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LUCRO PRESUMIDO IRPJ e CSLL

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LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO DO IRPJ 
 
O IRPJ sobre o Lucro Presumido será pago sobre a base de cálculo presumida, 
à alíquota de 15%. 
Exemplo: 
Base de cálculo no 1º trimestre: R$ 50.000,00 
IRPJ = 15% x R$ 50.000,00 = R$ 7.500,00. 
ADICIONAL 
A parcela do Lucro Presumido (ou seja, a base de cálculo) que exceder ao valor 
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do 
respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à 
alíquota de 10% (dez por cento). 
Exemplo: 
Base de cálculo no 1º trimestre: R$ 100.000,00 
IRPJ = 15% x 100.000,00 = R$ 15.000,00 
IRPJ Adicional = 10% x (R$ 100.000,00 - 3 meses x R$ 20.000,00, ) = 10% x (R$ 
100.000,00 - R$ 60.000,00) = R$ 4.000,00 
Total do IRPJ = R$ 15.000,00 + R$ 4.000,00 = R$ 19.000,00. 
BASE DE CÁLCULO 
PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO SOBRE A RECEITA 
BRUTA 
A base de cálculo do imposto e do adicional, decorrente da receita bruta, em 
cada trimestre, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% 
(oito por cento) sobre a receita bruta auferida no período de apuração, 
obedecidas as demais disposições (Lei 9.249/1995, artigo 15, e Lei 
9.430/1996, artigos 1° e 25, inciso I). 
Nas seguintes atividades, o percentual será de (Lei 9.249/1995, artigo 15, § 
1°): 
Espécies de atividades Percentuais sobre a 
receita 
Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6% 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9249.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9430.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9430.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9249.htm
Venda de mercadorias ou produtos 
Transporte de cargas 
Atividades imobiliárias (compra, venda, loteamento, 
incorporação e construção de imóveis) 
Serviços hospitalares 
Serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia 
clínica, imagenologia, anatomia patológica e 
citopatologia, medicina nuclear e análises e 
patologias clínicas, a partir de 01.01.2009 - ver nota 
(3) 
Atividade Rural 
Industrialização com materiais fornecidos pelo 
encomendante 
Outras atividades não especificadas (exceto 
prestação de serviços) 
8 % 
Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
Serviços gerais com receita bruta até R$ 
120.000/ano – ver nota (1) 
16% 
Serviços profissionais (médicos, dentistas, 
advogados, contadores, auditores, engenheiros, 
consultores, economistas, etc.) 
Intermediação de negócios 
Administração, locação ou cessão de bens 
móveis/imóveis ou direitos 
Serviços de construção civil, quando a prestadora 
não empregar materiais de sua propriedade nem se 
responsabilizar pela execução da obra (ADN Cosit 
6/1997). 
Serviços em geral, para os quais não haja previsão 
de percentual específico 
32% 
Comercialização de veículos usados ver nota (2) 
No caso de exploração de atividades diversificadas, será 
aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o 
respectivo percentual 
1,6 a 32% 
 
Operação de empréstimo, de financiamento e de 
desconto de títulos de crédito realizadas por Empresa 
Simples de Crédito (ESC) – Lei Complementar 
38,4% 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-complementar-167-2019.htm
167/2019 
Exemplo 1: 
Uma empresa comercial teve as seguintes receitas com a revenda de mercadorias: 
Mês/ano Valor R$ 
Janeiro 55.000,00 
Fevereiro 75.000,00 
Março 50.000,00 
TOTAL DO 1
o
 TRIMESTRE 180.000,00 
A base de cálculo do trimestre será de R$ 180.000,00 x 8% (percentual aplicável para 
revenda de mercadorias) = R$ 14.400,00. 
Exemplo 2: 
Uma clínica de médicos obteve receitas no 1
o
 trimestre de R$ 75.000,00. Seu valor para 
base de cálculo do IR a recolher será de R$ 75.000,00 x 32% (percentual aplicável aos 
serviços profissionais) = R$ 24.000,00. 
Exemplo 3: 
Uma empresa obteve receitas no 4
o
 trimestre de R$ 100.000,00, decorrentes das 
seguintes atividades: 
Vendas de serviços de caráter profissional R$ 80.000,00 
Revenda de produtos R$ 20.000,00 
Seu valor para base de cálculo do IR a recolher será: 
R$ 80.000,00 x 32% (percentual aplicável aos serviços profissionais) = R$ 25.600,00. 
