Quando na localidade em que 
se pretende realizar a prova não haja Justiça Federal, ainda que se trate de matéria da competência da 
Justiça Federal, é possível ajuizá-la na Justiça Comum. 
O art. 382, do NCPC, estabelece os requisitos da petição inicial da ação de produção de provas, que são dois: 
1º REQUISITO: indicação da razão que justifica o pedido. 
2º REQUISITO: indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova. 
Uma vez ajuizada a ação, o magistrado determinará a citação dos interessados na produção da prova. Tal 
citação apenas não irá ocorrer quando a prova não envolver caráter litigioso (art. 381, §5º, do NCPC). 
 
Por fim, cumpre destacar que, da sentença da ação de produção de provas, em regra, não cabe recurso, A 
NÃO SER QUANDO a sentença for pelo indeferimento da produção antecipada da prova requerida. Veja: 
Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de 
antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de 
recair. 
§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na 
produção da prova ou no fato a ser provado, SALVO se inexistente caráter contencioso. 
§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as 
respectivas consequências jurídicas. 
§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo 
procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, SALVO se a sua produção conjunta 
acarretar excessiva demora. 
§ 4o Neste procedimento, NÃO se admitirá defesa ou recurso, SALVO contra decisão que 
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário. 
Além disso, prevê o §3º, do art. 382, do NCPC, que os interessados podem requerer a produção de outras 
provas no mesmo procedimento, a não ser que isso implique demora na decisão do requerimento originário 
de produção de provas. 
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Para encerrar o tópico referente à produção antecipada de prova, prevê o art. 383, do NCPC, que os autos 
da ação de produção de provas antecipadas permanecerão em cartório pelo período de 1 mês para que os 
interessados possam extrair cópia ou certidão do processo. Decorrido o prazo, o processo será entregue 
àquele que promoveu a ação. Registre-se que isso se aplica apenas aos autos que tramitam em meio físico. 
Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias 
e certidões pelos interessados. 
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida. 
Vamos sintetizar as principais informações dessa ação autônoma? 
 
 
Finalizamos a teoria geral e a análise da ação autônoma de produção de provas. 
• Hipótese de cabimento: a) IMPOSSIBILIDADE ou DIFICULDADE PARA REALIZAÇÃO
POSTERIOR; b) POSSIBILIDADE DE AUTOCOMPOSIÇÃO ou OUTRA SOLUÇÃO DO
CONFLITO; e c) conhecimento do fato possa JUSTIFICAR OU EVITAR A AÇÃO.
• A COMPETÊNCIA para a ação de produção de provas antecipadas é: a) juiz do foro do
local em que deve ser produzida a prova ou o foro do domicílio do réu.
• A ação de produção antecipada de provas NÃO PREVINE a ação decorrente em que a
prova produzida antecipadamente possa ser utilizada.
• NÃO será admitido recurso, EXCETO no caso de indeferimento TOTAL do requerimento
originário de produção antecipada de provas.
• Deve constar da petição de prova antecipada a: a) indicação da razão que justifica o
pedido; b) indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova.
• Realizada a prova, os autos permanecerão em cartório para que os interessados possam
extrair cópia ou certidão pelo período de 1 mês, após os autos serão entregues ao
promovente da ação.
AÇÃO AUTÔNOMA DE PRODUÇÃO DE PROVAS
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 PROVAS EM ESPÉCIE 
1 - Ata Notarial 
Ata notarial22 é o instrumento elaborado por tabelião com o intuito de documentar fatos jurídicos. No CPC73, 
a ata notarial era adotada como um meio atípico de prova. Contudo, devido ao fato de que essa prova é 
cotidiana no Poder Judiciário, o NCPC trouxe expressamente regra para disciplinar a aplicação dessa prova 
específica. 
São exemplos de atas notoriais: o atestado de conservação de um determinado bem, o conteúdo de 
determinado site da internet, a presença de certa pessoa em determinado local, a opinião caluniosa, injuriosa 
ou difamatória proferida por alguém no Facebook, a perturbação da paz em determinado condomínio em 
face do barulho excessivo etc. 
Essa espécie de ação está prevista expressamente no art. 384, do NCPC: 
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos 
eletrônicos poderão constar da ata notarial. 
A força probatória da ata notarial decorre da fé pública na produção do documento, uma vez que fica sob o 
encargo do tabelião de cartórios extrajudiciais. Assim, o que tiver sido atestado ou documentado é 
presumido (relativamente) verdadeiro. 
 
 
22 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 487. 
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2 - Depoimento pessoal e interrogatório. 
O depoimento pessoal está previsto nos arts. 385 a 388, do NCPC. 
Veja o conceito da doutrina23: 
O depoimento pessoal ou depoimento da parte é o conjunto de comunicações (julgamento 
do fato) da parte, autor ou réu, para fazer o que sabe a respeito do pedido, ou da defesa, 
ou das provas produzidas ou a serem produzidas, como esclarecimentos de que se sirva o 
juiz para o seu convencimento. 
À luz desse conceito, o autor distingue depoimento pessoal e interrogatório. 
O depoimento pessoal é a oitiva das partes na audiência de instrução e julgamento, que será requerida 
pela parte adversa. 
Para o autor24, há depoimento da parte por provocação, requerida pela parte adversária, realizado na 
audiência de instrução e julgamento e determinado sob pena de confissão ficta, caso a parte se recuse ou 
não compareça para depor. 
Quando a oitiva da parte for determinada pelo magistrado, temos o interrogatório. 
Para a doutrina25, há, também, o interrogatório, determinado “ex officio” pelo juiz, em qualquer estágio do 
processo, inclusive em instância recursal. Nesse caso, no entanto, não é possível cominar-lhe a pena de 
confissão ficta para o caso de não comparecimento ou recusa. 
 
23 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 155. 
24 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 156. 
25 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 157. 
ATA NOTARIAL
Atesta e documenta a existência e modo de 
existir de algum fato.
Dotado de fé pública.
Presunção relativa de veracidade.
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Veja que a finalidadedo interrogatório é a de esclarecer os fatos não necessariamente como um instrumento 
de prova, muito embora o magistrado possa extrair das declarações juízos de valor para o convencimento 
quanto aos fatos. 
Veja o caput, do art. 385: 
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta 
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de 
ordená-lo de ofício. 
Para a prova... 
 
Para corroborar a existência do interrogatório, temos o art. 139, VIII, do NCPC, que confere ao juiz o poder 
de determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes para inquiri-las sobre fatos da causa, 
contudo, não haverá possibilidade de incidir a confissão da parte. 
Isso é importante porque representa outra distinção possível entre o interrogatório e o depoimento pessoal. 
No depoimento pessoal incide a penalidade de confissão pela parte, o que não é admitido no interrogatório. 
A confissão em si será estudada adiante, na análise do art. 389 e seguintes do NCPC. Aqui, tratamos apenas 
da pena de confesso. É a penalidade pelo não comparecimento ou pela ausência de manifestação da parte. 
Assim, se o magistrado decidir intimá-la para interrogá-la a qualquer tempo, na forma do art. 139, VIII, e a 
parte não comparecer ou, se comparecer, ficar em silêncio, não haverá aplicação da pena de confesso. 
Contudo, no depoimento pessoal, que depende de requerimento da parte contrária, haverá incidência da 
pena de confesso quando a parte adversa: 
 Não comparecer, se intimada regularmente; 
 Mesmo que compareça, se recusar a depor. 
Veja: 
§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da 
pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena. 
O §2º traz uma regra simples, porém, relevante. Esse dispositivo prevê que é vedado a quem não prestou 
depoimento ouvir o depoimento da outra parte. Assim, se ambas as partes requererem o depoimento na 
instrução será ouvido primeiramente o autor, situação em que o réu não poderá participar do ato porque 
DEPOIMENTO PESSOAL oitiva da parte requerida pela PARTE CONTRÁRIA
INTERROGATÓRIO oitiva da parte pelo MAGISTRADO
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ainda não prestou depoimento. Contudo, o depoimento do réu poderá ser acompanhado pelo autor, porque 
o autor presta necessariamente seu depoimento antes do réu. 
Confira: 
§ 2o É VEDADO a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. 
O §3º prevê a possibilidade de realização do depoimento pessoal por intermédio de videoconferência, 
quando a parte a ser ouvida residir fora da comarca, da seção ou subseção: 
§ 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária 
diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência 
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que 
poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento. 
O art. 386 trata do caso da parte que deixa de responder a um questionamento sem motivo justificado. Nesse 
caso, é possível a determinação, pelo magistrado, da recursa de depor. Essa recusa, contudo, não é declarada 
na audiência de instrução e de julgamento, mas apenas na sentença, após a análise das demais circunstâncias 
e provas produzidas no processo. 
Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for 
perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os 
elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor. 
O “emprego de evasivas” constitui o relato da parte sem responder diretamente ao que lhe foi perguntado 
com o intuito de desvirtuar a realidade ou para responder de forma vaga e incompleta. Se o magistrado 
entender que a parte utilizou de discurso evasivo declarará que, na realidade, ela se recusou a depor. 
Veja, ainda, o art. 387, do NCPC: 
Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, NÃO podendo 
servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a 
notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos. 
O dispositivo acima prevê a possibilidade de a parte consultar breves notas ao longo do seu depoimento 
pessoal, embora não possa utilizar de escritos preparados para a oitiva. 
Para encerrar a análise do depoimento pessoal, devemos estudar com atenção o art. 388, que estabelece 
situações sobre as quais a parte não é obrigada a depor. 
Art. 388. A parte NÃO É OBRIGADA A DEPOR SOBRE FATOS: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 
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III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu 
companheiro ou de parente em grau sucessível; 
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. 
Parágrafo único. Esta disposição NÃO se aplica às ações de estado e de família. 
Assim: 
 A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que forem imputados 
ao depoente. 
Por exemplo, mesmo no processo cível, a parte não é obrigada a falar sobre a prática de 
crimes a ela imputados. É importante registrar que a recusa, nesse caso, porque permitida 
expressamente pela legislação, não poderá implicar qualquer prejuízo no processo civil. 
 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que deve guardar sigilo em razão do estado 
ou profissional. 
De acordo com a doutrina26, havendo dever de sigilo, a parte sequer poderá optar por depor 
porquanto, violado o sigilo, pode a parte responder administrativa ou criminalmente. Após, 
se o seu depoimento for imprescindível para o deslinde da controvérsia é que se poderá 
exigir-lhe esclarecimentos. Sendo o caso, não há que se falar em ilicitude na quebra do 
dever de sigilo. 
Por exemplo, sigilo do médico, do advogado, do padre, dotado de relação de confiança 
ínsita à ética de tais relações. 
 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que possam implicar desonra à pessoa 
depoente ou de seus familiares. 
Para a doutrina27 a desonra implica prejuízo à imagem, à reputação ou à honra do 
depoente, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível. É 
necessário que o fato que gere desonra seja grave, não se aplicando à regra de exclusão se 
o fato não é capaz de repercutir de modo decisivo para a honra, ou reputação, ou imagem 
da pessoa. 
 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que impliquem perigo de vida ao depoente 
ou a sua família. 
 
26 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 492. 
27 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 493. 
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Esse risco deve ser concreto e imediato e não fruto de mera ilação. 
As exceções acima NÃO SE APLICAM ÀS AÇÕES DE ESTADO OU DE FAMÍLIA. 
Veja como o assunto já foi abordado em provas... 
 
(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil. 
O juiz poderá, de ofício, determinaro comparecimento pessoal das partes com o propósito de interrogá-las 
sobre os pontos controversos da demanda; todavia, se a parte intimada não comparecer, não lhe poderá 
aplicar a pena de confissão. 
Comentários 
A assertiva está correta. Com base no art. 139, VIII, do NCPC, o juiz dirigirá o processo com a finalidade de 
determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da 
causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso. 
 
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3 - Confissão 
3.1 - Conceito e elementos 
Esse meio de prova está disciplinado entre os arts. 389 a 395, do NCPC. 
A confissão está intimamente ligada ao depoimento pessoal, pois a confissão nada mais é do que o próprio 
reconhecimento voluntário da ocorrência de um fato contrário ao interesse da parte que confessa e, por 
conta disso, favorável à parte contrária. 
Esse conceito é legislado no art. 389, do NCPC: 
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato 
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
Em face disso, podemos identificar três elementos da confissão: 
 ELEMENTO SUBJETIVO: sujeito declarante, ou seja, a parte que confessa. 
A pessoa que irá confessar deve ter capacidade plena, na forma do art. 213, do CC: 
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito 
a que se referem os fatos confessados. 
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites 
em que este pode vincular o representado. 
DEPOIMENTO
REGRA: a parte é 
obrigada a depor
EXCEÇÕES: não se 
aplicam a ações de 
estado e de família
fatos criminosos 
que lhe forem 
imputados
fatos que deva 
guardar sigilo 
(estado/profissão)
fatos que possam 
implicar desonra 
do depoente ou do 
familiar
fatos que possam 
implicar perigo de 
vida do depoente 
ou familiar
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 ELEMENTO INTENCIONAL: vontade para confessar, denominado de ânimo confitente. 
NÃO existe uma forma específica para que a confissão seja válida. Desde que presentes os elementos acima, 
a confissão será válida. 
 ELEMENTO OBJETIVO: existência de fato contrário ao interesse da parte que confessa. 
Em relação ao fato confessado, apenas direitos de caráter disponível, pois a confissão não pode ser encarada 
como ato de disposição do direito. Direitos de personalidades, por exemplo, que envolvem direitos 
indisponíveis, não podem ser confessados em juízo. 
À luz dos elementos acima declarados, confira o dispositivo legal: 
Art. 392. NÃO vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos 
indisponíveis. 
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que 
se referem os fatos confessados. 
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este 
pode vincular o representado. 
Dos dispositivos acima, destacamos o §2º, que estabelece que a confissão feita pelo representante da parte, 
titular do direito material, terá eficácia apenas em relação àquilo que lhe foi conferido. Por exemplo, se 
representante e representado fixaram o objeto da representação em um contrato, somente o que constar 
desse contrato poderá ser confessado, se houver regra prevendo a confissão. 
 
Uma observação: A confissão se diferencia do reconhecimento jurídico do pedido. O objeto da confissão é 
o fato, ao passo que, no reconhecimento jurídico do pedido, há a aceitação da pretensão da parte contrária. 
Em face disso, o reconhecimento do pedido implica a extinção do processo com resolução de mérito, 
enquanto que na confissão temos apenas um elemento de prova, que será contraposto com os demais 
elementos probatórios que estão nos autos. 
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CONFISSÃO 
X 
RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO 
● referente a fato benéfico à parte 
contrária 
● referente à pretensão da parte contrária 
● constitui elemento de prova a ser 
contraposto com demais elementos 
constante dos autos 
● implica a extinção do processo com 
resolução de mérito 
3.2 - Confissão espontânea ou provocada 
A confissão é intencional, ou seja, a parte deve pretender a confissão. Contudo, a parte pode confessar 
espontaneamente ou por intermédio de provocações argumentativas. Ambas as formas de confissão são 
admissíveis, segundo prevê o caput, do art. 390, do NCPC. 
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. 
§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com 
poder especial. 
§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal. 
Veja: 
 
(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil. 
A confissão espontânea pode ser feita por mandatário com poderes especiais. 
Comentários 
A assertiva está correta. Conforme art. 390, §1º, do NCPC, a confissão espontânea pode ser feita pela própria 
parte ou por representante com poder especial. 
Portanto, para a prova... 
 
