Buscar

Casos P Civil II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluna: Thayane Carolina Dantas de Almeida
Professora: Raquel Nagem
Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 
Caso Concreto 1
Jorge Lourenço procura um advogado e informa que comprou uma televisão de ultima geração (R$ 8.500,00) para sua residência, mas o equipamento não funciona corretamente. Apesar de inúmeros contatos e promessas do fabricante TVJÓIA e seu serviço autorizado de garantia, nenhuma visita técnica foi realizada. Na conversa com o advogado procurado, Jorge Lourenço informa que gostaria de ter o aparelho (ou outro equivalente) funcionando, além de danos materiais e morais pelo ocorrido. O advogado informa a Jorge Lourenço que irá elaborar a Petição Inicial e que o caso seguirá o procedimento comum sumário em Vara, pois de acordo com o CPC, este caso não poderia mais ir aos Juizados Especiais Cíveis da Lei 9099/95. 
a) Está correta a orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento
adequado ao caso?
R: A informação prestada pelo advogado, no tocante ao rito sumário no novo CPC, não esta correta. O artigo 318 do novo CPC instituiu um único procedimento que é comum no processo de conhecimento. Nada impede que o Postulante, possa demandar pela Lei 9099/95, lei que instituiu os JECs, competente para julgar a causa de menor complexidade cujo valor não exceda a 40 salários mínimos vigentes.
Lei dos Juizados Especiais - Lei 9099/95 | Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: 
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; 
b)Sem prejuízo da resposta no item a), qual seria a outra opção para Jorge Lourenço pleitear em perante o Poder Judiciário uma reparação de seus danos?
R: A outra opção seria demandar perante o JEC já que o valor não ultrapassa a 40 salários e a causa é de menor complexidade.
Objetiva
1ª Questão.
De acordo com o NCPC é correto afirmar que:
c) Na petição inicial pode haver indicaçãode interesse em realizar audiência de
conciliação ou mediação.
2ª Questão
Comrelação ao pedido no processo civil, marque aopção incorreta:
c) Acumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver
conexão.
JURISPRUDÊN CIA 
Processo: 20581 691920188260 000 SP 2058 169-19.2018.8.26 .0000 
Órgão Julgador : 22ª Câm ara de Direito Pri vado
Publicação: 13/0 4/2018 
Julgamento: 13 de Abril de 2018
Relator: Hél io Nogueira 
 Ementa 
Agravo de Instrum ento. Ação Declaratória. Cum primento de sentença. Dec isão que indeferiu pedido de hom ologação de acordo. Negóci o processual. Possibilidad e, nos termos do art. 190 do CPC. Eficácia que independe de hom ologação. Inteligênc ia do art. 200 d o CPC. Custas e emolumentos que não p odem ser apagados por or dem judicial. Observância do disposto n o parágrafo único do art. 190 do CPC. Levantam ento dos protestos possível. Acordo que configura anuência, após levantam ento dos valores pe la parte contrária. Pedido par a levantam ento pela parte contrár ia, que pode ser deduzido p or aquele qu e tem direito à restituição da im portância. Decisão mantida. R ecurso não provido. 
Processo: CC 7007434326 0 RS 
Órgão Julgador : Décima Terc eira Câmara Cível 
Publicação: D iário da Justiç a do dia 02/08/201 7 
Julgamento: 27 de Julho d e 2017 
Relator: André Luiz Planell a Villarinho
 Ementa 
CONFLIT O NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇ ÃO REVISIONAL. VALO R DA CAUSA INFERIOR A 40 SALÁRIO S-MÍNIMOS. COMPET ÊNCIA R ELATIVA DECLINADA DE O FÍCIO. IMPOSSIBILIDA DE. SÚMU LA Nº 33 DO STJ .
(segundo a clássica classificação de José Afonso da Silva) 
"A lei 9.099/95 veio para estabelecer a criação dos juizados especiais estaduais.Tal lei traz em seus artigos 3ºe 4º a regulamentação da competência para esses juizados, regulamentando o texto constitucional. Assim, da leitura desses artigos conclui-se que a competência dos juizados especiais cíveis estaduais são divididas em razão do valor da causa e em razão da matéria discutida. De acordo com o artigo 3º, I da referida lei a competência será fixada em razão do valor quando a causa ou (no caso do art. 3º, paragrafo 1, II) o título executivo extrajudicial não exceda o valor de 40 salários mínimos. Ressaltando que segundo o Enunciado 50 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais (FONAJE) o salário mínimo a ser adotado e aquele definido no âmbito nacional. Ainda, no caso de o valor da causa ou de o título a ser executado for de até 20 salários mínimos nacionais a demanda poderá ser proposta sem a necessidade de advogado nos termos do artigo 9º da lei em análise".
