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GST Aula 2 Relações de trabalho, direito e segurança na era pós-industrial direito humano e fundamental ao trabalho seguro na transição dos séculos XX e XXI

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Gestão da Segurança do Trabalho
Aula 2: Relações de trabalho, direito e segurança na era pós-
industrial: direito humano e fundamental ao trabalho seguro na
transição dos séculos XX e XXI.
Apresentação
Trataremos dos avanços normativos em prol do trabalho seguro e saudável dos trabalhadores ao longo do século XX até a
transição para o século XXI. Abordaremos a proteção jurídica do trabalho, segurança e saúde no período de transição das
atividades predominantemente industriais para um cenário de maior oportunidades de atividades mais intelectuais e com
outras características, riscos e consequências.
Os direitos do trabalho são elevados ao patamar de humano, fundamentais, gozando de um novo patamar de proteção a
ser seguido por governos e sociedade civil.
Objetivos
Analisar a transformação legislativa das relações de trabalho no decorrer do século XX, nas décadas iniciais e pós-
guerras mundiais;
Esclarecer a elevação do direito ao trabalho seguro e saudável ao status de Direito Humano e Fundamental no Brasil
e no mundo;
Identi�car a preocupação com relação à segurança e saúde das relações de trabalho na transição dos séculos XX e
XXI.
Relações de trabalho no Brasil: as décadas iniciais do século XX
O cenário predominantemente escravagista de nossa economia no Brasil Império já dava sinais de fadiga antes mesmo da Lei
Áurea de 1888. Motivações de cunho religioso, político e militar in�amavam cada vez mais setores da sociedade brasileira, que
clamava por uma descentralização efetiva do poder monárquico e, consequentemente, por maior distribuição de renda. Em
meio à revoltas e crises sem �m, os abolicionistas ganhavam força e adeptos, havendo movimentos mesclados em prol da
extinção da escravidão e do Império.
É nesse campo minado que chega, após a abolição, a República dos Estados Unidos do Brazil em 1889 e, na sequência, uma
produção legislativa de ajustes de forma e conteúdo no país Brazil, agora de todos e não mais de uma família. Um pouco antes
do marco Constitucional de 1891, surge o Decreto 1313 de 17 de janeiro do mesmo ano, regulamentando o trabalho de
menores em fábricas na Capital Federal, sendo um dos pioneiros dispositivos legais de nossa República.
Veja qual era a justi�cativa o�cial para sua implantação, de acordo com a própria redação do Decreto 1313 de 17 de janeiro de
1891:
"Attendendo à conveniencia e necessidade de regularisar o
trabalho e as condições dos menores empregados em
avultado numero de fabricas existentes na Capital Federal,
a�m de impedir que, com prejuizo proprio e da prosperidade
Attendendo à conveniencia e necessidade de regularisar o
trabalho e as condições dos menores empregados em
avultado numero de fabricas existentes na Capital Federal,
a�m de impedir que, com prejuizo proprio e da prosperidade
futura da patria, sejam sacri�cadas milhares de crianças. da
patria, sejam sacri�cadas milhares de crianças."
Nota-se a preocupação com o futuro das crianças que, com ociosidade, eram “aproveitadas” ao máximo em atividades laborais,
juntamente com os adultos e idosos.
Os principais pontos do Decreto 1313/1891 são:
Fiscalização o�cial instituída e a cargo de um Inspetor Geral com livre acesso a todos os
estabelecimentos fabris, o�cinas, laboratórios, depósitos relacionados à indústria da
manufatura no âmbito da Capital Federal;
Idade mínima de 12 anos para trabalho efetivo e entre oito e 12 para trabalho aprendiz em
ambos os sexos;
Carga horária máxima de sete horas não ininterruptas aos menores, com indicações de
intervalos regulares e folgas;
Restrições de trabalho aos domingos e datas festivas nacionais para menores;
Regras de pavimentação e ventilação das o�cinas, com vistas à qualidade do ar e espaço de
trabalho;
Vedação de exposição dos menores a maquinários e outros riscos inerentes à segurança e
saúde dos trabalhadores;
Vedação de trabalho de menores em depósitos de carvão vegetal ou animal, fumo, petróleo,
benzina, ácidos e outros elementos perigosos;
Fixação de multas em caso de descumprimento aos respectivos estabelecimentos;
Prazo de seis meses para adaptação à nova realidade, sob pena de não causar impactos
imediatos e por demais gravosos.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Veja que da simples leitura dos pontos acima percebe-se que o papel hoje do Decreto 1313 de 1891 está diluído em diversos
dispositivos legais, como a CLT- Consolidação das Leis do Trabalho, Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e
Adolescente e Normas Regulamentadoras, de caráter mais especí�co.
