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Aula 6 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

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AULA 6 
MODELOS DE NEGÓCIOS 
INOVADORES 
Profª Anelise Jensen 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A atual formação do mercado e dos negócios é uma grande combinação, 
que mistura empresas já consolidadas e empresas que iniciam sua trajetória no 
ramo de negócios neste momento. É, sem dúvida, uma nova realidade, em que 
esses diferentes perfis de empresa atuam, se organizam e existem, cada um a 
seu modo. 
Podemos ter negócios em diversas esferas, por exemplo, indústrias, varejo, 
prestação de serviços, distribuidoras. Por se tratar de realidades variadas, portes 
e estilos de negócios distintos, cada empresa deverá estar preparada para 
responder às variáveis particulares que impactam o seu negócio. 
Os gestores de negócios desejam ver seus empreendimentos obterem 
sucesso e crescimento, porém, ao contrário do que muitos pensam, somente o 
ânimo e a motivação nessas horas não bastam. É preciso mais. 
É por isso que, com o tempo, tornou-se importante contar com ferramentas 
de análise, planejamento e organização da gestão dos negócios, com o objetivo 
de reduzir erros e manter a competitividade no setor. 
Dentre tantas ferramentas disponíveis para uso, nesta unidade iremos 
destacar uma delas: o plano de negócios; uma espécie de guia criado para facilitar 
o entendimento dos gestores quanto à viabilidade de seus negócios, ao permitir 
formalizar e sistematizar as ideias do empresário e dos empreendedores de 
maneira simples e prática. 
CONTEXTUALIZANDO 
Diversos fatores podem impactar um negócio: a experiência do 
empreendedor no ramo e a forma como conduz o negócio, a capacitação 
profissional e motivação do gestor e finalmente o planejamento do negócio. 
Assim, considerando o número de novos negócios que surgem todos os 
anos no Brasil e a alta taxa de fechamento já nos primeiros anos de atuação (o 
SEBRAE estima, em seu relatório de 2016, que aproximadamente um terço dos 
negócios feche as portas em até 2 anos no país), verificamos assim a importância 
de se realizar o estudo e o embasamento conceitual para um novo negócio, 
concretizado por meio do desenvolvimento de um plano. 
Tido por um bom tempo como uma receita praticamente à prova de falhas 
na aplicação e solução de problemas organizacionais, o plano de negócios pode 
 
 
3 
ser considerado obrigatório em circunstâncias muito particulares (como um 
grande financiamento bancário, por exemplo). Em outras situações, é 
recomendável, e, em outras, o plano com certeza poderá ajudar de alguma 
maneira, mas não é vital nos casos em que as operações da empresa já 
aconteçam (se estas já estiverem em funcionamento, por exemplo). 
Nesta unidade, iremos conhecer a relação entre planejamento estratégico 
e plano de negócios, ambos temas úteis e adotados por muitas instituições: suas 
origens e aplicações, identificando os itens que compõem sua estrutura e 
tendências de setores que poderão ser explorados num breve futuro, 
demonstrando o benefício que o seu uso pode trazer. 
TEMA 1 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
A palavra estratégia é originária do grego stratègos e possuía, inicialmente, 
aplicação no campo militar, mas posteriormente passou a ser utilizada no campo 
empresarial (Biagio; Batocchio, 2012). 
Nessa direção, a estratégia poderia contribuir para ver de modo claro o 
ambiente em que a empresa estava inserida, buscando encontrar as questões 
relevantes, que permitissem a uma organização encontrar seus pontos relevantes, 
que fossem suficientes e necessários para se alcançar uma vantagem 
competitiva. 
Foram desenvolvidas muitas técnicas para a realização de um 
planejamento estratégico, tendo como objetivos, segundo Biagio e Batocchio 
(2012, p. 31), “formar a base de sustentação da administração estratégica”. Dessa 
maneira, este conceito aborda: 
uma metodologia de posicionamento da empresa frente ao seu mercado; 
assim, dentro de um plano de negócios, é a seção onde estão definidos 
os caminhos que a empresa irá seguir: o posicionamento atual, os 
objetivos e as metas do negócio, os valores da empresa, sua visão e 
missão. Ele deve servir de alicerce para todas as ações da organização.” 
(Biagio; Batocchio, 2012, p. 32) 
Trata-se, pois, de uma importante forma pela qual os dirigentes de 
empresas podem se relacionar com o mercado, entendendo seu contexto e os 
cenários. 
O desenvolvimento de qualquer plano de negócios começa com a 
realização do seu planejamento estratégico (Wildauer, 2012). É do planejamento 
que terá origem o documento formal que é o plano de negócios. 
 
