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setor 1206 setor a FÍsica Prof.: aula 53 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 36 aula 54............... AD h...............TM h............... TC h .................. 39 aula 55 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 42 aula 56 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 42 aula 57 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 46 aula 58 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 46 Texto teórico ....................................................................................50 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 35 19/08/16 12:55 36 Física – Setor 1206 KAPA 8 Ímãs e suas propriedadesauLa 53 Polos de um ímã Polo sul magnético Polo norte magnético Polo sul geográfico Polo norte geográfico S N AtrAção e rePulsão de ímãs S N F S N F N S F S N F N S F S N F mAgnetismo terrestre Eixo geográfico Polo norte geográfico Polo sul geográfico Eixo magnético 11° S N Polo sul magnético Polo norte magnético 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 36 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 37 insePArAbilidAde dos Polos S N S N S N S N S N S N S N CAmPo mAgnétiCo Ímã S N Agulha da bússola S N B B Direção: do eixo norte-sul da agulha da bússola Sentido: para o norte da agulha da bússola linhAs de indução do CAmPo mAgnétiCo SN N S N N A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 37 19/08/16 12:55 38 Física – Setor 1206 KAPA 8 exercÍcios 1 (UFSM-RS) Considere as afirmações a seguir, a respeito de ímãs. I. Convencionou-se que o polo norte de um ímã é aquela extremidade que, quando o ímã pode girar livre- mente, aponta para o norte geográfico da Terra. II. Polos magnéticos de mesmo nome se repelem e polos magnéticos de nomes contrários se atraem. III. Quando se quebra, ao meio, um ímã em forma de barra, obtêm-se dois novos ímãs, cada um com apenas um polo magnético. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. 2 (UFRJ) Abaixo, mostramos a figura da Terra onde N' e S' são os polos norte e sul geográficos e N e S são os polos norte e sul magnéticos. Sobre as linhas do campo magnético é correto afirmar que: N' S' S N a) elas são paralelas ao equador. b) elas são radiais ao centro da terra. c) elas saem do polo norte magnético e entram no polo sul magnético. d) o campo magnético é mais intenso no equador. e) o polo sul magnético está próximo ao sul geográfico. i. correta. ii. correta iii. incorreta. De acordo com o fenômeno da inseparabilidade dos polos, é impossível existir ímãs com um único polo (monopolos magnéticos). H-21 As linhas de indução sempre se orientam saindo do norte magné- tico e entram pelo sul magnético. A terra atua como um ímã; no nor- te geográfico existe um polo sul magnético, e no sul geográfico existe um polo norte magnético. orientação de estudo leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 a 4 do caderno de exercícios, série 44 – Física B. tarefa mínima tarefa complementar leia os itens 1 e 2 do texto teórico da aula 53. Faça os exercícios 5 a 7 do caderno de exercícios, série 44 – Física B. anotaçÕes 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 38 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 39 campo magnético gerado por corrente eLétricaauLa 54 A exPeriênCiA de oersted C Figura 1 N S Figura 2 C N S Ilustração da experiência de Oersted. Cargas elétricas em movimento (corrente elétrica) geram campo magnético em suas vizinhanças. CAmPo mAgnétiCo gerAdo Por fio reto B r i i r B Representação da regra da mão direita no 1. Campo magnético Intensidade: B 5 ? ? ? µ π i 2 r 0 B Direção: ortogonal ao fio Sentido: regra da mão direita n º 1 Observações: A unidade do vetor indução magnética no siste- ma internacional é: [B] 5 T (tesla). O símbolo µ0 representa uma grandeza magnéti- ca associada ao meio, conhecida como permea- bilidade magnética. No vácuo, seu valor é: 5 ? ? ?2 µ π4 10 T m A0 7 representação dos vetores do campo magnético em um fio É possível representar as linhas de campo ao re- dor de um fio reto percorrido por corrente elétrica da seguinte maneira: i B Fio reto percorrido por corrente e linhas de campo em perspectiva. i B Vista superior de fio reto percorrido por corrente e suas respectivas linhas de campo. O fio é perpendicular ao plano do papel e a corrente elétrica tem sentido para fora da folha. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 39 19/08/16 12:55 40 Física – Setor 1206 KAPA 8 Para grandezas vetoriais que possuam direção perpendicular ao plano do papel, é possível utilizar as representações ilustradas abaixo: Representa•‹o: Representação de grandeza vetorial “saindo” do plano do papel. Representa•‹o: Representação de grandeza vetorial “entrando” no plano do papel. Com essa nova forma de representar vetores no espaço, temos que o campo magnético em torno de um fio pode ser representado como na imagem a seguir: Condutor Linha de campo saindo do plano do papel Linha de campo entrando no plano do papel i Visualização do campo magnético através de bússolas próximas de um fio que passa corrente elétrica. s É R g io D o t t A J R ./ A R Q U iV o D A e D it o R A exercÍcios 1 (Ufpel-RS – Adaptada) Pedro realiza experiências no laboratório de Física de sua escola, utilizando a montagem mostrada na figura abaixo. Com o circuito aberto, ele verifica que a agulha magné- tica orienta-se na direção norte-sul. Fechando o circuito, de forma que uma corrente elétrica per- corra o fio, a agulha movimenta-se e orienta-se, aproximadamente, numa direção perpendicular ao condutor. Pedro acha estranho que uma cor- rente elétrica possa influenciar a orientação de um ímã. Para ajudá-lo a compreender o que está acontecendo, você explica que as cargas elétricas em movimento no fio: i 1 2 a) geram um campo magnético cujas oscilações causam desvios em todos os ímãs nas proximi- dades do fio. b) geram um campo elétrico uniforme que tende a anular o efeito do campo magnético terrestre. c) geram um campo elétrico que interfere no cam- po magnético da agulha, ocasionando desvio. d) geram um campo magnético uniforme, de for- ma que a agulha tende a orientar-se perpendi- cularmente a ele. e) geram um campo magnético que se soma ao campo terrestre, provocando o desvio da agulha. 