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1 Distúrbios hematológico que leva à redução no número e tamanho de: Eritrócitos / hemoglobia; Volume globular (hematrócrito) Limita a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre as células sanguíneas e teciduais. Introdução 2 Causas comuns: ◦ Sangramento excessivo; Diminuição na produção de ertrócitos e / ou aumento da destruição de eritrócitos; ◦ Deficiências nutricionais; Envelhecimento; Hospitalização; É visualizado no hemograma através do VCM (volume corposcular médio) e do CHCM ( concentração de hemoglobina corpuscular média). Anemias Hipocrômicas e Microcíticas Eritrócitos pequenos e redução hemoglobina CLASSIFICAÇÃO: com base no tamanho das hemácias 3 Esta classificação compreende as anemias: Ferroprivas = perda de sangue, restrição de Fe na dieta, má absorção, consumo ou necessidade aumentada, defeito no transporte plasmático; Sideroascrésticas = deficiência na utilização do ferro; Hemoglobinopatias = deficiência na síntese de globulina (talassemia, hemoglobulinopatias), secundárias à alguma doença crônica. Anemias Hipercrômicas e Macrocíticas Aumento hemoglobina eritrócitos maiores ◦ Megalobásticas – Deficiência de B12, deficiência de ácido fólico, anemias hereditárias; ◦ Não Megaloblásticas – hiper-regenerativas (pós- hemorrágica), por deficiência de vitamina C ou B, de causas não patológicas (alcoolismo, uso excessivo de medicamentos). 4 ANEMIA FERROPRIVA •Introdução •O ferro é o nutriente mais sujeito à deficiência; •Atinge 40% da população mundial, é decorrente de : •ingestão inadequada e /ou alimentação inadequada; •comprometimento da eritropoiese ou absorção de ferro; •perda sanguínea. Estágios de deficiência, segundo Herbert (1992) Equilíbrio negativo ◦ I e II : reservas de ferro baixas e não há disfunção. No estágio I a redução na absorção de ferro = depleção moderada nas reservas. No estágio II = depleção nas reservas; ◦ III e IV: quantidade de ferro corpóreo inadequado. No estágio III a disfunção não é acompanhada por anemia. No estágio IV = Anemia; 5 Achados Clínicos Redução no desempenho muscular / Alterações neurológicas; Desenvolvimento cognitivo anormal em crianças; Anormalidades de crescimento / Imonudeficiência; Redução da acidez gástrica e distúrbios epiteliais; Alterações teciduais: língua, unhas, boca e estômago; Pele pálida e a porção interna da pálpebra inferior pode ficar ligeiramente rósea / Unhas achatadas e finas – coiloníquia. Diagnóstico: Nível de ferritina: ( homem: 36 – 262g/L / mulher: 10 – 64g/L (menarca), 24 – 155g/L (pós menopausa) Alterações no armazenamento de ferro. Aumento: dç inflamatória, hepatite, sobrecarga de ferro, hemocromatose; Redução: anemia por deficiência de Ferro. 6 Saturação de Transferrina: Proteína sintetizada pelo fígado que transporta o ferro do sangue para os eritroblastos, é medida padrão de suprimento de Fe para os tecidos. Aumento: reservas inadequadas de Fe, anemia ferropriva, hepatite aguda, gestação; Redução: anemias perniciosas ou falciformes, infecção, câncer, desnutrição, síndrome nefrótica, talassemia. Mensuração de hemoglobina – mulheres: 13,5 – 18g/dl; homens: 12 – 16g/dl. Aumento: queimaduras graves, policitemia, ICC, talassemia, DPOC, desidratação. Redução: anemias, hipertireoidismo, cirrose, doenças sistêmicas, HIV, CA. 7 TRATAMENTO Suplementação: ◦ Administração oral de ferro - dose de 30mg; ◦ Uso antes da refeição – melhor absorção; ◦ Efeitos colaterais; ◦ Ideal na forma quelada; Terapia nutricional Atentar ao aumento da oferta de ferro na