 
4 
Figura 1 – Planejamento estratégico 
 
Fonte: Shutterstock/Satianpong. 
Buscando compreender o presente para projetar o futuro, o planejamento 
estratégico possui três características importantes, conforme Chiavenato (2007): 
• Estabelecer um horizonte de tempo maior (prazos de projeção de alguns 
anos) 
• Abranger a empresa de uma maneira holística, contemplando todas as 
áreas, recursos, competências e pessoas que dela fazem parte 
• O preparo para lidar com as incertezas e imprevisibilidade do ambiente, 
interagindo em relação aos fatos que acontecem, sem ficar preso somente 
a dados (para isso fazendo uso do bom senso) 
Esse processo acontecerá nas seguintes etapas, segundo Chiavenato 
(2012, p. 161): 
1. Determinação dos objetivos empresariais; 
2. Análise ambiental externa; 
3. Análise organizacional interna; 
 
 
5 
4. Formulação de alternativas e escolha da estratégia empresarial; 
5. Desenvolvimento do planejamento estratégico; 
6. Implementação dos planos táticos e operacionais; 
7. Acompanhamento e avaliação dos resultados. 
A determinação dos objetivos indica aonde a empresa deseja chegar. Faz, 
para isso, uma análise ambiental, em que se propõe a descobrir o que existe no 
ambiente (incluindo oportunidades e ameaças). Em seguida, efetua a análise 
organizacional interna, em que clarifica o que a empresa já possui (aliando a isso 
suas potencialidades e fragilidades). Com base nesses elementos, são 
formuladas alternativas estratégicas, que representam exatamente o que a 
empresa poderá fazer; seguido da elaboração do planejamento estratégico, que 
representa como tudo será feito. A implementação é a realização das ações 
previstas, que serão seguidas pela avaliação de resultados, responsável por 
mensurar o andamento dos trabalhos. Este último item permitirá entender se os 
objetivos estabelecidos estão sendo alcançados, mantendo também a empresa 
atenta quanto às suas competências em relação ao mercado. 
É importante notar que o processo de planejamento estratégico possui 
algumas peculiaridades, pois é aplicado internamente em alguns setores dentro 
da empresa; enquanto o plano de negócios em si engloba a empresa de forma 
total, sendo, portanto, mais abrangente. Podemos ressaltar ainda que o 
planejamento é um sistema que atua com base em fatos e dados concretos e sua 
relação com o que ocorre no ambiente. 
Isso, no entanto, não garante que esse planejamento (que é de longo 
prazo) contenha todas as informações sobre o que ocorrerá no futuro. Fatores 
inesperados podem acontecer a qualquer momento. É preciso uma boa dose de 
bom senso para discernir sobre oportunidades e dificuldades, podendo, assim, 
encarar de frente a complexidade do que vem por aí. 
TEMA 2 – UM PLANO DE NEGÓCIO 
Foi no período do pós-guerra, na década de 50, que surgiram as primeiras 
pesquisas sobre a importância do planejamento nas organizações. Mais tarde, a 
ideia de se organizar um plano de negócio se consolida na década de 60 nos EUA, 
com o intuito de atender às necessidades de gestão em grandes empresas 
(Nakagawa, 2011). 
Uma importante ferramenta de gestão, o plano de negócios (ou business 
plan, no termo em inglês), pode ser aplicado tanto no desenvolvimento de novos 
 
