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NUTRIÇÃO CLÍNICA GOTA Dieta podre em purina Em caso de gota severa ou em fase avançada, o conteúdo diário de purina deve ser restrito a aproximadamente 150mg. PTN – 0,8 a 1,2/kg/dia GDR - teor menor que 30% e colesterol menor que 300mg diária. CHO - de 50 a 70% do VCT Doenças Renais Litíase INSUFICIÊNCIA renal aguda – IRA Terapia Nutricional Energia – segundo a ESPEN 20 a 30 Kcal/kg/dia (não proteicas) CHO – normoglicídica Lipídios – normolipídica Proteínas – Segundo a ESPEN Baixo catabolismo: 0,6 a 0,8g/kg/dia Médio catabolismo: 1 a 1,5g/kg/dia Alto catabolismo: até 1,7g/kg/dia • Pacientes em diálise contínua podem apresentar necessidade de 1,4 a 1,8g/kg/dia • 50% das proteínas PAVB Líquido - Diurese do paciente + 500ml Potássio – Maior controle na fase de anúria Sódio – restringir na fase de anúria. Na fase diurética pode ocorrer perdas excessivas. Insuficiência renal crônica – IRC Terapia Nutricional Proteína os pacientes na fase pré-diálise da IRC necessitam em torno de 0,6g/kg para manter o balanço nitrogenado, podendo variar até 0,8g/kg. Para assegurar um bom aporte de aminoácidos essenciais, 2/3 da proteína ingerida devem ser de alto valor biológico. Energia ≥ 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia < 60 anos 35 kcal/kg/dia Carboidratos – 50 a 60% do VET Lipídios – 25 a 35 do VET Recomendação de Proteína Estágios 1 e 2 (TFG ≥ 60ml/min) Normal – 0,8 a 1,0g/kg/dia Estágio 3 (TFG 59 a 30ml/min) - 0,6 a 0,75g/kg/dia Estágio 4 (TFG 29 a 15 ml/min) - 0,6 a 0,75g/kg/dia Estágio 5 (TFG < 15ml/min) - 0,6 a 0,75g/kg/dia Diabete descompensado - 0,8g/kg/dia Proteinúria 0,6 a 0,8g/kg/dia > 3g/24h 0,8 + 1g proteína para cada g de proteína excretado Água deve ser controlada, suficiente para manter o volume urinário. Sódio a necessidade é bastante variada. Quando há edema ou hipertensão deve ser restrita. Normalmente irá variar de 1 a 3g de NaCl/dia Potássio não é normalmente restringido, até que haja uma perda significativa na função renal. Fosforo deve ser restrito na hiperfosfatemia, que ocorre normalmente quando a TFG é inferior a 25ml/min. Terapia renal substitutiva Energia – 35 kcal/kg de peso ideal ou ajustado/dia, para pacientes com menos de 60 anos; de 30 a 35 kcal/kg de peso ideal ou ajustado/dia, para os demais pacientes. Proteínas A recomendação varia de 1,1 a 1,2g/kg de peso ideal ou ajustado/dia. Lipídeos de 25 a 35% do VET Carboidratos 50 a 70% do VET Sódio deve ser restrito de 1 a 3g de NaCl/dia, quando houver oligúria, edema ou hipertensão. Líquidos devem ser restritos quando houver oligúria, 500ml + vol. urinário nas 24hs. No dia da diálise; pré-diálise; o consumo de líquidos pode ser aumentado. Potássio deve ser controlado quando os níveis séricos forem aumentados. Diálise peritonial Proteínas devido às perdas constantes de proteínas e aa na infusão, uma ingestão alimentar adequada é essencial para manter o estado nutricional. A recomendação proteica tem sido de 1,2 a 1,3g/kg/dia. HEPATOPATIAS Terapia nutricional Fracionamento: 4 a 6 refeições ao dia volume: pequeno Consistência: de acordo com a aceitação (exceto nos casos de restrições hídricas que não deverá ser dado sopas e caldos) Calorias: conforme as necessidades do paciente, porém é comum a perda de peso e com isso as necessidades energéticas são aumentadas, então podemos usar de 30 a 40Kcal/kg de peso/dia. Proteínas: normo ou hiperproteica, pois este nutriente é fundamental à regeneração das células hepáticas, além de fornecer agentes lipotróficos (colina e metionina) que convertem as gorduras em lipoproteínas removendo-as do fígado. 1,0 a 1,5g/kg/dia do peso atual ou adequado, para manter o balanço nitrogenado. Na DPC a necessidade pode variar de 1,0 a 1,8g/kg/dia, evitando-se aporte proteico acima da capacidade funcional. Carboidratos: normoglicídica (50 à 60%) Caso haja hiperglicemia evitar CHO simples e dar preferência CHO complexos. Lipídeos: a dieta não deve ser restrita em lipídios, mas evita-se o consumo em excesso e deve-se avaliar a tolerância individual de 20 a 30% do VET. Reduzir apenas a oferta na esteatorréia e na esteatose hepática até 25% do VET, indicando-se o uso de TCM. Sódio – a restrição de sódio é necessária na presença de retenção hídrica como a ascite, mas geralmente a dieta é hipossódica. Variando de 500 a 2000 mg/dia. A dieta hipossódica, com restrição leve ou moderada e se caracteriza por alimentos sem sal e a oferta de 2 g/dia de NaCl. Líquidos – a restrição geralmente não é necessária, só é prescrita na presença de hiponatremia severa. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Energia: desnutrição frequentemente presente. 25 a 40 kcal / kg peso atual ou adequado/dia. Dificilmente se atinge as NE por via oral, utilizando-se com muita frequência as vias enteral e parenteral, com dietas específicas; PROTEÍNAS - Priorizar os alimentos com teor aumentado de AACR como os de origem vegetal, laticínios e peixes. Encefalopatia grau 1 ou 2 1 a 1,2g Encefalopatia grau 3 ou 4 0,5g + 0,25g de AACR Carboidratos: 55 a 75 % VET, Gorduras: a dieta não deve ser restrita em lipídios até 25 % do VET Fibras: dieta deve ser rica em fibras, mais de 25g/dia, para evitar a constipação e a absorção de amônia produzida pelas bactérias intestinais Sódio: restringir nos casos de ascite e edema, até 2g de Na Cl para pacientes hospitalizados) – na melhora do quadro: 2500 mg/dia. Líquidos: conforme grau de ascite e edema. Restrição hídrica: 1,0 a 1,5 l /dia em caso de hiponatremia. Fracionamento: 6 a 8 refeições/dia; Consistência: Pastosa a Branda PANCREATITE PANCREATITE AGUDA Hipolipídica - < 20% do vet, evoluir até os níveis normais conforme a melhora clínica Energia – 25 a 35 kcal/kg de peso ideal ou ajustado/dia Proteína – 1,2 a 1,5g/kg de peso ideal ou ajustado/dia – considerar o grau de hipermetabolismo Lipídios - < 20% do vet, sendo os TCM mais bem tolerados CHO – 50 a 70% do vet PANCREATITE CRÔNICA Energia – 30 a 35 kcal/kg/dia 20 kcal/kg de peso atual/dia, com progressão gradativa – quando houver subnutrição grave (imc <16kg/m²), pelo risco da síndrome de realimentação. CHO – normoglicídica – 50 a 70% vet Proteínas – 1 a 1,5 g/kg/dia Lipídios – 30% do vet, se bem tolerado se houver esteatorréia < 20% do vet, com utilização de tcm Álcool – exclusão DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR Colelitíase Energia – 25 a 30 kcal/kg/dia Lipídios - De 25 a 30% das calorias totais devem ser provenientes das gorduras. A gordura estimula as contrações da vesícula podendo aumentar o desconforto. Proteína – 10 a 15% do VET CHO – 50 a 70% do VET Colecistite Energia – 25 a 30 kcal/kg/dia Lipídios - De 25 a 30% das calorias totais devem ser provenientes das gorduras. Limitações mais rígida é indesejável, porque a gordura no intestino é importante para a estimulação do trato biliar. Proteína – 10 a 15% do VET CHO – 50 a 70% do VET DOENÇAS PULMONARES DPOC • consistência – branda, sem alimentos muito firmes ou fibrosos. • energia – o requerimento calórico não é bem definido, é indicado o uso de calorimetria indireta e quando não possível a equação de harris-benedict, que é utilizada pela sua praticidade Geb x 1,5 – 1,7 (fi) para anabolismo • proteínas – 1,2 a 1,7g/kg/dia ou de 15 a 20% do vet. Recomenda-se uma dieta rica em proteínas para correção da desnutrição, manter ou restaurar o tecido pulmonar e a força muscular. As proteínas apresentam um qr de 0,8. • CHO – 40 a 55% do vet. Uma quantidade menor que a usual de carboidratos é recomendada, pois o seu qr é elevado em relação aos outros nutrientes 1,0. O efeito metabólico de maiores quantidades de carboidratos é o de aumentar o consumo de oxigênio e a produção e retenção de dióxido de carbono. • gordura – 30 a 45% do vet. A gordura constitui a melhor fonte de energia, devido ao seu reduzido qr 0,7. • antioxidantes – melhorar a função pulmonar • consumo de líquidos elevado 1ml/kcal • consumo de fibra > 25g/dia Fibrose cística Energia – adequar o balanço energético para a manutenção ou ganho de peso. Deve ser aumentada de 20 a50% da ingestão recomendada a fim de cobrir o aumento do gasto energético causado pela doença • Proteínas – de 15 a 20% do vet Lactentes - 4g/kg/dia Crianças – 3g/kg/ dia Adultos – 2 a 3 g/kg/dia • CHO – 45 a 50% do vet – em crianças pode ocorrer intolerância a lactose. • lipídios – 35 a 40% do vet – ajuda a fornecer a energia necessária, limita o volume e melhora a palatabilidade. • consistência branda, pode auxiliar caso o indivíduo apresente dificuldade de mastigação ou se sinta fadigado durante a refeição. NEOPLASIAS