Havia à época de sua publicação, e ao mesmo tempo, a plena consciência da necessidade de regulamentação da segurança
nas relações e ambientes de trabalho e a percepção da necessidade de seis meses para sua correta aplicação. Ora, percebe-se
o perigo, mas durante seis meses aceita-se o risco, considerando os impactos e resultados econômicos que uma medida mais
drástica poderia causar.
Percebe a diferença dos pesos e medidas?
Vamos criar leis, mas não podemos destruir os negócios e atividades em andamento!
Transição dos séculos XIX e XX
É bom frisar que, na transição dos séculos XIX e XX, a legislação que regulava as contratações era predominantemente
privada, isto é, os contratos de trabalho eram equivalentes a outras contratações, uma regra liberal que valorizava o
cumprimento do que estava escrito, ainda que em detrimento da realidade trazida pelo trabalho na prática.
A própria regulamentação dos trabalhos de menores de 12 anos demonstra a preocupação com o tema. Imagine a fragilidade
que assolava o restante do país, pois o Decreto 1313 de 1891 era somente para a Capital da República.
Atenção
Ainda no cenário nacional, mas já no âmbito das experiências das primeiras décadas da República, o Decreto 3724 de 1919
passa a regular situações jurídicas relacionadas aos acidentes de trabalho, ajudando a diferenciar cada vez mais as relações
jurídicas privadas e contratuais genéricas das relações jurídicas de trabalho.
Entendeu? Não?
É simples:
Se o Direito aplicado aos contratos de trabalho for exatamente o mesmo
aplicado aos particulares (pessoas naturais e pessoas jurídicas em geral),
não há como termos um tratamento diferenciado quanto à partes mais
fracas, hipossu�ciência, pressões econômicas, abusos de carga horária,
cumprimento de regras de prevenção e reparação de acidentes etc.
O Reconhecimento de acidentes de trabalho como objeto diferenciado é um
grande passo que, mais tarde, já na década de 30 e principalmente 40, cria
espaço para a CLT- Consolidação das Leis do Trabalho.
Repare que a denominação “Consolidação” já é um sinal de que houve o aproveitamento, ajuste e aglutinação de várias normas
que regulavam isoladamente um ou outro ponto das relações trabalhistas, incluindo aí a segurança e saúde do trabalhador.
Os principais pontos do Decreto são:
De�nição de acidente de trabalho, diferenciando de outros acidentes, bem como
responsabilidade civil e criminal;
Atribuição de responsabilidade civil do patrão, no sentido equivalente hoje ao de qualquer
contratante com vínculo;
De�nição de operário, no sentido equivalente hoje ao trabalhador;
Inclusão do Poder Público como patrão responsável pelos operários contratados em seus
serviços;
Indenização conforme a gravidade do dano/incapacidade;
Pagamentos aos operários, cônjuge e família;
Assistência ao acidentado e família para deslocamentos e tratamentos médicos necessários;
Declaração de acidente de trabalho como documento o�cial e obrigatório para se informar da
ocorrência do fato;
Tratamento da ação judicial com rito e prazo sumaríssimos para facilitar pagamento e
recebimento junto à Justiça Comum;
Prazo para vigir de 30 dias, demonstrando a urgência do tema regulado.
Com quase 30 anos de intervalo entre o Decreto 1313/1891 e o Decreto 3724/1919, �ca nítida a evolução legislativa de
proteção aos trabalhadores, sejam menores ou não, com ou sem acidentes de trabalho. Fato é que as décadas iniciais do
século XIX no Brasil e no mundo mostravam um cenáriode relações jurídicas no ambiente de trabalho que necessitavam de
regulamentação especí�ca.