dieta DRI’S: Idade e Sexo Quantidade de Ferro (mg) 1-3 anos 7 4 – 8 anos 10 Homem 8 -11 Mulher 15 – 18 Gestante 27 Máximo 40 8 Uso de alimentos fonte de ferro Uso de proteínas de AVB; Oferta de alimentos fonte de Vitamina C = melhor absorção; Monitorar oferta de ferro não heme e evitar alimentos que prejudiquem a biodisponibilidade; Atentar a presença de “pica” (sintoma comum em crianças). Recomendações Nutricionais Energia – suficiente para manter o estado nutricional Proteína – de 0,8 a 1,2 g/kg/dia CHO – 50 a 70% do VET. Lipídeos – 20 a 35% do VET. 9 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Refletem a síntese alterada do DNA, que resulta em mudanças funcionais e morfológicas dos eritrócitos, leucócitos, plaquetas no sangue e na medula óssea. A anemia megaloblástica é geralmente caudada por uma deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. As dietas inadequadas de longa duração, a absorção e utilização inadequadas do ácido fólico parecem ser as causas mais frequentes. Se manifesta por níveis muito baixos de folato no sangue. O quadro clínico comum é: fadiga, diarreia, anorexia, glossite, má cicatrização e perda de peso. O ácido fólico é necessário para a síntese do DNA e maturação dos eritrócitos ANEMIA MEGALOBLÁSTICA POR DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO 10 Objetivos Aumentar o ácido fólico da dieta / Instruir o paciente para que corrija hábitos alimentares TRATAMENTO Deve-se fazer a reposição de folato; É recomendado 1mg de folato via oral durante 2 a 3 semanas Para manter as reservas deve-se ingerir pelo menos 50 a 100g de ácido fólico diariamente, tanto em alimentos como em suplementos; Dieta rica em ácido fólico; A ingestão de uma fruta fresca ou vegetal in natura, fornece ácido fólico suficiente; outras fontes são: peixe, leguminosas, cereais integrais, verduras escuras. 11 Recomendações Nutricionais Energia – suficiente para manter o estado nutricional Proteína – de 0,8 a 1,2 g/kg/dia CHO – 50 a 70% do VET. Lipídeos – 20 a 35% do VET. Também conhecida como : Anemia perniciosa - exemplo de uma anemia carencial - frequente em regimes vegetarianos, em idosos com má nutrição ou pela deficiência do fator intrínseco; A designação megaloblástica provém da libertação prematura dos eritrócitos pela medula óssea, devido à carência de vitamina B12, o que lhes confere o aspecto gigante, característico dos megaloblastos; 12 A anemia perniciosa afeta não somente o sangue, mas também o trato gastrintestinal e o sistema nervoso. Isto a distingue da anemia por deficiência de ácido fólico. Causas: Pessoas com anemia perniciosa podem ter a capacidade de produzir fator intrínseco diminuída – permite absorção de B12 = deficiência; Esta condição pode resultar de fatores hereditários; pouco frequente. Anemia perniciosa congênita é herdada como um distúrbio autossômico recessivo. 13 Sintomas Fadiga / Flatulência / Náuseas e vômitos Diarréias ou obstipação / Anorexia / Perda de peso Palidez / Taquicardia / Glossite Situações associadas: gastrite atrófica, gastrectomia total, ressecção do íleo intestinal. Tratamento: Medicamentoso: ◦ * 1.000ug/dia (VO), 100ug/semana (injeções intra-muscular). Nutricional: ◦ Proteínas: 1,5g/kg/dia ◦ Oferta de alimentos fonte de B12: Carnes, ovs, leite e derivados. ◦ Atentar ao níveis de colesterol dos alimentos. 14 Recomendações Nutricionais Energia – suficiente para manter o estado nutricional Proteína – de 0,8 a 1,5 g/kg/dia CHO – 50 a 70% do VET. Lipídeos – 20 a 35% do VET.
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