CONFISSÃO ESPONTÂNEA
Feita pela própria parte ou por 
representante com poder especial.
CONFISSÃO PROVOCADA
Extraída no termo de depoimento 
pessoal.
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3.3 - Confissão e litisconsórcio 
A confissão é um ato individual de forma que eventuais pessoas que estejam no mesmo polo da parte que 
confessa não serão afetados. Temos aqui a manifestação da autonomia dos litisconsortes. 
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os 
litisconsortes. 
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre 
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, 
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens. 
Há, ainda, mais uma observação. Em relação aos bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis, a 
confissão de um dos cônjuges ou companheiro não valerá sem a confissão do outro cônjuge, a não ser que 
o regime de casamento seja de separação absoluta. Portanto, a regra é que seja exigida dupla confissão 
para a validade desse meio de prova. No caso de separação absoluta, a confissão observa a regra geral da 
confissão individual. 
3.4 - Irrevogabilidade da confissão 
O art. 393 fixa que a confissão é irrevogável. Apenas não prevalecerá a confissão se ela for anulada quando 
identificado em ação específica, a ser promovida exclusivamente por quem confessou (confitente), erro de 
fato ou coação. Portanto, a confissão pode ser objeto de ação anulatória que somente pode ser proposta 
por quem confessou ou pelos herdeiros na hipótese de falecimento do confitente. 
Confira: 
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato 
ou de coação. 
Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e 
pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura. 
Por fim, confira a leitura do art. 394, que é o suficiente para a nossa prova: 
Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em 
que a lei NÃO exija prova literal. 
3.5 - Indivisibilidade da confissãoA confissão deve ser considerada como um todo. Assim, entre as várias menções dadas por quem confessa, 
a parte contrária não pode aceitar o conteúdo favorável do que foi confessado, refutando o restante. 
Excepcionalmente, a confissão não será indivisível quando envolver fatos novos trazidos pelo confitente que 
possam beneficiá-lo. 
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Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar 
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, 
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir 
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. 
Vejamos como o assunto foi explorado em provas de concurso público: 
 
(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue. 
A confissão, que, em regra, é indivisível, pode ser judicial ou extrajudicial, sendo inválida como confissão a 
admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. 
Comentários 
A assertiva está correta, em face do que temos nos art. 389, 392 e 395, do NCPC. 
4 - Exibição de Documento ou Coisa 
A exibição de documento ou coisa é disciplinado entre os arts. 396 a 404, do NCPC. Trata-se de meio de prova 
comum no Direito Processual Civil que poderá ser requerido no bojo do processo e, inclusive, em ação 
autônoma. 
Esse documento ou coisa pode estar em poder da parte ou em poder de terceiro. Essa distinção é 
fundamental para que possamos compreender o procedimento que será estudado. 
É comum, por exemplo, a requisição de documento ou coisa que esteja em poder da Administração Pública 
(terceiro), a fim de subsidiar um processo entre pessoas privadas. 
Assim, sempre que for imprescindível a juntada desse documento ou coisa é possível se valer desse 
instrumento de prova, por determinação do juiz. Veja: 
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em 
seu poder. 
A fim de tornar nosso estudo mais didático, vamos distinguir a análise: 
4.1 - Documento em poder da parte contrária 
Nesse caso, o requerimento para exibição de documento ou coisa deve conter: 
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: 
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I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; 
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com 
a coisa; 
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a 
coisa existe e se acha em poder da parte contrária. 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 individuação do documento ou da coisa. 
A parte que requerer a juntada de documento ou coisa deve descrevê-la de forma 
específica a fim de que possa ser identificada ou individualizada entre tantos outros 
documentos e coisas. 
 finalidade de prova. 
A parte requerente deve indicar precisamente qual a utilidade da prova para o contexto 
dos autos, seja para subsidiar os argumentos (parte autora) ou para infirmar a pretensões 
da parte (parte ré). 
 circunstâncias do requerimento. 
A parte requerente deve indicar elementos que levem a crer que o documento ou a coisa 
está em poder da parte contrária. 
Assim: 
 
Uma vez apresentado o requerimento, a parte contrária será intimada para se manifestar no prazo de 5 
dias. Após intimada, a parte poderá, basicamente, se manifestar com as seguintes alegações: 
1º POSSIBILIDADE: apresentação ou requerimento de prazo para apresentação do documento 
ou coisa. 
2º POSSIBILIDADE: a parte nega possuir o documento ou coisa. 
Nesse caso, o juiz concederá à parte requerente a oportunidade de provar que a escusa é 
mentirosa. 
As possibilidades acima são retiradas do art. 398, do NCPC: 
DO REQUERIMENTO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
individuação finalidade de prova circunstâncias
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Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (CINCO) DIAS subsequentes à sua intimação. 
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz 
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde 
à verdade. 
Temos, ainda, outras possibilidades: 
3º POSSIBILIDADE: não manifestação. 
Nesse caso, pressupõe-se que a parte tem o documento ou coisa e, pela não manifestação, 
considera-se existente o meio de prova na forma relatada pelo requerente. 
4ª POSSIBILIDADE: escusa da parte em entregar o documento ou coisa. 
O art. 399, do NCPC, elenca três situações em que a recusa não será admitida: 
a) parte tiver a obrigação de exigir o documento ou coisa; 
b) o requerido tiver feito referência ao documento na sua defesa como instrumento de 
prova; e 
c) for documento comum às partes (por exemplo, contrato). 
Nesses casos, a recusa será considerada não manifestação. 
Com isso, confira o art. 399, do NCPC e, na sequência, o art. 400, que traz as consequências da não 
manifestação ou recusa injustificada.: 
Art. 399. O juiz NÃO admitirá a recusa se: 
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; 
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de 
constituir prova; 
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do 
documento ou da coisa, a parte pretendia provar SE: 
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398 
[5 dias]; 
II - a recusa for havida por ilegítima. 
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Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. 
Portanto, no caso de não declaração ou recusa injustificada, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que 
a parte requerente pretendia prova. 
Antes de analisarmos as situações que envolvem documentos em poder de terceiros, é importante destacar 
que o parágrafo único do art. 400, acima citado, trata da possibilidade de adoção de medidas coercitivas, em 
face da não apresentação do documento ou coisa. 
Assim: 
 
4.2 - Documento em poder de terceiro 
Quando o documento estiver em poder de terceiro, o magistrado determinará a citação do terceiro para se 
manifestar no prazo de 15 dias. 
Art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará 
sua citação para responder no prazo de 15 (QUINZE) DIAS. 
Atenção! 
 
O JUIZ PODERÁ UTILIZAR 
MEDIDAS
indutivas
coercitivas
mandamentais
sub-rogatórias
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O terceiro poderá: 
1º POSSIBILIDADE: apresentar o documento ou requerer prazo para apresentação do 
documento ou coisa. 
2º POSSIBILIDADE: não se manifestar ou se negar a apresentar o documento. 
Se isso ocorrer, aplicamos a regra constante do art. 402, do NCPC, que prevê a possibilidade 
de o juiz designar uma audiência específica para ouvir o terceiro. 
Em seguida, o magistrado poderá ordenar que a parte entregue o documento no prazo de 
5dias e ressarça eventuais despesas. Além disso, para assegurar a efetividade da ordem 
judicial, é possível que o magistrado determine: 
a expedição de mandado de apreensão; 
com uso da força policial, se necessário; 
o responsável por não entregar o documento ou coisa responderá por crime e 
desobediência; 
podem ser aplicadas multas e medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-
rogatórias. 
Confira: 
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, 
o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, 
se necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão. 
Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-
lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, NO 
PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que tiver. 
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de 
apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade 
EM PODER DA PARTE 
CONTRÁRIA
intimar para se manifestar
em 5 dias
EM PODER DE TERCEIRO
citar para se manifestar
em 15 dias
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por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão. 
Para encerrar o tópico, confira o art. 404, do NCPC, que prevê situações em que a escusa do terceiro é 
admitida: 
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se: 
I - concernente a negócios da própria vida da família; 
II - sua apresentação puder violar dever de honra; 
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, 
devam guardar segredo; 
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem 
a recusa da exibição; 
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. 
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito 
a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, 
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado. 
Para a prova... 
 
Comparando a exibição de documento e coisa pela parte contrária ou por terceiro, temos: 
 
• documentos concernentes à própria vida familiar
• documentos que impliquem violação dos deveres de honra
• documentos que causem desonra à parte ou ao terceiro (abrange parentes até 3º grau)
• documentos protegidos por sigilo em face do estado ou profissão
• motivos graves que justifiquem a entrega de documentos
• por previsão legal
PARTE E TERCEIRO PODEM SE ESCUSAR A EXIBIR
Ricardo Torques
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DOCUMENTO/COISA EM PODER DA PARTE 
CONTRÁRIA 
DOCUMENTO/COISA EM PODER DE TERCEIRO 
Intimado para se manifestar no prazo de 5 dias. Citado para se manifestar no prazo de 15 dias. 
Pedido deve conter: individuação, finalidade e circunstâncias do requerimento. 
Após a intimação: 
 apresentação ou requerimento de prazo para 
apresentação. 
 negativa de possuir documento (o requerente 
será intimado a provar) 
 não manifestação e escusa injustificada (gera 
a presunção da prova dos fatos que se pretendia 
provar). 
Após a citação: 
 apresentação ou requerimento de prazo para 
apresentação. 
 negativa de apresentação: a) audiência especial; b) 
mandado de apreensão com forma policial, crime de 
desobediência. 
Possibilidade de adoção de medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias 
Admite-se a escusa: 
• documentos concernentes à própria vida familiar 
• violação dos deveres de honra 
• desonra à parte ou ao terceiro (abrange parentes até 3º grau) 
• sigilo em face do estado ou profissão 
• motivos graves que justifiquem a entrega de documentos 
• por previsão legal 
DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA 
CORRELATA 
 art. 360, do NCPC: poder de polícia do juiz 
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe: 
I - manter a ordem e o decoro na audiência; 
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem 
inconvenientemente; 
III - requisitar, quando necessário, força policial; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e 
da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; 
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência. 
 art. 361, do NCPC: ordem de produção das provas 
Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
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I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos 
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por 
escrito; 
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; 
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. 
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as 
testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem 
licença do juiz. 
 art. 362 (incisos), do NCPC: adiamento da audiência 
Art. 362. A audiência poderá ser adiada: 
I - por convenção das partes; 
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva 
necessariamente participar; 
III - por atraso injustificado de seu início em tempo SUPERIOR A 30 (TRINTA) MINUTOS do 
horário marcado. 
 art. 364, do NCPC: debates orais 
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como 
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo 
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do 
juiz. 
§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da 
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de 
modo diverso. 
§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral 
poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo 
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos 
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. 
 art. 371, do NCPC: princípio do convencimento motivado 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que 
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
 art. 372, do NCPC: prova emprestada 
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Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
 art. 373, do NCPC: distribuição do ônus da prova 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivode seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou 
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, PODERÁ o juiz atribuir o ônus 
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que 
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo NÃO PODE gerar situação em que a 
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das 
partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. 
 art. 373, do NCPC: fatos que não dependem de prova 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
 art. 381, do NCPC: produção antecipada de prova 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos CASOS em que: 
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I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação 
de certos fatos na pendência da ação; 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade 
apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão. 
§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva 
ser produzida ou do foro de domicílio do réu. 
§ 3o A produção antecipada da prova NÃO previne a competência do juízo para a ação que 
venha a ser proposta. 
§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em 
face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não 
houver vara federal. 
§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum 
fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, 
em petição circunstanciada, a sua intenção. 
 art. 384, do NCPC: ata notarial 
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos 
eletrônicos poderão constar da ata notarial. 
 art. 385 (caput e §§1º e 2º), do NCPC: depoimento pessoal 
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta 
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de 
ordená-lo de ofício. 
§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da 
pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena. 
§ 2o É VEDADO a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. 
 art. 388, do NCPC: não é obrigada a depor sobre fatos 
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Art. 388. A parte NÃO É OBRIGADA A DEPOR SOBRE FATOS: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu 
companheiro ou de parente em grau sucessível; 
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. 
Parágrafo único. Esta disposição NÃO se aplica às ações de estado e de família. 
 art. 389 e 392, do NCPC: confissão 
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato 
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
Art. 392. NÃO vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos 
indisponíveis. 
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que 
se referem os fatos confessados. 
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este 
pode vincular o representado. 
 art. 393, do NCPC: irrevogabilidade da confissão 
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato 
ou de coação. 
Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e 
pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura. 
 art. 395, do NCPC: indivisibilidade da confissão 
Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar 
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, 
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir 
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. 
 art. 399, do NCPC: recursa da parte contrária em entregar documento 
Art. 399. O juiz NÃO admitirá a recusa se: 
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; 
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II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de 
constituir prova; 
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do 
documento ou da coisa, a parte pretendia provar SE: 
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398 
[5 dias]; 
II - a recusa for havida por ilegítima. 
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. 
 art. 404, do NCPC: recusa de terceiro exigir documento 
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se: 
I - concernente a negócios da própria vida da família; 
II - sua apresentação puder violar dever de honra; 
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, 
devam guardar segredo; 
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem 
a recusa da exibição; 
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. 
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito 
a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, 
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado. 
 AgRg no REsp 1450473/SC28: inversão do ônus da prova no CPC73 
 