Veja, a seguir, em ordem cronológica, alguns passos que demonstram o compromisso do Brasil em termos de proteção jurídica
de direitos oriundos das relações do trabalho:
 Passos
 Clique no botão acima.
Passos
Em 1919, o Brasil se associa à OIT- Organização Internacional do Trabalho;
Em 1930, é criado o Ministério do Trabalho do Brasil através do Decreto nº 19.433;
Em 1932, os Decretos nº 21.417 e nº 22.042 regulamentam ainda mais aspectos de prevenção de acidentes de
trabalho, abordando temas como insalubridade e periculosidade;
Em 1940, a duração do trabalho em atividades privadas é regulamentada pelo Decreto-Lei nº 2.308 de 13 de
junho de 1940;
Em 1942, a criação do DHST (Departamento de Higiene e Segurança do Trabalho) pelo Decreto nº 5.092 tem a
�nalidade de �scalizar as empresas e elaborar as normas especí�cas de prevenção de acidentes de trabalho;
Em 1943, a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pelo Decreto Lei nº 5.452, não �naliza nem
interrompe, mas como o próprio nome diz, consolida, de forma mais ou menos organizada, aspectos de direito
material e processual das relações do trabalho, entre elas, os temas de segurança e saúde do trabalhador.
Como pode ser visto, a preocupação com a segurança e saúde do
trabalhador foi uma evolução jurídica que, como normalmente ocorre,
acompanhou os fatos sociais praticados pelos homens e suas
relações formatadas.
Repare que, apesar de não ser possível (e nem correto) a�rmar a completa inexistência de normas jurídicas e preocupações
sobre regimes e relação de trabalho no tempo médio e antigo, fato é que, na era moderna, após a sequência do Renascimento,
Iluminismo, Revoltas e outros movimentos políticos e �losó�cos, os países e seus legisladores foram desa�ados a repensar o
papel do ser humano, colocando-o, sempre que possível, como elemento cada vez mais central dos atos e do sentido da
própria vida em sociedade.
Não é pelo contrato em seu objeto, mas pelo contrato em seus sujeitos que a regulação jurídica caminha a passos largos nos
séculos XX e XXI.
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Declaração Universal dos Direitos Humanos
 (Fonte: cate_89 / Shutterstock)
Os chamados Direitos Humanos, mundialmente impactados pela famosa Declaração Universal dos Direitos Humanos em
1948, contemplam os direitos ao trabalho seguro e saudável e suas consequências, com especial atenção aqui ao artigos 23º,
24º e 25º:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online

Artigo 23°
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego;
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual;
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua
família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos
os outros meios de proteção social;
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se �liar em sindicatos
para defesa dos seus interesses.

Artigo 24°
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da
duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

Artigo 25°
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida su�ciente para lhe assegurar e à sua família a saúde
e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência
médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no
desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de
subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade;
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças,
nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.
 Normas Reguladoras
 Clique no botão acima.
Normas Reguladoras
Perceba que, a partir do pós-guerra, a segunda metade do século XX será destinada à consolidação, na prática, por tais
Direitos. No caso do Brasil, para além do reconhecimento como Direito Humano, destacamos a criação na década de
1970 das Normas Regulamentadores e, anos mais tarde, a con�rmação do status do direito ao trabalho como um
Direito Fundamental na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Tais documentos jurídicos serão abordados nas próximas aulas, e foram o pontapé inicial da especialização e
valorização das regras que devem ser aplicadas no campo da proteção do ambiente de trabalho saudável.
Estamos falando de histórico e legislação; por que “pontapé inicial”? Fácil de entender. O pontapé diz respeito à
contínua revolução cientí�ca no campo da produção de bens e serviços, em especial no século XX. As normas do
início dos anos 1900 não conseguiam prever e remediar fatos e inovações que o homem da época trazia. Eram
normas mais genéricas, tiveram importante papel, mas havia necessidade da especialização.
