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APS DE EXECUÇÃO

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DENISE CALHAU RA:2154008 TURMA:03105B02 
 
Numa execução de título executivo extrajudicial, o juiz de direito da 2ª Vara Cível 
determinou a penhora de 30% dos vencimentos do executado, sob o argumento 
de que tal penhora preserva o suficiente para a manutenção do executado e da 
sua família. Considerando que o crédito não tem natureza alimentar e que a 
penhora não incidiu sobre o excedente a 50 salários-mínimos mensais, analise 
a decisão judicial à luz do art. 833 do CPC e da ponderação entre os interesses 
envolvidos, especialmente o direito do exequente à satisfação do crédito e a 
proteção da dignidade do executado e de sua família. 
O Aluno deverá inserir o trabalho que consistirá na análise do julgado. 
 
RESPOSTA: 
Trata-se de uma execução de título extrajudicial na qual o Juiz da 2º Vara Cível 
determinou a penhora de 30% dos vencimentos do executado, sobre o 
argumento de que tal penhora fosse o suficiente para a manutenção do 
executado e de sua família, porém, com base no artigo 833,IV/CPC são bens 
impenhoráveis esses vencimentos do executado. 
Art. 833. São impenhoráveis: 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como 
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários 
de profissional liberal, ressalvado o § 2º; 
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora 
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, 
bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos 
mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º, e no artigo 
529,§3º 
Com base no STJ, em seu AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL : 
AgInt no REsp 1582475 MG 2016/0041683-1 ,ocorreu que nesse recurso, foi 
decidido que pode ocorrer a penhora sim, mesmo não se tratando de obrigação 
de pagar alimentos, desde que seja protegido o razoável para o seu sustento 
digno em favor do indivíduo e seus dependentes. 
Sendo essa decisão conexa com o princípio da boa fé pois este, deve 
acompanhar os sujeitos nas relações processuais, além do executado ter o 
direito de não sofrer violações referentes a sua dignidade, pois não é devido 
impedir injustificadamente a efetivação do direito material do exequente. 
E ainda decidiu que mesmo que o executado não tiver outros rendimentos, 
além do seu salário penhorado, o juiz pode decidir a penhora de um percentual 
sobre a renda, se ficar provado que o salário mensal, é o suficiente para seu 
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/450541291/agravo-interno-no-recurso-especial-agint-no-resp-1582475-mg-2016-0041683-1
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/450541291/agravo-interno-no-recurso-especial-agint-no-resp-1582475-mg-2016-0041683-1
sustento e de sua família, e ainda dispor de determinada quantia para 
pagamento do débito, mesmo que não ultrapasse o limite de 50 salários 
mínimos. 
Apesar da penhora, o executado ainda vai ter o mínimo para a sua subsistência, 
ou seja, a oportunidade a ele de ter uma vida digna, garantindo a sua dignidade, 
e também, se estendendo aos seus dependentes. 
Esses preceitos estão diretamente ligados ao princípio da dignidade da pessoa 
humana que é um direito fundamental do Brasil, possuindo valores e princípios 
para garantir que o indivíduo viva de maneira digna na sociedade, garantindo o 
bem-estar dele e de todos q o dependam, sendo previsto no artigo 1º, III/CF. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: III–a dignidade da pessoa humana 
Portanto, pode ser penhorado os 30% dos vencimentos do executado. 
 
 
 
 
 
 
	Com base no STJ, em seu AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL : AgInt no REsp 1582475 MG 2016/0041683-1 ,ocorreu que nesse recurso, foi decidido que pode ocorrer a penhora sim, mesmo não se tratando de obrigação de pagar alimentos, desde que seja proteg...
	Sendo essa decisão conexa com o princípio da boa fé pois este, deve acompanhar os sujeitos nas relações processuais, além do executado ter o direito de não sofrer violações referentes a sua dignidade, pois não é devido impedir injustificadamente a efe...
	E ainda decidiu que mesmo que o executado não tiver outros rendimentos, além do seu salário penhorado, o juiz pode decidir a penhora de um percentual sobre a renda, se ficar provado que o salário mensal, é o suficiente para seu sustento e de sua famíl...
	Apesar da penhora, o executado ainda vai ter o mínimo para a sua subsistência, ou seja, a oportunidade a ele de ter uma vida digna, garantindo a sua dignidade, e também, se estendendo aos seus dependentes.
	Esses preceitos estão diretamente ligados ao princípio da dignidade da pessoa humana que é um direito fundamental do Brasil, possuindo valores e princípios para garantir que o indivíduo viva de maneira digna na sociedade, garantindo o bem-estar dele e...

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