28 AgRg no REsp 1450473/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 30/09/2014. 
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PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. INVERSÃO DO ÔNUS DA 
PROVA. REGRA DE INSTRUÇÃO. EXAME ANTERIOR À PROLAÇÃO DA 
SENTENÇA.PRECEDENTES DO STJ. 
1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a inversão do ônus da prova prevista 
no art. 6º, VIII, do CDC, é regra de instrução e não regra de julgamento, sendo que a decisão 
que a determinar deve - preferencialmente - ocorrer durante o saneamento do processo 
ou - quando proferida em momento posterior - garantir a parte a quem incumbia esse ônus 
a oportunidade de apresentar suas provas. Precedentes: REsp 1395254/SC, Rel. Ministra 
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 29/11/2013; EREsp 
422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA 
ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 21/06/2012. 
2. Agravo regimental não provido. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final de mais de uma aula. Em nosso próximo encontro vamos finalizar o estudo de provas. 
Mantenham o foco nos estudos e, no que precisarem, estou à disposição no fórum. 
Aguardo vocês no próximo encontro! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum do Curso e 
por e-mail. 
Ricardo Torques 
 
rst.estrategia@gmail.com 
 
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LISTA DE QUESTÕES COM COMENTÁRIOS 
CESPE 
1. (CESPE/TJDFT - 2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de 
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o Código de Processo Civil, as partes são impedidas de fazer perguntas diretamente às 
testemunhas, bem como de dirigir-lhes questionamentos que induzam as respostas ou tratem de fatos 
diversos do processo. 
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b) O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de instrução e 
julgamento não implicará a revelia para o réu nem a extinção do processo para o autor; porém, o juiz poderá 
dispensar a produção de provas requeridas pela parte cujo advogado estiver ausente. 
c) Ao réu cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor caberá provar fatos 
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda. 
d) A arguição de falsidade documental, por não ter natureza meritória, será resolvida necessariamente como 
questão incidental, sendo vedado às partes requerer que o juiz decida esse ponto como questão principal. 
e) O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta dias 
úteis previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judiciário por se tratar de 
prazo próprio expresso no referido código. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois contraria a disposição contida no art. 459 do CPC, uma vez que as 
perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A decretação de revelia ocorrerá quando réu não 
contestar a ação (art. 344 do CPC). Logo, o não comparecimento em audiência não implica em revelia, tal 
como registrado na questão. 
Além disso, também como registrado na assertiva, o juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas 
pela parte cujo advogado estiver ausente, de acordo com a previsão contida no art. 362, §2º do CPC. Confira: 
§2º: O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado 
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao 
Ministério Público 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 373, incisos I e II do CPC, quanto ao ônus 
da prova, incumbe ao ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito e ao ao réu, quanto à existência 
de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
A alternativa D está incorreta, pois o art. 430 do CPC, parágrafo único do CPC estabelece que, uma vez 
arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida 
como questão principal. Ou seja, não é verdadeira a vedação proposta na questão. 
A alternativa E, por fim, está incorreta. A não observância do prazo previsto no art. 366 do CPC não acarreta 
qualquer prejuízo ao processo. Assim, trata-se de prazo impróprio. 
2. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova 
requerida antes do ajuizamento da demanda principal 
a) segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão que indeferir 
totalmente a produção da prova pleiteada. 
b) pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento dos fatos é 
imprescindível para o ajuizamento de ação. 
c) é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida. 
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d) acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na prova produzida. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De regra, não se admite recurso ou defesa no 
procedimento da produção de prova antecipada. No entanto, de acordo com o art. 382, §4º do CPC, será 
possível recurso contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente 
originário. Essa decisão negativa tem o condão de por fim ao procecedimento, assim correta a alternativa 
em afirmar que se trata de recurso de apelação. Confira a disposição legal: 
Art. 382.§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão 
que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 381 do CPC, a produção antecipada da prova será 
admitida três situações distitntas. Confira: 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de 
certos fatos na pendência da ação; 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
Portanto, equivocada a alternativa ao limitar a produção antecipada de provas aos casos de prévio 
conhecimento dos fatos imprescindíveis para o ajuizamento de ação. 
A alternativa C está incorreta. A competência é cocorrente entre o foro do juízo do foro onde a prova deva 
ser produzida ou do foro de domicílio do réu, nos termos do art. 381, §2º do CPC. 
A alternativa D está incorreta, pois de acordo com o art. 381, §3º do CPC, a produção antecipada da prova 
não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
3. (CESPE/DPE-PE - 2018) Não havendo processo anterior que trate da situação, a demonstração de 
que determinado fato ocorreu em rede social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada 
aos autos 
a) de declaração pessoal do autor. 
b) de prova emprestada. 
c) do computador. 
d) da prova pericial. 
e) de ata notarial. 
Comentários 
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A alternativa E é correta e gabarito da questão, nos termos do art. 384, do NCPC: 
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestadosou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos 
eletrônicos poderão constar da ata notarial. 
4. (CESPE/DPE-PE - 2018) Na ação civil, relaciona-se ao pedido de exibição de documento ou coisa o 
pressuposto processual consistente na 
a) manifestação do Ministério Público sobre a existência de prejuízo, caso não ocorra a exibição. 
b) explicação, pelo autor, de que existe o objeto do pedido e de que ele se encontra em poder da outra parte 
na relação processual. 
c) demonstração, pelo autor, de que pretende conhecer documentos ou coisa para instruir ação de terceiros. 
d) existência de documento que comprove a repetição de processos que contenham controvérsia acerca da 
mesma questão em direito. 
e) relevância da questão de direito, que deve ter grande repercussão social, mesmo sem se repetir em 
múltiplos processos. 
Comentários 
Para que haja o pedido de exibição de documento ou coisa, a parte deve afirmar que o documento ou a coisa 
estejam em poder da parte contrária. Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme 
prevê o art. 397, III, do NCPC: 
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: 
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a 
coisa existe e se acha em poder da parte contrária. 
5. (CESPE/STJ - 2018) Acerca do procedimento comum, julgue o item que se segue. 
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é possível por convenção das 
partes. 
Comentários 
De acordo com o §3º, do art. 373, do NCPC, a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer 
por convenção das partes. Vejamos: 
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das 
partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
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II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
Logo, a assertiva está incorreta. 
6. (CESPE/STJ - 2018) A luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue os próximos itens. 
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade de o magistrado atuar de 
ofício está expressamente prevista em lei e é compatível com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo 
cooperativo. 
Comentários 
A assertiva está correta. A assertiva se refere ao art. 370, NCPC: 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
O juiz dirige a produção de provas, atuando de forma cooperativa com as partes. 
7. (CESPE/TCE-SC - 2016) A respeito dos recursos, do cumprimento de sentença, da revelia e das 
provas, julgue o item que se segue. 
Caso o réu perceba, antes de proferida a sentença, que incidiu em erro ao confessar os fatos, a revogação 
da prova deverá ser requerida incidentalmente. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 393, do NCPC, a revogação da confissão deve ser requerida 
por meio de ação própria, ou seja, não poderá ocorrer incidentalmente. 
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou 
de coação. 
Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e 
pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura. 
8. (CESPE/FUNPRESP-JUD - 2016) Julgue o item a seguir, referente ao processo de conhecimento e ao 
cumprimento de sentença. 
Para que qualquer das partes possa utilizar de prova emprestada, é necessário, entre outros requisitos, que 
a parte contra quem a prova será produzida tenha sido parte também no processo originário e que nele 
tenha sido observado o contraditório. 
Comentários 
O NCPC prevê, sobre a prova emprestada, em seu art. 372, o seguinte: 
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Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
O contraditório, nesse caso, somente pode ter sido observado, de fato, se, no processo em que a prova foi 
originalmente produzida, participou a parte contra a qual ela venha a ser utilizada. Portanto, a assertiva está 
correta. 
ATENÇÃO: essa assertiva contraria a regra expressa e o entendimento do STJ que diz que a prova poderá ser 
emprestada independentemente de as partes do processo terem participado do processo no qual a prova 
foi originariamente constituída. 
9. (CESPE/TRE-RS - 2015) A prova é um meio hábil de confirmar a existência ou a inexistência de um 
acontecimento ou de um ato, e, quando dirigida ao magistrado, visa dar solução ao caso posto em juízo. 
O CPC estabelece regras acerca da prova e da sua produção. No que se refere à prova e às situações que a 
envolvem, assinale a opção correta. 
a) Segundo as regras processuais expressas relativas ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o fato 
constitutivo do seu direito, sendo lícita a convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa, 
quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do 
direito. 
b) Da regra estática de distribuição do ônus da prova, extrai-se que quem alega o que não aconteceu terá o 
ônus de provar o fato negativo, o que constitui o que a doutrina denomina de prova diabólica. Em face disso, 
entende-se admissível que o magistrado fundamentadamente redistribua o ônus da prova tendo em vista a 
facilidade de obtenção da prova. 
c) Em relação à distribuição do ônus da prova, o CPC aboliu a teoria estática do ônus da prova, de forma que 
o magistrado deve, na decisão saneadora delimitar expressamente o ônus da prova. 
d) O direito processual civil positivado determina que os fatos notórios sejam provados por quem os alega, 
sob pena de cercear a defesa daquele contra quem a prova é utilizada. 
e) A confissão é a declaração de uma parte acerca da verdade dos fatos, que pode ser judicial ou extrajudicial. 
Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao adversário e favorável ao seu 
interesse. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Conforme o art. 373, §3º, a distribuição diversa do ônus da prova também 
pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar 
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Prova diabólica é uma prova impossível ou difícil de 
ser produzida, como a prova de fato negativo. O art. 373, caput, estabelece a regra estática de que o réu 
deve provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Contudo, em 
determinadas situações, a prova de fato negativo pode se tornar difícil ou impossível, o que pode conduzir a 
uma decisão interlocutória fundamentada do juiz invertendo o ônus da prova na forma do §1º, do art. 373, 
do NCPC. De todo modo, se o magistrado entender que não é caso de inversão do ônus da prova e a parte a 
quem incumbe fazê-la não conseguir produzi-la, arcará com o ônus da prova, mesmo diante da referida prova 
“diabólica”. 
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A alternativa C está incorreta, pois as regrasestáticas constituem a regra do nosso sistema, muito embora 
haja regra expressa para flexibilização. Confira-se: 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 374, I, não dependem de prova os fatos notórios. 
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 389, há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte 
admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
10. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue. 
A confissão espontânea somente poderá ser realizada pela própria parte e, no caso de a ação judicial versar 
sobre direito indisponível, não será válida para o julgamento da causa. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. Segundo o art. 390, §1º, a confissão espontânea pode ser feita pela própria parte 
ou por representante com poder especial. 
Porém, não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. Vejamos o 
art. 392: 
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos 
indisponíveis. 
§ 1o A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se 
referem os fatos confessados. 
§ 2o A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode 
vincular o representado. 
11. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue. 
O juiz pode, de ofício, em qualquer fase do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a 
fim de interrogá-las sobre questões que envolvem a causa. 
Comentários 
O art. 139, VIII, do NCPC, prevê que o juiz dirigirá o processo incumbindo-lhe determinar, a qualquer tempo, 
o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá 
a pena de confesso. 
Assim, a assertiva está correta. 
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12. (CESPE/Telebras - 2015) Valter, domiciliado em Brasília, ajuizou, perante a justiça comum da 
circunscrição judiciária de Brasília, ação de cobrança de quantia certa contra Gustavo, domiciliado em 
Porto Alegre. Em sua peça contestatória, Gustavo arguiu preliminar de incompetência territorial, e, no 
mérito, requereu a improcedência do pedido em função de suposta dação em pagamento. Considerando 
essa situação hipotética, julgue os item subsequente. 
O ônus da prova compete a Gustavo, visto que ele apresentou fato modificativo do direito do autor. 
Comentários 
A assertiva está correta. De acordo com o art. 373, do NCPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao 
fato constitutivo de seu direito e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo. 
13. (CESPE/TRE-GO - 2015) Com base no que dispõe o Código de Processo Civil, julgue o item seguinte. 
No direito processual civil, expressa disposição legal admite que o juiz aja de ofício e determine a produção 
de prova, o que constitui exceção ao princípio conhecido como dispositivo. 
Comentários 
A assertiva está correta. O art. 370, do NCPC, confere ao juiz a iniciativa de determinar a produção das provas 
que entender necessárias à formação de seu convencimento, atribuindo o ônus à parte que apresentar 
melhores condições de produzi-la. 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
14. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o seguinte item, relativos à resposta do réu e à teoria das provas no 
sistema processual civil. 
O juiz pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes em qualquer fase em que se 
encontrar o processo, com o intuito de interrogá-las sobre questões que envolvam a causa, para seu correto 
deslinde e julgamento. 
Comentários 
A assertiva está correta. De acordo com o art. 139, VIII, o juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe determinar, 
a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese 
em que não incidirá a pena de confesso. 
15. (CESPE/TJ-CE - 2014) Acerca de audiência e provas, assinale a opção correta. 
a) Depende de prova fatos notórios e em cujo favor milita presunção de inocência, ainda que para fins de 
certificação. 
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b) Depende de prova fatos afirmados por uma parte e confessado por outa e admitidos como incontroversos 
nos autos, ainda que para fins de certificação. 
c) A título de depoimento, a parte pode ler em voz alta, na audiência, texto que tenha preparado 
anteriormente para esta finalidade. 
d) Verificada a inocorrência do efeito da revelia, poderá o juiz designar audiência. 
e) Cada parte tem direito de assistir ao interrogatório da outra em audiência. 
Comentários 
As alternativas A e B estão incorretas, em face do que prevê o art. 374, do NCPC: 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
A alternativa C está incorreta. Segundo art. 387, a parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, 
não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, apenas poderá consultar notas breves, desde 
que objetivem completar esclarecimentos. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Não ocorrendo os efeitos da revelia, o juiz ordenará 
que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. Vejamos o art. 348. 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da 
revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda 
produzir, se ainda não as tiver indicado. 
A alternativa E está incorreta. O art. 385, §2º, prevê que é vedado a quem ainda não depôs assistir ao 
interrogatório da outra parte. 
§ 2o É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. 
16. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Acerca da citação e da prova no sistema processual civil, 
julgue os seguintes itens. 
É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer convenção que distribua de maneira 
diversa o ônus da prova estabelecido em lei. Trata-se, no caso, de regra legal que não se encontra à 
disposição das partes e não admite exceção. 
Comentários 
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A assertiva está incorreta, dado que, de acordo com o §3º, do art. 373, do NCPC, as partes podem 
convencionar sobre o ônus da prova, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte ou a prova se 
torne excessivamente difícil exercício do direito a uma das partes. 
17. (CESPE/TRE-BA - 2010) Julgue os itens subsequentes, a respeito da prova, do ônus da prova, do 
tempo dos atos processuais, dos recursos e suas espécies, da competência e da ação rescisória. 
Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto 
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
Comentários 
A assertiva está correta, pois se refere ao art. 373, do NCPC. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe:I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
Outras Bancas 
18. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR - 2019) Como garantia de exercício da ampla defesa e do 
contraditório, as partes estão autorizadas a apresentar no processo as provas que entendam necessárias 
para a solução do conflito. Há, portanto, no Código de Processo Civil, uma teoria voltada a análise e 
tratamento dos meios probatórios. A respeito da teoria geral das provas, identifique as afirmativas a seguir 
como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
( ) Entre as hipóteses de cabimento da produção antecipada da prova, estão os casos em que haja fundado 
receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da 
ação. 
( ) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito, podendo ele indeferir, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. 
( ) A regra do ônus da prova é uma regra de procedimento, e, portanto, nas hipóteses de distribuição 
dinâmica ou inversão do ônus da prova, o juiz deverá, na decisão saneadora, definir a distribuição de tal 
ônus. 
( ) A falsidade documental deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 5 (cinco) dias, 
contados a partir da intimação da juntada do documento aos autos. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
a) V – F – V – F. 
b) F – V – F – V. 
c) V – F – F – V. 
d) F – F – V – V. 
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e) V – V – V – F. 
Comentários 
Vejamos cada item de modo individual. 
O primeiro item está correto, pois, de acordo com o art. 381, I, do CPC, a produção antecipada da prova será 
