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EDUCAÇÃO FISICA NA PRIMARIA E SECUNDARIA

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 (
MICHELE BANDEIRA APOLINARIO
) (
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA
) (
EDUCAÇÃO FÍSICA N
o
 PRIMÁRI
o
 E SECUNDÁRI
o
: 
ANÁLISE COMPARATIVA DA INTERAÇÃO ENSINO-ESTUDANTE
) (
Campos dos Goytacazes
201
9
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MICHELE BANDEIRA APOLINARIO
)
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EDUCAÇÃO FÍSICA N
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 PRIMÁRI
o
 E SECUNDÁRI
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: 
ANÁLISE COMPARATIVA DA INTERAÇÃO ENSINO-ESTUDANTE
)
 (
Projeto
 
de Ensino 
apresentado
 à 
Unopar
, como requisito parcial 
à 
conclusão
 do Curso d
e
 
Educação Física
.
Orientadores: Prof (s).: Ana Cláudia Carolina Chagas Prudêncio Cosmos e Bruno Marcos de Siqueira Miranda.
)
 (
Campos dos Goytacazes
201
9
)
APOLINARIO, Michele Bandeira. Educação Física no Primário e Secundário: análise comparativa da interação ensino-estudante. 2019. 15 páginas. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cidade, Ano.
RESUMO
O objetivo desta pesquisa é analisar a interação comunicativa professor-aluno nas aulas de Educação Física, isto é, a maneira pela qual os professores apreciam os alunos em suas aulas, personalizam, são flexíveis, mantêm o humor, o feedback ou, por outro lado, estabelecem a tensão. , antagonismo, favoritismos, agiliza seu ensino ou desacredita nos alunos. A análise foi feita a partir de diferentes fontes primárias e secundárias, o que ajudou a criar uma linha de base entre os dois estágios. A metodologia etnográfica foi aplicada, levando em consideração um estudo de múltipla escolha e seguindo um paradigma de pesquisa ecológica em sala de aula. A observação participante foi o instrumento utilizado para coletar informações. Usando uma amostragem intencional, o estudo de caso teve sessenta e sete lições, vinte e nove do Primário e trinta e oito do Secundário, com uma taxa média de estudantes por estágio de 24,7 e 28,3, respectivamente. Todos os grupos foram observados, pelo menos, cinco sessões, exceto na sexta série que foi quatro. Aplicou-se um sistema de análise categorial e triangulação de investigadores, e as unidades de informação quantificadas surgiram, sendo posteriormente as freqüências e percentagens. Os resultados mostraram, entre outras coisas, que ambos os estágios tiveram tendências semelhantes na ocorrência de situações de antagonismo, tensão, favoritismo, falta de feedback e descrédito. Eles não concordaram, no entanto, o relacionamento foi personalizado e teve humor e encorajamento, essas situações foram maiores no Ensino Médio do que no Ensino Fundamental. Nesse estágio, no entanto, eles tendem a realizar mais correção de feedback. Em conclusão, a interação professor - aluno descobriu um professor secundário de educação física mais comunicativo da proximidade com o Primário, mas em geral estava tendo uma relação mais próxima em ambos os estágios quando comparado com outras áreas curriculares. 
Palavras-chave: Escola de Ensino Fundamental; Etnografia; Interação Estudantes-
Professores de Educação Física.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA DO PROJETO	8
1.2	JUSTIFICATIVA	8
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	8
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	9
1.5	OBJETIVOS	10
2	REVISÃO DE LITERATURA	10
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	12
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	13
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
6	REFERÊNCIAS	15
2
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho enfoca a análise etnográfica da interação comunicativa que se desenvolve entre os professores e os alunos nas aulas de Educação Física, contrastando a maneira pela qual se estabelece de acordo com a fase Primária ou Secundária. A abordagem que fazemos à análise etnográfica das práticas educativas em Educação Física é motivada, fundamentalmente, pelo desejo de aumentar as vantagens que esse tipo de pesquisa contribui para a compreensão dos processos de ensino. O conhecimento do que acontece a partir da dinâmica interna de uma aula tem sido pouco estudado apesar da importância da Educação Física no Ensino Fundamental e Primário: análise comparativa da interação professor-aluno que envolve, entre outras coisas, uma avaliação adequada da aprendizagem dos alunos e, acima de tudo, para conceber estratégias para melhoria (DARIDO, 2003). Por outro lado, também nos motiva neste tipo de análise o fato de que os paradigmas da pesquisa qualitativa e etnográfica ainda não são muito comuns em Educação Física, quando começaram a surgir a partir dos anos noventa (FREIRE, 1997). 