(https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6387/A-competencia-do-Juizado-Especial-Civel)
Caso Concreto 2
Uma animada conversa entre dois estudantes de graduação em Direito a respeito de uma decisão judicial de 1ª instância que julgou liminarmente improcedente o pedido (antes mesmo da citação do demandado) por estar frontalmente contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal chamou atenção de um terceiro estudante, representante de turma do 6 º período que achou por bem intervir na conversar. Em dado momento, os três alunos fizeram as seguintes manifestações categóricas:
Aluno do 4 º Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de
qualquer lei ou código, de modo que não pode haver indeferimento liminar de Petição
Inicial sem antes ocorrer a citação do demandado, futuro réu.
Aluno do 5 º Período - O Juiz pode sim decidir pela Improcedência Liminar do Pedido,
mas apenas nos casos de súmula vinculante do STF.
Aluno do 6º Período -O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de
qualquer lei ou código, mas isto não torna inconstitucional determinado artigo do CPC,
ou mesmo decisão judicial devidamente fundamentada em casos concreto no âmbito do
Processo Civil brasileiro.
a) Existe alguma manifestação correta acima?
R: Sim a do aluno do 6º período pelo Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário e do acesso a Justiça (art. 5o, XXXV da CF/88). O art. 332 do NCPC traz (em parte) a ideia já ventilada no art. 285-A do CPC atual. De acordo com o NCPC, trata-se dos casos de improcedência liminar do pedido, sem citação do réu. O espírito da lei é que não se mova a máquina judiciária para tratar de temas já resolvidos pelos tribunais locais e superiores, dependendo do caso. É o aproveitamento de casos anteriores, onde causa de pedir/objeto/pedido podem ter sua análise estendida a outras partes que se encontrem em situações jurídicas equivalentes. É o trato coletivo de temas de direito já analisados (e na maioria dos casos simulados) pelos tribunais e não há razão para respostas diferenciadas, ao menos em regra.
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição
Inicial?
R: Existe sim o art. 332 autoriza o juiz a proferir sentença de mérito julgando improcedente o pedido, no início do processo, sem que o réu tenha sido citado. Esse é um efeito processual para dar mais celeridade ao processo e não ofende o consagrado princípio constitucional da inafastabilidade e do exercício da ampla defesa e do contraditório, pois está assentado no norteamento da lei processual. No indeferimento da petição inicial tratada no art. 330 NCPC quem é rejeitada é a PEÇA, será indeferida por falta de condição dos pressupostos processuais.
Objetivas
1ª Questão.
A improcedência liminar do pedido pode ocorrer:
d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas.
2ª Questão:
A respeito da possível audiência de conciliação ou mediação prevista no NCPC para
ocorrer antes da resposta do réu, marque aopção correta.
d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos
interesses das partes.
Ementa
APELAÇÃO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL CPC, ART. 267, I DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL Não há previsão legalpara a intimação pessoal da parte requerente no caso de indeferimento da petição inicial (CPC, art. 267, I), em razão em razão da ausência de juntada, nos termos do artigo 284, parágrafo único, CPC, de cópia legível de documento indispensável à propositura da ação R. sentença mantida Recurso não provido.
(TJ-SP - APL: 00046088420128260466 SP 0004608-84.2012.8.26.0466, Relator: Roberto Mac Cracken, Data de Julgamento: 04/09/2014, 22ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 12/09/2014)
Segundo TUCCI, José Rogério. Comentários ao Código de Processo Civil – volume VII (arts. 318 a 368). Coordenação de José Roberto Ferreira Gôuvea, Luis Guilherme Aidar Bondioli, João Francisco Naves da Fonseca. São Paulo : Saraiva, 2016, p. 158 e Fredie Didier Jr. entende que, também, é possível o julgamento liminar das situações consideradas de manifesta improcedência (Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 19 ed. Salvador : Ed. Jus Podivm, 2017, p. 679-680).
