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Fundamentos da Qualidade de Vida no Trabalho

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Fundamentos da Qualidade de Vida no Trabalho
Qualidade de vida no trabalho
O que é isso?
As mudanças que impactaram a sociedade, e consequentemente o mundo do trabalho, trouxeram novas formas de viver. Especialmente pelo avanço tecnológico e suas consequências na Medicina, ganhamos alguns anos a mais. Este mesmo avanço tecnológico produziu formas variadas de se trabalhar.
Tudo isso resultou em uma vida mais acelerada e com uma falsa sensação de que temos mais tempo para cumprir tudo. Consequência: com mais tempo de vida, também passamos a ficar mais no trabalho, e o novo comportamento expôs os efeitos causados na nossa saúde, alimentação e relacionamento familiar.
Como seres humanos, somos únicos e vida pessoal e profissional se misturam. A história da qualidade de vida no trabalho (QVT) coloca em discussão o papel das organizações – se elas devem ou não se preocupar com o indivíduo. Por muitos anos, a QVT ignorou sua responsabilidade. Acreditava-se que cabia apenas ao colaborador se adequar ao ambiente, ficando sozinho nesta tarefa. Quando cuidava de algo, as empresas limitavam-se à ergonomia, em geral aos tópicos das legislações previstas – que, no início, focavam somente em questões físicas e clínicas do trabalho, ignorando por completo aspectos da saúde mental.
Segundo a professora Ana Cristina Limogini-França, a metamorfose recente do mundo trouxe novos ares, incluindo na agenda:
Aspectos da vida social
· Tempo de qualidade com a família e amigos;
· Lazer;
· Preocupação com alimentação;
· Hábitos saudáveis.
Aspectos socioeconômicos
· Globalização;
· Chegada de novas tecnologias;
· Ações governamentais;
· Evolução do mercado de saúde privada.
Aspectos organizacionais
· Níveis exagerados de competitividade;
· Exigência de qualidade;
· Novas formas de trabalho e gestão.
Ao incluir tais pontos, a qualidade de vida no trabalho sai de um posicionamento legislativo e burocrático, ganhando o seu devido destaque estratégico para as organizações.
Embora a qualidade de vida no trabalho seja ponto fortemente presente em muitos dos canais de mídias atuais e esteja presente no discurso das empresas, a verdade é que acaba sendo aplicada de forma genérica e ampla. Então, para que possamos avançar no assunto, é importante compreender as bases de pensamento da QVT.
As escolas do pensamento da qualidade de vida no trabalho
Para reforçar esse ponto de vista holístico, vejamos os ensinamentos da professora Ana Cristina Limongi-França sobre as escolas do pensamento da qualidade de vida no trabalho, em seu livro Qualidade de Vida no Trabalho – Conceitos e Práticas nas Empresas da Sociedade Pós Industrial:
Praticando a qualidade de vida no trabalho
Uma abordagem centrada no olhar dos trabalhadores
Outro ponto de vista que agrega para uma melhor compreensão dos fundamentos da qualidade de vida no trabalho é o abordado pelo professor Mauro Cesar Ferreira em seu livro Qualidade de Vida no Trabalho: Uma abordagem centrada no olhar dos trabalhadores.
O crescimento e fortalecimento do papel da QVT, colocando-a como vantagem competitiva para as organizações, demanda atenções especiais tanto do lado social quanto organizacional. Vejamos:
Do lado social
O assunto é relevante porque, ano após ano, passamos mais tempo dentro das empresas do que com nossa família, sendo difícil encontrar o equilíbrio do bem-estar no trabalho, considerando que isso é ponto preponderante para encontrá-lo também fora dele.
Do lado das organizações
O tema tem sua relevância porque o cenário comum é o das cobranças excessivas, alta competitividade e pressão.
Com esse quadro, se a empresa não estiver atenta, o que prevalece é o mal-estar, colocando em risco a saúde do colaborador e da própria empresa.
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Atenção!
Um ambiente de trabalho ruim tem suas implicações na parte financeira da companhia.
Embora haja esforço organizacional para encontrar o melhor caminho, a jornada ainda é longa.
O que as empresas estão fazendo
Seja por consequência da legislação trabalhista, seja porque participa de algum prêmio que pode render algum fruto para si, as empresas em geral ainda olham a qualidade de vida no trabalho como um tema frio e estático.
Há, sim, muita gente oferecendo programas com ações, tais como: massagem, shiatsu, aulas de yoga, alimentação saudável, orientação nutricional, até levar o seu pet para o escritório, entre outras novidades. À primeira vista parece tudo muito bom e incrível.