 
6 
negócios como no desenvolvimento e implantação de novas unidades ou na 
avaliação de negócios já em andamento. 
Este instrumento possibilita uma avaliação isentado negócio, mostrando, 
por meio de dados, que recursos o empreendedor precisará investir, qual será sua 
estrutura de custos, que clientes poderá atender, quais serão seus principais 
concorrentes etc. Contempla essencialmente uma análise de mercado, que 
ajudará a formatar um plano de marketing, um plano de operações e também um 
plano de controle financeiro para o negócio em questão. 
Para ter algum parâmetro que possa nortear o desenvolvimento da ideia, 
entende-se que o empreendedor deve responder a algumas perguntas (Lam, 
2015): 
• Qual será o modelo de negócios utilizado? 
• Quem são as pessoas envolvidas no negócio? 
• Como implementar o modelo de negócios proposto? 
• Quais são os recursos necessários? 
Questionamentos quanto à sua complexidade e alcance (pois geralmente 
os planos eram projetados com foco na realidade de grandes empresas), 
devemos considerar que um negócio que passa por um processo de planejamento 
tem, ao menos em teoria, chances maiores de ser bem-sucedido. Derivado das 
escolas de planejamento e de estratégias, um plano de negócios, segundo 
Dolabela (citado por Wildauer, 2012, p. 39): 
é, antes de tudo, o processo de validação de uma ideia, que o 
empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa. 
Ao prepará-lo, terá elementos para decidir se deve ou não abrir a 
empresa que imaginou, lançar um novo produto que concebeu, proceder 
a uma expansão etc. a rigor, qualquer atividade empresarial, por mais 
simples que seja, deveria se fundamentar em um plano de negócios. 
Para a empresa, a vantagem em realizar um plano de negócios se situa 
principalmente em poder aperfeiçoar as ideias do negócio, apresentando-as de 
modo atrativo para possíveis investidores, analisando de forma criteriosa a parte 
financeira da empresa, avaliando potencialidades para um mercado futuro e 
contribuindo na tomada de boas decisões. 
Confirmam essa linha de raciocínio Biagio e Batocchio (citados por 
Nogueira; Almeida, 2011, p. 3): 
Plano de negócios é um documento de planejamento, elaborado de 
acordo com as necessidades de cada empreendimento, capaz de 
 
 
7 
mostrar toda a viabilidade e as vantagens competitivas de um 
empreendimento, do ponto de vista estrutural, administrativo, 
estratégico, mercadológico, técnico, operacional e financeiro. É um 
documento usado para descrever o negócio e apresentar a empresa aos 
fornecedores, investidores, clientes, parceiros, empregados etc. 
Em suma, o plano de negócios é um documento que o empreendedor utiliza 
para expor e oferecer seu negócio. Tem a importante função estratégica de atrair 
possíveis interessados, sendo uma ferramenta de captação de investidores, 
parcerias e sociedades. 
Fazendo uso de uma linguagem mais formal e estruturada, cada 
empreendedor procura mostrar as características da empresa, sua visão, missão, 
valores. Os aspectos financeiros, legais e operacionais, assim como todo o plano 
de comunicação e marketing a ser colocado em prática, recursos e responsáveis 
também são delimitados em um plano. Temos, então, um documento completo e 
bastante detalhado sobre as intenções de negócios da empresa. 
TEMA 3 – NECESSIDADES, CARACTERÍSTICAS, TENDÊNCIAS E ASPECTOS 
GERAIS DE UM PLANO DE NEGÓCIOS 
Um plano de negócios é uma ferramenta com múltiplas aplicações 
(Dornelas, 2008) e possui em si características que lhe são peculiares. 
Um dos pontos que podemos destacar na construção de um plano é que 
ele deve primar pela objetividade. Ou seja, um plano deve conter apenas as 
informações essenciais para o entendimento do negócio, resumindo suas 
características principais. Outro aspecto importante é o uso de uma linguagem 
que seja clara e que utilize termos condizentes com a natureza do negócio e dos 
interessados que a ele terão acesso. 
Existem muitas razões que podem levar um dirigente ou jovem 
empreendedor a querer redigir um plano de negócios. O livro Escreva seu plano 
de negócios (Write Your Business Plan, no original em inglês, 2015) explica 
precisamente a importância em se escrever um plano, e as principais razões que 
motivam sua composição: podem ser pessoas que desejam iniciar um negócio, 
aquelas que já possuem empresa constituída e estão em busca de ajuda; aquelas 
que precisam definir com clareza seus objetivos, empreendedores que estejam 
tentando prever com maior credibilidade o futuro ou ainda as pessoas que estejam 
em busca de investimentos financeiros para seu negócio. 
 