admitida nos casos em que haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a 
verificação de certos fatos na pendência da ação. 
O segundo item está certo, porque depois de fixado o objeto da prova, o juiz determina de que forma tal 
prova será produzida, deferindo os meios de prova requeridos pelas partes, como também indicando a 
produção de provas por meios não pedidos, ou seja, de ofício, bem como os indeferindo por serem inúteis 
ou meramente protelatórios. Neste sentido, o CPC: 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
O terceiro item está correto. De acordo com a doutrina e jurisprudência atuais, toda temática relativa ao 
ônus da prova, inclusive as hipóteses de sua inversão, deve ser entendida como regra de procedimento e 
não como regra de julgamento. Neste sentido é que se deve interpretar o final do art. 373 do CPC: 
Art. 373. [...] 
§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
O quarto item está incorreto, pois a falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 
15 dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos (art. 430 do CPC). 
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois a sequência correta dos itens é V – V – V 
– F. 
19. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Provas: 
a) A teoria estática do ônus da prova continua sendo a regra geral do sistema probatório. A teoria dinâmica 
tem lugar quando, por exemplo, existir impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo 
estabelecido pelo legislador como regra geral; todavia, é preciso que o magistrado assim o faça de forma 
fundamentada, e que permita que a parte possa produzir as provas necessárias de modo a se desincumbir 
do ônus que lhe foi atribuído. Além disso, tal decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do 
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
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b) As partes podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da 
que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne 
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
c) O direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de 
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio 
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação. 
d) O modo de existir e a existência de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento 
do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Dados representados por imagem ou som gravados em 
qualquer tipo de mídia também poderão constar da ata notarial. 
Comentários 
Vejamos alternativa por alternativa: 
A alternativa A está correta. Como vimos em aula, a teoria estática de distribuição do ônus da prova continua 
sendo a regra no CPC/15 (art. 373, caput, e seus incisos). Essa regra, contudo, convive com a exceção, que é 
a teoria dinâmica de distribuição do ônus da prova, podendo o juiz, em situações específicas, atribuir o ônus 
da prova de modo diverso do previsto no caput, e desde que por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. Essa exceção, por seu lado, 
também, deve observar limites (art. 373, § 1º). Além disso, é verdade, também, que a decisão pela inversão 
do ônus da prova não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível 
ou excessivamente difícil (art. 373, § 2º). 
A alternativa B, também, está correta. Como diz a questão, as partes podem, por meio de negócio jurídico 
processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da que foi estabelecida pelo legislador, desde que 
não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne excessivamente difícil a uma parte o exercício 
do direito. Confiram o art. 373, § 3º, do CPC: 
“§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das 
partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito”. 
A alternativa C, do mesmo modo, está correta. Em reprodução fiel do art. 381, incisos II e III, a questão afirma 
que o direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de 
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio 
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação, o que está correto. Vejamos o 
dispositivo na sua integralidade: 
“Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de 
certos fatos na pendência da ação; 
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II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meioadequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação”. 
A alternativa D, por fim, está incorreta, e é o gabarito da questão. Apesar da correção das demais alternativas 
ser inquestionável, na minha opinião, aqui a banca “forçou a barra”. A questão está incorreta porque no art. 
384, parágrafo único, o Código menciona dados representados por imagem ou som gravados em “arquivos 
eletrônicos”, enquanto a banca fala em “qualquer tipo de mídia”. Enfim... Confiram o dispositivo: 
“Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos 
eletrônicos poderão constar da ata notarial”. 
20. (IBFC/TJ-PE - 2017) Sobre as provas em direito processual civil, analise os itens abaixo. 
I. É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do 
juiz. 
II. O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sendo vedada a inversão do 
ônus da prova sob qualquer hipótese. 
III. Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos independerão de prova. 
IV. O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar 
adequado, observado o contraditório. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I e III são corretos. 
b) Apenas II e IV são corretos. 
c) Apenas II e III são corretos. 
d) Apenas I e IV são corretos. 
e) I, II, III e IV são corretas. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 369, do NCPC: 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
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O item II está incorreto. Quando houver dificuldade de cumprir o ônus da prova, o juiz poderá atribuir o ônus 
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada. Vejamos o §1º, do art. 373, da Lei 
nº 13.105/15: 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
O item III está incorreto. O art. 374, da referida Lei, estabelece quais os fatos que não dependerão de prova: 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
Como se nota, não são apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos que 
independerão de prova. 
Por fim, o item IV está correto, com base no art. 372, do NCPC: 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
21. (MPT/MPT - 2017) Acerca da produção probatória, de acordo com o Código de Processo Civil (CPC), 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que 
não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz. 
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização de inspeção 
judicial que for considerada necessária. 
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se cumprir o encargo da 
distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que 
por decisão fundamentada. 
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito. 
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e) Não respondida. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 369, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 379, II, da referida Lei, 
preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte colaborar com o juízo na 
realização de inspeção judicial que for considerada necessária. 
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o §1º, do art. 373, do NCPC: 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
A alternativa D está correta, com base no art. 370, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
22. (FAFIPA/Fundação Araucária-PR - 2017) Em se tratando das disposições do Código de Processo Civil 
vigente (Lei 13.105/2015) acerca da audiência de instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou 
chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática os 
advogados não tenham poderes. 
b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: o autor e, 
em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, 
que serão inquiridas; o perito e os assistentes técnicos. 
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público 
não tenha comparecido à audiência, não se aplicando essa regra ao Ministério Público. 
d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído 
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, 
se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do §2º, do art. 367, do NCPC: 
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§ 2o Subscreverão o termo o juiz, osadvogados, o membro do Ministério Público e o 
escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de 
disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 361, da Lei nº 13.105/15, a ordem em que as provas 
orais são produzidas estão alteradas. Vejamos: 
Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos 
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por 
escrito; 
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; 
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. 
A alternativa C está incorreta, pois aplica-se a mesma regra ao MP. É o que dispõe o §2º, do art. 362, da 
referida Lei: 
§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado 
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao 
Ministério Público. 
A alternativa D está incorreta. Com base no §2º, do art. 364, do NCPC, o prazo será de 15 dias, e não 10. 
§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral 
poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo 
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos 
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. 
23. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da audiência de 
instrução e julgamento no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, desde que não tenham sido antes empregados 
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
b) A audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a uma hora do 
horário marcado. 
c) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados e o 
Ministério Público poderão intervir ou apartear livremente, ainda que sem licença do juiz. 
d) Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 
60 (sessenta) dias. 
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e) Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério 
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, 
prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 359, do NCPC, independentemente do emprego anterior 
de outros métodos de solução consensual de conflitos, o juiz tentará conciliar as partes. 
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do 
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação 
e a arbitragem. 
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 362, da Lei nº 13.105/15, a audiência poderá ser adiada por 
atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 minutos do horário marcado. 
A alternativa C está incorreta. O parágrafo único, do art. 361, da referida Lei, estabelece que enquanto 
depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o 
Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz. 
A alternativa D está incorreta. O prazo para o juiz proferir sentença é de 30 dias, e não 60. Vejamos o art. 
366, do NCPC: 
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em 
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias. 
A alternativa E é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 364, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como 
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo 
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do 
juiz. 
24. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema das provas no 
âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à 
excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova 
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi 
atribuído. 
b) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo, ainda que concedidas sem efeito 
suspensivo, não poderão ser juntadas aos autos. 
c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente 
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. 
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d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
e) Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme prevê o §1º, do art. 373, do NCPC. 
A alternativa B é incorreta e gabarito da questão. De acordo com o parágrafo único, do art. 377, da Lei nº 
13.105/15, a carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito 
suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento. 
A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 375, do NCPC. 
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 376, do NCPC. 
A alternativa E está correta, conforme prevê o art. 378, do NCPC. 
25. (IESES/ALGÁS - 2017) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da question. 
b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a agilizar o 
ajuizamento de ação. 
c) A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução 
de conflito. 
d) Haja fundado receio de que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de certos fatos na 
pendência da ação. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 381, do NCPC: 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de 
certos fatos na pendência da ação; 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
Vejamos os erros das demais alternativas: 
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a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da 
question. 
b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a 
agilizar o ajuizamento de ação. 
d) Haja fundado receiode que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de 
certos fatos na pendência da ação. 
26. (MPE-PR/MPE-PR - 2017) Sobre o regime das provas no Código de Processo Civil de 2015, assinale 
a alternativa incorreta: 
a) O direito processual civil incorpora a regra da atipicidade dos meios de prova, desde que os meios 
empregados pelas partes sejam legais e moralmente legítimos. 
b) A prova deve constar dos autos do processo e o juiz pode valorá-la independentemente de quem a 
produziu nos autos, devendo indicar na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
c) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório. 
d) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente 
acontece. 
e) A regra do ônus da prova é aplicada somente em dimensão objetiva, servindo como regra de julgamento 
a ser aplicada pelo magistrado em caso de dúvida sobre as alegações de fato das partes. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 369, do NCPC: 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 371, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que 
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
A alternativa C está correta, com base no art. 372, da referida Lei: 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
A alternativa D está correta, segundo o art. 375, do NCPC: 
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Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação 
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, 
quanto a estas, o exame pericial. 
Por fim, a alternativa E é incorreta e gabarito da questão. O art. 373, combinado com o §1º, da Lei nº 
13.105/15, determina, como regra geral, a distribuição estática do ônus da prova, afirmando que compete 
ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito, e ao réu, os fatos impeditivos, extintivos ou 
modificativos do direito do autor. E admite, excepcionalmente, que a distribuição deste ônus seja feita de 
modo diverso, a fim de que a produção da prova seja determinada à parte que apresentar melhores 
condições de produzi-la. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
27. (FUNECE/UECE - 2017) o que diz respeito à produção antecipada da prova, assinale a afirmação 
verdadeira. 
a) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do 
foro de domicílio do réu. 
b) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
c) O juízo estadual não tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, 
de entidade autárquica ou de empresa pública federal ainda que, na localidade, não exista vara federal. 
d) Em qualquer caso, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na 
produção da prova ou no fato a ser provado. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 381, do NCPC: 
§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser 
produzida ou do foro de domicílio do réu. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 381, da Lei nº 13.105/15, a produção antecipada 
da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
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A alternativa C está incorreta. O §4º, do art. 381, da referida Lei, prevê que o juízo estadual tem competência 
para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa 
pública federal se, na localidade, não houver vara federal. 
A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 282, do NCPC, o juiz determinará, de ofício ou a 
requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se 
inexistente caráter contencioso. 
28. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do Ministério Público e da 
audiência de instrução e julgamento, a teor do disposto no Novo Código de Processo Civil. 
a) Intervindo nos processos como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produzir provas, 
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. 
b) Considerando o princípio da publicidade dos atos processuais, a audiência será sempre pública. 
c) O Ministério Público possui prazo em dobro para manifestação nos autos, não se aplicando o benefício da 
contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público. 
d) A audiência é una e contínua, todavia, havendo concordância das partes, na ausência de perito ou de 
testemunha, poderá ser excepcional e justificadamente cindida. 
e) O Ministério Público, atuando como fiscal da ordem jurídica, intervirá nos processos que envolvam litígios 
coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme estabelece o art. 179, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; 
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. 
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Embora a publicidade da audiência seja a regra, há 
algumas exceções, nas quais a audiência será realizada de portas fechadas, sendo o acesso restrito às partes 
e aos advogados. Vejamos o art. 368, da referida Lei: 
Art. 368. A audiência será pública, ressalvadas as exceções legais. 
Essas exceções correspondem às hipóteses previstas no art. 189, caput, em que os processos tramitarão em 
segredo de justiça. 
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 180, caput, combinado com o §2º, do NCPC: 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que 
terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º. 
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§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma 
expressa, prazo próprio para o Ministério Público. 
A alternativa D está correta, com base no art. 365, caput, da Lei nº 13.105/15:Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida 
na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes. 
A alternativa E está correta. O art. 178, III, da referida Lei, determina a intervenção obrigatória do Ministério 
Público, na qualidade de fiscal da ordem jurídica, nas demandas que envolvam litígios coletivos pela posse 
de terra rural ou urbana. 
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir 
como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e 
nos processos que envolvam: 
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
29. (Crescer Consultorias/CRF-PI - 2016) “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, 
bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos 
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.” (Novo Código 
Processual Civil). Sobre o direito probatório, de acordo com o CPC, é CORRETO afirmar que: 
a) Caberá às partes, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. 
b) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, independentemente de contraditório e ampla defesa. 
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
d) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo não 
poderão ser juntadas aos autos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 370, do NCPC, caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento 
da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. 
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 372, da Lei nº 13.105/15, o juiz poderá admitir a utilização 
de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o 
contraditório. 
A alternativa C é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 376, da referida Lei: 
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. 
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A alternativa D está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 377, do NCPC, a carta precatória e a carta 
rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a 
qualquer momento. 
30. (IESES/TJ-MA - 2016) Em relação a ata notarial é correto afirmar: 