O problema vem quando todas essas (e outras) ações são consequência de uma relação meramente binária – “você trabalha, e, em contrapartida, eu te promovo ações que geram minutos de bem-estar”. Desse modo, o foco ainda não está no ser humano formado por um complexo biopsicossocial, mas, exclusivamente, no ganho da empresa.
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Exemplo
Pense a seguinte situação: como na maioria dos ambientes de trabalho existentes, o seu também é estressante e exige muito. Desgaste físico e mental para lidar com todas as demandas de um dia muito produtivo. No final do expediente, ou durante um dia qualquer da semana, o programa de qualidade de vida da empresa oferece quinze minutos de massagem relaxante. Por esse motivo, consciente ou inconscientemente, você acredita que é o melhor programa de qualidade de vida do mundo.
Mais uma vez, não que isso seja algo ruim, o que será diferencial é se ele foi entregue aos colaboradores como uma contrapartida dos esforços gerados para o trabalho, tendo sido pensado como um todo, visando ao real bem-estar do seu público-alvo.
Se o programa foi pensado visando ao real bem-estar do seu público-alvo, poderá prosperar. Caso contrário, será vítima da reclamação de muitos dirigentes por causa da falta de adesão. Claro! A novidade gera atratividade no primeiro momento. Mas, com o tempo, o público que não foi efetivamente considerado na construção do programa e ações de QVT perde o interesse. Seja para qualidade de vida ou muitos outros temas organizacionais, ouvir os colaboradores torna-se um diferencial.
Ouvindo o público-alvo
Ainda passamos por uma fase de amadurecimento das relações de trabalho. Infelizmente, grande parte das organizações são centralizadoras, por mais que tentem se convencer do contrário. Gestores, presidentes de empresa e até departamentos de recursos humanos acabam por tomar sozinhos decisões que deveriam ser coletivas.
As ações de qualidade de vida são (ou deveriam ser) para os trabalhadores. Então, nada mais natural do que fazê-los participar da elaboração do plano ouvindo o que pensam sobre os fatores que contribuirão ou não para o bem-estar no trabalho.
Está na hora de enxergar os indivíduos não como meros números de identificação, mas como pessoas, seres humanos complexos. Apostar na maturidade da relação e ver o colaborador como parte integrante do todo, opinando de forma mais aberta para as ações que lhe impactarão diretamente (como os próprios programas de QVT) e em qualquer outro assunto organizacional, é benéfico para os dois lados.
É primordial esclarecer que ouvir as pessoas não significa que as empresas farão tudo que elas querem, seja por não estar alinhado aos valores corporativos, orçamentos ou inviabilidade técnica.
Tampouco significa que as pessoas serão ouvidas em tudo, afinal o mundo prático do trabalho não permitiria isso. Mas, sempre que possível, esse deve ser o caminho. A mensagem que deve ficar é que, ao fazerem parte da decisão, a tendência é um maior comprometimento para tudo dar certo.
Uma agenda para as empresas
Como acabamos de perceber, os trabalhadores são fonte rica de mensagens de que os líderes podem se beneficiar na hora de pensar as bases do desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho. Além disso, que outros aspectos devem ser considerados? Se a empresa pensa mesmo no desenvolvimento do assunto como diferencial estratégico, deve ter uma agenda e estar aberta. Desta forma:
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Aceite que o tema precisa ser discutido
A companhia não pode ter medo de ouvir suas pessoas. Precisa se conscientizar que, para ter a QVT realmente como um fator estratégico,ela precisa ser discutida. Prepare seus líderes! Esta é inclusive uma forma de fazer o público perceber a preocupação com o tema.
Uma dica pode ser promover ações e programas que demonstram o genuíno cuidado com as pessoas. E se isso for um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, vai ser ainda melhor. Para um ambiente de trabalho saudável, a única opção que não é aceitável é deixar de falar sobre o tema.
Gerar engajamento
Invista em um planejamento participativo. Ouvir suas pessoas, permitindo que, de alguma forma, elas se envolvam nas decisões referentes ao trabalho (especialmente as que terão impacto direto em suas vidas) aumentará o engajamento. Ninguém gosta de fazer por fazer ou fazer porque foi mandado, não é mesmo? Participar diretamente, dar opiniões e ter o sentimento do pertencimento faz diferença quanto ao engajamento.