Como o direito é normalmente tardio, as ciências duras �zeram bem seu papel e, a reboque, no caso especí�co do
Brasil, a proteção jurídica da segurança do trabalho, a exemplo do que também ocorre com o meio ambiente, veio
assegurar melhores condições de atuação preventiva e reativa.
Lembra de quantos produtos �nais ou mesmo insumos hoje não são mais utilizados ou, quando o são, necessitam de
tratamentos especiais? No campo da alimentação, passando pelo ar que trabalhadores respiram, vestuário adequado,
manuseio de equipamentos e tempo efetivo de trabalho e descanso, diversos são os temas em diversas e oportunas
Normas Regulamentadoras, cada qual com o seu objeto e objetivos, de acordo com o setor especí�co da economia.
Como um gestor da segurança do trabalho hoje, viu quanta coisa já aconteceu para que você, hoje, tenha que �scalizar
o uso de um EPI, por exemplo? Imagine a quantidade de EPIs distintos, considerando a atividade laboral em cada caso
concreto. A regulamentação preventiva e reativa não é uma burocracia à toa, sem propósito; na maioria das vezes, ela
integra um complexo sistema de proteção à vida das pessoas e suas famílias.
Atualmente, vivemos um período bem curioso e, de certo modo, parecido com o início do século XX, pois estamos em
plena transição do papel, signi�cado e modos de se realizar trabalhos (produtos e serviços) remunerados no setor
público ou privado. Tal realidade traz uma certa desorientação em parte do setor produtivo, pois encontramos
trabalhos mais intelectuais do que de força braçal, sem rotinas, metas e parâmetros comportamentais conhecidos da
sociedade. Os jovens, por exemplo, apesar de terem uma proteção grande contra exploração enquanto crianças e
adolescentes para atividades tradicionais, são altamente competitivos para outras atividades emergentes, ligadas a
games, programação, trabalhos intermitentes etc.
E aí? Que parâmetros aplicar para prevenir acidentes de trabalho, por exemplo, em atividades intermitentes? Aliás, o
que pode ser diagnosticado como acidente de trabalho nesses casos? En�m, existe um campo novamente descoberto
e carente de entendimento e posterior regulamentação.
Você, estudante ou já gestor, procure identi�car se tais rompimentos e espaços novos existem no seu ambiente
laboral. Se a resposta for negativa, é só seguir a normativa e manter seu ambiente de trabalho seguro e saudável. Se
for positiva, procure se antecipar e entender que ações são necessárias. Mas lembre-se: elas provavelmente não
estarão ainda totalmente regulamentadas.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Na próxima aula, veremos de perto o conteúdo, signi�cado e aplicações práticas das mais importantes normas jurídicas que
regulam a existência de um ambiente de trabalho seguro e saudável. São as normas que você, gestor hoje ou amanhã,
precisará seguir quanto à regularidade de sua atividade �m.
Atividade
1. A República Federativa dos Estados Unidosdo Brazil:
a) Não rompeu com o modelo de produção do Brasil Imperial, não havendo proteção aos trabalhadores no início dos anos 1900;
b) Não conseguia implementar normas de proteção ao trabalho seguro, pois o Brasil não tinha indústrias, apenas exploração de atividade
agrícola e extrativista;
c) Iniciou uma mudança de comportamento, editando decretos que pontualmente buscavam proteger pessoas de abusos e outros
perigos das atividades laborais, como os menores de idade, por exemplo;
d) Apenas legislou sobre segurança do trabalho a partir da CLT- Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943;
e) Era predominantemente liberal e procurava manter as relações de trabalho e, em especial, a responsabilidade civil de acidentes de
trabalho sem tratamento específico.
2. A respeito da proteção jurídica das relações de trabalho e segurança no Brasil nas décadas iniciais dos anos 1900, marque a
opção correta:
a) O Brasil não tinha legislação própria e seguia a legislação portuguesa, não demonstrando interesse no tema;
b) O Brasil apenas protegeu os negros recém libertos pela Lei Áurea;
c) Os acidentes de trabalho eram uma preocupação e foram regulados por Decreto, impondo direitos e deveres para operários e patrões;
d) A legislação do Império ainda em vigor no Brasil regulava as relações de trabalho e segurança com total proteção aos trabalhadores;
e) A República dos Estados Unidos do Brazil conseguiu proteger apenas os trabalhadores nacionais, mas não os estrangeiros imigrantes.