Até então, a maior parte da pesquisa neste campo foi realizada a partir dos modelos positivistas e quantitativos (FREIRE, 1994), uma tendência que continua presente. Conceitualmente, entenderemos por interação comunicativa professor-aluno as formas pelas quais os professores se relacionam com os alunos enquanto uma aula está em andamento. É evidente que eles não são os únicos comportamentos que os professores demonstram quando ensinam uma aula. Seguindo as teorias de liderança de professores (BEE, 2003), um professor mostra dois tipos de comportamento na sala de aula. Um, o parente para explicar as tarefas que devem ser feitas. Outra, aquela que tem a ver com o relacionamento e com as interações que mantém com os alunos. Ambos os comportamentos, dependendo de como são trançados, dão origem a diferentes estilos de liderança. 
Existe amplo consenso em argumentar que os comportamentos de ensino relacionados a essa relação são os que mais produzem aprendizado (BEE, 2003). Por sua vez, uma interação correta ou saudável entre professores e alunos é um pré-requisito para envolver o aluno em atividades de aprendizagem (BARROS; LEHFELD, 2003). Em uma aula de Educação Física, a interação professor-aluno é facilitada e torna-se mais visível à medida que desdobra um cenário que facilita a presença do componente afetivo, a comunicação bidirecional, a proximidade física com os alunos (BEE, 2003).
A interação nem sempre é estabelecida da mesma maneira. Os professores podem interagir sob o entendimento ou sob a oposição (NADOLNY; GARANHANI, 2011). A partir da primeira abordagem – compreensão - teríamos um professor flexível, que valorizasse seus alunos, que personalizasse o relacionamento ou que estabelecesse humor em suas salas de aula. Com essa orientação - a mais adequada - os princípios da Educação Inclusiva seriam cumpridos (BARROS; LEHFELD, 2003). Ao contrário, da oposição, o professor interagia imprimindo velocidade às aulas, mantendo antagonismos, tensões, favoritismos, omissões e até mesmo desacreditando seus alunos. Outros autores (NADOLNY; GARANHANI, 2011) explicam que essa interação para ser correto ou saudável deve ser caracterizada por um alto grau de controle do professor com aproximidades aos estudantes. A proximidade reflete a parte afetiva, a expressão das emoções do professor para o aluno, a compreensão, o tratamento amigável e próximo. Controle, por outro lado, definiria quem direciona e controla a comunicação. Nós nos aproximamos do ideal de controle quando clareza, atenção e coerência aparecem; e o oposto quando o aluno desobedece, não presta atenção, responde e fala sem permissão (BARROS; LEHFELD, 2003).
Há coincidências ao afirmar que a excelência do ensino, a partir da opinião dos alunos, "é interpretada como um comportamento de ensino interativo e não didático; que modelam habilidades interpessoais" (MARTA, 1998). Ou o que é o mesmo, quando os estudantes expressar sua excelência de ensino ideal, lembra o melhor professor como alguém que tinha uma boa interação com eles e não tanto como aquele que melhor explicou. Trabalho Bee (2003) enfatiza que a auto-estima dos estudantes está sujeita à qualidade das relações que os adolescentes tecer com significativas para aquelas pessoas, incluindo o professor é, um fato que enfatiza o valor que a relação estabelecida entre os dois protagonistas da sala de aula. A dependência desta interação comunicativa professores e alunos com a melhoria da coexistência de uma aula têm sido descrita de forma semelhante de outros trabalhos (NADOLNY; GARANHANI, 2011). Na medida em queos professores se comunicam melhor com seus alunos, as situações perturbadoras diminuem nas aulas.
