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Assistência Hospitalar em Ginecologia

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Assistência Hospitalar 
em Ginecologia, Obstetrícia e 
Maternidade
Profa. Aline Moura
Abril/2020
Aline.psi.moura@gmail.com
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Ginecologia
Aspectos Gerais
Aspectos Gerais
Principais pontos de 
transição do ciclo vital da 
mulher (menarca, início da 
relações sexuais, 
gestação e parto, 
menopausa);
História pessoal, vincular, 
familiar; ambiente sócio-
econômico-cultural – seu 
cotidiano; qualidade da 
assistência que recebe;
Compreensão 
aprofunda-se – ampliar 
campo de visão e de 
escuta – contexto 
existencial da mulher;
Compreensão mais 
abrangente – disfunções, 
doenças e perturbações do 
curso normal dessas etapas;
Desdobramento 
da sexualidade e 
identidade 
feminina; 
(Maldonado, 2010)
Estrutura
Your T
Perturbações do ciclo 
menstrual 
dismenorréia, 
síndrome pré-menstrual, 
metrorragia, amenorréia
psicogênica e gravidez 
nervosa. 
Here
Síndromes Ginecológicas 
Dolorosas 
- Algias pélvicas e do 
períneo, dismenorréia e 
dispaneuria.
Perturbações da 
Função Reprodutora -
Esterilidade e Aborto 
espontâneo 
Aspectos Psicológicos e Psicopatológicos –
Controle da Fertilidade 
- Contracepção, Aborto, Esterilização Feminina e 
Masculina. 
Aspectos Somatopsíquicos –
cirurgia ginecológica 
- histeroctomia, mastectomia. 
Ginecologia e Psicossomática
Fatores psíquicos, somáticos e hormonais → Perturbações do
ciclo menstrual (ritmo, duração, abundância, dores);
• Diagnóstico da causa psicogênica:
–Compreensão da vivência simbólica do ciclo;
–Avaliação fenomenológica (emoção – surgimento ou
desaparecimento da amenorréia);
–Presença de certos traços psicopatológicos concorrentes e
avaliação da personalidade;
–Exclusão causa orgânica (perturbações do ciclo menstrual sem
causa aparente);
PERTURBAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL 
COM COMPONENTE PSICOSSOMÁTICO 
Significados simbólicos e afetivos do período menstrual:
Significado cultural ciclo menstrual:
–Vivência individual → compto – menstruação (forma – transmissão
informação – puberdade);
–não-grávida;
–‘sujo’ ou purificação periódica;
–Sinal de normalidade, boa saúde, metrónomo – ritmo das atividades da
mulher;
–Emblema de feminilidade – atributo das mulheres;
–Significação afetiva – menarca/menopausa, situações mudanças bruscas
(histerectomia);
–Reações emocionais mais evidentes – pessoas equilíbrio psíquico.
Perturbações do Ciclo Menstrual
Perturbações do Ciclo Menstrual
Dismenorreia:
•Dor pélvica pré-menstrual, com ou sem associação com sintomas sistêmicos.
•Dor: intensidade – simples desconforto → sofrimento – mulher no leito;
•Prolongamento da síndrome pré-menstrual com congestão pélvica (varizes pélvica – dor –
menstruação, relação sexual, lombar, hemorróidas e varizes vulva/pernas), edema (retenção
hidrossalina), cefaléia, mastodinia (mastalgia), irritabilidade e insônia;
•Polimenorragia (perda sanguínea abundante), espaniomenorragia (intervalo ↑ 45dias),
metrorragia funcional (perda da ciclicidade), menorragia (↑ quantidade);
Etiologia: orgânica e psicológica.
Psicologicamente:
– Infantis e histéricas – necessidade queixar-se;
– Aceitam mal feminilidade;
–Tendência – somatizar – dificuldades psicológicas;
• Condicionamento (aprendizado) cultural – ginecologistas – causa hereditária – não biológica – mas forma
informação transmitida de mãe para filha;
• Tratamento:
Componente psicossomático evidente;
Farmacológico (contraceptivos orais, analgésicos e antiespasmódicos) – benefícios;
Em casos de somatizar afetos – relaxamento + tranquilizantes ou psicoterapia de apoio.
(Haynal, Pasini & Archinard, 2005, Oliveira et al., 2012, Santiago, Schor & Melo, 2002) 
Perturbações do ciclo menstrual
Amenorreia psicogênica
•Ausência da menstruação/Surgimento brusco – 16 a 25 anos;
•Três formas cíclicas:
–AMENORRÉIA COM EMAGRECIMENTO
•+ frequente – curta duração (alguns meses);
•Avaliação psicodinâmica ≠ anorexia nervosa;
•Teor obsessivo – depressão;
–AMENORRÉIA COM OBESIDADE
•Resistência à dieta de forma tenaz
•Sinais secundários: bulimia, cefaleia, afrontamentos, acrocianose (pele mãos/pés – coloração azulada),
obstipação e retenção de líquidos;
•Psicológico: medo da sexualidade;
–AMENORRÉIA ISOLADA: manifestações neurovegetativas (palidez, sudorese fria, náuseas, vômitos,
taquicardia);
PERTURBAÇÕES DA 
FUNÇÃO REPRODUTORA
Ginecologia e Psicossomática
Perturbações da Função Reprodutora
Sentida e Vivida – Evento 
traumático.
Certas formas de inibição da 
ovulação e o espasmo das 
trompas – impedem fecundação.
Estado de tensão inexplicada 
disfunção do aparelho genital –
trauma psíquico (medo da 
gravidez e do parto);
Perfil personalidade – mulheres 
esterilidade inexplicada.