 
8 
O plano de negócio deve ser um projeto vivo, interessante e motivador 
para ser consultado por vários atores – como investidores, financiadores, 
fornecedores, clientes e consumidores, equipe de trabalho, etc. – e 
principalmente para conquistar sua aprovação e adesão. Sua constante 
atualização é imprescindível. (Chiavenatto, 2012, p. 152) 
O documento deve apresentar as ideias seguindo um encadeamento 
lógico, cujos horizontes de atuação, as expectativas de aonde se quer chegar e 
as análises feitas precisam ser realistas, pautados em situações hipotéticas, 
porém possíveis de se alcançar, buscando assim “convencer” o leitor. 
Assim, um plano de negócios se justifica, pois, por ser um checklist para a 
empresa, nenhum detalhe fica de fora (Chiavenato, 2012). Ou seja, nesta lista de 
tarefas a cumprir deverão estar incluídos tanto os elementos internos da empresa 
(como: qual será o produto ou serviço? Como será produzido? Onde será feito? 
Quanto será fabricado?) quanto os elementos externos à empresa (qual é o 
tamanho do mercado a ser atendido? Quem são os produtos substitutos ou 
concorrentes? Qual é o perfil dos clientes?) 
Em linhas gerais, esse documento deve explicar as dúvidas e os principais 
aspectos referentes sobre ele. 
Figura 3 – Plano de negócios 
 
Fonte: Chiavenato, 2012, p. 153. 
É importante lembrar que, apesar de ser um roteiro minucioso, ter um 
plano de negócios em mãos não elimina por completo a possibilidade de erros, 
mas contribui para minimizá-los ao máximo, apontando um caminho mais seguro 
e fundamentado ao empreendedor. 
PLANO 
DE 
NEGÓCIO
Negócio
Gestão do 
negócio
Mercado
Aspectos 
econômicos 
e 
financeiros
 
 
9 
E, para ilustrar tudo isso, gostaríamos de apontar alguns setores 
promissores para o futuro, e que podem ser objeto de estudo através da confecção 
de um plano de negócios. Assim, em termos de tendências de negócios, de acordo 
com o site Eu Sou Empreendedor (2018), veremos prosperar algumas temáticas, 
dentre as quais: 
• Cosméticos: crescimento entre os homens e manutenção do consumo 
entre as mulheres); 
• Cervejarias: novos rótulos e misturas artesanais chamam a atenção do 
consumidor; 
• Estética: a saúde e os cuidados pessoais estão em alta; 
• Brechós: o que reforça a questão do consumo consciente e 
reaproveitamento de itens; 
• Consertos e reformas: descartar menos e aproveitar mais; 
• Pets: o consumo de produtos e serviços relacionados a cuidados com 
animais de estimação tem aumentado ano a ano. 
Estes são apenas alguns exemplos de setores em crescimento, em termos 
de negócios. Existem ainda outros setores com grande possibilidade de expansão 
nos próximos anos. Vale pesquisar e buscar outras informações! 
TEMA 4 – ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIOS 
Dado que cada negócio possui suas características específicas, não há 
uma regra rígida e obrigatória quanto ao conteúdo que nele deva ser trabalhado. 
No entanto, existe uma estrutura básica, que é sugerida como meio para 
dar conta de apresentar os elementos mais importantes, caracterizando 
adequadamente um plano de negócios. Assim, essa estrutura pode conter os 
seguintes elementos: 
4.1 Sumário executivo 
O sumário executivo pode ser considerado a parte principal de um plano 
de negócio, pois permite ter uma visão geral do negócio, com um resumo do plano 
que seja atrativo a ponto de que o leitor tenha interesse em seguir em frente com 
a leitura de todo o documento. Deve conteruma síntese de todo o negócio, 
expondo o objetivo do plano e quais as necessidades que a empresa pretende 
 
 
10 
atender. Justamente por ser um agregado das informações mais importantes, 
recomenda-se que seja escrito por último, em até duas páginas. 
4.2 Descrição da empresa 
A descrição da empresa deverá conter seu histórico, razão social, local de 
atuação, taxas de crescimento dos últimos anos e estrutura organizacional. 
4.3 Produtos e serviços 
Descreve o portfólio de produtos e serviços que a empresa oferece, 
demonstrando os processos de produção, as tecnologias envolvidas, possíveis 
patentes, assim como fontes de pesquisa e desenvolvimento. 
4.4 Análise de mercado 
Este item traça, por meio de pesquisas, um panorama de como está o 
mercado, delimitando os detalhes de comportamento do segmento a ser atendido, 
quem serão os concorrentes mais fortes, quem serão os fornecedores e possíveis 
pontos de incerteza. É preciso conhecer em profundidade o mercado e o perfil do 
consumidor com quem se irá atuar. 
4.5 Plano de marketing 
Esta seção apresenta o chamado composto mercadológico (produto, 
preço, praça e promoção), definindo quais serão as formas de divulgar e de 
comercializar o portfólio da empresa, uma possível previsão de demanda, assim 
como quais serão os canais de comunicação. 
4.6 Plano operacional 
Aqui devem ser apresentadas todas as atividades previstas na execução 
do negócio, assim como seus respectivos responsáveis. Como serão produzidos 
os produtos? Que tecnologias serão utilizadas? A quantidade de funcionários 
envolvidos e as hierarquias entre eles também devem ser contempladas. 
 