2 (PUC-SP) O Eletromagnetismo estuda os fenôme- nos que surgem da interação entre campo elétri- co e campo magnético. Hans Christian Oersted, em 1820, realizou uma experiência fundamental para o desenvolvimento do eletromagnetismo, na qual constatou que a agulha de uma bússola era defletida sob a ação de uma corrente elétrica percorrendo um fio condutor próximo à bússola. A figura abaixo representa as secções transversais de dois fios condutores A e B, retos, extensos e paralelos. Esses condutores são percorridos por uma corrente elétrica cujo sentido está indicado na figura. H-21 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 40 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 41 d d P i i A B Corrente elétrica entrando ortogonalmente ao plano do papel Corrente elétrica saindo ortogonalmente ao plano do papel Uma pequena bússola é colocada no ponto P equidistante dos fios condutores. Desprezando os efeitos do campo magnético terrestre e considerando a indicação N para polo norte e S para polo sul, a alternativa que apresenta a melhor orientação da agulha da bússola é: a) c) e) b) d) 1. A corrente elétrica ocasiona o aparecimento de um campo magnético que possui direção ortogonal ao fio esentido dado pela regra da mão direita. sendo assim, a agulha da bússola se orienta na direção e sentido do campo magnético resultante formado pelo campo magnético gerado pelo fio e pelo campo magnético gerado pela terra. considerando a regra da mão di- reita n º 1, os campos magnéticos criados pelos fios A e B têm o mesmo sentido indicado: P g i i A B consequentemente, a bússola alinha-se como mostra a figura abaixo: N S anotaçÕes orientação de estudo leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 a 4 do caderno de exercícios, série 45 – Física B. tarefa mínima tarefa complementar leia o item 1 do texto teórico da aula 54. Faça os exercícios 5 a 8 do caderno de exercícios, série 45 – Física B. Faça o exercício 1 do Rumo ao enem. S N S N S N S N SN 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 41 19/08/16 12:55 42 Física – Setor 1206 KAPA 8 Força magnética e trajetória de carga Lançada em campo magnéticoauLas 55 e 56 1 forçA mAgnétiCA A força magnética atuante em cargas em movi- mento depende: da carga elétrica (q); da intensidade do vetor velocidade (v) da carga; da intensidade do campo magnético (B); do ângulo formado entre o vetor velocidade e o campo magnético (θ). 2 CArgAs elétriCAs lAnçAdAs Com veloCidAde PArAlelA Ao CAmPo MRU MRU F mag 5 0 F mag 5 0 B v 1 1 v v v 2 2 3 CArgAs elétriCAs lAnçAdAs Com veloCidAde PerPendiCulAr Ao CAmPo B F mag v 1 2 2 v F mag F mag v F mag v 1 Cargas de sinais opostos lançadas em uma região em que o campo magnético “entra” no plano do papel. 2 2 1 1 B v v F mag F mag F mag F mag v v Cargas de sinais opostos lançadas em uma região em que o campo magnético “sai” do plano do papel. regra da mão direita no 2 B F mag v Representação da regra da mão direita no 2. Carga positiva: o sentido da força magnética é o sentido de “sair” da palma da mão, como indicado na figura. Carga negativa: o sentido da força magnética é o sentido de “entrar” na palma da mão. força magnética Intensidade: F mag 5 | q | ? v ? B F mag Direção: perpendicular ao plano formado por B e v Sentido: regra da mão direita n º 2 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 42 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 43 movimento da carga devido ao campo magnético perpendicular B r v F mag F mag F mag F mag 1 1 1 1 v v v Expressão do raio da trajetória de uma carga lança- da perpendicularmente ao campo magnético: 5 ? ? r m v q B Expressão do período (T) do movimento de uma carga lançada perpendicularmente ao campo magnético: 5 ? ? ? πT 2 m q B 4 CArgAs elétriCAs lAnçAdAs Com veloCidAde oblíquA Ao CAmPo y z x MCU r B B F mag v x v MRU 2 v y Eixo x: F mag 5 0 → MRU Eixo y: a força magnética é a resultante centrípeta. Sendo assim, a partícula realiza um movimento cir- cular e uniforme (MCU) no plano yz. yz x MCU MRU 2 2 B v x v v yz v A composição dos dois movimentos descritos faz com que a partícula desenvolva uma trajetória conhe- cida como hélice cilíndrica. 5 forçA mAgnétiCA em fios PerCorridos Por Corrente i , F mag F mag F mag F mag v B – – – – v v v F mag 5 B ? i ? , Observações: A força magnética calculada por meio da expres- são anterior é a força magnética resultante das forças magnéticas aplicadas em cada carga que se movimenta dentro do fio. Como a força magnética é nula quando uma car- ga é lançada com velocidade paralela ao campo magnético, caso a direção do fio seja a mesma direção do campo, a força magnética resultante aplicada nesse fio é nula. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 43 19/08/16 12:55 44 Física – Setor 1206 KAPA 8 exercÍcios 1 (UFG-GO) Uma cavidade em um bloco de chumbo contém uma amostra radioativa do elemento quími- co bário. A figura a ilustra as trajetórias das partículas α, β e γ emitidas após o decaimento radioativo. Figura a B Figura b α α β β γ γ Aplica-se um campo magnético uniforme en- trando no plano da folha, conforme ilustrado na figura b. O comportamento representado pelas trajetórias ocorre porque a) a partícula β tem carga positiva e quantidade de movimento maior que a de α. b) as partículas α e β têm cargas opostas e mesma quantidade de movimento. c) a partícula α tem carga positiva e quantidade de movimento maior que a de β. d) a partícula α tem carga maior e quantidade de movimento menor que a de β. e) a partícula γ tem carga positiva e quantidade de movimento menor que a de β. comparando-se as trajetórias das partículas α, β e γ pode- -se concluir que: • a partícula γ não teve sua trajetória alterada e, consequen- temente, não sofreu ação da força magnética. como ela possui velocidade diferente de zero e foi lançada perpen- dicularmente ao campo, isso indica que não possui carga elétrica. • as partículas α e β possuem trajetórias em lados opos- tos, indicando que essas partículas estão eletrizadas com cargas opostas. sendo assim, aplicando-se a regra da mão direita no 2 para essas duas partículas, pode-se concluir que a partícula α possui carga positiva e que a partícula β possui carga negativa. Além disso, como as partículas são lançadas perpendicularmente ao campo, o raio da trajetória pode ser calculado por: 5 ? ? 5 ? R m v q B Q q B sendo assim, como a partícula α possui maior raio, isso indica que ela possui maior quantidade de movimento (Q) quando comparada à partícula B. H-18 2 (Ufla-MG) Um feixe de partículas eletrizadas P 1 e P 2 , de mesma massa, penetra em um campo magnético B com mesma velocidade v. Observa- -se que o feixe, ao penetrar no campo magnético, divide-se em dois, percorrendo trajetórias circula- res de raios R 1 5 2 ? R 2 , conforme figura a seguir. x x x x x x x xx x x x xx x x x x xx x x x x x x x Feixe P 1 P 2 R 1 R 2 B É correto afirmar: a) a força magnética que atua nas partículas eletri- zadas P 1 é maior que a força magnética que atua nas partículas eletrizadas P 2 , e por isso descre- vem uma trajetória de raio R 1 maior que R 2 . b) a força magnética que atua nas partículas eletri- zadas P 2 é maior que a força magnética que atua nas partículas eletrizadas P 1 , e por isso descrevem uma trajetória de raio R 2 menor que R 1 . c) as cargas elétricas das partículas P 1 e P 2 são de mesmo sinal, sendo a carga da partícula P 1 maior que a da partícula P 2 . d) as cargas elétricas das partículas P 1 e P 2 são de sinais contrários, sendo a carga da partícula P 2 menor que a da partícula P 1 . De acordo com o enunciado, as partículas P1 e P2 