No campo da Educação Física não é abundante a literatura respeitante a presença de uma boa interação professor-estudante comunicativa com a realização orientada tarefa (NADOLNY; GARANHANI, 2011) é motivação digamos, aquilo que alcança que os alunos percebem o aprimoramento da execução das tarefas na Educação Física sem utilizar fontes de comparação externa, apenas sob a superação pessoal e o esforço. Em relação aos modelos teóricos desses autores, estabelece-se que os professores de Educação Física que trabalham em prol da motivação para o prazer caracteriza reforçando em todos os momentos o esforço e a melhora pessoal do aluno, enfatizam que cada um é diferente e não se compara uns com outros. Eles também fornecem um feedback de avaliação. A informação de avaliação, por outro lado, é estabelecida evitando comparação social (DARIDO; RANGEL, 2014). Agindo ao contrário, em uma interação comunicativa negativa (VYGOTSKY, 1998) teria motivação orientada ao ego, isto é, orientada ou competir só para obter aprovação social. Com esse estilo de interação, o professor favoreceria a competitividade, não reforçaria, mas puniria, realizaria feedback técnico ou controle de maneira hostil, ignoraria o erro, não controlaria o grupo e manteria a ausência de informação e comunicação
Com base na percepção dos alunos Secundário (DARIDO; RANGEL, 2014), também foi demonstrado que uma interação professor-aluno, onde preside a igualdade de tratamento, prediz um clima motivador na Educação Física voltada para a tarefa. Pelo contrário, a percepção da discriminação avançaria o clima motivador orientado para o ego.
A partir das teorias de autodeterminação (MARTA, 1998) adverte que, para melhorar a motivação dos alunos de Educação Física é recomendado para aplicar um clima positivo e feedback onde a interação é fluido, ou seja, isentos de barreiras de comunicação (VYGOTSKY, 1998). A partir da perspectiva comparativa das duas etapas, Secundário e Primário, existem vários estudos, embora nem sempre focados na análise da interação docente. Aqueles que especificam a interação em cada estágio, como veremos, nem sempre o fazem sob uma abordagem contrastada. Ao justificar a implementação de um programa de educação para a convivência no Colégio Estadual Ana Nunes Viana, explicou que nas salas de aula lá, entre outros comportamentos negativos, o desrespeito freqüente para os professores que, apesar de não vir a constituir falta grave quando se repetem, deterioram a coexistência (BARROS; LEHFELD, 2003). Em várias aulas de Educação Física no C. E. Ana Nunes Viana, foi observado e analisado (MARTA, 1998) que nas relações entre professores e alunos predominam situações de compreensão, embora as de oposição também tenham um papel preponderante.
Uma pesquisa etnográfica realizada em diferentes salas de aula do 1º e 3º do C. E. Ana Nunes Viana, localizado no município de São Francisco do Itabapoana – RJ, concluiu que um clima de confiança entre alunos e professores que podem ser a base para reforçar as relações interdependência positiva e incorporar novas estratégias de existir. Há também ajuda e incentivo entre os participantes, idéias sobre o respeito pelos outros é uma prática comum. 
Um estudo qualitativo (CARVALHO, 1998) as características da relação definidos escola-alunos das percepções de estudantes pertencentes ao Colégio. Concluiu-se, entre outras questões, que nesse estágio educacional a complexidade entre professores e alunos é acentuada. Nessa relação, os alunos destacam dois componentes principais que os professores devem ter: ajuda e a abordagem correta; e uma qualidade, o tom relacional marcado pelo bom humor. Contrastado modo, no terceiro ciclo da fase primário, ensinando o ideal é descrito com várias características entre os quais pela sua proximidade, que respondem, entusiastas e demonstrar capacidades de ensino para o ensino de comunicação, interação e justiça na avaliação (DARIDO; RANGEL, 2014).