 
 
11 
4.7 Plano financeiro 
O plano financeiro deve conter uma previsão de receitas; o fluxo de caixa 
da empresa (ou a simulação inicial deste), além de itens como o balanço 
patrimonial, demonstração de resultados do exercício, lucros esperados, 
investimentos feitos etc. A previsão de vendas e a previsão de lucro das 
operações também deve estar presente. 
Aplicável a vários tipos de negócios, a estrutura de um plano de negócios 
pode conter outros itens (como capa, índice, anexos, planejamento estratégico 
etc.). Não deve ser estática, mas sim objeto de consulta periódica e análise de 
tempos em tempos. Seis meses seria uma medida ideal. Vale apena conferir se 
existem dados novos que podem interferir no andamento das operações. 
TEMA 5 – E DEPOIS? 
 Terminada a formulação do plano de negócios, em muitos momentos o 
empreendedor ou gestor pode se perguntar: e agora?! 
Sem saber exatamente o que fazer, por simples desconhecimento, muitos 
empresários e gestores às vezes “travam” nessa hora. É preciso agir, buscando 
colocar os planos traçados no papel em ação. Então, para fazer o negócio 
começar a funcionar, é necessário dar sequência ao que foi previsto no plano, 
com tanta ou maior atenção do que antes. 
A revista Pequenas Empresas; Grandes Negócios elaborou uma série de 
dicas para que a empresa possa implementar o plano de forma consistente, até 
se consolidar. Vamos a elas (Lietti, 2016): 
• Redigir um plano de ações: criar uma lista de ações a executar, em ordem 
de aplicação e importância pode ajudar muito. Pode ser uma espécie de 
lista (checklist), para que o empreendedor possa controlar o andamento do 
plano sem esquecer de nenhum item. 
• Instituir um período para testes e modelos: a criação de protótipos e a 
realização de testes no mercado irá contribuir para melhorias no modelo, e 
até mesmo para descobrir se há espaço para a ideia no mercado. 
• Conversar sobre as ideias: trocar experiências com pessoas que já 
passaram por isso ou com experts da área de atuação pode ajudar muito a 
 
 
12 
entender possíveis percalços e colocar a ideia em prática com maior 
solidez. 
• Buscar profissionais de contabilidade e direito para suporte: questões 
referentes à abertura da empresa, obtenção de cadastro nacional da 
pessoa física (CNPJ), confecção de contratos e demais minúcias da área 
podem ser melhor direcionadas por estes profissionais. 
• Pensar sobre a infraestrutura e equipe de trabalho: buscar entender qual é 
o perfil de espaço necessário para o empreendimento (um espaço de 
trabalho compartilhado ou um escritório?) e como será o quadro de 
funcionários (pessoas engajadas com a ideia é fundamental!). 
• Prospectar clientes: formar a base de clientes no início do empreendimento 
é um dos fatores (talvez) mais complicados, dado que o consumidor não 
conhece a empresa, o produto e as pessoas que dela fazem parte. É 
preciso circular, estabelecendo novos relacionamentos. 
• Realizar ajustes: o plano de ação pode (e deve) passar por pequenos 
ajustes e realinhamento ao proposito do negócio, sempre que se fizer 
necessário, sem que por isso seja preciso desistir da ideia no meio do 
caminho. 
FINALIZANDO 
Planejar é essencial em qualquer atividade. Mais ainda na área de 
negócios, em que muitos empreendedores investem todas as suas economias na 
esperança de ter uma empresa e um sonho realizado. 
O plano de negócios é, nesse sentido, um instrumento que ajudará o 
empreendedor a ter um pouco mais de segurança no seu negócio, pois com o 
detalhamento e as simulações previstas no plano é possível executar as ações 
com maior equilíbrio entre expectativas da empresa e a realidade de mercado. 
Lembre-se sempre de que ter uma boa ideia de negócio é importante, mas 
que esta, sozinha, não basta. O empenho e a dedicação do empreendedor devem 
estar associados a um adequado planejamento e plano de negócios. 
É importante ressaltar que o empreendedor ou gestor não deve se prender 
ao plano, mas usá-lo como guia, buscando outras fontes, pessoas e informações, 
se necessário. Para Schneider e Branco (2012, p. 125), quando um plano de 
negócios é preparado, o intuito é “avaliar a oportunidade percebida”. 
 