a) A ata notarial deve ser redigida em língua portuguesa, pois a redação no idioma nacional é um dos seus 
elementos essenciais. 
b) A ata notarial é um tipo de documento que declara a existência de fatos e negócios jurídicos, devendo ter 
a assinatura de testemunhas que confirmem a veracidade dos fatos. 
c) Ao notário é permitido lavrar atas notariais de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha 
reta. 
d) A atuação do tabelião na elaboração da ata notarial tem como objetivo convocar o solicitante e as 
testemunhas, devendo ouvir suas declarações e as registrar, redigindo o documento conforme seu 
entendimento dos fatos. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 192, da Lei nº 13.105/15, prevê o uso da língua 
portuguesa em todos os atos praticados no processo. 
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. 
A alternativa B está incorreta. A existência ou o modo de existir do fato declarado é atestado pelo próprio 
tabelião. Não é exigido a assinatura de testemunhas para validar a ata notarial. Vejamos o art. 384, caput, 
da referida Lei: 
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 27, da Lei nº 8.935/94, ao notário é proibido praticar 
qualquer ato de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha reta. 
Art. 27. No serviço de que é titular, o notário e o registrador não poderão praticar, 
pessoalmente, qualquer ato de seu interesse, ou de interesse de seu cônjuge ou de 
parentes, na linha reta, ou na colateral, consanguíneos ou afins, até o terceiro grau. 
A alternativa D está incorreta. A presença de testemunhas é dispensável no ato de elaboração da ata 
notarial. 
31. (IESES/TJ-MA - 2016) Assinale a alternativa correta: 
a) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento 
do interessado, mediante ata notarial lavrada por tabelião. 
b) A ata notarial dispensa a qualificação das partes, pois o ato praticado em cartório tem fé pública. 
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c) Para lavrar uma ata notarial ou escritura o tabelião deve exigir das partes documentos que comprovem a 
existência de direitos que serão citados na ata, devendo ser respeitado o princípio da ampla defesa e do 
contraditório. 
d) A ata notarial e a escritura pública são documentos semelhantes, com a finalidade de outorgar poderes a 
terceiros para pratica de atos jurídicos. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 384, do NCPC: 
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou 
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. 
A alternativa B está incorreta. A ata notarial não dispensa a qualificação das partes, ainda que o ato praticado 
em cartório pelo tabelião tenha fé pública. 
A alternativa C está incorreta. Não são exigidos documentos comprobatórios da existência de direitos 
alegados nem a abertura de contraditório e de ampla defesa. Visto que, na ata notarial, o tabelião atesta a 
declaração fornecida pelas partes e não a veracidade do conteúdo desta declaração. 
A alternativa D está incorreta. Na ata notarial, o tabelião apenas atesta um fato que presenciou ou que foi 
levado ao seu conhecimento. Enquanto, na escritura pública, o tabelião lavra um documento contendo uma 
manifestação de vontade que constitui um negócio jurídico. 
32. (IDECAN/Câmara de Aracruz-ES - 2016) No tocante ao tratamento que o Novo Código de Processo 
Civil dá ao tema Ônus da Prova, assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) Há previsão expressa de distribuição dinâmica do ônus da prova pelo juiz. 
b) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito. 
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
d) As partes podem distribuir o ônus da prova de maneira diversa da prevista em lei, desde que a convenção 
das partes ocorra antes do processo. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme estabelece o art. 373, §1º, do NCPC: 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 370, da Lei nº 13.105/15: 
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Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
A alternativa C está correta, com base no art. 376, da referida Lei: 
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. 
Por fim, a alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §4º, do art. 373, do NCPC, 
a distribuição diversa do ônus da prova pode ser celebrada antes ou durante o processo. 
33. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em relação ao procedimento comum tratado no 
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas a seguir: 
I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente 
manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição. 
II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade em matéria de 
fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as 
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a esclarecer suas alegações. 
III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do 
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas II. 
b) Apenas III. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, conforme estabelece o art. 334, §4º, da Lei nº 13.105/15: 
§ 4o A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
O item II está correto, nos termos do §3º, do art. 357, da referida Lei: 
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§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz 
designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, 
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas 
alegações. 
O item III está correto, pois é o que dispõe o art. 359, do NCPC: 
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do 
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação 
e a arbitragem. 
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
34. (TRT-4º R/TRT-4ª R - 2016) Assinale a assertiva incorreta sobre processo de conhecimento. 
a) Até o trânsito em julgado da ação, poderá o Juiz conhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, 
a existência de perempção, litispendência ou coisa julgada, a ausência de legitimidade ou interesse 
processual, bem como a intransmissibilidade da ação, por disposição legal, em caso de morte. 
b) A não regularização da representação processual pelo autor, no prazo fixado pelo Juízo de primeiro grau, 
acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito. 
c) São condições da ação, conforme previsão expressa, e, portanto, matéria de ordem pública, sobre as quais 
o Juiz deve se pronunciar de ofício, a legitimidade de parte, o interesse processual e a possibilidade jurídica 
do pedido. 
d) É permitido ao Juiz decidir parcialmente o mérito em julgamento antecipado quando um ou mais pedidos 
ou parcela deles se mostrarem incontroversos ou em condições de imediato julgamento, podendo a parte 
liquidar ou executar, desde logo, a obrigação parcialmente reconhecida, ainda que existente recurso 
interposto. 
e) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e áudio, podendo ser realizada a gravação 
diretamente por qualquer das partes, ainda que sem autorização judicial. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme dispõe o §3º, do art. 485, do NCPC: 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer 
tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
A alternativa B está correta, com base no art. 76, caput, combinado com o §1º, I, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da 
parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
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I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Com a entrada em vigor do novo Código de Processo 
Civil, a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser considerada uma condição da ação. 
A alternativa D está correta, pois se refere ao art. 356, I e II, combinado com o §2º, do NCPC: 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados 
ou parcela deles: 
I - mostrar-se incontroverso; 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão 
que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso 
contra essa interposto. 
A alternativa E está correta, nos termos do art. 367, §§ 5º e 6º, da Lei nº 13.105/15: 
§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital 
ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, 
observada a legislação específica. 
§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente por qualquer 
das partes, independentemente de autorização judicial. 
35. (FAU/Prefeitura de Piraquara-PR - 2016) Sobre a Exibição de Documento ou Coisa, considere as 
seguintes afirmativas: 
I - A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se sua publicidade redundar 
em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, 
ou lhes representar perigo de ação penal. 
II - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência 
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em 
seguida proferirá decisão. 
III - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência 
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em 
seguida proferirá decisão. 
a) Nenhuma das afirmativas está correta. 
b) Todas as afirmativas estão corretas. 
c) Estão corretas as afirmativas I e II. 
d) Estão corretas as afirmativas I e III. 
e) Estão corretas as afirmativas II e III. 
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Comentários 
Vamos analisar os itens. 
O item I está correto. O art. 404, do NCPC, estabelece as hipóteses em que se admite que a parte ou o terceiro 
se escusem de exibir, em juízo, o documento ou a coisa. Vejamos: 
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisase: 
I - concernente a negócios da própria vida da família; 
II - sua apresentação puder violar dever de honra; 
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, 
devam guardar segredo; 
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem 
a recusa da exibição; 
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. 
Os itens II e III estão corretos, conforme prevê o art. 402, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o 
juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se 
necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão. 
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
36. (MPE-RS/MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações 
sobre o tema das provas, segundo o disposto no Código do Processo Civil. 
( ) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do 
foro de domicílio do autor. 
( ) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um 
cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de comunhão 
universal de bens. 
( ) O juiz não admitirá a recusa de exibição se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
( ) Fazem a mesma prova que os originais os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde 
que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na 
origem. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
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a) F – V – V – F. 
b) F – V – F – V. 
c) V – V – F – F. 
d) F – F – V – V. 
e) V – F – V – F. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das afirmativas. 
A primeira afirmativa é falsa. De acordo com o §2, do art. 381, do NCPC, a produção antecipada da prova é 
da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. 
A segunda afirmativa é falsa. O parágrafo único, do art. 391, da Lei nº 13.105/15, estabelece que nas ações 
que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou 
companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de 
bens. 
A terceira afirmativa é verdadeira, conforme prevê o art. 399, III, da referida Lei: 
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se: 
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
A afirmativa IV é verdadeira, com base no art. 425, V, do NCPC: 
Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: 
V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo 
seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na 
origem; 
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
37. (MPE-PR/MPE-PR - 2016) Sobre a disciplina das provas e da sentença no Direito Processual Civil, 
como previsto pelo Código de Processo Civil de 2015, assinale a alternativa correta: 
a) Os meios de prova admitidos pelo direito processual civil são aqueles previstos expressamente pelo Código 
de Processo Civil, sem qualquer exceção; 
b) O Código de Processo Civil admite a possibilidade de o magistrado distribuir o ônus da prova de modo 
diverso da regra geral, desde que o magistrado o faça no ato da sentença, de forma fundamentada; 
c) Quando o documento que se pretende utilizar como prova consistir em reprodução cinematográfica ou 
fonográfica, a parte deverá trazê-lo aos autos, devidamente degravados e reduzidos ao formato de termo 
escrito; 
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d) Nos casos considerados de baixa complexidade, o Código de Processo Civil admite que a sentença indique 
o ato normativo pertinente, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
e) Não se considera fundamentada a decisão que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, 
sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta 
àqueles fundamentos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 369, do NCPC, as partes têm o direito de empregar todos os 
meios legais, ainda que não especificados neste Código. Como vimos em aula, os meios de prova evoluem e 
não são taxativos. 
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
A alternativa B está incorreta. A primeira parte da alternativa está correta, pois o juiz pode distribuir o ônus 
da prova de forma diversa da regra geral. Contudo, a distribuição do ônus da prova deverá ser feita na 
instrução do processo para a obtenção de provas e não em sentença. Vejamos o art. 373, § 1º: 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
A alternativa C está incorreta, pois a exposição dos documentos que consistam em reprodução 
cinematográfica ou fonográfica será feita em audiência, conforme parágrafo único do art. 434. 
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos 
destinados a provar suas alegações. 
Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou 
fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada 
em audiência, intimando-se previamente as partes. 
A alternativa D está incorreta, pois se isso for feito, a sentença será considerada como não fundamentada. 
Vejamos o art. 489, do NCPC. 
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua 
relação com a causa ou a questão decidida; 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 489, §1º, V. 
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Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que: 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles 
fundamentos; 
38. (Serctam/Prefeitura de Quixadá-CE - 2016) Marque a alternativa INCORRETA. 
a) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório. 
b) Pelo princípio do autorregramento da vontade, se as partes decidirem que uma prova não deve ser 
produzida, ela não será e o juiz nãopode se opor à decisão das partes. 
c) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que 
não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz. 
d) Segundo a teoria da carga probatória dinâmica feita pelo juiz, compete ao autor provar fato constitutivo 
de seu direito e ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, podendo 
haver redistribuição do ônus da prova pelas partes. 
e) O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, 
indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento, podendo valorar prova que não foi 
objeto de contraditório. 
Comentários 
A alternativa A está correta, pois reproduz o art. 372, do NCPC. 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
A alternativa B está correta. Esse é o princípio da autonomia da vontade das partes, com relação aos direitos 
que admitam autocomposição e é baseada no art. 190, do NCPC. De todo modo, trata-se de entendimento 
ainda não consolidado, uma vez que a prova se destina aos autos do processo e o magistrado tem o dever 
de conduzi-lo de forma a alcançar a verdade processual. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às 
partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais, antes ou durante o processo. 
A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 369. 
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Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade 
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
A alternativa D está correta, com base no art. 373, §1º. Como vimos, há o conceito de distribuição dinâmica 
do ônus da prova e a possibilidade de distribuição desse ônus por parte do magistrado. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
autor. 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. Ao juiz não é permitido fundamentar a sua decisão 
em uma prova não submetida ao contraditório. Vejamos o art. 371, do NCPC. 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que 
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
39. (TRT 4º Região - 2016) Assinale a assertiva correta sobre prova. 
a) É possível a inversão do ônus da prova por convenção das partes em qualquer circunstância, devendo o 
Juiz fundamentar decisão contrária à disposição convencionada. 
b) Consiste a confissão no reconhecimento do fato em que se funda o direito do autor. A confissão de um 
fato equivale, em termos de efeitos jurídicos, ao reconhecimento jurídico do pedido, conduzindo 
necessariamente à procedência da pretensão da parte adversa. 
c) Para que a confissão extrajudicial gere efeitos no processo, deverá ser renovada em seus termos perante 
o Juiz da causa. 
d) Exceto na hipótese de sigilo profissional, é vedado à parte ou a terceiro se escusarem de exibir, em Juízo, 
documento ou coisa, quando instados a fazê-lo pelo Julgador, hipótese em que este deverá adotar medidas 
coercitivas para efetivar a exibição, a exemplo de imposição de multa por atraso e busca e apreensão. 
e) O Juiz pode determinar, de ofício, ainda que com oposição das partes, a realização das provas que 
entender necessárias à solução do litígio. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Não é em qualquer caso que o juiz estará autorizado a inverter o ônus da 
prova. 
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A alternativa B está incorreta. A confissão implica o reconhecimento dos fatos e não o reconhecimento 
jurídico do pedido. Vejamos o art. 389, do NCPC. 
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato 
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
A alternativa C está incorreta. Não há necessidade de que a confissão extrajudicial seja renovada em juízo 
para que produza efeitos. 
A alternativa D está incorreta. O art. 404 prevê em quais hipóteses é vedado à parte ou a terceiro se 
escusarem de exibir, em Juízo, documento ou coisa. A hipótese de sigilo profissional está entre eles. 
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se: 
I - concernente a negócios da própria vida da família; 
II - sua apresentação puder violar dever de honra; 
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; 
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, 
devam guardar segredo; 
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem 
a recusa da exibição; 
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. 
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito 
a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para 
dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme o art. 370. 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
40. (FUNRIO/Prefeitura de Itupeva-SP - 2016) Ao instituir modificações na estruturação das provas o 
Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu, dentre outras inovações a: 
a) teoria dinâmica do ônus da prova 
b) determinação de prova por decisão ex officio do magistrado 
c) apresentação ilimitada de testemunhas 
d) adoção de prova documental 
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e) previsão de arguição de falsidade. 
Comentários 
A questão faz referência à teoria dinâmica do ônus da prova, positivada pelo NCPC. Vejamos o art. 373, §1º: 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da 
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá 
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
Como dissemos em aula, a possibilidade de distribuição do ônus da prova de forma dinâmica no processo é 
uma das novidades do NCPC. 
Dessemodo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
41. (MPDFT/MPDFT - 2015) O novo Código de Processo Civil, aprovado pela Lei 13.105/2015 
(CPC/2015), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/1973. 
Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue os itens a seguir: 
I. A prova requerida no processo antes da vigência do novo código, isto é sob as regras legislativas do 
CPC/1973, ao ser produzida na vigência do CPC/2015, regular-se-á pelo novo diploma legal. 
II. A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/2015, 
incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/2015. 
III. Ao entrar em vigor, o CPC/2015 será aplicado aos processos que se iniciarem sob a sua égide, mantendo-
se o CPC/1973 para reger todos os processos iniciados em data anterior à vigência do novo código 