Atenção com a comunicação
Comunicar não é colocar uma informação em um quadro de avisos ou enviar um e-mail para todos na empresa. É preciso ir mais fundo e investir na comunicação entre as partes: seja no relacionamento entre as pessoas, esclarecimento de responsabilidades, regras e políticas internas divulgadas de forma transparente, deixar claro os entregáveis, objetivos organizacionais, ou explicar o processo de avaliação de desempenho. Tudo deve estar bem visível e transparente. Um item adicional na estratégia é repetir para que as pessoas tenham a real oportunidade de compreender o que está sendo comunicado.
Aposte nas pessoas
Aposte na maturidade das pessoas. Se ainda não tem, crie essa cultura. Acredite que os colaboradores são capazes de se auto-organizar e realizar um trabalho de excelência. As pessoas anseiam por autonomia no trabalho. Nesse contexto, considere o horário de trabalho flexível e o trabalho remoto, possibilitando maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Apoie o desenvolvimento das suas pessoas. Quando alguém sabe que seu líder se importa com seu desenvolvimento, essa atitude contribui para uma relação saudável.
Pontos de vista da qualidade de vida no trabalho
Do ponto de vista do trabalhador
Tudo bem que muitas vezes não é possível escolher a empresa para a qual se vai trabalhar nem o chefe que se vai ter. Entretanto, não é possível só jogar a culpa para o outro lado e achar que está tudo certo. Cada um de nós tem responsabilidade sobre si e começar a exercer a autogestão é um bom caminho.
Como já mencionado neste módulo, somos seres únicos e vida pessoal e profissional se misturam, sim. Então, cuide da parte que você tem total controle. Repare que isso pode influenciar o outro lado – nem que seja para gerar equilíbrio.
Algumas dicas para assumirmos a nossa parcela são:
1. work
Cuide da sua saúde. Atenção com atividades físicas, alimentação saudável e bons hábitos para seu corpo, pois você precisa de energia para aguentar o ritmo de trabalho acelerado;
2. work
Descanse. Horas de sono podem ser valiosíssimas;
3. work
Vá ao médico, não tarde exames. Cuide da sua mente;
4. work
Mantenha seu cérebro ativo, estude, busque por conhecimentos e lembre-se de que não, a empresa para a qual você trabalha não é responsável pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional (embora ela possa ajudar);
5. work
Valorize seus amigos e mantenha uma vida social. Esteja perto de quem você ama;
6. work
Busque conhecer a si, pratique autoconhecimento. Que tal identificar aquilo que te gera algum estresse e mexe com suas emoções? E aquilo que te acalma? Você estará mais bem preparado para reagir da próxima vez.
Do ponto de vista do líder
Conheça as pessoas que trabalham com você, importe-se de verdade com elas. Vá atrás dos talentos da sua equipe, o que eles gostam de fazer fora do trabalho, como é a família de cada um, tenha momentos informais (cafezinho, por exemplo), pergunte como foi o fim de semana. Esses e outros temas podem abrir o caminho. Feito de forma saudável, isso não significa se intrometer na vida do outro. E por que isso?
A felicidade como fundamento da qualidade de vida no trabalho
Então, a partir do que vimos até aqui, levando em consideração o pensamento das escolas da qualidade de vida no trabalho (enxergando o ser humano como um complexo biológico, psicológico e social) e a importância do envolvimento dos trabalhadores como parte integrante do todo:
Podemos compreender a QVT como sendo o processo que busca o envolvimento das pessoas com o ambiente de trabalho, gerando melhores resultados para a organização e mais bem-estar para o trabalhador.
Nesse percurso, um ingrediente simples que pode fazer a diferença e maximizar resultados é a felicidade.
A área de psicologia positiva vem fazendo grandes contribuições no campo da felicidade, entendendo este conceito como influenciador direto na qualidade de vida no trabalho. Para melhor compreensão, podemos entender a felicidade como sendo um estado emocional das pessoas alimentado a partir de sua satisfação geral com a vida. (MOYANO DÍAZ; RAMOS ALVARADO, 2007)
Segundo Fisher (2010), é fazendo parte do todo e se sentindo felizes que os colaboradores terão maiores níveis de energia para buscar os objetivos organizacionais, aumentando sua produtividade e, consequentemente, sua satisfação com a vida no trabalho.
Em organizações felizes, colaboradores e gestores têm uma atitude positiva e altos níveis de motivação para trabalhar. (BAKER; GREENBERG; HEMINGWAY, 2006).
É com esse mix que a felicidade no ambiente de trabalho abrirá as portas para a implementação de uma boa política de qualidade de vida. O detalhe é que todo esse contexto não pode ser superficial, precisa fazer parte da cultura da organização; ele não pode ser um fingimento, ou algo pontual.
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