"O CPC/15, na tentativa, bem-sucedida, de organizar e corrigir o que estava disciplinado nos arts. 285-A e 295, IV do CPC/73, trouxe duas hipóteses de improcedência liminar. Na forma do art. 332, o juiz deverá julgar liminarmente improcedente o pedido, sempre que a causa dispensar a fase instrutória e: (a) verificar a ocorrência de decadência ou prescrição; ou (b) o pedido contrariar (b.1) enunciado de súmula do STF ou do STJ; (b.2) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; (b.3) entendimento firmado em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas ou Incidente de Assunção de Competência; ou (b.4) enunciado de súmula de tribunal local sobre direito local".
Caso Concreto 3
Juan é advogado e está terminando seus estudos complementares de pós-graduação fora do Brasil, razão pela qual resolveu contratar um advogado para a defesa de seus interesses em processo judicial no qual fora citado dias antes da viagem, de forma inesperada e, segundo ele, sem qualquer nexo de causalidade com as pessoas, fatos narrados na petição inicial. Segundo Juan, trata-se de pedido de reintegração de posse realizado por Jurema, tendo por objeto um sítio em Maricá, município do Rio de Janeiro, onde Juan afirma apenas frequentar em propriedades de seus primos e tios. O advogado contratado, Dr. Rafael, tranquiliza Juan e afirma ter descoberto em documentos cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor (ao menos de fato) do referido sítio e que irá realizar a resposta do réu, na modalidade de Contestação, tudo nos termos do CPC.
a)Está correta a modalidade de defesa (resposta) indicada pelo Dr. Rafael ? R: Sim, pois ofereceu a contestação, conforme o Art. 338, NCPC, sendo facultado ao autor substituir o réu na petição inicial no prazo de 15 dias. O autor ainda terá que pagar as despesas e honorários ao procurador do réu excluído. 
Caso o Juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, o processo será extinto sem resolução do mérito? R: Não, pois de acordo com o Art. 338, NCPC, o autor poderá promover a substituição do réu quando este de declarar parte ilegitima. 
b)Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC ? R: Princípio da Eventualidade consiste na concentração de toda a matéria de defesa em um único ato processual denominado contestação. Vale lembrar, que uma vez ofertada a contestação irá se consumar a preclusão. Com relação ao Princípio da Impugnação Específica, devemos entendê-lo, como obrigação que tem o réu de se manifestar precisamente sob os fatos e fundamentos, articulados pelo autor na sua Petição Inicial. A inobservância deste princípio conduz a presunção de veracidade.
Objetivas
1ª Questão
Marque a alternativa correta dentre asopções abaixo.
b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação.
2ª Questão
Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa
do réu dever ser por:
a) contestação e exceção respectivamente.
Ementa
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR APOSENTADO. PEDIDO DE CONVERSÃO DE LICENÇA PRÊMIO EM PECÚNIA, COM ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA RÉ. SENTENÇA EXTINTIVA. VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 338 E 339 DO NCPC.
1. O autor em sua inicial indicou parte passiva ilegítima ad causam, o que foi alegado em contestação.
2. Antes de extinguir o feito sem resolução do mérito com base no artigo 485, inciso VI, do NCPC, deveria a MM. Juíza sentenciante ter oportunizado ao autor a alteração do polo passivo da lide, no prazo de 15 dias, conforme disciplinam os artigos 338 e 339 do mesmo Codex Processual.
3. A presente demanda, além de se referir à conversão de licença prêmio em pecúnia, aborda, também, questão de natureza fiscal, consistente no pedido de isenção do pagamento do imposto de renda sobre a referida quantia.
4. A teor do contido no inciso V e parágrafo único, inciso V, do artigo 12, c/c art. 36, inciso III, ambos da Lei Complementar nº 73/93, é da competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representação da União Federal nas causas que versem sobre isenções fiscais, sendo imperiosa a citação desta, na pessoa de seu Procurador-Chefe ou do Procurador-Seccional da Fazenda Nacional, para integrar o polo passivo da lide, sob pena de nulidade.