IV. Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/1973, em processos não sentenciados, por exemplo, 
a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina 
processual do CPC/2015. 
V. A norma processual do CPC/2015 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso, 
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do CPC/1973. 
Assinale a alternativa que contém os itens CORRETOS: 
a) I, II e IV. 
b) III, IV e V. 
c) I, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) I, IV e V. 
Comentários 
Essa não é bem uma questão de prova, mas de direito intertemporal, todavia, vamos analisar cada um dos 
itens. 
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O item I está incorreto. De acordo com o art. 1.047, do NCPC, as disposições de direito probatório adotadas 
neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de 
sua vigência. 
O item II está correto, com base no art. 1.046. Iniciada uma nova contagem de prazo em processo em curso, 
deverá ser observada a regra contida no NCPC e não mais no CPC/73. 
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos 
processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
O item III está incorreto. Conforme comentário acima. 
Os itens IV e V estão corretos, pois está previsto no art. 14. 
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos 
em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas 
sob a vigência da norma revogada. 
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
42. (FMP-RS/TJ-MT - 2014) Sobre o direito probatório no processo civil, é correto afirmar que 
a) não vige, no direito brasileiro, a regra da atipicidade dos meios de prova. 
b) não vige, no processo civil, a regra da comunhão da prova. 
c) vige, entre nós, a teoria da distribuição fixa do ônus da prova, que pode, contudo, ser invertida e 
dinamizada, conforme o caso. 
d) vige, entre nós, a teoria das normas que distribui o ônus da prova de acordo com a capacidade de provar 
de cada uma das partes. 
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Os meios de prova não estão taxativamente previstos no NCPC, dessa forma, 
vige o princípio da atipicidade dos meios de prova. 
A alternativa B está incorreta. Como vimos, é possível a comunhão de provas por meio do instituto da prova 
emprestada. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A distribuição da prova pode ser dinamizada ou 
invertida em certas situações, pois o §1º, do art. 373, do NCPC, adotou a teoria da distribuição dinâmica do 
ônus da prova. 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou 
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus 
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da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que 
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
A alternativa D está incorreta, pois como vimos são usadas as teorias estática e dinâmica de distribuição do 
ônus da prova. 
A alternativa E está incorreta, pois a alternativa C está correta. 
43. (UFMT/DPE-MT - 2016) Em relação às provas no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a 
afirmativa correta. 
a) O Código de Processo Civil consagrou a posição jurisprudencial, adotada pelo Superior Tribunal de Justiça, 
segundo a qual o ônus da prova é regra de julgamento. 
b) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa 
justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
c) A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o décuplo do maior 
salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados. 
d) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
e) Ao juiz incumbe-lhe determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las 
sobre os fatos da causa; havendo silêncio ou recusa em depor, incidirá a pena de confesso. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 373, do NCPC, a inversão do ônus da prova deve 
ocorrer na fase de saneamento do processo, e não na sentença, pois deve ser assegurada às partes a 
possibilidade de se desincumbir do ônus probatório (regra de instrução), o que não é possível quando a 
inversão ocorre como regra de julgamento. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 381, III. 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 442, a prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo 
a lei de modo diverso. 
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 381, §3º, a produção antecipada da prova não previne a 
competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
A alternativa E está incorreta. Conforme o art. 139, VIII, o juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe 
determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da 
causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso. 
44. (QFAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 
13.105/2015, Gabriel propõe ação de produção antecipada de prova pericial em face da Construtora 
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Macondo S/A. Alega, basicamente, em petição inicial, que preenche os requisitos legais e que a prova, 
caso produzida, terá o condão de viabilizar a autocomposição das partes. Nesse caso, é correto afirmar 
que a produção 
a) deverá ser indeferida, uma vez que a justificativa de Gabriel não demonstra perigo de que venha a se 
tornar impossível a verificação dos fatos. 
b) deverá ser indeferida, uma vez que a medida judicial em questão só pode ser utilizada para produção de 
prova oral. 
c) deverá ser deferida, e, caso Gabriel queira propor ação indenizatória posteriormente, o juízo da ação de 
produção antecipada já estará prevento para julgar a nova ação. 
d) deverá ser deferida, e, havendocaráter contencioso, deverá o juiz determinar, inclusive de ofício, a citação 
de interessados na produção da prova. 
e) deverá ser indeferida, uma vez que o direito à prova encontra óbice no direito à livre iniciativa da parte 
contrária. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas. 
Por se tratar de prova que possa evitar o surgimento de uma ação judicial por intermédio da 
autocomposição, temos o atendimento da regra que consta do art. 381, II, do NCPC: 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
Desse modo, devemos desconsiderar as alternativas A, B e E, que falam do indeferimento. 
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
Por fim, a alternativa C não pode ser considerada, pois não há prevenção entre o juízo responsável por julgar 
a ação de produção de provas antecipada e a eventual ação posteriormente ajuizada, ante o que disciplina 
o §3º do art. 381, do NCPC. 
O fato de o art. 382 do NCPC exigir que haja menção precisa dos fatos sobre os quais a prova irá recair, não 
justifica o indeferimento, haja vista que o enunciado não fala que não houve descrição da prova, 
simplesmente fala que o peticionamento foi simples e direto. 
45. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) No tocante às provas a serem produzidas inovou o NCPC. Assinale a 
alternativa INCORRETA, dentre as elencadas. 
a) O NCPC em seu art. 439 dispõe que “a utilização de documentos eletrônicos no processo convencional 
dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade, na forma da lei” 
b) No artigo 381, incisos II e III do NCPC há duas previsões específicas, que estabelecem a possibilidade de se 
pedir, no Judiciário, a produção antecipada de prova para os casos em que a prova a ser produzida seja 
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suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito; ou o prévio 
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
c) No Novo CPC, os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos 
ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. 
Permanece a regra de que na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, 
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou 
científico detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. 
d) O NCPC inovou, trazendo tópicos importantes: arguição de falsidade documental; juntada de documentos 
novos no processo e utilização de documentos eletrônicos. Desses o talvez seja o mais importante o do Art. 
435, que permite juntar aos autos documento novos em qualquer momento do processo. É lícito às partes, 
em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois 
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. 
e) O artigo 372 do NCPC: “O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório”. Trata-se de norma sem 
correspondência no atual CPC. 
Comentários 
A alternativa A está correta. De fato, corresponde ao art. 489, do NCPC. 
Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de 
sua conversão à forma impressa e da verificação de sua autenticidade, na forma da lei. 
A alternativa B está correta. Vejamos o art. 381, que menciona em quais hipóteses a produção antecipada 
da prova será admitida. 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de 
certos fatos na pendência da ação; 
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito; 
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
A alternativa C está correta, com base no art. 156, §§1º e 5º. 
§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos 
técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o 
juiz está vinculado. 
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a 
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão 
técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização 
da perícia. 
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A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. O NCPC trata da arguição de falsidade documental, 
da juntada de documentos novos no processo e da utilização de documentos eletrônicos, porém, isso não 
corresponde a uma novidade na legislação, pois já são admitidos na sistemática do CPC73. 
A alternativa E está correta. De fato, corresponde ao art. 372. 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
46. (TRF - 4ª REGIÃO - 2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015: 
I. É possível sentença de mérito que resolva parcialmente a lide, prosseguindo o processo quanto à parcela 
não resolvida, sendo a decisão impugnável por agravo de instrumento. 
II. O rol de testemunhas deve ser apresentado no prazo de 15 dias da decisão de saneamento, se escrita, ou 
na própria solenidade, se o saneamento for em audiência. 
III. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo Ministério Público caso seu representante, 
injustificadamente, não compareça à audiência de instrução. 
IV. A distribuição do ônus da prova é dinâmica, fixada em princípio no próprio Código, mas podendo ser 
alterada pelo juiz diante de peculiaridades da causa relacionadas à excessiva dificuldade de cumprir o 
encargo segundo a regra geral. 
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
d) Estão corretas todas as assertivas. 
e) Nenhuma assertiva está correta. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens: 
O item I está correto. Vejamos o art. 356, II, combinado com o art. 355, ambos do NCPC. 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados 
ou parcela deles: 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de 
mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras provas; 
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II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de 
prova, na forma do art. 349. 
O item II está correto, em face do que prevê o §4º, do art. 357, do NCPC: 
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz 
designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, 
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas 
alegações. 
§ 4oCaso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo 
comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. 
§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol 
de testemunhas. 
O item III está correto, pois reproduz o art. 362, §2º, do NCPC: 
§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado 
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao 
Ministério Público. 
O item IV foi considerado correto pela banca. Contudo, aparenta ser contraditório. Assim, a princípio, a 
distribuição do ônus da prova é estático, contudo, o magistrado poderá, em situações de impossibilidade ou 
de excessiva dificuldade, dinamizar o ônus da prova na forma do art. 373, do NCPC. De todo modo, não foi o 
entendimento da banca. 
Assim, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
47. (FAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 
13.105/2015, Fernando propõe ação de exibição de documentos em face de Álvaro. Álvaro contesta a 
ação, apresentando justificativa para não exibir. O juiz julga ilegítima a justificativa de Álvaro, por 
considerar que o réu possui o documento, que tem dever legal de exibi-lo e que o documento em questão 
é comum às partes e necessário para a instrução do feito. Nesse caso, é correto afirmar que, em tese, 
a) o juiz não poderia admitir como verdadeiros os fatos que, por meio do documento, Fernando pretendia 
provar. 
b) o juiz poderia determinar busca e apreensão do documento, mas não poderia utilizar medidas coercitivas, 
como a multa diária, para constranger Álvaro a exibi-lo. 
c) o juiz poderia adotar medidas como multa diária, busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos, 
para fazer com que o documento seja levado a juízo. 
d) o juiz só poderia presumir a veracidade de fatos que não pudessem ser provados por outros meios de 
prova, como a prova pericial, a testemunhal ou a ata notarial. 
e) o juiz deveria ter determinado a exibição do documento, ainda que Álvaro tivesse comprovado que a 
apresentação do documento violasse dever seu de honra. 
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Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O juiz poderia adotar medidas como multa diária, 
busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos, para fazer com que o documento seja levado a juízo. 
A respeito da exibição de documentos, o art. 400, em seu parágrafo único, do NCPC, dispõe: 
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. 
Sendo que a multa diária corresponde a uma medida indutiva, a busca e apreensão a uma medida sub-
rogatória e a restrição ao exercício de direitos a uma medida coercitiva. 
48. (IESES/TJ-PA - 2016) Indique a alternativa INCORRETA: 
a) O juízo de valores sobre fatos escapa ao alcance da ata notarial. 
b) O instrumento notarial se presta a prevenir litígios e a abreviá-los, diante da qualidade da prova que 
constituem. 
c) O controle da lavratura da ata notarial é exclusivo do notário, por se tratar de ato unilateral de sua 
exclusiva competência, sem que o requerente possa contestar ou refutar o que nela constar. 
d) O tabelião deve fazer um juízo de valor sobre os fatos por ele percebidos antes da lavratura da ata notarial. 
Comentários 
A alternativa A está correta, pois o tabelião deve atestar fatos, não emitir valores. 
A alternativa B está correta, pois constitui justamente a finalidade da ata notarial. 
A alternativa C está correta, embora o fundamento explícito esteja no art. 7º, III, da Lei nº 8.935/94, podemos 
concluir isso a partir da ideia subjacente a esse meio de prova expressamente previsto no NCPC. Apenas para 
ilustrar, confira: 
Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade: 
I - lavrar escrituras e procurações, públicas; 
II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados; 
III - lavrar atas notariais; 
A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Ao tabelião de notas compete atestar a existência 
ou o modo de existir de algum fato, ou seja, de atestar a declaração a ele feita, não lhe cabendo emitir 
qualquer juízo de valor a respeito do que lhe é notificado. 
49. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS - 2015) No depoimento pessoal das partes, nos termos do Código de 
Processo Civil, a parte não poderá servir-se de 
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a) consultas breves 
b) processos mnemônicos 
c) recordações longevas 
d) escritos adrede preparados 
e) indicações de datas 
Comentários 
De acordo com o art. 387, do NCPC, a parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não 
podendo servir-se de escritos anteriormente preparados. 
Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-
se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas 
breves, desde que objetivem completar esclarecimentos. 
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
50. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014) Assinale a alternativa correta. 
a) A parte, no depoimento pessoal, responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, podendo, no 
entanto, servir-se de escritos anteriormente preparados. 
b) A confissão espontânea é ato personalíssimo da parte, não podendo ser efetuada por mandatário. 
c) A ação para anular confissão é transmissível aos herdeiros, ainda que não iniciada em vida do confitente. 
d) Nas ações que versarem sobre direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem 
a do outro. 
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 387, do NCPC, a parte responderá pessoalmente sobre 
os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, 
todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos. 
A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 390, §1º, a confissão espontânea pode ser feita pela própria 
parte ou por representante com poder especial. 
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 393, a confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se 
decorreu de erro de fato ou de coação. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do 
confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 391. 
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os 
litisconsortes. 
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Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre 
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, 
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens. 
A alternativa E não pode ser assinalada, pois a alternativa D está correta. 
51. (FAURGS/TJ-RS - 2012) Assinale a alternativa correta sobre o regime da prova no Código de 
Processo Civil. 
a) No depoimento pessoal, não é permitido à parte servir-se de notas breves para completar 
esclarecimentos. 
b) A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados. 
c) Não se admite confissão espontâneafeita a mandatário, mesmo que com poderes especiais. 
d) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia inclusive nos casos em que a lei exija prova 
literal. 
e) A confissão é irrevogável e não poderá ser anulada se colhida em juízo. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 387, do NCPC, o juiz permite a consulta a notas breves, 
desde que objetivem completar esclarecimentos. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 388, I, da referida Lei: 
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; 
A alternativa C está incorreta. O §1º, do art. 390, da Lei nº 13.105/15, estabelece que a confissão espontânea 
pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 394, do NCPC, pois “a confissão extrajudicial, quando 
feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal”. 
A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 393, do NCPC, “a confissão é irrevogável, mas pode ser 
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação”. 
52. (IADES/ApexBrasil - 2018) Quanto à teoria geral da prova, assinale a alternativa correta. 
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda 
que não especificados no Código de Processo Civil, para provar a verdade dos fatos. 
b) O juiz não poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, sob pena de ofensa ao 
princípio do contraditório. 
c) A alegação de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário independe de prova, tendo em 
vista o princípio de que o juiz conhece o direito (iura novit curia). 
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d) O juiz não poderá determinar, de ofício, as provas necessárias ao julgamento do mérito, em atenção ao 
princípio da inércia da jurisdição. 
e) O princípio que veda a produção de provas contra si não se aplica ao processo civil, sendo tal princípio 
garantido às partes somente no processo penal. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A liberdade probatória, apesar de não ser ilimita, é 
substancialmente ampla. Nesse sentido, a assertiva reproduz o teor do disposto no art. 396 do CPC, que 
autoriza às partes que sejam empregados todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda 
que não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz. 
A alternativa B está incorreta, pois é válida a utilização de prova produzida em outro processo. Trata-se da 
prova emprestada. Essa previsão está contida no art. 372, do CPC . Confira: 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 376, do CPC, a parte que alegar direito 
municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz 
determinar. Ou seja, não são situações que independem de prova (iura novit cúria). 
A alternativa D está incorreta, pois o o juiz, como sujeito processual que é, tem autonomia para determinar 