 
13 
A caminhada empreendedora é longa, por isso é preciso estar bem 
preparado para transformações, avaliando oportunidades para planejar negócios 
de sucesso. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
PAULA, J. B.; SILVA, e. C. C.; HERMOSILLA, J. L. G O plano de negócios como 
instrumento de gestão estratégica na micro e pequena empresa. 
XXVI Enegep, Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 out. 2006. Disponível em: 
<http://abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR530354_7445.pdf>. Acesso 
em: 19 ago. 2018. 
Texto de abordagem prática 
FONSECA, M. Por que empreendedores ainda subestimam o plano de negócios? 
Exame, 8 jul. 2015. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/por-que-
empreendedores-ainda-subestimam-o-plano-de-negocios/>. Acesso em: 19 ago. 
2018. 
Saiba mais 
COMO FAZER um plano de negócios? Sage Brasil, 12 jan. 2016. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=nIX7xwh30S0>. Acesso em: 19 ago. 2018. 
 
 
 
14 
REFERÊNCIAS 
AGNELLO, F. 5 razões para escrever um plano de negócios. Trecsson. 
Disponível em: <https://www.trecsson.com.br/post/5-razoes-para-escrever-um-
plano-de-negocios>. Acesso em; 19 ago. 2018. 
BIAGIO, L. A. ; BATOCCHIO, A. Plano de negócios: estratégia para micro e 
pequenas empresas. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. 
CHIAVENATO. I. Administração: teoria, processo e prática. São Paulo: Campus, 
2007. 
_____. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed. São 
Paulo: Manole, 2012. 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 
Rio de Janeiro: Campus, 2008. 
ENTREPRENEUR MEDIA. Write your business plan. Entrepreneur Press, 2015. 
LAM, C. As perguntas que todo plano de negócios deve responder. Exame, 18 
mar. 2015. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/as-perguntas-que-
todo-plano-de-negocios-deve-responder/>. Acesso em: 19 ago. 2018. 
LIETTI, T. 7 passos para seguir depois de fazer um plano de negócios. Pequenas 
Empresas & Grandes Negócios, 15 ago. 2016. Disponível em: 
<https://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2016/08/7-passos-
para-seguir-depois-de-fazer-um-plano-de-negocios.html>.Acesso em: 19 ago. 
2018. 
MINTZBERG, H; AHSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro 
pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000. 
NAKAGAWA, M. Plano de negócio: teoria geral. São Paulo: Manole, 2011. 
NOGUEIRA, C. R. A. T.; ALMEIDA, M. R. A. Plano de negócios e planejamento 
estratégico: ferramentas que geram vantagem competitiva. Uma abordagem 
sobre o BSC enquanto ferramenta estratégica aplicada à Escola do Design. VIII 
CONVIBRA ADMINISTRAÇÃO – CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE 
ADMINISTRAÇÃO, 2011. Anais..., 2011. Disponível em: 
<http://www.convibra.org/upload/paper/adm/adm_2710.pdf>. Acesso em: 19 ago. 
2018. 
 
 
15 
SCHNEIDER, E. I.; BRANCO, H. J. C. A caminhada empreendedora: a jornada 
de transformação de sonhos em realidade. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
WILDAUER, E. W. Plano de negócios: elementos constitutivos e processo de 
elaboração. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
25 NEGÓCIOS em alta para abrir em 2018. Eu sou empreendedor, 16 ago. 2018. 
Disponível em: <https://eusouempreendedor.com/negocios-em-alta-2018/>. 
Acesso em: 19 ago. 2018. 
 
	Conversa inicial
	AGNELLO, F. 5 razões para escrever um plano de negócios. Trecsson. Disponível em: <https://www.trecsson.com.br/post/5-razoes-para-escrever-um-plano-de-negocios>. Acesso em; 19 ago. 2018.
	25 NEGÓCIOS em alta para abrir em 2018. Eu sou empreendedor, 16 ago. 2018. Disponível em: <https://eusouempreendedor.com/negocios-em-alta-2018/>. Acesso em: 19 ago. 2018.

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