5. A legitimidade passiva ad causam é matéria de ordem pública, inserida na profundidade do efeito devolutivo da apelação e da remessa necessária, estando o juiz autorizado a conhecê-la de ofício.
6. Necessária, portanto, a restituição dos autos à Vara de origem para regular prosseguimento do feito, para que seja dada ao autor a oportunidade de requerer a substituição da ré pela autarquia na qual se aposentou, bem como a inclusão da parte legitimada para responder pelo pedido de isenção do imposto de renda.
7. Apelo conhecido e parcialmente provido. 1
Decisão
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, conhecer e dar parcial provimento ao apelo, na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado. Rio de Janeiro, 21 de junho de 2017. (data do julgamento). (assinado eletronicamente - art. 1º, § 2º, inc. III, alínea a, da Lei nº 11.419/2006) JOSÉ ANTONIO LISBÔA NEIVA Desembargador Federal Relator (T210928_cgm) 
Doutrina
"Atenção para o fato de que o autor não está obrigado a excluir o primitivo réu da demanda. Ele, na verdade, tem três alternativas: (i) excluir o réu e inserir outra pessoa em seu lugar; (ii) continuar a demanda apenas contra o réu; ou (iii) não excluir o réu e inserir outra pessoa no polo passivo, formando, assim, um litisconsórcio.”
(BERALDO, Leonardo de Faria. Comentários às Inovações do Código de Processo Civil Novo CPC: Lei 13.105/2015. Belo Horizonte: Del Rey, 2015, p. 147-148).
Caso Concreto 4
Marisa promove ação judicial de indenização por danos materiais e morais em face de Tinoco, seu vizinho. Segundo Marisa, Tinoco tem insistentemente atitude ilícita e desrespeitosa com seu animal preferido, um cavalo de estimaçãochamado "Ventania". Tais atitudes fez com que o mesmo ficasse em estado de grande agitação, vindo inclusive a se cortar na cerca da propriedade no último mês, o que gerou internação veterinária com cirurgia e medicamentos. Tinoco citado, não ofereceu contestação, o que foi certificado pelo cartório, conforme consta nos autos. Marisa, eufórica e, acompanhando seu andamento processual na internet, liga para seu advogado, informa da revelia e pergunta se com isso, o juiz irá proferir sentença de procedência do seu pedido.
a) Sempre que houver Revelia, haverá procedência do pedido?
Resposta: Não. A revelia quando de natureza relevante conduz a uma presunção relativa de veracidade. Vale destacar o inciso IV do artigo 345 do NCPC que diz “ as alegações de fato, formuladas pelo autor, forem inverossímeis ouestiverem em contradição com as provas constantes dos autos” , demonstrando assim a relatividade da presunção de veracidade. De outro lado quando estivermos diante de direito indisponível, também não há que se falar em procedência do pedido.
b)Caso Tinoco tivesse oferecido Contestação alegando que apenas se defendia deVentania, pois o animal ameaçava ataca-lo quando passava rente à cerca, qual deveria sera atitude do Juiz?
Resposta: O juiz observando a regra do artigo 350, NCPC, deverá conceder ao autor o prazo de 15 dias para manisfestar-se a respeito da nova situação.
Objetivas
1ª Questão
João é citado emação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta depagamento paranão cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, também aproveitou e estácobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por Joãonos autos do processo.
c) contestação e reconvenção na mesma peça processual.
2ª Questão
A revelia no processo civil é:
c) ausência de contestação.
Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL : AgInt nos EDcl no AREsp 1278774 SP 2018/0087201-4
Ementa
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. ART. 191 DO CPC/73. TEMPESTIVIDADE DO RECURSO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. PROCURADORES DIFERENTES. PRAZO EM DOBRO PARA CONTESTAÇÃO. REVELIA DE UM DOS LITISCONSORTES VERIFICADA APENAS COM O TRANSCURSO DO PRAZO DE DEFESA. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA RECONSIDERAR A DECISÃO AGRAVADA E, EM NOVO EXAME, DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
1. Decisão agravada reconsiderada para reconhecer a tempestividade da contestação apresentada pela parte.
2. "A regra do art. 191, do CPC, que confere prazo dobrado para contestar quando os réus atuem com procuradores diversos, tem aplicação independentemente do comparecimento do outro litisconsorte à lide, bastante que apresente a sua defesa separadamente, mediante advogado exclusivo, sob pena de se suprimir, de antemão, o direito adjetivo conferido à parte que, atuando individualmente, não tem como saber se o co-réu irá ou não impugnar o feito" (AgInt no AgRg no REsp 1.277.860/AM, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 28/11/2017, DJe de 1º/12/2017).