R$ 20.000,00 x 8% (percentual aplicável a revenda de produtos) = R$ 1.600,00 
Total R$ 25.600,00 + R$ 1.600,00 = R$ 27.200,00 
NOTAS IMPORTANTES À TABELA: 
(1) As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita 
bruta anual seja de até R$ 120.000,00, podem utilizar, para determinação da base de 
cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 16% (dezesseis por cento). 
Esta regra não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de 
transporte, bem como às sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente 
regulamentadas (Lei 9.250/95, artigo 40, parágrafo único). As empresas de serviços de 
profissões regulamentadas são aquelas sujeitas a fiscalização e controle profissional, 
como Advogados, Médicos, Dentistas, Músicos, Contabilistas, Auditores, Consultores, 
Administradores, Economistas, Engenheiros, etc. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-complementar-167-2019.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei9250_1995.htm
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% para apuração da base de 
cálculo do imposto trimestral, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do 
ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita 
ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado pelo percentual de 32% em 
relação a cada trimestre transcorrido. A diferença deverá ser paga até o último dia útil 
do mês subsequente ao do trimestre em que ocorreu o excesso, sem acréscimos legais. 
As sociedades prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões 
legalmente regulamentada, como por exemplo, as escolas, inclusive as 
creches, mesmo com receita bruta anual de até R$ 120.000,00, não podem 
aplicar o percentual de 16% sobre a receita bruta para fins de determinação do 
Lucro Presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32%, 
conforme Ato Declaratório Normativo COSIT 22/2000. 
(2) A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos 
constitutivos, a compra de venda de veículos automotores, que pratique as 
vendas em consignação, terá como base de cálculo o valor da diferença entre o 
valor de venda e o da compra. 
 
(3) Consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades 
desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados 
pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas 
nas atribuições 1 a 4 da RDC Anvisa nº 50, de 2002. Para fazer jus ao percentual de 
presunção de 8%, a prestadora dos serviços hospitalares deve, ainda, estar organizada, 
de fato e de direito, como sociedade empresária e atender às normas da Anvisa. 
Base: Solução de Consulta Cosit 36/2016. 
 
(4) Os serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, 
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, 
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade 
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, 
serão tributados, a partir de 01.01.2009, à base de cálculo de 8% (oito por cento). 
Base: art. 29 da Lei 11.727/2008. 
Nos termos da Solução Divergência Cosit 11/2012, a partir de 01.01.2009, pode 
ser aplicado o percentual de 8% (oito por cento), para apuração da base de 
cálculo do IRPJ, em relação à prestação de serviços médicos de 
ultrassonografia, bem como para a atividade de ecocardiograma, tendo em 
vista estarem, a primeira compreendida na atividade 4.2 - Imagenologia, e a 
segunda compreendida na atividade 4.3 - Métodos Gráficos, da Resolução 
RDC nº 50/2002, da Anvisa, observando-se, entretanto,o disposto no § 2º do 
artigo 15 da Lei nº 9.249/1995, caso as pessoas jurídicas desenvolvam outras 
atividades não compreendidas nos artigos 30 e 31 da Instrução Normativa 
RFB 1.234/2012. 
INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/ato-declaratorio-normativo-cosit-22-2000.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-36-2016.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11727_2008.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-divergencia-11-2012.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/art13_9249.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/instrucao-normativa-rfb-1234-2012.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/instrucao-normativa-rfb-1234-2012.htm
Para efeitos de determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa 
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as pessoas 
jurídicas tributadas com base no Lucro Presumido, consideram-se industrialização as 
operações definidas no art. 4º do Decreto 7.212/2010 (Regulamento do IPI), observadas 
as disposições do art. 5º c/c o art. 7º do referido Decreto. 
A operação de desbobinamento, endireitamento, corte e dobra dos rolos de ferro (aço) 
em que o produto final seja um artefato de ferro, bem como, a confecção de carcaça de 
ferro para concreto armado, configura industrialização (beneficiamento), e, 
consequentemente, aplicam-se à receita bruta decorrente dessa operação os percentuais 
de 8% (oito por cento) e 12% (doze por cento), para determinação da base de cálculo 
do IRPJ e da CSLL, respectivamente, para as pessoas jurídicas tributadas com base 
no Lucro Presumido. 
Base: Ato Declaratório Interpretativo 1/2015. 
EMPREITADA 
Aplica-se o percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal 
auferida nas atividades de construção, obra civil e parte elétrica, somente no 
caso de contrato de empreitada na modalidade total, ou seja, quando o 
empreiteiro fornece todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo 
tais materiais incorporados à obra. 
Aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento) quando a empreitada 
for parcial, com fornecimento de parte do material, ou exclusivamente de 
mão-de-obra (empreitada de lavor). 
Bases: Solução de Consulta Cosit 76/2016 e Solução de Consulta Disit/SRRF 
3.008/2016. 
 
CONCEITO DE RECEITA BRUTA 
A Partir de 01.01.2015 
A Lei 12.973/2014 estipula que, a partir de 01.01.2015, a receita bruta, para efeitos da 
sistemática de tributação do Lucro Presumido, compreende: 
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 
II - o preço da prestação de serviços em geral; 
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e 
* Nota: o resultado auferido nas operações de conta alheia decorre de comissões obtidas 
sobre representação de bens ou serviços de terceiros. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/decreto7212_2010.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/ato-declaratorio-interpretativo-rfb-1-2015.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-76-2016.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-disit-srrf-3008-2016.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-disit-srrf-3008-2016.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-12973-2014.htm
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendido 
nos itens I a III. 
Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, 
do comprador ou contratante, pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na 
condição de mero depositário, como, por exemplo, o IPI destacado em Nota Fiscal e o 
ICMS cobrado como Substituição Tributária. 
Por outro lado, na receita bruta, incluem-se os tributos sobre ela incidentes de eventuais 
ajustes a valor presente (inciso VIII do caput do artigo 183 da Lei 6.404/1976) de 
valores relacionados à receita bruta. 
Até 31.12.2014 
Até 31.12.2014 a receita bruta compreendia: 
o produto da venda de bens nas operações de conta própria 
o preço dos serviços prestados e 
o resultado auferido nas operações de conta alheia* (Lei 8.541/1992, art. 14, § 
3°). 
* Nota: o resultado auferido nas operações de conta alheia decorre de comissões obtidas 
sobre representação de bens ou serviços de terceiros. 
RECEITA BRUTA NA REVENDA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES USADOS 
A partir de 30.10.1998, as pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado 
em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, nas vendas de 
veículos, adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preço de venda de 
veículos novos ou usados, será computada como receita a diferença entre o valor pelo 
qual o veículo usado houver sido alienado (constante na nota fiscal de venda), e o seu 
custo de aquisição (constante da nota fiscal de entrada) - Lei 9.716/1998, art. 5. 
Assim, somente a diferença entre o preço de venda e o custo da aquisição do veículo 
automotor usado é que fará parte da receita bruta. 
As operações de venda de aeronaves usadas, adquiridas para revenda, não poderão ser 
equiparadas, para efeitos tributários, a operações de consignação (Solução de Consulta 
Cosit 56/2015). 
Exemplo: 
Uma revendedora de veículos usados adquire um veículo para revenda por R$ 
17.000,00. Posteriormente, vende o mesmo por R$ 18.000,00. 
A receita bruta, para fins de base de cálculo, será de R$ 18.000,00 - R$ 
17.000,00 = R$ 1.000,00. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l8541.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9716.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-56-2015.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-56-2015.htm
RECEITA BRUTA NAS ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS 
 
Considera-se receita bruta nas atividades imobiliárias o montante efetivamente recebido 
em cada período de apuração, relativo às unidades imobiliárias vendidas. 
 
Receitas Financeiras de Contratos Imobiliários 
 
A partir de 01.01.2006, por força do artigo 34 da Lei 11.196/2005, as receitas 
financeiras da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento 
de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem 
como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, será considerada 
para recolhimentos do lucro presumido como receita da operação. 
 
Portanto, para fins de IRPJ Presumido, a base de cálculo será de 8% da respectiva 
receita financeira, e 12% para fins de CSLL Presumida. 
 
Só podem receber este tratamento as receitas financeiras decorrente da comercialização 
de imóveis e quando for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em 
contrato. 
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Na receita bruta não se incluem (Lei 8.541/1992, art. 14, § 4°). 
1. as vendas canceladas; 
2. os descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal de venda dos bens 
ou da fatura de serviços e não dependentes de evento posterior á emissão desses 
documentos); 
3. os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante 
dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário. 
Estes impostos são: o IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido por 
substituição tributária. 
DEDUÇÕES DE DESPESAS 
Não é possível a dedução de quaisquer despesas na apuração do Lucro 
Presumido por falta de previsão legal. 
Como o próprio nome diz, o lucro sobre o qual incidirá o IRPJ é calculado por 
percentuais de presunção sobre as receitas obtidas. 
Base: Solução de Consulta Cosit 23/2019. 
RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE CAIXA 
É admissível a tributação da receita bruta somente por ocasião do recebimento da 
mesma (“regime de caixa”). 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lei11196.htmhttp://www.portaltributario.com.br/legislacao/l8541.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-23-2019.htm
A tributação somente por ocasião do recebimento da receita está sujeita às seguintes 
condições: 
1) emissão da nota fiscal por ocasião da entrega do bem ou da conclusão do serviço; 
2) caso seja mantida escrituração somente do Livro Caixa, neste deverá ser indicada, em 
registro individual, a nota fiscal a que corresponder a cada recebimento; 
3) caso seja mantida escrituração contábil, os recebimentos das receitas deverão ser 
controlados em conta específica, na qual, em cada lançamento, deverá ser indicada a 
nota fiscal a que corresponder o recebimento. 
EXEMPLOS DE APURAÇÃO DE RECEITA BRUTA: 
Exemplo 1: 
Descrição Valor R$ 
Vendas de mercadorias 100.000,00 
Vendas de serviços 50.000,00 
Comissões recebidas ("conta alheia") 5.000,00 
Total da Receita Bruta 155.000,00 
Exemplo 2: 
Descrição Valor R$ 
Vendas de Produtos Industrializados c/IPI 110.000,00 
Vendas de Outros Produtos 20.000,00 
IPI destacado em Notas Fiscais (10.000,00) 
Total da Receita Bruta 120.000,00 
Exemplo 3: 
Descrição Valor R$ 
Vendas de Produtos + Serviços 90.000,00 
Notas Fiscais Canceladas (20.000,00) 
ICMS Substituição Tributária Destacado em NF (5.000,00) 
Total da Receita Bruta 65.000,00 
OUTRAS RECEITAS QUE DEVEM SER ADICIONADAS A BASE DE 
CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO 
1. GANHOS DE CAPITAL E OUTRAS RECEITAS 
Os ganhos de capital, os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa (CDB, 
FIF, etc.) e ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda variável (ações, 
mercados futuros, etc.), as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de 
receitas não abrangidas pela receita bruta, integrarão a base de cálculo para efeito de 
incidência do imposto e do adicional (Lei 9.430/1996, artigo 25, inciso II). 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9430.htm
Os rendimentos de aplicações financeiras, independente do regime de reconhecimento 
da receita bruta, deverão ser oferecidos à tributação por ocasião do efetivo resgate ou 
alienação dos investimentos. 
Não são tributáveis: 
a) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas, e cujas 
perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em anos anteriores; 
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas; 
c) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias, caso refiram-se a 
períodos em que os mesmos sejam isentos de imposto de renda (a partir de 1996). 
O ganho de capital nas alienações de bens do ativo imobilizado e de aplicações em ouro 
não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva verificada entre o 
valor da alienação e o respectivo valor contábil. 
Exemplo: 
Venda de um veículo por R$ 10.000,00, cujo valor contábil de aquisição foi de R$ 
18.000,00, havendo uma depreciação acumulada de R$ 11.000,00, o cálculo do ganho 
de capital corresponderá a: 
1. Valor da Venda do Veículo 10.000,00 
2. Valor Contábil da Aquisição 18.000,00 
2A) - Valor da Depreciação Acumulada 11.000,00 
2B) = Valor Contábil do Veículo (2 - 2A) 7.000,00 
= Ganho de Capital Apurado (1 – 2B) 3.000,00 
Pagamento em Separado do IRPJ - Ganhos Líquidos 
Os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas nas bolsas de valores, de 
mercadorias, de futuros e assemelhadas será pago em separado nos dois meses 
anteriores ao do encerramento do período de apuração. 
Exemplo: 
Os ganhos líquidos relativos ao trimestre encerrado em 30.09.20X1 serão pagos 
separadamente: 
1. até 31.08.20X1, relativamente aos ganhos ocorridos em julho/20X1 e 
2. até 30.09.20X1, relativamente aos ganhos ocorridos em agosto/20X1. 
Desde 20.08.2007, o recolhimento deverá ser realizado com o código de receita 0231 - 
IRPJ - Ganhos Líquidos em Operações na Bolsa - Lucro Presumido ou Arbitrado - 
Pagamento em Separado, instituído pelo Ato Declaratório CODAC 60/2007. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/adecodac60_2007.htm
CORREÇÃO MONETÁRIA DO CUSTO DE AQUISIÇÃO DE BENS OU 
DIREITOS 
Para os fins de apuração do ganho de capital, observar os seguintes procedimentos (Lei 
9.249/1995, artigo 17): 
I – tratando-se de bens e direitos cuja aquisição tenha ocorrido até o final de 1995, o 
custo de aquisição poderá ser atualizado monetariamente até 31 de dezembro desse ano, 
tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 1° de janeiro de 1996 – R$ 0,8287, 
não se lhe aplicando qualquer atualização monetária a partir dessa data; 
II – tratando-se de bens e direitos adquiridos após 31 de dezembro de 1995, ao custo de 
aquisição dos bens e direitos não será atribuída qualquer atualização monetária. 