possuem a mesma massa e a mesma velocidade inicial. como elas são lançadas em mesmo campo magnético, considerando-se a expressão do raio da trajetória de uma partícula eletrizada lançada perpendicularmente ao campo, pode-se concluir que como as partículas P 1 possuem maior raio que as par- tículas P 2 , a carga das partículas P 1 é menor que a carga das partículas P 2 : 5 ? ? . ,∴R m v q B e R R q q1 2 1 2 considerando a conclusão anterior e utilizando a expressão da força magnética, pode-se concluir que a força magnética que atua nas partículas P 2 é maior que a força nas partículas P 1 . F mag 5 | q | ? v ? B H-21 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 44 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 45 3 (Vunesp) Parte de uma espira condutora está imersa em um campo magnético constante e uniforme, per- pendicular ao plano que a contém. Uma das extremidades de uma mola de constante elástica k 5 2,5 N/m está presa a um apoio externo isolado e a outra a um lado dessa espira, que mede 10 cm de comprimento. 10 cm B i 5 0,50 A Inicialmente não há corrente na espira e a mola não está distendida nem comprimida. Quando uma corrente elétrica de intensidade i 5 0,50 A percorre a espira, no sentido horário, ela se move e desloca 1,0 cm a ex- tremidade móvel da mola para a direita.Determine o módulo e o sentido do campo magnético. cálculo da força elástica: F 5 k ? x ⇒ F 5 2,5 ? 1022 ∴ F 5 2,5 ? 1022n • Supondo que após o deslocamento de 1 cm o sistema esteja em equilíbrio, F mag 5 2,5 ? 1022n. • Como temos: F mag 5 B ? i ? l, concluímos que: B ? 0,5 ? 1021 5 2,5 ? 1022 n ⇒ B 5 5 ? 1021 t Usando a Regra da mão direita, conclui-se que o sentido do campo é saindo da folha de papel. F mag i B orientação de estudo auLa 55 leia os itens 1 a 3 do resumo das aulas. Faça os exercícios 1 a 3 do caderno de exercícios, série 46 – Física B. auLa 56 leia os itens 4 e 5 do resumo das aulas. Faça os exercícios 7 a 9 do caderno de exercícios, série 46 – Física B. tarefa mínima tarefa complementar auLa 55 leia os itens 1 a 1.2 do texto teórico das aulas 55 e 56. Faça os exercícios 4 a 6 do caderno de exercícios, série 46 – Física B. auLa 56 leia os itens 1.3 e 2 do texto teórico das aulas 55 e 56. Faça os exercícios 11, 12, 13 e 15 do caderno de exercícios, série 46 – Física B. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 45 19/08/16 12:55 46 Física – Setor 1206 KAPA 8 indução eLetromagnéticaauLas 57 e 58 v Amperímetro 0 A S N Quando um ímã se aproxima da bobina, a indicação do amperímetro é diferente de zero. Amperímetro 0 A S N Quando um ímã fica em repouso próximo à bobina, a indicação do amperímetro volta a ser nula. Amperímetro 0 A v S N Quando um ímã se afasta da bobina, a indicação do amperímetro é diferente de zero. A corrente elétrica gerada nos casos em que o ímã se aproxima ou se afasta da bobina é conhecida como corrente elétrica induzida e ela surge devido à atua- ção do campo magnético gerado pelo ímã na bobi- na. O fenômeno que ocasiona as correntes induzidas nesses e em outros casos é conhecido como indução eletromagnética. 1 fluxo mAgnétiCo (φ) N α B Superfície de área A Expressão da definição de fluxo magnético: φ 5 B ? A ? cosα Observações: O fluxo magnético depende de três fatores: do módulo do campo magnético (B), da área da su- perfície (A) e do ângulo formado entre o campo magnético e a reta normal à superfície (α). Quanto ao ângulo formado entre o campo mag- nético e a reta normal à superfície, pode-se con- cluir que: quando o ângulo formado é 0°, o cosseno é máximo (1) e o fluxo magnético possui valor máximo: φ 5 B ? A; quando o ângulo entre o campo e a reta normal é 90°, o cosseno é igual a zero e o fluxo é nulo: φ 5 0; quando o ângulo formado é 180°, o cosseno é mínimo (21) e o fluxo magnético adquire valor mínimo: φ 5 2B ? A. No sistema internacional de unidades, o fluxo magnético φ (fi) é medido em Weber (Wb). Lembrando-se que, no mesmo sistema, a unida- de de campo magnético é Tesla (T) e a unidade de área é m2, tem-se: [φ] 5 T ? m2 5 Wb. 2 lei de lenz A corrente induzida em uma superfície fechada de- limitada por um fio (espira) é criada de modo a com- pensar as variações do fluxo magnético que a atravessa. Quando o fluxo magnético aumenta: com- pensar o fluxo tem o objetivo de diminuí-lo. Quando o fluxo magnético diminui: com- pensar o fluxo tem o objetivo de aumentá-lo. 3 lei de fArAdAy-neumAnn A força eletromotriz induzida média em uma espira corresponde à variação temporal do fluxo magnético. Em símbolos: ε ∆Φ ∆ 5 t Observações: A Lei de Faraday indica que, quanto mais rapi- damente ocorrer a variação do fluxo, maior será a força eletromotriz induzida. Caso a variação do fluxo ocorra em um circuito fechado, a força eletromotriz induzida irá causar 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 46 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 47 uma corrente no circuito. Sendo assim, ao se conhecer a força eletromotriz induzida e a resis- tência elétrica associada a esse circuito, pode-se determinar a corrente elétrica induzida por meio da 1a Lei de Ohm. Caso a variação do fluxo ocorra em um circuito aberto, não surgirá corrente elétrica induzida. Porém, ainda pode-se considerar na espira uma ddp igual à força eletromotriz induzida. exercÍcios 1 O campo magnético criado por um fio reto per- corrido por uma corrente i está ilustrado na figura abaixo. Considerando-se que exista uma espira quadrada no mesmo plano do papel e ao lado do fio, pede-se: B Espira quadrada Eixo i a) Descreva o que ocorre com o módulo do cam- po magnético caso se aumente a intensidade da corrente. Justifique sua resposta. De acordo com a expressão do campo criado por um fio, ao se aumentar a intensidade da corrente, o campo magnético irá aumentar seu módulo em todos os pontos ao redor do fio. b) Considerando-se o item anterior, descreva o comportamento do fluxo magnético e o sentido da corrente induzida na espira. como o módulo do campo magnético irá aumentar, o mesmo ocorre com o fluxo magnético no interior da espira. De acordo com a lei de lenz, um aumento do fluxo magnético deve ser compensado com uma diminuição. Para que isso ocorra, a corrente induzida deve gerar um campo magnético induzido com sentido oposto ao campo gerado pelo fio. Utilizando-se a regra da mão direita no 1, a corrente na espira deverá possuir sentido anti-horário. B induzido i induzida c) Identifique o sentido da corrente induzida caso a espira se afaste do fio, mantendo-se a intensidade da corrente constante. Justifique sua resposta. em pontos mais afastados do fio o campo magnético possui módulo cada vez menor e, consequentemente, o fluxo magnético irá diminuir. De acordo com a lei de lenz, para compensar essa diminuição, a corrente induzida deve gerar um campo induzido no mesmo sentido que o campo magnético criado pelo fio. Utilizando-se a regra da mão direita no 1, a corrente na espira deverá possuir sentido