a produção probatória de ofício, de acordo com o disposto no art. 370, do CPC. 
A alternativa E está incorreta. O direito de não produzir prova contra si não é limitado à esfera processual 
penal. O art. 379, caput do CPC prevê essa garantia. Veja: 
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte: (...) 
53. (FUNDEP/Pref Pará de MG - 2018) Analise as seguintes afirmativas sobre as provas no processo civil 
e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. 
( ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à 
audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório 
no prazo de três dias. 
( ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será 
ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência. Após o depoimento do autor, será realizado 
o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências. 
( ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença 
do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes. 
( ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser 
apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido 
o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno 
da preclusão temporal. 
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Assinale a sequência CORRETA. 
a) V F F V 
b) V F F F 
c) F V V F 
d) V V F V 
Comentários 
O item I está correto, pois reproduz a regra contida no art. 462 do CPC no sentido de que a testemunha pode 
requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte 
pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias. 
O item II é correto. A partir da interpretação conjunta dos arts. 361, inciso II; art. 385, caput, e § 1º do CPC, 
pode-se concluir que a ordem preferencial de produção da prova oral é a oitiva do autor e, em seguida, do 
réu, sendo vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. 
Confira os dispositivos: 
Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; 
 Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta 
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de 
ordená-lo de ofício. 
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. 
O item III está incorreto, pois, de acordo com o art. 405 do CPC, a presunção de veracidade do documento 
público atinge apenas os fatos que tenham ocorrido na presença do o escrivão, do chefe de secretaria, do 
tabelião ou do servidor que declarar a ocorrência. 
O item IV está correto. A recusa da tarefa pelo perito é permitida, desde que respeitada as formalidades do 
art. 157, §1º do CPC, tal como previsto na assertiva. Confira: 
Art. 157, § 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da 
intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao 
direito a alegá-la. 
Assim, a sequência de julgamento dos itens é (V) (V) (F) (V), estando correta a alternativa D. 
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LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
CESPE 
1. (CESPE/TJDFT - 2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de 
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o Código de Processo Civil, as partes são impedidas de fazer perguntas diretamente às 
testemunhas, bem como de dirigir-lhes questionamentos que induzam as respostas ou tratem de fatos 
diversos do processo. 
b) O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de instrução e 
julgamento nãoimplicará a revelia para o réu nem a extinção do processo para o autor; porém, o juiz poderá 
dispensar a produção de provas requeridas pela parte cujo advogado estiver ausente. 
c) Ao réu cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor caberá provar fatos 
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda. 
d) A arguição de falsidade documental, por não ter natureza meritória, será resolvida necessariamente como 
questão incidental, sendo vedado às partes requerer que o juiz decida esse ponto como questão principal. 
e) O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta dias 
úteis previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judiciário por se tratar de 
prazo próprio expresso no referido código. 
2. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova 
requerida antes do ajuizamento da demanda principal 
a) segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão que indeferir 
totalmente a produção da prova pleiteada. 
b) pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento dos fatos é 
imprescindível para o ajuizamento de ação. 
c) é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida. 
d) acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na prova produzida. 
3. (CESPE/DPE-PE - 2018) Não havendo processo anterior que trate da situação, a demonstração de 
que determinado fato ocorreu em rede social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada 
aos autos 
a) de declaração pessoal do autor. 
b) de prova emprestada. 
c) do computador. 
d) da prova pericial. 
e) de ata notarial. 
4. (CESPE/DPE-PE - 2018) Na ação civil, relaciona-se ao pedido de exibição de documento ou coisa o 
pressuposto processual consistente na 
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a) manifestação do Ministério Público sobre a existência de prejuízo, caso não ocorra a exibição. 
b) explicação, pelo autor, de que existe o objeto do pedido e de que ele se encontra em poder da outra parte 
na relação processual. 
c) demonstração, pelo autor, de que pretende conhecer documentos ou coisa para instruir ação de terceiros. 
d) existência de documento que comprove a repetição de processos que contenham controvérsia acerca da 
mesma questão em direito. 
e) relevância da questão de direito, que deve ter grande repercussão social, mesmo sem se repetir em 
múltiplos processos. 
5. (CESPE/STJ - 2018) Acerca do procedimento comum, julgue o item que se segue. 
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é possível por convenção das 
partes. 
6. (CESPE/STJ - 2018) A luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue os próximos itens. 
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade de o magistrado atuar de 
ofício está expressamente prevista em lei e é compatível com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo 
cooperativo. 
7. (CESPE/TCE-SC - 2016) A respeito dos recursos, do cumprimento de sentença, da revelia e das 
provas, julgue o item que se segue. 
Caso o réu perceba, antes de proferida a sentença, que incidiu em erro ao confessar os fatos, a revogação 
da prova deverá ser requerida incidentalmente. 
8. (CESPE/FUNPRESP-JUD - 2016) Julgue o item a seguir, referente ao processo de conhecimento e ao 
cumprimento de sentença. 
Para que qualquer das partes possa utilizar de prova emprestada, é necessário, entre outros requisitos, que 
a parte contra quem a prova será produzida tenha sido parte também no processo originário e que nele 
tenha sido observado o contraditório. 
9. (CESPE/TRE-RS - 2015) A prova é um meio hábil de confirmar a existência ou a inexistência de um 
acontecimento ou de um ato, e, quando dirigida ao magistrado, visa dar solução ao caso posto em juízo. 
O CPC estabelece regras acerca da prova e da sua produção. No que se refere à prova e às situações que a 
envolvem, assinale a opção correta. 
a) Segundo as regras processuais expressas relativas ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o fato 
constitutivo do seu direito, sendo lícita a convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa, 
quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do 
direito. 
b) Da regra estática de distribuição do ônus da prova, extrai-se que quem alega o que não aconteceu terá o 
ônus de provar o fato negativo, o que constitui o que a doutrina denomina de prova diabólica. Em face disso, 
entende-se admissível que o magistrado fundamentadamente redistribua o ônus da prova tendo em vista a 
facilidade de obtenção da prova. 
c) Em relação à distribuição do ônus da prova, o CPC aboliu a teoria estática do ônus da prova, de forma que 
o magistrado deve, na decisão saneadora delimitar expressamente o ônus da prova. 
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d) O direito processual civil positivado determina que os fatos notórios sejam provados por quem os alega, 
sob pena de cercear a defesa daquele contra quem a prova é utilizada. 
e) A confissão é a declaração de uma parte acerca da verdade dos fatos, que pode ser judicial ou extrajudicial. 
Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao adversário e favorável ao seu 
interesse. 
10. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue. 
A confissão espontânea somente poderá ser realizada pela própria parte e, no caso de a ação judicial versar 
sobre direito indisponível, não será válida para o julgamento da causa. 
11. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue. 
O juiz pode, de ofício, em qualquer fase do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a 
fim de interrogá-las sobre questões que envolvem a causa. 
12. (CESPE/Telebras - 2015) Valter, domiciliado em Brasília, ajuizou, perante a justiça comum da 
circunscrição judiciária de Brasília, ação de cobrança de quantia certa contra Gustavo, domiciliado em 
Porto Alegre. Em sua peça contestatória, Gustavo arguiu preliminar de incompetência territorial, e, no 
mérito, requereu a improcedência do pedido em função de suposta dação em pagamento. Considerando 
essa situação hipotética, julgue os item subsequente. 
O ônus da prova compete a Gustavo, visto que ele apresentou fato modificativo do direito do autor. 
13. (CESPE/TRE-GO - 2015) Com base no que dispõe o Código de Processo Civil, julgue o item seguinte. 
No direito processual civil, expressa disposição legal admite que o juiz aja de ofício e determine a produção 
de prova, o que constitui exceção ao princípio conhecido como dispositivo. 
14. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o seguinte item, relativos à resposta do réu e à teoria das provas no 
sistema processual civil. 
O juiz pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes em qualquer fase em que se 
encontrar o processo, com o intuito de interrogá-las sobre questões que envolvam a causa, para seu correto 
deslinde e julgamento. 
15. (CESPE/TJ-CE - 2014) Acerca de audiência e provas, assinale a opção correta. 
a) Depende de prova fatos notórios e em cujo favor milita presunção de inocência, ainda que para fins de 
certificação. 
b) Depende de prova fatos afirmados por uma parte e confessado por outa e admitidos como incontroversos 
nos autos, ainda que para fins de certificação. 
c) A título de depoimento, a parte pode ler em voz alta, na audiência, texto que tenha preparado 
anteriormente para estafinalidade. 
d) Verificada a inocorrência do efeito da revelia, poderá o juiz designar audiência. 
e) Cada parte tem direito de assistir ao interrogatório da outra em audiência. 
16. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Acerca da citação e da prova no sistema processual civil, 
julgue os seguintes itens. 
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É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer convenção que distribua de maneira 
diversa o ônus da prova estabelecido em lei. Trata-se, no caso, de regra legal que não se encontra à 
disposição das partes e não admite exceção. 
17. (CESPE/TRE-BA - 2010) Julgue os itens subsequentes, a respeito da prova, do ônus da prova, do 
tempo dos atos processuais, dos recursos e suas espécies, da competência e da ação rescisória. 
Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto 
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
Outras Bancas 
18. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR - 2019) Como garantia de exercício da ampla defesa e do 
contraditório, as partes estão autorizadas a apresentar no processo as provas que entendam necessárias 
para a solução do conflito. Há, portanto, no Código de Processo Civil, uma teoria voltada a análise e 
tratamento dos meios probatórios. A respeito da teoria geral das provas, identifique as afirmativas a seguir 
como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
( ) Entre as hipóteses de cabimento da produção antecipada da prova, estão os casos em que haja fundado 
receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da 
ação. 
( ) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito, podendo ele indeferir, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. 
( ) A regra do ônus da prova é uma regra de procedimento, e, portanto, nas hipóteses de distribuição 
dinâmica ou inversão do ônus da prova, o juiz deverá, na decisão saneadora, definir a distribuição de tal 
ônus. 
( ) A falsidade documental deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 5 (cinco) dias, 
contados a partir da intimação da juntada do documento aos autos. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
a) V – F – V – F. 
b) F – V – F – V. 
c) V – F – F – V. 
d) F – F – V – V. 
e) V – V – V – F. 
19. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Provas: 
a) A teoria estática do ônus da prova continua sendo a regra geral do sistema probatório. A teoria dinâmica 
tem lugar quando, por exemplo, existir impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo 
estabelecido pelo legislador como regra geral; todavia, é preciso que o magistrado assim o faça de forma 
fundamentada, e que permita que a parte possa produzir as provas necessárias de modo a se desincumbir 
do ônus que lhe foi atribuído. Além disso, tal decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do 
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
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b) As partes podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da 
que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne 
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
c) O direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de 
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio 
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação. 
d) O modo de existir e a existência de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento 
do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Dados representados por imagem ou som gravados em 
qualquer tipo de mídia também poderão constar da ata notarial. 
20. (IBFC/TJ-PE - 2017) Sobre as provas em direito processual civil, analise os itens abaixo. 
I. É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do 
juiz. 
II. O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sendo vedada a inversão do 
ônus da prova sob qualquer hipótese. 
III. Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos independerão de prova. 
IV. O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar 
adequado, observado o contraditório. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I e III são corretos. 
b) Apenas II e IV são corretos. 
c) Apenas II e III são corretos. 
d) Apenas I e IV são corretos. 
e) I, II, III e IV são corretas. 
21. (MPT/MPT - 2017) Acerca da produção probatória, de acordo com o Código de Processo Civil (CPC), 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que 
não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz. 
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização de inspeção 
judicial que for considerada necessária. 
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se cumprir o encargo da 
distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que 
por decisão fundamentada. 
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito. 
e) Não respondida. 
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22. (FAFIPA/Fundação Araucária-PR - 2017) Em se tratando das disposições do Código de Processo Civil 
vigente (Lei 13.105/2015) acerca da audiência de instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou 
chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática os 
advogados não tenham poderes. 
b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: o autor e, 
em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, 
que serão inquiridas; o perito e os assistentes técnicos. 
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público 
não tenha comparecido à audiência, não se aplicando essa regra ao Ministério Público. 
d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído 
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, 
se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos. 
23. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da audiência de 
instrução e julgamento no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Instalada a audiência, o juiztentará conciliar as partes, desde que não tenham sido antes empregados 
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
b) A audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a uma hora do 
horário marcado. 
c) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados e o 
Ministério Público poderão intervir ou apartear livremente, ainda que sem licença do juiz. 
d) Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 
60 (sessenta) dias. 
e) Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério 
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, 
prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. 
24. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema das provas no 
âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à 
excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova 
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi 
atribuído. 
b) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo, ainda que concedidas sem efeito 
suspensivo, não poderão ser juntadas aos autos. 
c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente 
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. 
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
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e) Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade. 
25. (IESES/ALGÁS - 2017) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da question. 
b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a agilizar o 
ajuizamento de ação. 
c) A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução 
de conflito. 
d) Haja fundado receio de que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de certos fatos na 
pendência da ação. 
26. (MPE-PR/MPE-PR - 2017) Sobre o regime das provas no Código de Processo Civil de 2015, assinale 
a alternativa incorreta: 
a) O direito processual civil incorpora a regra da atipicidade dos meios de prova, desde que os meios 
empregados pelas partes sejam legais e moralmente legítimos. 
b) A prova deve constar dos autos do processo e o juiz pode valorá-la independentemente de quem a 
produziu nos autos, devendo indicar na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
c) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório. 
d) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente 
acontece. 
e) A regra do ônus da prova é aplicada somente em dimensão objetiva, servindo como regra de julgamento 
a ser aplicada pelo magistrado em caso de dúvida sobre as alegações de fato das partes. 
27. (FUNECE/UECE - 2017) o que diz respeito à produção antecipada da prova, assinale a afirmação 
verdadeira. 
a) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do 
foro de domicílio do réu. 
b) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
c) O juízo estadual não tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, 
de entidade autárquica ou de empresa pública federal ainda que, na localidade, não exista vara federal. 
d) Em qualquer caso, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na 
produção da prova ou no fato a ser provado. 
28. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do Ministério Público e da 
audiência de instrução e julgamento, a teor do disposto no Novo Código de Processo Civil. 
a) Intervindo nos processos como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produzir provas, 
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. 
b) Considerando o princípio da publicidade dos atos processuais, a audiência será sempre pública. 
c) O Ministério Público possui prazo em dobro para manifestação nos autos, não se aplicando o benefício da 
contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público. 
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d) A audiência é una e contínua, todavia, havendo concordância das partes, na ausência de perito ou de 
testemunha, poderá ser excepcional e justificadamente cindida. 
e) O Ministério Público, atuando como fiscal da ordem jurídica, intervirá nos processos que envolvam litígios 
coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
29. (Crescer Consultorias/CRF-PI - 2016) “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, 
bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos 
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.” (Novo Código 
Processual Civil). Sobre o direito probatório, de acordo com o CPC, é CORRETO afirmar que: 
a) Caberá às partes, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. 
b) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, independentemente de contraditório e ampla defesa. 
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
d) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo não 
poderão ser juntadas aos autos. 
30. (IESES/TJ-MA - 2016) Em relação a ata notarial é correto afirmar: 