Em relação às mudanças que ocorrem no ambiente escolar na transição da Primária para a Secundária (FREIRE, 1997), enfatiza-se que as escolas secundárias são percebidas com mais discordância e competitividade do que as escolas primárias. Há também uma deterioração na qualidade das interações de comunicação professor-aluno nesse estágio. Em estudos posteriores (NADOLNY; GARANHANI, 2011) foi demonstrado que há uma diminuição na percepção dos professores como fonte de apoio quando atingem a fase secundária.
No primeiro ano do ensino fundamental (DARIDO; RANGEL, 2014), todos os estudantes, independentemente de seu desempenho, apresentam uma sensibilidade especial para perceber o tratamento diferencial que o professor direciona para os alunos de alto e baixo rendimento. No entanto, os alunos dos primeiros cursos percebem o tratamento diferenciado do professor de uma forma muito mais global. Considerando que, por outro lado, estudantes de séries mais altas (de 11 ou 12 anos) distinguem entre os comportamentos do professor que favorecem a autonomia, que fundamentam expectativas positivas ou negativas
1.1 TEMA DO PROJETO
O projeto de ensino tem como norte central a importância da afetividade no processo de ensino aprendizagem. A linha de pesquisa veio de encontro a autores que amparassem a perspectiva da influência do afeto na relação professor-aluno no âmbito da aprendizagem escolar e na aprendizagem da vida como um todo. Esse tema foi escolhido, pois está intimamente ligado a todo processo educativo em geral. Essa temática contribui para a reflexão da importância do papel do professor em sala de aula, como ele tem exercido esse papel, se tem aberto espaço para se relacionar com afetividade com seus alunos. Tenho certeza que após a leitura deste trabalho sairemos ainda mais compromissados com a nossa missão de educar.
1.2 JUSTIFICATIVA
O esporte é um conteúdo da Educação Física escolar que não pode ser negado aos alunos porque faz parte do nosso contexto social e por poder contribuir para o desenvolvimento do ser humano. No entanto, devemos refletir sobre como devemos trabalhar o esporte nas aulas de Educação Física, qual a sua contribuição, o que, através dele, podemos oferecer para a educação dos nossos alunos.
Escolheu-se esse tema por haver uma preocupação da autora do trabalho, desde o início do curso de Educação Física, em como trabalhar essa interação no dia-a-dia da sala de aula, buscando uma maneira de contribuir para que a escola seja um ambiente de relações mais agradáveis entre professores e alunos, e que a aprendizagem possa ser uma conseqüência dessa relação afetuosa bem sucedida, que o aluno possa aprender em um ambiente afetivo e prazeroso.
Na escola a Educação Física se constituí em uma grande área de adaptação ao permitir a participação de todos os alunos em atividades físicas adequadas às suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados (CIDADE E FREITAS, 1997). 
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
Este artigo destina-se a analisar a interação comunicativa que se desenvolve entre os professores e os alunos nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO
É notório perceber que a relação professor-aluno em sala de aula, influencia diretamente no resultado de sua aprendizagem.
Tendo em conta a teoria genética de Piaget, o desenvolvimento da criança tem características próprias de acordo com os estágios evolutivos. Assim, a psicologia evolutiva é uma valiosa fonte de informação para os professores, pois os ajuda a conhecer as características de seus alunos.
Assim, os alunos estão no período de operações formais (a partir dos 11 anos). Isto é caracterizado principalmente pelo estabelecimento de uma capacidade cognitiva do mesmo nível que o adulto, de modo que a capacidade analítica atinge assim sua forma mais ampla e operacional (VYGOTSKY, 1998). Desta forma, devemos maximizar seu pensamento, o que justifica o uso de estilos de ensino cognitivos e criativos.Além disso, esta etapa é caracterizada pela grande importância adquirida pela interação social, especialmente dentro do grupo de pares, por isso, será muito interessante usar estilos de ensino socializantes.
É também observável durante estas idades, a realização de um comportamento responsável, que devemos incentivar através do uso de estilos de ensino participativos, delegando funções nos nossos alunos.