horário. d) Descreva o sentido da corrente induzida caso a corrente inverta o sentido e diminua de in- tensidade. se a corrente inverter o sentido, de acordo com a regra da mão direita no 1, o sentido do campo magnético na região interna à espira é “saindo” do papel. Quando a corrente diminui de intensidade, o campo magnético será reduzido. De acordo com a lei de lenz, para compensar essa diminuição, a corrente induzida deve gerar um campo induzido no mesmo sentido que o campo magnético gerado pela fio. Utilizando-se a regra da mão direita no 1, a corrente induzida deverá possuir sentido anti-horário. e) Descreva o comportamento da corrente indu- zida caso a espira rotacione ao redor do eixo descrito da figura. Quando a espira gira em torno do eixo descrito, o fluxo magnético varia de maneira periódica, ora aumentando, ora diminuindo. consequentemente, a corrente induzida também alterará seu sentido periodicamente, sendo denominada corrente alternada. B induzido i induzida B induzido i induzida i 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 47 19/08/16 12:55 48 Física – Setor 1206 KAPA 8 2 Uma barra de cobre desliza encostada em um trilho metálico em uma região em que existe um campo magnético uniforme, de acordo com a fi- gura abaixo. Pede-se: B a) Descreva o comportamento do fluxo magnéti- co quando a barra desliza para a direita. Quando a barra desliza para a direita, a área da espira delimitada pelo trilho aumentará. como o campo magnético possui intensidade constante, o fluxo magnético também aumentará. b) Descreva o comportamento do fluxo magnéti- co quando a barra desliza para a esquerda. Quando a barra desliza para a esquerda, a área da espira delimitada pelo trilho diminuirá. como o campo magnético possui intensidade constante, o fluxo magnético também diminuirá. c) Considerando-se o item a, identifique o sentido da corrente induzida. como no item a o fluxo magnético aumenta, de acordo com a lei de lenz, esse aumento de fluxo deve ser compensado com uma diminuição. sendo assim, a corrente induzida deve gerar um campo induzido em sentido oposto ao campo magnético criado pelo fio e, consequentemente, saindo do plano do papel.Utilizando-se a regra da mão direita no 1, a corrente na espira deverá possuir sentido anti-horário. d) Considerando-se o item b, identifique o senti- do da corrente induzida. como no item b o fluxo magnético diminui, de acordo com a lei de lenz, essa diminuição de fluxo deve ser compensada com um aumento. sendo assim, a corrente induzida deve gerar um campo induzido no mesmo sentido que o campo magnético criado pelo fio e, consequentemente, entrando no plano do papel. Utilizando-se a regra da mão direita no 1, a corrente na espira deverá possuir sentido horário. e) Caso a barra pare, qual será o valor da corrente induzida? Justifique sua resposta. caso a barra pare, não haverá variação de fluxo magnético e, consequentemente, a corrente induzida será nula. 3 (PUC-MG) Um condutor flexível é disposto de tal forma que apresenta um trecho circular em uma região que contém um campo magnético uni- forme e constante, perpendicular ao plano que contém o trecho circular mencionado e saindo do plano da figura. Um anel móvel é montado de tal forma que, quando se move com velocidade v, constante, provoca a mudança do comprimento do condutor disponível para o trecho circular sem modificar a sua forma, isto é, o raio da circunferên- cia poderá aumentar ou diminuir. Utilizando-se a Lei de Faraday, é correto afirmar que, quando o anel movimentar-se como indicado na figura, o amperímetro indicará uma corrente: BA v a) de B para A. b) de A para B. c) oscilante, ora de A para B, ora de B para A. d) nula. B B ind i ind i ind i ind B B ind i ind i ind i ind H-21 como o campo magné- tico é uniforme, quando o anel sobe, diminui a área da espira atraves- sada pelo campo e, con- sequentemente, o fluxo magnético também di- minuirá. sendo assim, de acordo com a lei de lenz, essa diminuição deve ser compensada por um aumento de fluxo. como o campo original “sai” do plano do papel, o campo indu- zido possui essa mes- ma direção e sentido. Desse modo, utilizan- do-se a regra da mão direita n º 1, a corrente induzida deve possuir sentido anti-horário (de A para B). 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 48 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 49 4 Um ímã sobre rodas é lançado em um plano ho- rizontal sem atrito e se aproxima de uma espira circular, de acordo com a figura abaixo. v Espiral circular S N Em um instante t 0 5 0, o campo magnético do ímã no centro da espira possui módulo B 0 5 0,2 T. Em um outro instante t 5 0,2 s, o ímã está em uma posição mais próxima da espira e o campo mag- nético possui módulo B 5 0,4 T. Sabendo-se que a espira possui área 0,5 m2 e o fio da espira possui resistência elétrica de 4 Ω, pede-se: a) Calcule o fluxo magnético nos instantes t e t 0 . o campo magnético no centro da espira possui mesma direção que a reta normal à espira. considerando-se que tenham o mesmo sentido, o ângulo formado entre o campo e a reta normal é 0°. o fluxo magnético pode ser calculado pela expressão da definição de fluxo: em t 0 : φ 0 5 B 0 ? A ? cos(0) 5 0,2 ? 0,5 ? 1 ⇒ φ 5 0,1 Wb em t: φ 5 B ? A ? cos(0) 5 0,4 ? 0,5 ? 1 ⇒ φ 5 0,2 Wb b) Calcule a variação do fluxo magnético entre os instantes t e t 0 . De acordo com o item anterior, a variação do fluxo é: Dφ 0 5 φ 2 φ 0 5 0,2 2 0,1 ⇒ Dφ 5 0,1 Wb c) Determine a fem induzida. De acordo com a lei de Faraday, a fem induzida é: d) Determine a corrente induzida. A fem induzida está relacionada com a corrente induzida. De acordo com a 1a lei de ohm, tem-se: ε 5 R ? i ⇒ 0,5 5 4 ? i ⇒ i 5 0,125 A e) Calcule a potência dissipada na espira por efei- to joule. A potência dissipada na espira pode ser calculada por: P 5 R ? i2 5 4 ? (0,125)2 ⇒ P 5 0,0625 W f) Identifique a fonte de energia para que houves- se a potência dissipada. A energia dissipada na espira é proveniente da energia mecânica do ímã. De acordo com o princípio da conservação de energia, a diminuição da energia mecânica do ímã ocasiona a dissipação de energia na espira por efeito joule. 5 D D 5 5ε Φ ⇒ε t 0,1 0,2 0,5 V orientação de estudo auLa 57 leia os itens 1 e 2 do resumo das aulas. Faça os exercícios 1 a 3 do caderno de exercícios, série 47 – Física B. auLa 58 leia o item 3 do resumo das aulas. Faça os exercícios 7 a 9 do caderno de exercícios, série 47 – Física B. tarefa mínima tarefa complementar auLa 57 leia os itens 1 e 2 do texto teórico das aulas 57 e 58. Faça os exercícios 4 a 6 do caderno de exercícios, série 47 – Física B. Faça os exercícios 3 e 4 do Rumo ao enem. auLa 58 leia o item 3 do texto teórico das aulas 57 e 58. Faça os exercícios 10 a 13 do caderno de exercícios, série 47 – Física B. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 49 19/08/16 12:55 50 Física – Setor 1206 KAPA 8 TEXTO TEóriCO auLa 53 1. ímãs e suAs ProPriedAdes 1.1 introdução Além de despertar a curiosidade pelas suas pro- priedades, os ímãs também são utilizados em diversos dispositivos, por exemplo: motores elétricos, disjunto- res, campainhas, microfones, fornos de microondas e cartões magnéticos. Os fenômenos magnéticos foram observados, inicialmente, há pelo menos cerca de 2500 anos, em fragmentos de minério de ferro imantados nas pro- ximidades da antiga cidade de Magnésia, a oeste da Turquia. Esses fragmentos hoje são conhecidos como ímãs permanentes. Para conhecer melhor algumas propriedades dos ímãs, consideramos um pedaço de ímã em forma de barra, colocado em uma mesa horizontal. Ao jogar uma quantidade de limalha de ferro em cima desse ímã, pode-se perceber que a maior parte da limalha de ferro se concentra em suas extremidades. Esse fato eviden- cia que as características magnéticas nessas regiões são mais intensas, como indicado na imagem abaixo. A W e i n s P iR in g i m A g e s /s h U t t e R s t o c k Polos magnéticos Por isso, as extremidades de um ímã em forma de barra são denominadas polos magnéticos. Ao se suspender um ímã em forma de barra por um fio, identificamos que as suas extremidades ficam sempre alinhadas em uma mesma direção, sendo que um dos polos do ímã aponta para o norte e o outro polo aponta para o sul terrestre. Isso sugere que a Terra atua como um grande ímã, atraindo as extremidades do ímã em forma de barra. Esse fenômeno permite compreen- der o princípio de funcionamento de uma bússola, que possui um pequeno ímã cujo norte magnético sempre aponta para o norte da Terra. A experiência descrita anteriormente fez com que um dos polos do ímã fosse denominado polo norte magnético e o outro polo fosse denominado polo sul magnético, como indicado na figura a seguir. Polo sul magnético Polo norte magnético Polo sul geográfico Polo norte geográfico S N 1.2 Atração e repulsão de ímãs Para determinar as características das forças tro- cadas entre ímãs, pode-se aproximar dois ímãs em forma de barra. Ao realizar essa experiência, é possí- vel identificar as forças trocadas entre os ímãs, como representado na figura a seguir. S N F S N F N S F S N F N S F S N F Sendo assim, a análise da figura permite concluir que: Polos magnéticos de mesma natureza se repelem e polos magnéticos de naturezas opostas se atraem. 1.3 magnetismo terrestre Como a Terra é capaz de aplicar força magnética sobre um ímã, ela atua como um grande ímã. Sendo assim, ao se considerar o fenômeno da atração e repul- são de ímãs, é possível concluir que: Como o polo norte magnético de um ímã é atraí- do pela região norte da Terra, nessa região deve se localizar o polo sul magnético do planeta. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 50 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 51 De forma análoga: Como polo sul magnético de um ímã é atraído pela região sul da Terra, pode-se inferir que nessa região deve se localizar o polo norte magnético do planeta. Porém, deve-se ressaltar que as direções do eixo magnético da Terra e do eixo geográfico não são coin-cidentes. O ângulo formado entre essas duas direções é de, aproximadamente, 11°, como indicado no esquema abaixo, em que também se representa um ímã equi- valente ao campo magnético terrestre. Além disso, é importante saber que esse ângulo varia de tempos em tempos, devido às alterações frequentes que ocorrem no campo magnético terrestre. Eixo geográfico Polo sul geográfico Polo norte geográfico Eixo magnético 11° S N Polo sul magnético Polo norte magnético 1.4 inseparabilidade dos polos Caso se quebre um ímã em forma de barra pela metade, verifica-se experimentalmente que não é pos- sível separar os seus polos magnéticos. Em outras pala- vras, isso significa que é impossível existir um ímã que só tenha um polo norte ou um polo sul, os chamados monopolos. Ímãs sempre se encontram na forma de dipolos. Esse fenômeno é conhecido como insepara- bilidade dos polos, ilustrado na figura abaixo. S N S N S N S N S N S N S N 2. CAmPo mAgnétiCo Da mesma maneira que o campo elétrico e o campo gravitacional, as interações de um campo magnético são interações à distância. No caso do campo elétrico, para mapeá-lo é possível utilizar um corpo de prova (carga de prova) e verificar a atuação de força elétrica. Já em um campo gravitacional, pode-se utilizar um corpo de prova e verificar se nesse corpo atua uma força gravi- tacional. De maneira análoga, como a presença de um ímã gera perturbações magnéticas em suas vizinhan- ças, pode-se utilizar um corpo de prova para mapear essa região, por exemplo, um pequeno ímã ou limalhas de ferro. A atuação da força magnética nesses corpos de prova indica presença de um campo magnético. Sendo assim, de modo análogo ao campo gravita- cional e ao campo elétrico, o campo magnético pode ser descrito por meio de uma grandeza vetorial que, no caso do campo magnético, é conhecida como vetor indução magnética (B). Para se conhecer melhor as características de di- reção e de sentido dessa grandeza, pode-se considerar inicialmente uma bússola próxima a um ímã. Como a agulha da bússola também é um ímã, o polo norte da bússola será atraída pelo polo sul do ímã. Assim, o vetor indução magnética gerado pelo ímã na posição em que se encontra a bússola possui direção alinhada com o eixo norte/sul da agulha da bússola e sentido apontado para o norte deste eixo. Ímã S N Agulha da bússola S N B B Direção: do eixo norte-sul da agulha da bússola Sentido: para o norte da agulha da bússola É importante ressaltar que, ao se conhecer o vetor indução magnética em um determinado ponto, pode- -se determinar a direção e sentido da agulha de uma bússola posicionada nesse ponto. De maneira análoga, ao se conhecer a direção e o sentido da agulha de uma bússola em um ponto de um campo magnético, pode- -se conhecer a direção e o sentido do vetor indução magnética nesse ponto. 2.1 linhas de indução do campo magnético Uma outra maneira de se representar o campo magnético ao redor de um ímã é por meio das linhas de indução do campo magnético. Nesse tipo de representação, o campo magnético resultante ao redor de um ímã é representado por linhas contínuas, que possuem as seguintes características: O vetor indução magnética possui direção tan- gente às linhas de indução. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 51 19/08/16 12:55 52 Física – Setor 1206 KAPA 8 O sentido das linhas de indução é o sentido do vetor indução. Sendo assim, ao redor de um ímã, as linhas de indução são orientadas do polo norte para o polo sul do ímã. Como as linhas de indução indicam o campo magnético resultante em um determinado ponto, elas nunca se cruzam. A densidade das linhas de indução indica, qualitativamente, a intensidade do campo magnético. Sendo assim, quanto maior a proximidade das linhas, mais intenso será o campo nessa região. A figura abaixo ilustra linhas de indução do campo magnético em diferentes configurações. SN N NN S N S N S A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k A l c h e m y /A l A m y /l A t in s t o c k W A y n e h ig g in s /A l A m y /l A t in s t o c k 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 52 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 53 auLa 54 1. CAmPo mAgnétiCo gerAdo Por Corrente elétriCA 1.1 A experiência de oersted Em 1820, o físico dinamarquês Hans Christian Oersted realizou uma experiência que evidenciou uma re- lação entre fenômenos elétricos e fenômenos magnéticos. Nessa experiência, Oersted colocou uma bússola nas proximidades de um fio pertencente a um circuito elétrico. Inicialmente, o circuito estava aberto e, portanto, não havia formação de corrente elétrica. Porém, ao se fechar o circuito, o fio é percorrido por corrente elétrica. Nesse caso, Oersted percebeu uma alteração na direção da agulha da bússola, como indicado na figura a seguir. C Figura 1 N S Figura 2 C N S Ilustração da experiência de Oersted. Esse fato fez com que Oersted concluísse que: Cargas elétricas em movimento (corrente elétrica) geram campo magnético em suas vizinhanças. A ligação entre a eletricidade e o magnetismo percebida por Oersted permitiu o desenvolvimento de uma parte da Física que estuda as relações entre esses dois fenômenos, conhecida como Eletromagnetismo. 1.2 Campo magnético gerado por fio reto B r i Linhas de ferro dispostas ao redor de um fio reto percorrido por corrente. De acordo com a experiência de Oersted, um fio retilíneo percorrido por uma corrente elétrica gera campo magnético em suas vizinhanças. Experimentalmente, pode-se determinar que a intensidade do campo magnético (B) em um ponto depende da intensidade da corrente (i), de características do meio e da distância do ponto ao fio (r), de acordo com a expressão abaixo: B 5 ? ? ? µ π i 2 r 0 Observações: A unidade do vetor indução magnética no sistema internacional é: [B] 5 T (tesla). O símbolo µ 0 representa uma grandeza magnética associada ao meio, conhecida como permeabilidade magnética. regra da mão direita n º 1 Além da expressão anterior, a experiência mostra que a direção do campo magnético em um ponto próximo a um fio reto possui direção ortogonal ao fio e sentido que pode ser determinado por um método conhecido como regra da mão direita n º 1. Nesse método, com a mão direita espalmada, alinha-se o polegar na direção e sentido da corrente. Para se determinar o sentido do campo, deve-se dar um “tapa” com os outros dedos. Dessa maneira, o s c ie n c e P h o t o s /A l A m y /l A t in s t o c k 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 53 19/08/16 12:55 54 Física – Setor 1206 KAPA 8 sentido do tapa é coincidente com o sentido do campo, como ilustrado na figura a seguir. i r B Representação da regra da mão direita no 1. representação dos vetores do campo magnético em um fio É possível representar as linhas de campo ao redor de um fio reto percorrido por corrente elétrica, como uma alternativa ao mapeamento do campo de indução magnética na região. Sendo assim, como o vetor indução magnética (B) é tangente às linhas de campo e o sentido das linhas é o sentido do vetor indução magnética, tem- -se a representação das linhas de campo sob dois pontos de vista indicados nas figuras abaixo. i B Vista superior de fio reto percorrido por corrente e suas respec- tivas linhas de campo. O fio é perpendicular ao plano do papel e a corrente elétrica tem sentido para fora da folha. i B Fio reto percorrido por corrente e linhas de campo em perspectiva. Deve-se ressaltar que, em alguns casos, é necessá- ria a representação de grandezas vetoriais que possuam direção perpendicular ao plano do papel. Para tanto, utiliza-se as representações ilustradas a seguir. Representa•‹o: Representação de grandeza vetorial “saindo” do plano do papel. Representa•‹o: Representação de grandeza vetorial “entrando” no plano do papel. auLas 55 e 56 1. forçA mAgnétiCA De acordo com a experiênciade Oersted, pode- -se verificar que cargas elétricas em movimento geram campo magnético e, consequentemente, são capazes de aplicar forças de natureza magnética. Também, é possí- vel verificar experimentalmente que corpos eletrizados que se movimentam em uma região na qual existe um campo magnético podem ficar sob a ação de forças mag- néticas dependendo do ângulo formado pela direção da velocidade do corpo e do campo magnético. Após a rea- lização de algumas experiências, verifica-se que a força magnética atuante em cargas em movimento depende: da carga elétrica (q); da intensidade do vetor velocidade (v) da carga; da intensidade do campo magnético (B); do ângulo formado entre o vetor velocidade e o campo magnético (θ). Sendo assim, a análise da força magnética será feita considerando-se os fatores acima e analisando-se três casos particulares: Cargas lançadas com velocidade paralela ao campo magnético. Cargas lançadas com velocidade perpendicu- lar ao campo magnético. Cargas lançadas com velocidade oblíqua ao campo magnético. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 54 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 55 1.1 Cargas elétricas lançadas com velocidade paralela ao campo magnético Caso uma partícula eletrizada seja lançada com velocidade paralela ao campo, verifica-se que a força magné- tica que atua nesse corpo é nula. Dessa maneira, caso nenhuma outra força seja aplicada à partícula, ela realizará um movimento retilíneo e uniforme, como ilustrado na figura a seguir. MRU MRU F mag 5 0 F mag 5 0 B v 1 1 v v v 2 2 1.2 Cargas elétricas lançadas com velocidade perpendicular ao campo magnético Para a análise desse caso, pode-se inicialmente considerar uma região em que existe um campo magnético B uniforme, gerado por algum elemento externo como um ímã em forma de U. Em seguida, uma partícula eletrizada com carga q é lançada perpendicularmente ao campo com velocidade v. Experimentalmente, pode-se verificar que a trajetória da partícula é curvilínea e a força magnética possui as características ilustradas nas figuras abaixo. B F mag v 1 2 2 v F mag F mag v F mag v 1 2 2 1 1 B v v F mag F mag F mag F mag v v Cargas de sinais opostos lançadas em uma re- gião em que o campo magnético “entra” no plano do papel. Cargas de sinais opostos lançadas em uma re- gião em que o campo magnético “sai” do plano do papel. A intensidade da força magnética em uma carga lançada em um campo magnético depende do módulo da carga, da intensidade do vetor velocidade e do módulo do vetor indução magnética. No caso particular de uma carga lançada com velocidade perpendicular ao campo, a intensidade da força magnética pode ser calculada por meio da expressão a seguir: F mag 5 | q | ? v ? B Analisando-se as características da força magnética apresentadas nas figuras anteriores, pode-se concluir que: A intensidade da força magnética é diretamente proporcional ao módulo da carga, à intensidade do campo magnético e ao módulo do vetor velocidade. Após identificar que o vetor velocidade e o campo magnético são perpendiculares entre si, é importante a visualização do plano formado por esses vetores para se conhecer a direção da força magnética. Caso uma carga elétrica seja abandonada em repouso (v 5 0) em uma região em que existe um campo magnético, a força magnética que atua nessa partícula é nula. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 55 19/08/16 12:55 56 Física – Setor 1206 KAPA 8 regra da mão direita no 2 Para se determinar a direção e o sentido da for- ça magnética, pode-se utilizar um método conhecido como regra da mão direita no 2. Nesse método, com a mão direita espalmada, alinha-se o polegar na direção e sentido do vetor velocidade e alinham-se os outros dedos na direção e sentido do campo magnético, como ilustrado na figura abaixo. B F mag v Representação da regra da mão direita no 2. Com os dedos alinhados como indicado, pode-se determinar a direção da força magnética como sendo perpendicular ao plano que contém a palma da mão. Já o sentido da força depende do sinal da carga, sendo que: Carga positiva: o sentido da força magnética é o sentido de “sair” da palma da mão, como indicado na figura. Carga negativa: o sentido da força magnética é o sentido de “entrar” na palma da mão. movimento da carga devido ao campo magnético perpendicular Quando uma partícula é lançada com velocidade perpendicular ao campo magnético, a força magnética possui direção perpendicular ao vetor velocidade. Por esse motivo, a carga realiza um movimento circu- lar e uniforme. Dessa maneira, é importante que se conheça o raio da trajetória (r) e o período desse movimento (T), como descrito na figura abaixo. B r F mag F mag F mag F mag v 1 1 1 1 v v v A expressão do raio da trajetória de uma carga lançada perpendicularmente ao campo magnético é encontrada tendo em mente que a força magnética é a resultante centrípeta do movimento circular: F mag 5 F centrípeta ⇒ |q| ? v ? B 5 ? ⇒ ⇒ m v r 2 ⇒ ⇒ |q| ? B 5 ?m v r ∴ 5 ? ? r m v q B A expressão do período (T) do movimento de uma carga lançada perpendicularmente ao campo magné- tico é dada por: ∆ ∆ ⇒ π ⇒ π ⇒ ⇒ π ∴ v s t v 2 r T T 2 r v T 2 m v q B v 5 5 ? ? 5 ? ? 5 ? ? ? ? 1.3 Cargas elétricas lançadas com velocidade oblíqua ao campo magnético No caso de partículas lançadas com velocida- de oblíqua em relação ao campo, pode-se decompor o vetor velocidade (v) em duas direções: na direção do campo magnético (x) e na direção perpendicular ao campo (y). Dessa maneira, é possível considerar o movimento da partícula como sendo dois movimentos independentes, como ilustrado na figura abaixo: y z x MCU r B B F mag v x v MRU 2 v y Eixo x: na direção do eixo x, a componente da ve- locidade (v x ) é paralela ao campo e, consequentemente, a força magnética nessa direção é nula. Sendo assim, a partícula realiza um movimento retilíneo e uniforme (MRU) na direção x. Eixo y: na direção do eixo y, a componente da ve- locidade (v y ) é perpendicular ao campo e, consequen- temente, a força magnética é a resultante centrípeta. Sendo assim, a partícula realiza um movimento circu- lar e uniforme (MCU) no plano yz. πT 2 m q B 5 ? ? ? 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 56 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 57 Dessa maneira, o movimento de uma partícula lançada obliquamente em relação ao campo magné- tico pode ser entendido como sendo a composição de um movimento retilíneo e uniforme no eixo x com o movimento circular e uniforme no plano yz. Sendo as- sim, pode-se concluir que a partícula desenvolve uma trajetória conhecida como hélice cilíndrica, ilustrada na figura abaixo. yz x MCU MRU 2 2 B v x v v yz v 2. forçA mAgnétiCA em fios PerCorridos Por Corrente Anteriormente, foi apresentada a força magnética aplicada em cargas lançadas em uma região que exis- te um campo magnético. Sendo assim, caso um fio percorrido por corrente elétrica esteja imerso em uma região em que há um campo magnético, os elétrons que se movimentam no fio estarão sob a ação de forças magnéticas. Para analisar a força magnética resultante aplicada nesse fio, considere que ele esteja imerso em um campo magnético B e que a direção do fio seja perpendicular à do campo magnético. i , F mag F mag F mag F mag v B – – – – v v v Considerando-se um elétron que se desloque entre as duas extremidades desse fio, a força magnética apli- cada pode ser calculada por meio da expressão: F mag 5 |q| ? v ? B Na expressão anterior, substituindo-se o valor do módulo da carga por | q | 5 i ? Dt e a velocidade por 5v s t ∆ ∆ , tem-se: 5 ? ? 5 ? ? ? 5F q v B i t s t B Fmag m( )∆ ∆∆ ⇒ ∆ ⇒ F mag 5 i ? Ds ? B Como o deslocamento realizado pelos elétrons cor- responde ao comprimento do fio, pode-se chegar a uma expressão para ocálculo da força magnética aplicada em um fio percorrido por corrente quando ele está imerso perpendicularmente ao campo: F mag 5 B ? i ? , Para determinar a direção e o sentido da força magnética como ilustrado anteriormente, pode-se uti- lizar a regra da mão direita no 2. A análise da expressão acima permite algumas observações: A força magnética calculada por meio da expres- são anterior é a força magnética resultante das forças magnéticas aplicadas em cada carga que se movimenta dentro do fio. Como a força magnética é nula quando uma car- ga é lançada com velocidade paralela ao campo magnético, caso a direção do fio seja a mesma direção do campo, a força magnética resultante aplicada nesse fio é nula. auLas 57 e 58 1. indução eletromAgnétiCA Em 1830, o físico Michael Faraday descobriu um fenômeno de grande importância nos dias de hoje, conhecido como indução eletromagnética. Como exemplo, a indução eletromagnética é responsável pelo funcionamento de motores elétricos, alto-falantes e das turbinas existentes em usinas elétricas, que permitem transformar energia mecânica em energia elétrica. Para compreender esse fenômeno, considere uma bobina conectada diretamente a um amperímetro. Como não existem geradores nesse circuito, não há corrente elétrica e a indicação do amperímetro é nula, como indicado na figura a seguir. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 57 19/08/16 12:55 58 Física – Setor 1206 KAPA 8 0 A Amper’metro Uma bobina ligada diretamente a um amperímetro, cuja indica- ção é nula. Porém, caso um ímã se aproxime da bobina, verifica-se experimentalmente que a agulha do amperímetro se deflete para a direita, indicando a presença de corrente elétrica. Caso o ímã pare de se movimentar, o amperímetro volta a indicar uma corrente nula. Essas duas situações estão ilustradas nas figuras abaixo. v Amperímetro 0 A S N Quando um ímã se aproxima da bobina, a indicação do amperí- metro é diferente de zero. Amperímetro 0 A S N Quando um ímã fica em repouso próximo à bobina, a indicação do amperímetro volta a ser nula. Em um outro experimento, afastando-se o ímã da bobina, o amperímetro sofrerá novamente uma deflexão, porém dessa vez para o lado oposto, como ilustrado na figura a seguir. Neste último caso, o fato de o ponteiro do amperímetro se deslocar para o lado oposto significa que a corrente na bobina possui sentido contrário ao sentido da corrente quando o ímã se aproximava dela. Amperímetro 0 A v S N Quando um ímã se afasta da bobina, a indicação do amperímetro é diferente de zero. A corrente elétrica gerada nos casos em que o ímã se aproxima ou se afasta da bobina é conheci- da como corrente elétrica induzida e ela surge devido à atuação do campo magnético gerado pelo ímã na bobina. O fenômeno que ocasiona as corren- tes induzidas nesses e em outros casos é conhecido como indução eletromagnética e será estudado com mais detalhes a seguir. Deve-se ressaltar que o surgimento de corren- tes induzidas está relacionado com transformação de energia. No experimento apresentado, a energia mecânica do ímã é convertida em energia elétrica. Porém, em outras situações, o fenômeno da indução eletromagnética pode envolver diferentes tipos de transformações de energia. 2. fluxo mAgnétiCo (φ) Para uma melhor descrição do fenômeno da indu- ção eletromagnética, é importante que se conheça uma grandeza física conhecida como fluxo magnético (φ). Para tal, considere uma superfície plana de área A, imersa em uma região em que existe um campo mag- nético B que forma um ângulo α com a reta normal à superfície, como ilustrado na figura a seguir. N α B Superfície da área A O fluxo magnético (φ) que atravessa a superfície é definido como: φ 5 B ? A ? cosα A análise da definição de fluxo magnético permite algumas observações: O fluxo magnético depende de três fatores: do módulo do campo magnético (B), da área da su- perfície (A) e do ângulo formado entre o campo magnético e a reta normal à superfície (α). 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 58 19/08/16 12:55 KAPA 8 Física – Setor 1206 59 Quanto ao ângulo formado entre o campo mag- nético e a reta normal à superfície, pode-se con- cluir que: quando o ângulo formado é 0° ⇒ cos(0°) 5 1 e o fluxo magnético possui valor máximo: φ 5 B ? A. quando o ângulo entre o campo e a reta normal é 90° ⇒ cos(90°) 5 0 e o fluxo é nulo: φ 5 0. quando o ângulo formado é 180° ⇒ ⇒ cos(180°) 5 21 e o fluxo magnético adqui- re valor mínimo: φ 5 2B ? A. No sistema internacional de unidades, o fluxo magnético φ (fi) é medido em Weber (Wb). Lembrando que, no mesmo sistema, a unidade de campo magnético é Tesla (T) e a unidade de área é m2, tem-se: [φ] 5 T ? m2 5 Wb. Uma maneira qualitativa de se avaliar o fluxo é com a representação das linhas de campo magnético. Considerando-se o caso em que as linhas de campo formam um ângulo de 0° em relação à reta normal, se o campo magnético em uma região B for mais intenso quando comparado com outra região A, pode-se re- presentar uma quantidade maior de linhas de campo. Sendo assim, na região B existem mais linhas de cam- po que “atravessam” a superfície quando comparado à região A e, consequentemente, o fluxo magnético quando a espira está imersa na região B é maior que na região A. Região A φ A , φ B Região B 3. lei de lenz Após a apresentação do fluxo magnético, pode-se conhecer a Lei de Lenz, que permite caracterizar o sentido da corrente induzida: A corrente induzida em uma superfície fechada deli- mitada por um fio (espira) é criada de modo a compen- sar as variações do fluxo magnético que a atravessa. Para a compreensão da Lei de Lenz, deve-se con- siderar uma superfície delimitada por um fio (espira) e entender o significado do verbo compensar da se- guinte maneira: Quando o fluxo magnético aumenta: compen- sar o fluxo tem o objetivo de diminuí-lo. Quanto o fluxo magnético diminui: compen- sar o fluxo tem o objetivo de aumentá-lo. Sendo assim, para que seja possível um aumento ou uma diminuição de fluxo, a corrente induzida deve gerar um campo induzido de modo a aumentar ou di- minuir o fluxo magnético que a originou. Como exemplo, pode-se considerar uma espira próxima a um ímã, de acordo com a figura abaixo. Caso o ímã se aproxime da espira, a intensidade do campo magnético no centro da espira aumenta e, consequen- temente, o fluxo magnético também aumentará. De acordo com a Lei de Lenz, a corrente induzida deverá compensar esse aumento, criando um campo induzido de modo a diminuir o fluxo magnético. Como o campo original criado pelo ímã possui direção vertical e senti- do para baixo, o campo induzido gerado pela corrente induzida deve possuir direção vertical e sentido para cima. Utilizando-se a regra da mão direita no 1, para que a corrente induzida crie esse campo, ela deve pos- suir sentido anti-horário. Espira circular B S N B i induzida B induzido S N êm‹ se aproximando da espira. Caso o ímã se afaste da espira, a intensidade do campo magnético em seu interior diminui e, con- sequentemente, o fluxo magnético irá diminuir. De acordo com a Lei de Lenz, a corrente induzida deve compensar essa diminuição de fluxo criando um cam- po induzido na mesma direção e sentido que o campo original criado pelo ímã. Como esse campo original 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 59 19/08/16 12:55 60 Física – Setor 1206 KAPA 8 anotaçÕes possui direção vertical e sentido para baixo, o campo induzido gerado pela corrente induzida também deve possuir direção vertical e sentido para baixo. Utilizan- do-se a regra da mão direita, para que a corrente in- duzida crie esse campo, pode-se concluir que ela deve possuir sentido horário. B i induzida B induzido S N Espira circular B S N êm‹ se afastando da espira. 4. lei de fArAdAy-neumAnn Como visto anteriormente, o fenômeno da in- dução eletromagnética ocasiona a formaçãode uma corrente induzida em um circuito fechado, conhecido como espira. A corrente induzida pode ser associada a uma diferença de potencial aplicada entre dois pontos quaisquer desse circuito. Essa diferença de potencial é conhecida como força eletromotriz induzida. Para calcular o valor da força eletromotriz induzida em um circuito, pode-se utilizar uma expressão conhecida como Lei de Faraday-Neumann: A força eletromotriz induzida média em uma espira corresponde à variação temporal do fluxo magnético. Em símbolos: ε ∆Φ ∆ 5 t A análise da Lei de Faraday-Neumann permite algumas observações: A Lei de Faraday indica que, quanto mais rapi- damente ocorrer a variação do fluxo, maior será a força eletromotriz induzida. Caso a variação do fluxo ocorrer em um circuito fechado, a força eletromotriz induzida irá causar uma corrente no circuito. Sendo assim, ao se conhecer a força eletromotriz induzida e a resis- tência elétrica associada à esse circuito, pode-se determinar a corrente elétrica induzida por meio da 1ª Lei de Ohm. Caso a variação do fluxo ocorra em um circuito aberto, não surgirá corrente elétrica induzida. Porém, ainda pode-se considerar na espira uma ddp igual à força eletromotriz induzida. 850420816_KAPA8_CA_035a060_1206_FISICA_A.indd 60 19/08/16 12:55
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