Exemplo: 
1. Valor da Venda de um Imóvel Adquirido em 1994 15.000,00 
2. Valor Original Contábil da Aquisição 10.000,00 
2A) + Valor da Correção Monetária até 1995 4.019,62 
2B) = Valor Contábil do Imóvel Vendido (2 + 2A) 14.019,62 
= Ganho de Capital Apurado (1 - 2B) 980,38 
Se o Ganho de Capital Apurado for negativo, não ocorrerá tributação. 
Se houver um ou mais ganhos de capital no período de apuração trimestral, não se 
somam os resultados negativos e positivos. Somente os resultados positivos serão 
tributados, sem se compensar os negativos. 
Exemplo: 
1. Ganho de Capital na Venda de um Veículo 4.000,00 
2. Perda de capital na Venda de Ações -1.000,00 
3. Perda de capital na Venda de um Terreno -5.000,00 
4. Ganho de Capital para Fins de Base de Cálculo do Lucro 
Presumido 
4.000,00 
2. PARCELA DE REAVALIAÇÃO DE BENS OU DIREITOS 
Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação 
somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos 
bens e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na 
determinação da base de cálculo do imposto (Lei 9.430/1996, artigo 52). Os valores 
reavaliados são aqueles que, por força de Laudo de Reavaliação, foram acrescidos ao 
valor contábil dos bens ou direitos. 
3. VALORES DIFERIDOS NO LALUR 
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no 
lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto, correspondente ao primeiro 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9249.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9249.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9430.htm
período de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro 
presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, controlados na parte 
"B" do Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, corrigidos monetariamente até 
31.12.1995 (Lei 9.430/1996, artigo 54). 
Exemplo: 
Uma empresa tem R$ 45.000,00 de saldo na Parte B do seu LALUR, ainda não 
tributados, em 31.12.20X0. Sabe-se que apurou o IRPJ pelo Lucro Real, no ano de 
20x0. Optando pelo Lucro Presumido em 2.0X1, deverá proceder a adição deste valor 
em 31.03.20X1: 
Descrição Valor R$ 
Base de cálculo apurada sobre as receitas normais 50.000,00 
Saldo da Parte B do LALUR 45.000,00 
Total da Base de Cálculo 95.000,00 
Ressalta-se, ainda, que a depreciação acelerada incentivada não deve ser adicionada de 
imediato na apuração do lucro presumido, mas sim à medida em que a depreciação 
normal for adicionada ao lucro líquido, conforme dispõe a solução de consulta nº 71, da 
10ª Região Fiscal, de 09.05.2001: 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 71 (10ª Região Fiscal), DE 9 DE MAIO DE 
2001 
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ 
Ementa: LUCRO PRESUMIDO – BASE DE CÁLCULO – DEPRECIAÇÃO 
ACELERADA INCENTIVADA 
Dos valores controlados na parte B do LALUR, a serem adicionados à base 
de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de 
opção pelo regime de lucro presumido, excluem-se os de depreciação 
acelerada incentivada. O saldo dos valores correspondentes à depreciação 
acelerada incentivada deveser atualizado até dezembro de 1995 e 
permanecerá registrado no LALUR. Havendo mudança na forma de 
tributação, do lucro presumido para o lucro real, em anos-calendários 
subseqüentes, os valores que compõe o saldo deverão ser baixados na medida 
em que os valores da depreciação normal forem adicionados ao lucro líquido, 
para fins de determinação do lucro real, e sua conseqüente tributação. 
Dispositivos legais: Lei nº 8.383, de 1991, art. 46; Lei nº 8.643, de 1993, art. 
2º; Lei nº 9.430, de 1996, art. 54; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 313; 
Parecer Normativo CST nº 19, de 1982. 
(DT 10ª RF – Vera Lúcia Ribeiro Conde – Chefe da divisão – DOU 
25.06.2001 – p. 47) 
4. RESULTADO DOS PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA 
Serão somadas, ainda, as seguintes receitas, relativamente ao 4º trimestre de apuração 
de cada ano: 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9430.htm
A. O resultado da aplicação dos percentuais de incidência sobre as receitas auferidas nas 
exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder 
ao valor já apropriado na escrituração da empresa. 