3. No caso dos autos, embora a revelia de uma corré afaste o benefício do prazo em dobro, esse entendimento não pode ser estendido à contestação, fase preliminar do processo para o réu, pois, de antemão, não há como saber se o outro componente passivo da lide irá ou não se manifestar nos autos.
4. Da detida análise dos termos inicial e final do prazo para apresentação da contestação, delineados pelo Tribunal de origem, observa-se que foi respeitado pela agravante o prazo em dobro de 30 (trinta) dias corridos, aplicável à espécie, consoante jurisprudência, observada a vigência do Código de Processo Civil de 1973.
5. Agravo interno provido, para reconsiderar a decisão agravada e, em novo exame, dar provimento ao recurso especial, a fim de reconhecer a tempestividade da contestação.
Acórdão
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma, por unanimidade, dar provimento ao agravo interno, para dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator.
-------------------------------------------------------------------------------
JULGADOS EM DESTAQUE
 TJDFT 
Pluralidade de réus – contestação da ação por um deles – ausência de presunção de veracidades dos fatos alegados pelo autor
"2. Ocorrendo a revelia, há presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. Todavia, isso não ocorre na hipótese de pluralidade de réus se um deles contesta a ação, conforme o disposto no art. 345, inciso I, do CPC, tampouco quanto às questões de direito."
(Acórdão 1121663, unânime, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, 2ª Turma Cível, data de julgamento: 5/9/2018)
 ---------------------------------------------------------------------------------
Em conferência proferida em 1980, na cidade de Natal-RN, Raimundo Nonato Fernandes, seguiu essa orientação, conceituando a revelia como sendo "o efeito decorrente da não contestação". Revelia e outros problemas de processo civil. Repro v. 20, p. 204. SP: RT, outubro/dezembro, 1980.
Conceito de Revelia
"É generalizada a conceituação de revelia como sendo a falta de contestação da ação pelo réu. Nessa conceituação, aparece a revelia como instituto jurídico nascente da falta de contestação pelo réu. Para outros, a revelia é apenas o efeito da não contestação".
Caso Concreto 5
Pablo exerceu seu direito de ação em face de Rodrigo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial Pablo afirma que Rodrigo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Rodrigo devidamente citado oferece Contestação, reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por Pablo para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a)Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Rodrigo será possível o
julgamento antecipado do mérito? R:No caso em questão, não seria possível o julgamento antecipado do mérito, uma vez que há a necessidade de produção de outras provas, existindo uma controvérsia sobre a matéria fática, nos termos do artigo 355, I, do CPC, que assevera:
“Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;”
b)Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado
parcial do mérito.
R: Caso um ou mais pedidos ou parcela deles mostrar-se incontroverso, o juiz pode proferir decisão interlocutória com o julgamento antecipado parcial do mérito, com fundamento no artigo 356, in. I, do CPC, que pode ser impugnada por meio de agravo de instrumento, conforme dispõe o §5º do mencionado artigo.
Objetivas
1ª Questão
A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é:
d) Correta, pois trata-se de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo.
2ª Questão
A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que:
d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação.
Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL : AgInt no AREsp 1282849 SP 2018/0094124-8
Ementa
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REGRESSIVA DE RESSARCIMENTO. JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO. DISCUSSÃO QUANTO A EXISTÊNCIA DE FATO INCONTROVERSO. REEXAME FÁTICO E PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. EXTRAVIO DE MERCADORIAS. TRIBUNAL A QUO ASSENTOU QUE PREPOSTO DA AGRAVANTE EXTRAVIOU PARTE DOS PRODUTOS A SEREM TRANSPORTADOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS. CABIMENTO. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. A pretensão de discutir existênciade fato incontroverso a respaldar o julgamento antecipado do mérito demandaria revolvimento de matéria fático-probatória, o que é inadmissível em sede de recurso especial, conforme preconiza a Súmula 7/STJ.