Esterilidade 
Cinco tipos de mulheres estéreis: 
1) mulheres imaturas física e emocionalmente: frágeis, emotivas, superprotegidas,
dependentes, reprimem a hostilidade – relação à mãe; insucesso crônico – adaptar
relações interpessoais; casamento relação pai-filho;
2) mulheres masculinas agressiva – recusa da feminilidade → recusa maternidade;
3) personalidade imatura e dependente – camuflar – comportamento agressivo e
dominador;
4) mulheres tipo feminino-erótico – receio maternidade = fonte de embaraços e de
desfiguração;
5) mulheres ansiosas – diante qualquer mudança – mudanças emocionais da
gravidez;
Esterilidade psicogênica 
• Explicações psicanalíticas: 
–Culpabilidade masturbação infantil – medo – deteriorado órgãos e não poder procriar; 
–Fantasias hostis – relação à mãe – controle obsessivo dos pensamentos; 
–Frustrações orais – nascimento de irmãos e irmãs; 
–Ódio mãe grávida – receio identificação – por que é perigosa – vingança – sentimentos de ódio da filha; 
• Possibilidades de Intervenção Psicológica: psicoterapias analíticas, cognitivo-comportamentais.
–Lidar com medo, angústias e fantasias – infertilidade; 
–Casais inférteis – psicólogo – espaço de escuta e apoio (individual, casal e grupo); 
–Psicologia da saúde: tratar sujeitos – não enfermidades; 
–Entendimento infertilidade interdisciplinar – processos biológicos, sociais e psicológicos; 
–Psicanálise: momento paciente - resolve – conflito com a mãe 
–Onipresença mágica do médico – ‘milagre da ovulação’ 
(Haynal, Pasini & Archinard, 2005, Farinati, Rigone, & Müller, 2006 
Abortos com componente psicogênico 
Reação emocional principal – ansiedade – flutuante ou somatizada;
•Experiência de aborto anterior – insucesso;
•A perda gestacional – engloba: sofrimento pela morte do bebê planejado e desejado, perdas secundárias
adicionais: mudanças na estrutura familiar planejada - ausência de um dos seus membros e oportunidade de
exercer a parentalidade → intensificam o sentimento de luto;
•A intervenção clínica junto do casal - perda gestacional - postura de empatia e compreensão
–promover - aceitação da realidade da perda - casal - ajudando a olhar para o bebê como pessoa real - membro
da família que nasceu e morreu.
– facilitar a expressão emocional e a vivência do luto (perda do filho e do papel de mãe)
–Mulher: análise emocional - maximizar estratégias de coping; técnicas cognitivas – role play, imagética (pior
situação), de relaxamento, auto-instrução, questionamento socrático (pensamentos irracionais).
(Haynal, Pasini & Archinard, 2005, Fonseca, Pedrosa, & Canavarro, 2010, Patrão, King & Almeida, 2008) 
A GESTAÇÃO 
Aspectos Psicológicos
De acordo com a observação clínica,
constatou-se a existência de acessos
de ansiedades durante a gravidez os
quais têm duração variável, são
específicos a determinados períodos
da gestação e podem chegar a
produzir sintomatologia física própria,
ou inclusive provocar aborto ou parto
prematuro.
Psicologia da Saúde aplicada a um Centro de Ginecologia e Obstetrícia
A Gravidez como Fase Crítica 
A crise se dá, por ser um período de tensão biologicamente determinado, caracterizado por mudanças
metabólicas complexas, estadotemporário de equilíbrio instável devido as grandes perspectivas de mudanças
envolvidas nos aspectos de papel social, necessidades de novas adaptações, reajustamentos interpessoais e
intrapsíquicos e mudanças de identidade.
(Maldonado)
Crise normativa 
Mudança de identidade e de papéis, transição do lugar de filha para o papel de mãe 
Mudanças sócio–econômicas, ocasionando privações reais afetivas e econômicas 
Mudança na vida e estrutura conjugal 
Pré-Natal Psicológico
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
Possibilidades para Atuação
O pré-natal psicológico é realizado através da terapia em grupo ou individual;
Abordagem do grupo de Pré-Natal;
É trabalhado o Ideal e Real;
Aspectos Afetivo-Familiares
Espaço sem julgamentos;
Sexualidade – Relacionamento;
Parto;
Amor Materno – Construção.
TRANSTORNO PSÍQUICO 
NO PUERPÉRIO
Obstetrícia e Aspectos Psicossomáticos
Características Gerais do Puerpério
•Inicia com a dequitação da placenta e tem duração variável
Legal – 40 dias
Orgânico – levar até 90 dias;
Social – até 120 dias;
Psicológico – não término preciso.
•Fase de grandes transformações tanto orgânicas pela involução das
modificações da gestação, como emocionais – gestante → mãe, filho→ real
(Soifer, 1984);
Aspectos Psicológicos
•Primeiros dias após o parto – carregados de emoções intensas e variadas;
•Puérpera – confusa e debilitada;
•Sensação de desconforto físico;
•Labilidade emocional – euforia e depressão alternam-se;
•Realidade feto in utero e realidade bebê recém nascido (dependência – marido
e/ou mãe)
Transtornos Psíquicos
Existem 2 classificações – diagnosticar os transtornos puerperais:
DSM-V: transtorno de humor (depressão, mania, bipolar e psicose) até 4 semanas após o parto;
CID-10: transtornos mentais e de comportamento associados ao puerpério (leves, graves, outros
e não especificado) – início até 6 semanas após o parto.
Etiologia não é certa – como o período – → alterações fisiológicas e socioculturais – investigadas
como possíveis causas;
Tradicionalmente – problemas pós-parto – divididos:
1. Maternity blues ou tristeza materna ou disforia materna;
2. Depressão puerperal;
3. Psicose puerperal.
(Rosenberg, 2007) 
OBRIGADO (A)!

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