Finalmente, devemos ter em mente que essas mudanças não ocorrem homogeneamente em todos os alunos, mas variam de acordo com as circunstâncias pessoais e ritmos de cada sujeito, não apenas no nível cognitivo e social, mas também no nível motor, com os sujeitos apresentando diferentes níveis, então será necessário usar estilos de ensino individualizantes, nos conteúdos em que observamos que o nível do grupo é heterogêneo. Contudo, se não há uma relação afetiva de confiança, entre professor e o aluno, com certeza o professor não conseguirá mensurar o conhecimento prévio adquirido por esse aluno, e com isso irá comprometer a aquisição de uma aprendizagem significativa por parte do aluno.
Portanto, é extremamente necessário ser construído uma relação de afeto entre o professor e o aluno, pois essa relação está intimamente ligada a aprendizagem.
1.5 OBJETIVOS
Um dos objetivos primordiais deste estudo é mostrar a influência da relação afetiva entre professor e aluno no processo de ensino aprendizagem de crianças no Ensino Fundamental e Médio, promovendo uma reflexão do educador, em avaliar como tem sido o seu papel de mediador do conhecimento em sala de aula.
Objetivos específicos: Analisar e discutir, através de uma pesquisa de coleta de dados com os alunos, qual é o perfil de um bom professor. 
2 REVISÃO DE LITERATURA
Muitas mudanças têm sido a atividade ou exercício físico ao longo da história para alcançar o conceito de Educação Física que conhecemos hoje. Sua inclusão no Sistema Educacional é relativamente recente e o caminho para alcançá-lo não está livre de dificuldades.
A educação física tornou-se um tema nas escolas (na forma de ginástica alemã e sueca) no início do século XIX (CIDADE E FREITAS, 1997). Seu papel na saúde humana foi rapidamente reconhecido. Na virada do século XX, a higiene pessoal e o exercício para a saúde do corpo foram incorporados ao currículo de educação física como os principais resultados de aprendizagem para os estudantes (SOARES, 1992). O foco exclusivo na saúde, entretanto, foi criticado pelo educador Thomas Wood (NADOLNY; GARANHANI, 2011) como muito estreito e prejudicial ao desenvolvimento de toda a criança. A comunidade de educação subseqüentemente adotou a abordagem inclusiva de Wood para a educação física, na qual movimentos fundamentais e habilidades físicas foram incorporados como o principal conteúdo instrucional. Durante os últimos 15 anos, a educação física mais uma vez evoluiu para conectar o movimento corporal às suas conseqüências (por exemplo, atividade física e saúde), ensinando às crianças a ciência da vida saudável e as habilidades necessárias para um estilo de vida ativo (DARIDO; RANGEL, 2014).
Atualmente, a Educação Física é considerada uma área obrigatória de acordo com o Ministério da Educação e Cultura para o Ensino Fundamental e Médio. Estabeleceu-se como uma disciplina fundamental para a educação e formação integral do ser humano, especialmente se trabalhado desde cedo, pois permite ao aluno desenvolver habilidades motoras, cognitivas e afetivas, essenciais para o seu cotidiano e como processo para o seu projeto de vida (VYGOTSKY, 1998).
Através da educação física, os alunos expressam sua espontaneidade, estimulam sua criatividade e, acima de tudo, permitem que eles conheçam, respeitem e valorizem a si mesmos e aos outros. Portanto, a variedade e a experiência das diferentes atividades no jogo, brincadeira, recreação e esporte são indispensáveis ​​para implementá-las continuamente, seja em aula ou por meio de projetos lúdico-pedagógicos.
De modo geral, as instituições de ensino desconhecem a importância que a Educação Física representa para o Ensino Fundamental e Médio, pois, como outras disciplinas do conhecimento, através do movimento, contribui também com o processo de formação integral do ser humano para benefício pessoal, social e conservação de sua própria cultura.
Se a Educação Física se estrutura como um processo pedagógico e permanente, podem-se construir bases sólidas que permitam a integração e a socialização, que garantam a continuidade do desenvolvimento e a especialização esportiva em sua vida futura.
Através da aula de Educação Física, os alunos aprendem, executam e criam novas formas de movimento com a ajuda de diferentes formas recreativas, recreativas e esportivas. Nessas aulas os alunos podem se desenvolver, ser criativos e mostrar sua espontaneidade como seres que desejam descobrir muitas alternativas que podem ser aplicáveis ​​no futuro em sua vida social e que não podem ser facilmente alcançadas em outros sujeitos do conhecimento.