a) A ata notarial deve ser redigida em língua portuguesa, pois a redação no idioma nacional é um dos seus 
elementos essenciais. 
b) A ata notarial é um tipo de documento que declara a existência de fatos e negócios jurídicos, devendo ter 
a assinatura de testemunhas que confirmem a veracidade dos fatos. 
c) Ao notário é permitido lavrar atas notariais de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha 
reta. 
d) A atuação do tabelião na elaboração da ata notarial tem como objetivo convocar o solicitante e as 
testemunhas, devendo ouvir suas declarações e as registrar, redigindo o documento conforme seu 
entendimento dos fatos. 
31. (IESES/TJ-MA - 2016) Assinale a alternativa correta: 
a) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento 
do interessado, mediante ata notarial lavrada por tabelião. 
b) A ata notarial dispensa a qualificação das partes, pois o ato praticado em cartório tem fé pública. 
c) Para lavrar uma ata notarial ou escritura o tabelião deve exigir das partes documentos que comprovem a 
existência de direitos que serão citados na ata, devendo ser respeitado o princípio da ampla defesa e do 
contraditório. 
d) A ata notarial ea escritura pública são documentos semelhantes, com a finalidade de outorgar poderes a 
terceiros para pratica de atos jurídicos. 
32. (IDECAN/Câmara de Aracruz-ES - 2016) No tocante ao tratamento que o Novo Código de Processo 
Civil dá ao tema Ônus da Prova, assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) Há previsão expressa de distribuição dinâmica do ônus da prova pelo juiz. 
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b) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do 
mérito. 
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar. 
d) As partes podem distribuir o ônus da prova de maneira diversa da prevista em lei, desde que a convenção 
das partes ocorra antes do processo. 
33. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em relação ao procedimento comum tratado no 
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas a seguir: 
I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente 
manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição. 
II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade em matéria de 
fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as 
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a esclarecer suas alegações. 
III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do 
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas II. 
b) Apenas III. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
34. (TRT-4º R/TRT-4ª R - 2016) Assinale a assertiva incorreta sobre processo de conhecimento. 
a) Até o trânsito em julgado da ação, poderá o Juiz conhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, 
a existência de perempção, litispendência ou coisa julgada, a ausência de legitimidade ou interesse 
processual, bem como a intransmissibilidade da ação, por disposição legal, em caso de morte. 
b) A não regularização da representação processual pelo autor, no prazo fixado pelo Juízo de primeiro grau, 
acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito. 
c) São condições da ação, conforme previsão expressa, e, portanto, matéria de ordem pública, sobre as quais 
o Juiz deve se pronunciar de ofício, a legitimidade de parte, o interesse processual e a possibilidade jurídica 
do pedido. 
d) É permitido ao Juiz decidir parcialmente o mérito em julgamento antecipado quando um ou mais pedidos 
ou parcela deles se mostrarem incontroversos ou em condições de imediato julgamento, podendo a parte 
liquidar ou executar, desde logo, a obrigação parcialmente reconhecida, ainda que existente recurso 
interposto. 
e) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e áudio, podendo ser realizada a gravação 
diretamente por qualquer das partes, ainda que sem autorização judicial. 
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35. (FAU/Prefeitura de Piraquara-PR - 2016) Sobre a Exibição de Documento ou Coisa, considere as 
seguintes afirmativas: 
I - A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se sua publicidade redundar 
em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, 
ou lhes representar perigo de ação penal. 
II - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência 
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em 
seguida proferirá decisão. 
III - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência 
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em 
seguida proferirá decisão. 
a) Nenhuma das afirmativas está correta. 
b) Todas as afirmativas estão corretas. 
c) Estão corretas as afirmativas I e II. 
d) Estão corretas as afirmativas I e III. 
e) Estão corretas as afirmativas II e III. 
36. (MPE-RS/MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações 
sobre o tema das provas, segundo o disposto no Código do Processo Civil. 
( ) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do 
foro de domicílio do autor. 
( ) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um 
cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de comunhão 
universal de bens. 
( ) O juiz não admitirá a recusa de exibição se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
( ) Fazem a mesma prova que os originais os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde 
que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na 
origem. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) F – V – V – F. 
b) F – V – F – V. 
c) V – V – F – F. 
d) F – F – V – V. 
e) V – F – V – F. 
37. (MPE-PR/MPE-PR - 2016) Sobre a disciplina das provas e da sentença no Direito Processual Civil, 
como previsto pelo Código de Processo Civil de 2015, assinale a alternativa correta: 
a) Os meios de prova admitidos pelo direito processual civil são aqueles previstos expressamente pelo Código 
de Processo Civil, sem qualquer exceção; 
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b) O Código de Processo Civil admite a possibilidade de o magistrado distribuir o ônus da prova de modo 
diverso da regra geral, desde que o magistrado o faça no ato da sentença, de forma fundamentada; 
c) Quando o documento que se pretende utilizar como prova consistir em reprodução cinematográfica ou 
fonográfica, a parte deverá trazê-lo aos autos, devidamente degravados e reduzidos ao formato de termo 
escrito; 
d) Nos casos considerados de baixa complexidade, o Código de Processo Civil admite que a sentença indique 
o ato normativo pertinente, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
e) Não se considera fundamentada a decisão que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, 
sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta 
àqueles fundamentos. 
38. (Serctam/Prefeitura de Quixadá-CE - 2016) Marque a alternativa INCORRETA. 
a) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório. 
b) Pelo princípio do autorregramento da vontade, se as partes decidirem que uma prova não deve ser 
produzida, ela não será e o juiz não pode se opor à decisão das partes. 
c) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que 
não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz. 
d) Segundo a teoria da carga probatória dinâmica feita pelo juiz, compete ao autor provar fato constitutivo 
de seu direito e ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direitodo autor, podendo 
haver redistribuição do ônus da prova pelas partes. 
e) O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, 
indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento, podendo valorar prova que não foi 
objeto de contraditório. 
39. (TRT 4º Região - 2016) Assinale a assertiva correta sobre prova. 
a) É possível a inversão do ônus da prova por convenção das partes em qualquer circunstância, devendo o 
Juiz fundamentar decisão contrária à disposição convencionada. 
b) Consiste a confissão no reconhecimento do fato em que se funda o direito do autor. A confissão de um 
fato equivale, em termos de efeitos jurídicos, ao reconhecimento jurídico do pedido, conduzindo 
necessariamente à procedência da pretensão da parte adversa. 
c) Para que a confissão extrajudicial gere efeitos no processo, deverá ser renovada em seus termos perante 
o Juiz da causa. 
d) Exceto na hipótese de sigilo profissional, é vedado à parte ou a terceiro se escusarem de exibir, em Juízo, 
documento ou coisa, quando instados a fazê-lo pelo Julgador, hipótese em que este deverá adotar medidas 
coercitivas para efetivar a exibição, a exemplo de imposição de multa por atraso e busca e apreensão. 
e) O Juiz pode determinar, de ofício, ainda que com oposição das partes, a realização das provas que 
entender necessárias à solução do litígio. 
40. (FUNRIO/Prefeitura de Itupeva-SP - 2016) Ao instituir modificações na estruturação das provas o 
Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu, dentre outras inovações a: 
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a) teoria dinâmica do ônus da prova 
b) determinação de prova por decisão ex officio do magistrado 
c) apresentação ilimitada de testemunhas 
d) adoção de prova documental 
e) previsão de arguição de falsidade. 
41. (MPDFT/MPDFT - 2015) O novo Código de Processo Civil, aprovado pela Lei 13.105/2015 
(CPC/2015), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/1973. 
Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue os itens a seguir: 
I. A prova requerida no processo antes da vigência do novo código, isto é sob as regras legislativas do 
CPC/1973, ao ser produzida na vigência do CPC/2015, regular-se-á pelo novo diploma legal. 
II. A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/2015, 
incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/2015. 
III. Ao entrar em vigor, o CPC/2015 será aplicado aos processos que se iniciarem sob a sua égide, mantendo-
se o CPC/1973 para reger todos os processos iniciados em data anterior à vigência do novo código 
IV. Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/1973, em processos não sentenciados, por exemplo, 
a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina 
processual do CPC/2015. 
V. A norma processual do CPC/2015 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso, 
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do CPC/1973. 
Assinale a alternativa que contém os itens CORRETOS: 
a) I, II e IV. 
b) III, IV e V. 
c) I, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) I, IV e V. 
42. (FMP-RS/TJ-MT - 2014) Sobre o direito probatório no processo civil, é correto afirmar que 
a) não vige, no direito brasileiro, a regra da atipicidade dos meios de prova. 
b) não vige, no processo civil, a regra da comunhão da prova. 
c) vige, entre nós, a teoria da distribuição fixa do ônus da prova, que pode, contudo, ser invertida e 
dinamizada, conforme o caso. 
d) vige, entre nós, a teoria das normas que distribui o ônus da prova de acordo com a capacidade de provar 
de cada uma das partes. 
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
43. (UFMT/DPE-MT - 2016) Em relação às provas no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a 
afirmativa correta. 
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a) O Código de Processo Civil consagrou a posição jurisprudencial, adotada pelo Superior Tribunal de Justiça, 
segundo a qual o ônus da prova é regra de julgamento. 
b) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa 
justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
c) A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o décuplo do maior 
salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados. 
d) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. 
e) Ao juiz incumbe-lhe determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las 
sobre os fatos da causa; havendo silêncio ou recusa em depor, incidirá a pena de confesso. 
44. (QFAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 
13.105/2015, Gabriel propõe ação de produção antecipada de prova pericial em face da Construtora 
Macondo S/A. Alega, basicamente, em petição inicial, que preenche os requisitos legais e que a prova, 
caso produzida, terá o condão de viabilizar a autocomposição das partes. Nesse caso, é correto afirmar 
que a produção 
a) deverá ser indeferida, uma vez que a justificativa de Gabriel não demonstra perigo de que venha a se 
tornar impossível a verificação dos fatos. 
b) deverá ser indeferida, uma vez que a medida judicial em questão só pode ser utilizada para produção de 
prova oral. 
c) deverá ser deferida, e, caso Gabriel queira propor ação indenizatória posteriormente, o juízo da ação de 
produção antecipada já estará prevento para julgar a nova ação. 
d) deverá ser deferida, e, havendo caráter contencioso, deverá o juiz determinar, inclusive de ofício, a citação 
de interessados na produção da prova. 
e) deverá ser indeferida, uma vez que o direito à prova encontra óbice no direito à livre iniciativa da parte 
contrária. 
45. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) No tocante às provas a serem produzidas inovou o NCPC. Assinale a 
alternativa INCORRETA, dentre as elencadas. 
a) O NCPC em seu art. 439 dispõe que “a utilização de documentos eletrônicos no processo convencional 
dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade, na forma da lei” 
b) No artigo 381, incisos II e III do NCPC há duas previsões específicas, que estabelecem a possibilidade de se 
pedir, no Judiciário, a produção antecipada de prova para os casos em que a prova a ser produzida seja 
suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito; ou o prévio 
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
c) No Novo CPC, os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos 
ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. 
Permanece a regra de que na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, 
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou 
científico detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. 
d) O NCPC inovou, trazendo tópicos importantes: arguição de falsidade documental; juntada de documentos 
novos no processo e utilização de documentos eletrônicos. Desses o talvez seja o mais importante o do Art. 
435, que permite juntar aos autos documento novos em qualquer momento do processo. É lícito às partes, 
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em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois 
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. 
e) O artigo 372 do NCPC: “O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório”. Trata-se de norma sem 
correspondência no atual CPC. 
46. (TRF - 4ª REGIÃO - 2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015: 
I. É possível sentença de mérito que resolva parcialmente a lide, prosseguindo o processo quanto à parcela 
não resolvida, sendo a decisão impugnável por agravo de instrumento. 
II. O rol de testemunhas deve ser apresentado no prazo de 15 dias da decisão de saneamento, se escrita, ou 
na própria solenidade, se o saneamento for em audiência. 
III. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo Ministério Público caso seu representante, 
injustificadamente, não compareça à audiência de instrução. 
IV. A distribuição do ônus da prova é dinâmica, fixada em princípio no próprio Código, mas podendo ser 
alterada pelo juiz diante de peculiaridades da causa relacionadas à excessiva dificuldade de cumprir o 
encargo segundo a regra geral. 
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
d) Estão corretas todas as assertivas. 
e) Nenhuma assertiva está correta. 
47. (FAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 
13.105/2015, Fernando propõe ação de exibição de documentos em face de Álvaro. Álvaro contesta a 
ação, apresentando justificativa para não exibir. O juiz julga ilegítima a justificativa de Álvaro, por 
considerar que o réu possui o documento, que tem dever legal de exibi-lo e que o documento em questão 
é comum às partes e necessário para a instrução do feito. Nesse caso, é correto afirmar que, em tese, 
a) o juiz não poderia admitir como verdadeiros os fatos que, por meio do documento, Fernando pretendia 
provar. 
b) o juiz poderia determinar busca e apreensão do documento, mas não poderia utilizar medidas coercitivas, 
como a multa diária, para constranger Álvaro a exibi-lo. 
c) o juiz poderia adotar medidas como multa diária, busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos, 
para fazer com que o documento seja levado a juízo. 
d) o juiz só poderia presumir a veracidade de fatos que não pudessem ser provados por outros meios de 
prova, como a prova pericial, a testemunhal ou a ata notarial. 
e) o juiz deveria ter determinado a exibição do documento, ainda que Álvaro tivesse comprovado que a 
apresentação do documento violasse dever seu de honra. 
48. (IESES/TJ-PA - 2016) Indique a alternativa INCORRETA: 
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a) O juízo de valores sobre fatos escapa ao alcance da ata notarial. 
b) O instrumento notarial se presta a prevenir litígios e a abreviá-los, diante da qualidade da prova que 
constituem. 
c) O controle da lavratura da ata notarial é exclusivo do notário, por se tratar de ato unilateral de sua 
exclusiva competência, sem que o requerente possa contestar ou refutar o que nela constar. 
d) O tabelião deve fazer um juízo de valor sobre os fatos por ele percebidos antes da lavratura da ata notarial. 
49. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS - 2015) No depoimento pessoal das partes, nos termos do Código de 
Processo Civil, a parte não poderá servir-se de 
a) consultas breves 
b) processos mnemônicos 
c) recordações longevas 
d) escritos adrede preparados 
e) indicações de datas 
50. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014) Assinale a alternativa correta. 
a) A parte, no depoimento pessoal, responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, podendo, no 
entanto, servir-se de escritos anteriormente preparados. 
b) A confissão espontânea é ato personalíssimo da parte, não podendo ser efetuada por mandatário. 
c) A ação para anular confissão é transmissível aos herdeiros, ainda que não iniciada em vida do confitente. 
d) Nas ações que versarem sobre direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem 
a do outro. 
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. 
51. (FAURGS/TJ-RS - 2012) Assinale a alternativa correta sobre o regime da prova no Código de 
Processo Civil. 
a) No depoimento pessoal, não é permitido à parte servir-se de notas breves para completar 
esclarecimentos. 
b) A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados. 
c) Não se admite confissão espontânea feita a mandatário, mesmo que com poderes especiais. 
d) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia inclusive nos casos em que a lei exija prova 
literal. 
e) A confissão é irrevogável e não poderá ser anulada se colhida em juízo. 
52. (IADES/ApexBrasil - 2018) Quanto à teoria geral da prova, assinale a alternativa correta. 
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda 
que não especificados no Código de Processo Civil, para provar a verdade dos fatos. 
b) O juiz não poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, sob pena de ofensa ao 
princípio do contraditório. 
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c) A alegação de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário independe de prova, tendo em 
vista o princípio de que o juiz conhece o direito (iura novit curia). 
d) O juiz não poderá determinar, de ofício, as provas necessárias ao julgamento do mérito, em atenção ao 
princípio da inércia da jurisdição. 
e) O princípio que veda a produção de provas contra si não se aplica ao processo civil, sendo tal princípio 
garantido às partes somente no processo penal. 
53. (FUNDEP/Pref Pará de MG - 2018) Analise as seguintes afirmativas sobre as provas no processo 
civil e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. 
( ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à 
audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório 
no prazo de três dias. 
( ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será 
ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência. Após o depoimento do autor, será realizado 
o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências. 
( ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença 
do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes. 
( ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser 
apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido 
o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno 
da preclusão temporal. 
Assinale a sequência CORRETA. 
a) V F F V 
b) V F F F 
c) F V V F 
d) V V F V 
GABARITO 
1. B 
2. A 
3. E 
4. B 
5. INCORRETA 
6. CORRETA 
7. INCORRETA 
8. CORRETA 
9. B 
10. INCORRETA 
11. CORRETA 
12. CORRETA 
13. CORRETA 
14. CORRETA 
15. D 
16. INCORRETA 
17. CORRETA 
18. E 
19. D 
20. D 
21. B 
22. A 
23. E 
24. B 
25. C 
26. E 
27. A 
28. B 
29. C 
30. A 
31. A 
32. D 
33. E 
34. C 
35. B 
36. D 
37. E 
38. E 
39. E 
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40. A 
41. D 
42. C 
43. B 
44. D 
45. D 
46. D 
47. C 
48. D 
49. D 
50. D 
51. B 
52. A 
53. D 
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