3. O direito ao trabalho seguro e saudável:
a) Não foi uma preocupação internacional até o término da 2a Grande Guerra Mundial;
b) Foi uma preocupação internacional apenas até o término da 1a Grande Guerra Mundial;
c) Não contava com uma organização internacional para sua proteção;
d) Era objeto das preocupações internacionais, com destaque para o papel da OIT – Organização Internacional do Trabalho, mas apenas
no século XXI;
e) Tinha na OIT, desde 1919, uma proteção jurídica importante que, direta ou indiretamente, ajudou países a melhorar suas normas
internas.
4. É incorreto a�rmar que:
a) Acidentes de trabalho gozam de legislação específica;
b) Acidentes de trabalho não eram regulamentados e protegidos desde o Brasil Império, como regra em nosso Direito;
c) Apenas na 1ª metade do século XX que o direito do trabalho foi reconhecido como um direito humano universal;
d) A Declaração Universal dos Direitos Humanos contempla o direito ao trabalho;
e) O Brasil não acata o direito ao trabalho como direito humano universal, pois para nós é um direito fundamental.
5. Sobre as condições de desenvolvimento da legislação especí�ca das relações na segunda metade do século XX no Brasil,
marque a opção correta:
a) Não houve avanços, pois continuamos com a CLT de 1943;
b) As Normas Regulamentadoras já existiam desde 1919, de modo que o único avanço foi a CRFB 88;
c) As Normas Regulamentadoras na década de 1970 foram um extraordinário avanço ao trabalho mais saudável e seguro;
d) Estiveram focadas, no caso brasileiro, na chamada Reforma Trabalhista;
e) Foram responsáveis por um declínio de responsabilidade de empregadores e maior exposição de trabalhadores a um ambiente de
trabalho menos seguro e saudável.
Referências
ATLAS, Equipe. Segurança e Medicina do Trabalho. 78. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2019.
BRASIL. Senado Federal. Decreto nº 1313, de 17 de janeiro de 1891. Disponível em: http ://legis .senado .leg .br /norma
/392104. Acesso em: 22 jun. 2019.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891. Disponível em: http ://www
.planalto .gov .br /ccivil_03 /constituicao /constituicao91 .htm. Acesso em: 22 jun. 2019.
BRASIL. Decreto nº 19.433, de 26 de novembro de 1930. Disponível em: https ://www2 .camara .leg .br /legin /fed /decret
/1930 -1939 /decreto -19433 -26 -novembro -1930 -517354 -publicacaooriginal -1 -pe .html. Acesso em: 22 jun. 2019.
BRASIL. Decreto nº 21.417-A, de 26 de maio de 1932. Disponível em: https ://www2 .camara .leg .br /legin /fed /decret /1930
-1939 /decreto -21417 -a -17 -maio -1932 -526754 -publicacaooriginal -1 -pe.html. Acesso em: 22 jun. 2019.
BRASIL. Decreto nº 22.042, de 3 de novembro de 1932. Disponível em: https ://www2 .camara .leg .br /legin /fed /decret /1930
-1939 /decreto -22042 -3 -novembro -1932 -499365 -publicacaooriginal -1 -pe .html. Acesso em: 22 jun. 2019.
Brasil. Decreto nº 3.714, de 15 de janeiro de 1919. Disponível em: https ://www2 .camara .leg .br /legin /fed /decret /1910
-1919 /decreto -3714 -15 -janeiro -1919 -570985 -publicacaooriginal -94081 -pl .html. Acesso em: 22 jun. 2019.
CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 36 comentadas e descomplicadas. 5. ed. São Paulo:
Método, 2018.
UNESCO. UNESDOC. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https ://unesdoc .unesco .org /ark :/48223
/pf0000139423 Acesso em: 22 jun. 2019.
Próxima aula
Aplicação prática de normas jurídicas para a Gestão da Segurança no Trabalho;
A Organização Internacional do Trabalho e a Consolidação das Leis do Trabalho;
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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