Para falar de uma educação integral, na qual nenhum aspecto do ser humano é deixado ao acaso, devemos considerar o corpo e a mente como uma unidade, para que a Educação Física não seja colocada dentro da programação do centro como a irmã mais nova dos demais sujeitos, mas ao mesmo tempo, já que um contribuirá com o outro para o desenvolvimento de conquistas cada vez mais complexas.
Certamente, quase nenhum dos alunos será um atleta de elite, nem os esportes serão seus meios de subsistência. Mas uma atividade física adequada permitirá que desenvolva plenamente sua atividade diária, sem sofrer dores nas costas enquanto trabalha, ou um incessante formigamento nas pernas devido a problemas de circulação, ou varizes de pé por um longo tempo.
Além disso, nos últimos anos, isso adquiriu maior importância no que diz respeito ao cotidiano, cada vez mais sedentário, o que fez com que as vozes de alarme se devam à alta taxa de obesidade infantil.
É por isso que uma alimentação saudável e um tempo adequado de atividade física correta complementam da melhor forma possível o desenvolvimento integral das pessoas, tanto do ponto de vista mental quanto físico, tendo que adaptar os minutos de estudo, com aqueles que são necessários para o jogo ou o esporte .
3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
O objetivo principal deste trabalho foi analisar e comparar a interação comunicativa professor-aluno a partir de práticas educativas desenvolvidas nas aulas de Educação Física Primária e Secundária, entendendo por práticas escolares o conjunto de atividades que professores e alunos implantam nas salas de aula (BARROS; LEHFELD, 2003). 
A metodologia aplicada é etnográfica, levando-nos a um estudo de caso múltiplo (SOARES, 1992) como uma estratégia de design. Segue um paradigma ecológico de pesquisa em sala de aula (BARROS; LEHFELD, 2003), o que significa perceber a classe de Educação Física embutida em uma estrutura complexa de variáveis ​​interdependentes e intensamente relacionadas.
Quando o trabalho de campo começou, procedeu-se à seleção de casos após uma amostragem intencional (SOARES, 1992), o que resultou no trabalho que foram representados principal educacional e fases secundárias. Um critério estratégico pessoal e um critério teórico foram incorporados ao mesmo tempo. As indicações para a seleção de um sítio de campo descrito por Soares (1992) também foram levadas em consideração. As negociações de acesso para selecionar casos nessas condições foram fáceis, encontrando um professor de Educação Física, que rapidamente divulgou o cotidiano de suas aulas e o desejo de participar do estudo. De todos os grupos foi observado pelo menos entre cinco e sete sessões, exceto no sexto ano do Primário que quatro foram observados. Essas figuras coincidiram com o surgimento da chamada saturação teórica (FREIRE, 1994).
A observação participante (DARIDO, 2003) tem sido o instrumento básico para a extração de informações, utilizando um sistema narrativo (DARIDO, 2003), que foi finalizado pela elaboração de múltiplas notas de campocom o suporte de um gravador, dando origem a um relato escrito do que o pesquisador estava ouvindo, observando, experimentando e pensando durante sua atividade de coleta de dados. Foram realizadas várias sessões de pesquisa, comparando cada um dos resultados da categorização (GIL, 2002). As sessões iniciais também foram registradas para alcançar a universalização dos registros. Procurou-se da mesma forma que o estudo foi um trabalho prolongado, por isso estive presente nos centros selecionados durante praticamente todo o mês de Março e Abril/2019.