2. O eg. Tribunal estadual concluiu que "(...) restou comprovado nos autos que, no momento da entrega da mercadoria, constatou-se a ausência de três sacos com celulares, cujo extravio foi perpetrado por preposto da Apelante", ora agravante. Nesse contexto, a pretensão de revisar tal entendimento demandaria revolvimento fático-probatório, atraindo o óbice da Súmula 7/STJ.
3. Dissídio jurisprudencial não demonstrado, ante a ausência de similitude fático-jurídica entre os paradigmas e o v. acórdão recorrido.
4. O art. 85, § 2º, do CPC/2015 prevê o percentual de 20% (vinte por cento) como limite máximo dos honorários advocatícios, de modo que, na hipótese de desprovimento do recurso especial, é devida a majoração dos honorários recursais, conforme art. 85, § 11, do CPC/2015.
5. Agravo interno desprovido.
Acórdão
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco Buzzi e Luis Felipe Salomão votaram com o Sr. Ministro Relator.
Por José Rogério Cruz e Tucci:
''A precipitação do julgamento do mérito deve ocorrer toda vez que o juiz se encontre devidamente instruído acerca dos fatos submetidos à sua apreciação, podendo aplicar o direito ao caso concreto, independentemente da produção de qualquer outra prova, além da documental já constante dos autos".
(https://www.conjur.com.br/2015-out-20/paradoxo-corte-cpc-traz-mudancas-julgamento-antecipado)
Caso Concreto 6
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? Resposta: Sim, a busca pela conciliação ou mediação em contendas judiciais cíveis deve ser sempre estimulada por todo o percurso do feito, pelo juiz , bastando pensar que uma vez as próprias partes entrando em c onsenso oriundo de um acordo livre e espontâneo, a relação jurídica se restabelece e se fortifica de mais segurança entre os agentes participantes, restando ao magistrado homolog ar o consentimento consag rado entre os agen tes. Nesse sentido: 
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos , como a mediação e a arbitragem . (CPC)
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível ? Resposta: A audiência de intrução e julgamento é una no sentido de que seja seguida a regra da ocorrência de todas as fases de produção de prova e julgamento da demanda em um único ato judicial, apenas podendo ser cindida em caráter excepcional e devidamente justificada.
Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
Objetivas
1ª Questão
Sobre a audiência deinstrução e julgamento é incorreto afirmar:
a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa,
nos termos da lei.
2ª Questão
A AIJ serve para:
c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação.
A audiência de instrução e julgamento é realizada no momento em que se faz necessária a produção de prova, principalmente a oral. 
Com base nisso e pela sistemática do Código, a audiência só é, entretanto, indispensável quando haja necessidade de prova oral ou esclarecimento do perito e dos assistentes técnicos. Fora desses casos, o julgamento da lide é antecipado e prescinde da solenidade de audiência (art. 330). (JÚNIOR, 1996, p. 486).
Caso Concreto 7
Raphael consulta Arthur (seu advogado de confiança) a respeito de uma questão jurídica envolvendo a compra de um veículo Zero Quilômetro que realizou recentemente, a menos de 3 (três) meses. O veículo apresenta defeitos que intermitentes, aparentemente relacionados à parte elétrica ou eletrônica do veículo. Rafael informa ao seu advogado que já tentou por todos os meios convencer os responsáveis da concessionária onde foi adquirido, assim como o próprio fabricante do problema. O máximo que conseguiu foi a marcação de mais uma visita e vistoria técnica do veículo e os resultados foram um gentil café em sala de espera refrigerada e a posição de que ele (Raphael) é quem deveria provar que o veículo está com problemas, pois, na vistoria, nada foi detectado. Assim, Raphael pergunta ao advogado se é possível levar o caso ao Poder Judiciário, já que ele não tem como provar tecnicamente o defeito, pois é mero consumidor e não conhece de componentes técnicos do veículo. Raphael também informa que pesquisou e encontrou outros casos similares, onde pessoas naturais e jurídicas conseguiram provar o mesmo problema em seus veículos de mesma marca e modelo. Arthur tranquiliza Raphael einforma que irá requerer em Juízo as medidas processuais necessárias para a melhor e mais rápida defesa de seus interesses.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) A quem incumbe, ordinariamente, o ônus da prova em juízo no processo civil
brasileiro? Resposta: Em se tratando de fato constitutivo do direito, incumbira ao autor o ônus da prova. Todavia se a prova for referente a fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito, incumbirá ao réu a respectiva prova, substanciado nos incisos I, II do Art. 373, NCPC.
b) É possível alguma inversão no caso concreto? Resposta: Sim, se aplicarmos o CDC, Art 6o, VIII. Vale registrar a possibilidade de se aplicar a chamada carga dinâmica das provas, onde o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso. Atente que a carga dinâmica do ônus da prova não se aplica em inversão do ônus da prova
Objetivas
1ª Questão
O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que:
a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as
sentenças que resolvem o mérito.