Nota: esta regra refere-se aos "preços de transferência". Exemplo: exportação 
de produtos para país considerado paraíso fiscal, cujo cálculo do preço de 
transferência resultou em R$ 100.000,00. Será acrescido á base de cálculo R$ 
100.000,00 x 8% (percentual do Lucro Presumido para venda de produtos) = 
R$ 8.000,00. 
B. A parcela dos juros pagos ou creditados ás pessoas vinculadas ou domiciliadas em 
países com tributação favorecida, que exceder ao limite calculado com base na taxa 
Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis 
meses, acrescido de três por cento anuais a título de spread, proporcionalizados em 
função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou creditados a pessoa 
vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do Brasil. 
C. A diferença de receita, correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se 
refere o inciso anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, 
não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuária definida como 
pessoa vinculada domiciliada no exterior. 
Nota: os valores mencionados em A, B e C serão apurados com base nas exportações 
realizadas e nos encargos ou nas receitas financeiras incorridos durante o ano-
calendário. 
5. VARIAÇÕES CAMBIAIS 
As variações monetárias ativas (positivas) dos direitos de crédito e das obrigações do 
contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de 
determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), 
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o 
PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), 
quando da liquidação da correspondente operação, segundo o regime de caixa. 
Ajustes a Valor Presente 
Observe-se que, por força da Lei 12.973/2014, as receitas financeiras relativas às 
variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função 
da taxa de câmbio, originadas dos saldos de valores a apropriar decorrentes de ajuste a 
valor presente não integrarão a base de cálculo do imposto sobre a renda. 
OPÇÃO PELO REGIME DE COMPETÊNCIA 
À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas 
na determinação da base de cálculo dos tributos antes referidos, segundo o 
regime de competência, de maneira uniforme para todo o ano-calendário e 
alcançando todos os tributos antes referidos. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-12973-2014.htm
O direito de alteração do regime de competência para o regime de caixa, no 
reconhecimento das variações monetárias, no decorrer do ano-calendário é 
restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio. 
Veja maiores detalhamentos no tópico Variações Cambiais de Direitos e 
Obrigações. 
OBRIGAÇÃO DE COMUNICAR NA DCTF 
A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de 
competência somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do 
início de atividades, devendo a opção ser comunicada à Secretaria da Receita 
Federal do Brasil (RFB) por intermédio da Declaração de Débitos e Créditos 
Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de adoção do regime. 
DEDUÇÕES DO IMPOSTO 
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no 
período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a 
base de cálculo, bem como o imposto de renda pago indevidamente em períodos 
anteriores (artigo 10 da Lei 9.532/1997). 
Exemplo: 
No encerramento do trimestre, a empresa apurou um Imposto de Renda de R$ 5.500,00. 
Mas teve retenção na fonte, sobre seus rendimentos financeiros, de R$ 1.000,00. O 
valor do IRPJ a Recolher será calculado conforme segue: 
Imposto de Renda calculado 5.500,00 
- Retenção na Fonte 1.000,00 
= Valor a Recolher 4.500,00 
 
LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO DA CSLL 
Para as empresas não obrigadas à adoção do Lucro Real é facultada a opção 
pela sistemática do Lucro Presumido para a determinação da CSLL. 
Convém destacar que não é possível, por exemplo, a empresa optar por 
recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido. 
Escolhida a opção, deverá proceder à tributação, tanto do IRPJ quanto da 
CSLL, pela forma escolhida. 
BASE DE CÁLCULO 
http://www.portaltributario.com.br/guia/clientes/variacaocambial.html
http://www.portaltributario.com.br/guia/clientes/variacaocambial.html
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/l9532.htm
http://www.portaltributario.com.br/cgi-local/guia/clientes/goto.cgi?lucro_real.html
A partir de 01.09.2003, por força do artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de 
cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro 
presumido corresponderá a: 
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços 
hospitalares e de transporte; 
32% para: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de 
transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza. 
EMPRESA SIMPLES DE CRÉDITO (ESC) 
A partir de 25.04.2019, a base de cálculo da CSLL será de 38,4% (trinta e oito inteiros e 
quatro décimos por cento), para as receitas decorrentes das atividades de operação de 
empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito realizadas por 
Empresa Simples de Crédito (ESC) – conforme definição dada pela Lei Complementar 
167/2019. 