Energia Obeso: 21 a 25 kcal/kg Manutenção de peso: 25 a 30 kcal/kg Ganho de peso: 30 a 35 kcal/kg Hipermetabólico, estresse: 35 kcal/kg Proteína Sem complicações: 1 a 1,2 g/kg Com estresse moderado: 1,1 a 1,5 g/kg Com estresse grave e repleção proteica 1,5 a 2 g/kg Carboidratos normoglicídica; são fonte de energia importante, devem ser fornecidos numa quantidade de 50 a 70% das calorias. Lipídios normolipídica; são fontes de energia importante para pouparem as proteínas e devem compor de 20 a 35% das calorias. As dietas hiperlipídica podem causar complicações (icterícia, hiperlipidemia). A suplementação com imunonutrientes como glutamina, arginina e ácidos graxos ᾠ 3 pode ter efeito benéfico no estado nutricional, com consequente melhoria da resposta clínica e qualidade de vida. SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA Energia Estágio A - Assintomático peso estável: 30 a 35 kcal/kg atual/dia Estágio B - Sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 35 a 40 kcal/kg atual/dia Estágio C- infecção oportunista e/ou AIDS (CD4 < 200) 40 a 50kcal/kg atual/dia Estágio C – com desnutrição grave Iniciar com 20kcal/kg atual/dia - síndrome da realimentação Obesidade: 20 a 25 kcal/kg ajustado/dia Proteínas Estágio A - Assintomático peso estável 1,1 a 1,5 g/kg peso atual/dia Estágio B - Sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 1,5 a 2,0 g/kg peso atual/dia Estágio C - infecção oportunista e/ou AIDS (CD4 < 200) 2,0 a 2,5 g/kg peso atual/dia Estágio C – com desnutrição grave Aumentar a oferta gradativamente Obesidade - Utilizar o peso ajustado, de acordo com o estágio LIPIDIOS: 20 a 35% do VET uso de: < 300mg colesterol, < 10% ac. graxos saturados, <20% monoinsaturados, < 10% polinsaturados. CHO: 50 a 70% do VET, quando ocorrer resistência a insulina ou diabete deve-se restringir os carboidratos simples. Fibras: 25 a 30g/dia. Dietas pobres em fibras se associam com dislipidemia em pacientes com lipodistrofia. Alguns nutrientes como: zinco, selênio, vitaminas do complexo B, ácido ascórbico, tem papel importante na manutenção da função imune e na redução da mortalidade QUEIMADOS Energia Necessidades aumentadas de acordo com a superfície lesada (de 20 a 50% do GE) • Cálculo do VCT (Currieri;1978) Adultos = 25 kcal x P (kg) + 40 kcal x % SCQ • Cálculo do VCT (Currieri Jr ;1986) 0 – 1 ano = TMB + 15 kcal x % SCQ 1 – 3 anos = TMB + 25 Kcal x % SCQ 3 – 15 anos = TMB + 40 Kcal x % SCQ • Proteínas – preconizada uma reposição de 2 a 2,5g/kg/dia para adultos 1,5g/kg/dia para crianças • Lipídeos - normolipídica, de 20 a 35% do VET, para suprir as necessidades energéticas. • Carboidratos – normoglicídica, de 50 a 70% do VET. principal fonte de energia Vitamina A: ação antioxidante e participação na formação do epitélio Vitamina C: participação na cicatrização e na prevenção de infecções Zinco: participação na cicatrização SEPSE E TRAUMA Energia Nível de estresse Ausência 30 a 35 kcal/kg/dia Leve a moderado 25 a 30 kcal/kg/dia Grave 20 a 25 kcal/kg/dia Proteína: Glutamina: 0,5 a 0,7g/kg/dia, por via enteral – para garantir a integridade da mucosa intestinal. Arginina: 2% do VET, em paciente hemodinamicamente estáveis (estimula síntese de GH e liberação de insulina, vasodilatador e diminui crescimento microbiano, promove cicatrização). Nível de estresse Ausência 15% Leve a moderado 15 a 20 % Grave 20% Lipídeo: Nível de estresse Ausência 25% Leve a moderado 25 a 30 % Grave 30 a 35% CHO: Nível de estresse Ausência 60% Leve a moderado 50 a 60 % Grave 45 a 50 % ÚLCERAS DE DECÚBITO Calorias Eutrofia: 24 a 32Kcal/dia; Desnutrição: 28 a 35Kcal/dia Manutenção e/ou melhora do estado nutricional Proteínas Grau I e II: 1,5g/kg/dia Grau III e IV: 2g/kg/dia Revascularização, formação de tecidos, síntese de colágeno, formação linfocitária. Carboidrato (CHO) 50-60% VET - evitar CHO simples Fornecimento de energia Lipídeos 24-28% VET Fornecimento de energia DOENÇAS NEUROLÓGICAS Energia: 30 a 35Kcal/kg de peso (de acordo com o estado nutricional) Proteínas: 0,8 a 1,2g/kg/dia LIP: 20 – 35% do VET CHO: 45 – 65% do VET Ca, Zn, Vit. B12, C, A, E e ácido Fólico = DRI Dieta pastosa Oferta de 1 preparação por vez; Líquidos – atentar à fluidez; Evitar alimentos crus e secos;
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