2ª Questão.
Marque a opção correta:
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter queprovaro teor e vigência, se
assim determinar o juiz.
Ementa
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. PRODUÇÃO DE PROVAS. ARTIGO 373 DO CPC. ATRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA DE MODO DIVERSO. POSSIBILIDADE. PROVAS QUE SE MOSTRAM NECESSÁRIAS PARA REALIZAÇÃO E DESLINDE DA PERICIA. PROVAS QUE NÃO SE MOSTRAM EXCESSIVAMENTE DIFICEIS DE PRODUZIR. CONTRATO DE CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS QUE CARACTERIZAM A POSSIBILIDADE DE INCIDENCIA DO CDC. HIPOSSUFICIENCIA DA PARTE AGRAVADA. DECISÃO CORRETA. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJPR - 16ª C. Cível - 0048770-42.2019.8.16.0000 - Sengés - Rel.: Desembargador Luiz Antônio Barry - J. 28.02.2020)
(TJ-PR - AI: 00487704220198160000 PR 0048770-42.2019.8.16.0000 (Acórdão), Relator: Desembargador Luiz Antônio Barry, Data de Julgamento: 28/02/2020, 16ª Câmara Cível, Data de Publicação:02/03/2020)
A Câmara faz observação interessante ao exemplificar a hipótese de, em ação de cobrança, o autor alegar crédito contra o réu (fato constitutivo), o réu, em contestação, afirmar o pagamento do débito (fato extintivo) e o autor, em réplica, aduzir a invalidade do pagamento realizado pelo réu (fato impeditivo de um fato extintivo). Reputando silente o artigo 373 a esse respeito, aquele doutrinador defende que valeria o retorno à máxima de que o ônus é de quem alega, isto é, na hipótese do fato impeditivo de um fato extintivo, ao autor (allegatio et non probatio, quase non alegatio; ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat). CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo Processo Civil brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 233.
Caso Concreto 8
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura (mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois trata-se de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o NCPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ? Resposta: Não. Embora correta a informação de que não mais existe a cautelar de produção antecipada de provas o novo CPC estabeleceu procedimento próprio para estes casos, conforme artigo 381, NCPC.
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo ? Resposta: Sim, o artigo 384, NCPC, estabelece a existência de atas notariais.
Objetivas
1ª Questão
Com o NCPC é correto afirmar que:
b) no ambito do procedimento comum e deacordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão,salvo casos especificados em lei.
2ª Questão.
A prova realizada através de exame de DNA:
b) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo.
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJ-RS - Agravo de Instrumento : AI 70080056880 RS
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. CONDENAÇÃO AO FORNECIMENTO DE ÁGUA OU EQUIVALENTE EM DINHEIRO. ATAS NOTARIAIS. AUSÊNCIA DOS AGRAVADOS. VEROSSIMILHANÇA.
Demonstrando os elementos informativos coligidos aos autos, em juízo de cognição sumária, que as tentativas de entrega de água terminaram por resultar frustradas, em face da ausência dos ora agravados no imóvel, tudo conforme atas notariais acostadas, a atrair verossimilhança quanto ao direito alegado pelo agravante, descabe inversão lógica do real objeto da condenação, como, em última análise, pretendem agravados. (Agravo de Instrumento Nº 70080056880, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em 13/03/2019).
Segundo Paulo Roberto Gaiger FERREIRA: 
''Ata notarial é o instrumento público pelo qual o tabelião, ou preposto autorizado, a pedido de pessoa interessada, constata fielmente os fatos, as coisas, pessoas ou situações para comprovar a sua existência, ou o seu estado".

Continue navegando

Outros materiais