Veículos Usados 
As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos 
constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar, 
para efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda 
de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como 
parte do preço da venda de veículos novos ou usados. 
Os veículos usados serão objeto de Nota Fiscal de Entrada e, quando da 
venda, de Nota Fiscal de Saída, sujeitando-se ao respectivo regime fiscal 
aplicável às operações de consignação. 
Considera-se receita bruta a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado 
tiver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de 
aquisição, constante da nota fiscal de entrada. 
Exemplo: 
Valor da venda do veículo usado R$ 100.000,00 
Valor do custo de aquisição do respectivo veículo: R$ 85.000,00 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei10684.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-complementar-167-2019.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-complementar-167-2019.htm
Receita bruta a ser considerada: R$ 100.000,00 - R$ 85.000,00 = R$ 
15.000,00. 
Na determinação da base de cálculo estimada e do resultado presumido ou 
arbitrado, aplicar-se-á o percentual de 12% (doze por cento) sobrea receita 
bruta, conforme definida, auferida nos períodos de apuração ocorridos até 30 
de agosto de 2003, e o percentual de 32% (trinta e dois por cento) para os 
períodos ocorridos a partir de 1º de setembro de 2003. 
Base: art. 242 da Instrução Normativa RFB 1.700/2017. 
Conceito de Serviços Hospitalares 
Consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades 
desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, 
prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as 
atividades previstas nas atribuições 1 a 4 da RDC Anvisa nº 50, de 2002. 
Para fazer jus ao percentual de presunção referido, a prestadora dos serviços 
hospitalares deve, ainda, estar organizada, de fato e de direito, como 
sociedade empresária e atender às normas da Anvisa. 
Base: Solução de Consulta Cosit 36/2016. 
Serviços de Imagenologia 
Admite-se, desde 1º de janeiro de 2009, que, para fins de apuração da CSLL 
da pessoa jurídica organizada sob a forma de sociedade empresária, 
cumpridora das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 
e prestadora de serviços de “imagenologia” voltados para a área odontológica, 
a sua base de cálculo seja determinada mediante a aplicação do percentual de 
12% (oito por cento) sobre a receita proveniente desses serviços. 
Base: Solução de Consulta Cosit 150/2014. 
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Da receita bruta poderão ser deduzidas: 
- as vendas canceladas, 
- os descontos incondicionalmente concedidos e 
- os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou 
contratante, e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja 
mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária). 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/instrucao-normativa-rfb-1700-2017.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-36-2016.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-150-2014.htm
A partir da publicação da Instrução Normativa SRF 104/1998 (26.08.1998), a 
receita bruta pode ser considerada pelo regime de caixa. 
DEDUÇÕES DE DESPESAS 
Não é possível a dedução de quaisquer despesas na apuração do Lucro 
Presumido por falta de previsão legal. 
Como o próprio nome diz, o lucro sobre o qual incidirá a CSLL é calculado 
por percentuais de presunção sobre as receitas obtidas. 
Base: Solução de Consulta Cosit 23/2019. 
ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO 
Deverão, ainda, ser somadas á base de cálculo: 
1. Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos 
decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive: 
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas 
jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a 
mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; 
b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias 
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações 
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do 
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; 
c) os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em 
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
d) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da 
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da mesma; 
e) os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou 
compensados; 
f) as variações monetárias ativas; 
Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações 
monetárias dos direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de 
câmbio, serão consideradas, para efeitos da base de cálculo, entre uma das 
seguintes opções: 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/solucao-de-consulta-cosit-23-2019.htm
http://www.portaltributario.com.br/guia/clientes/variacaocambial.html
http://www.portaltributario.com.br/guia/clientes/variacaocambial.html
1. no momento da liquidação da operação correspondente ("regime de 
caixa"); ou 
2. pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para todo o 
ano-calendário. 
g) juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por sociedade 
da qual a empresa seja sócia ou acionista. 
2. Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de 
renda fixa e renda variável. 
3. O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de operações 
externas de exportação ou mútuo com empresas vinculadas ou domiciliadas 
em países com tributação favorecida. Nesta hipótese, será somada 12% da 
diferença da receita de exportações e o valor integral da receita com mútuo 
apurados segundo as regras do IRPJ. 
Observação: 
A partir de 01.01.2006, a base de cálculo da CSLL será determinada mediante 
a aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre a Receita Financeira 
da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento 
de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à 
venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a 
revenda, quando decorrente de comercialização de imóveis e for apurada por 
meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei 
11.196/2005, que acresceu o § 2º, ao artigo 20, da Lei 9.249/1995). 