A generalização dos resultados obtidos deve ser percebida nos termos marcados pelos estudos etnográficos. Aplicando os argumentos de Vygotsky (1988), a partir deste trabalho não tenta estabelecer generalizações sobre aulas de educação física para ficar em todo tempo e lugar, mas as hipóteses de formulário para trabalhos futuros que podem ser transferidos neste contexto semelhante. O sistema categorial elaborado para as observações realizadas, na fase analítica da investigação, teve caráter tanto indutivo quanto dedutivo. A base teórica para as categorias dedutivamente extraídos consistiu de um estudo em que os mesmos elementos de uma sala de aula, mas com referência a outros materiais de currículo (GIL, 2002) foram analisados. Os indutores estavam surgindo considerando as especificidades da área de Educação Física comparadas a outros assuntos (NADOLNY; GARANHANI, 2011). Tendo em conta que a transformação do número de dados qualitativos facilitando o tratamento da informação (GIL, 2002), as unidades de informação decorrentes da observação em cada categoria e subcategorias, encontrando as freqüências e percentuais correspondentes, mais especificamente as médias obtidas nestas freqüências e porcentagens em relação a todas as sessões do Primário, bem como todos os Secundários. O perfil percentual de interação por cursos, dados os limites de extensão deste trabalho, foi omitido por razões de espaço.
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	MARÇO
	ABRIL
	Pesquisa Bibliográfica
	X
	X
	Análise de Documentos
	
	X
	Trabalho de Campo
	X
	X
	Redação dos Capítulos Teóricos
	X
	X
	Tratamento de Dado
	X
	X
	Redação Final
	
	X
	Revisão Crítica
	
	X
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Interação professor-aluno analisado, descobre um professor secundário de educação física proximidade mais comunicativo com seus alunos do que primário, mas no geral estão ocorrendo, aproximação mais abrangente em ambas as fases, quando comparado a outras áreas curriculares. Em todos os professores analisados, secundários e primários, há um alto registro de situações de discordância com os discentes, o que gera muitas mensagens indiretas ou irônicas entre elas. Estas situações seria difícil nestas classes o surgimento de uma motivação orientada para a tarefa, uma motivação mais intrínseca e implementação de uma sala de aula inclusiva, que por sua vez também é dificultada pela falta de adaptação de tarefas às características do corpo discente. Dependendo das abordagens que surgem a partir deste trabalho, professores do ensino primário, que permitiu a abertura das aulas devem personalizar um pouco mais o seu ensinamento e não intervir apenas para facilitar a correção de feedback, tendência positiva que foi registrado com muitas vezes, mas isso é em detrimento de outras questões importantes, como fornecer ajuda ou encorajamento, momentos relacionais que foram observados com baixa freqüência. Como professores do ensino secundário, que seria melhorada através da prática eles estavam mais conscientes das execuções de seus alunos, seja para fornecer mais evidências de correção de feedback para dar ajuda. Ambos os grupos de professores, por sua vez, precisa fornecer um maior número de avaliações aos seus alunos, comportamentos relacionais que eram escassos nas duas etapas e, no entanto, contribuir para manter grande parte da interação que favorece a motivação dos resultados obtidos e padrões apropriados precisa serem contrastado com outros estudos sobre a mesma metodologia, etnográfico, qualitativa, dada a superioridade dessas abordagens para observar e isolar práticas escolares e comportamentos que realmente ocorrem na sala de aula.
6 REFERÊNCIAS
BARROS, Aidin de Jesus Paes; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 2003.
BEE, H. A Criança em Desenvolvimento. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
CARVALHO, Rosita Edler. Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA 1998.
CIDADE, Ruth. Eugenia; FREITAS, Patrícia Silvestre. Noções sobre Educação Física. Uberlândia, 1997.
DARIDO, S. C. Educação Física na Escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
DARIDO, S.C; RANGEL, I.C.A. Educação Física na Escola: Implicações para a prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2014.
FREIRE, J. B. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1997.
FREIRE, J.B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. 4.ed. São Paulo, SP: Scipione, 1994.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
MARTA, Luis. Boccia – Estudo piloto sobre o estado de conhecimento na modalidade. 1998. Dissertação (Mestre em Atividade Física Adaptada) - Faculdade de Ciências do Desporto e Educação física, Universidade do Porto, Porto, 1998.
NADOLNY, L. F; GARANHANI, M. C. Estratégias de formação continuada para professores de educação infantil. Curitiba: Champagnat, 2011.
SOARES, C. L. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
VYGOTSKY, L.S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998.

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