Exemplo 1: 
Uma administradora de imóveis obteve uma receita de serviços, no trimestre, 
de R$ 15.000,00. 
A base de cálculo da CSLL será de R$ 15.000,00 x 32% = R$ 4.800,00. 
Exemplo 2: 
Uma indústria obteve uma Receita Bruta de Vendas R$ 50.000,00 no 
trimestre. 
No mesmo período, recebeu juros de aplicações financeiras de R$ 5.000,00. 
A base de cálculo será: 
R$ 50.000,00 x 12% (base de cálculo das vendas de bens) = R$ 6.000,00 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei11196.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei11196.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/art13_9249.htm
+ R$ 5.000,00 (juros recebidos) 
= R$ 11.000,00 
VALORES NÃO INTEGRANTES DA BASE DE CÁLCULO 
Não integram a base de cálculo: 
a) as recuperações de créditos que não representem o ingresso de novas 
receitas; 
Exemplo: a recuperação de um crédito junto a um cliente, de R$ 5.000,00, que 
tinha sido considerado como perda não deve integrar a base de cálculo da 
CSLL. No entanto, eventuais acréscimos cobrados (multa, juros e 
atualizações) representam novas receitas, sendo, portanto, tributáveis. 
b) reversão do saldo de provisões anteriormente constituídos; 
c) lucros e dividendos lançados como receitas; 
d) ganhos com equivalência patrimonial; 
Nota: recuperações de créditos ou reversão de provisões que reduziram a 
CSLL em períodos anteriores, em face de eventual opção pelo Lucro Real, 
devem ser adicionados à base de cálculo. 
ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
A partir de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento). 
Exemplo: 
Base de cálculo de R$ 10.000,00 no 2º trimestre/2019. 
Valor da CSLL: R$ 10.000,00 x 9% = R$ 900,00. 
Instituições Financeiras e Assemelhadas 
A partir de 01.01.2019, a alíquota em relação às pessoas jurídicas listadas a 
seguir foi fixada em 15% (quinze por cento) conforme previsto no artigo 17 
da Lei 11.727/2008 e no art. 1º da Lei 13.169/2015: 
 
a) seguros privados; 
b) capitalização; 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11727_2008.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-13169-2015.htm
c) bancos de qualquer espécie até 29.02.2020 (a partir de 01.03.2020 a alíquota dos 
bancos será de 20%, conforme art. 32 da Emenda Constitucional 103/2019); 
d) distribuidoras de valores mobiliários; 
e) corretoras de câmbio e de valores mobiliários; 
f) sociedades de crédito, financiamento e investimentos; 
g) sociedades de crédito imobiliário; 
h) administradoras de cartões de crédito; 
i) sociedades de arrendamento mercantil; 
j) associações de poupançae empréstimo; 
k) agências de fomento; 
l) cooperativas de crédito. 
No período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, a 
alíquota em relação às pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização e às 
referidas nos incisos I a VII e X do § 1º do art. 1º da Lei Complementar 
105/2001 (instituições financeiras) era de 20% (vinte por cento), conforme previsto 
na MP 675/2001, convertida com alterações na Lei 13.169/2015. 
No período compreendido entre 1º de outubro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, a 
alíquota era de 17% (dezessete por cento) para as Cooperativas de Crédito. 
De 01.05.2008 a 31.08.2015, a alíquota para as referidas instituições foi 
fixada em 15% (quinze por cento) conforme previsto no artigo 17 da Lei 
11.727/2008. 
Nota: apesar de tais instituições não poderem optar pelo Lucro Presumido, 
apenas é mencionado tais alíquotas nesta seção por questões de eventual 
tributação pela aplicação do lucro arbitrado. 
RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE 
CAIXA VINCULADO A OPÇÃO DA TRIBUTAÇÃO DO IRPJ 
Se, em decorrência da Instrução Normativa 104/1998, a empresa apurar o 
IRPJ no lucro presumido segundo o regime de caixa sobre a receita bruta, 
deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime de 
caixa. 
No caso de ter optado pelo tributação do IRPJ pelo regime de competência, 
fará a apuração da CSLL segundo este regime. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/emendaconstitucional103.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/leicomp105_2001.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/leicomp105_2001.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/medida-provisoria-675-2015.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-13169-2015.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11727_2008.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11727_2008.htm
http://www.portaltributario.com.br/guia/clientes/lucro_arbitrado.html
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ, 
vincula a forma de apuração da CSLL.

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