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AD2 - Turismo e Patrimônio -

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA – AD2
Período - 2020/1º
Disciplina: Turismo e Patrimônio
Coordenador: Prof. Dr.Euler David de Siqueira
Aluno (a): Matrícula: 
Questão 01 – (Valor até 3,0 pontos) 
Somos todos, sem exceção, sujeitos sociais ou morais. Social e moral são entendidos aqui como sinônimos. Também somos indivíduos dotados de subjetividade e personalidade, o que nos permite distinguir-nos dos outros. Manipulamos nossas identidades, coletivas e pessoais, de variadas maneiras ao longo de nossa vida. Muitos intelectuais defendem a ideia de que o patrimônio atua decisivamente do processo de constituição das identidades. Será que o patrimônio integraria os processos de constituição social e individual? Será que o patrimônio, material ou imaterial, nos construiria como sujeitos sociais e individuais?
Com base nas leituras do texto de GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n° 41, (1996), São Paulo: ANPOCS. p.07-25, assinale através de um texto coerente e criativo de que forma os objetos e as categorias de pensamento socialmente construídas possibilitam a construção de patrimônios, sujeitos e identidades sociais. Em poucas palavras, os patrimônios nos constroem como membros de uma sociedade? Dê exemplos.
R: A palavra Patrimônio de fato, nos remete aquilo que criamos, valorizamos e que principalmente, queremos preservar. Segundo a descrição do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) sobre o que é patrimônio cultural, se é notório que tudo pode vir a se tornar um patrimônio, só depende da cultura de um povo que possui um conjunto de saberes, expressões e até produtos que podem ser escolhidos para preservar a história e principalmente a identidade de um determinado povo. Dependem das manifestações artísticas e dos próprios artistas, de monumentos arquitetônicos, de artes sacras, de costumes e hábitos de criação de pratos, artesanatos etc.Por ser um legado tão grande, outras ciências partilham de seus conhecimentos e ajudam na preservação desses patrimônios. Como exemplo dessas ciências cito, a Sociologia, Arquitetura. Arqueologia, Conservação/Restauro e outras.
No meu ponto de vista, os patrimônios podem sim nos construir como membros de uma sociedade, pois eles trazem consigo uma história viva e a identidade de uma determinada sociedade, podendo transmitir isso de diversos jeitos, inclusive em monumentos, objetos, danças, pratos típicos... Mantendo viva a memória do povo que será herdada por gerações futuras.
Questão 2 - (valor até 4,0 pontos)
A feijoada é para muitos brasileiros um patrimônio cultural. Mas não há unanimidade quanto a isso. Há quem diga que a feijoada é um prato autenticamente brasileiro e por isso nacional. Mas há também quem diga que a feijoada é um prato autenticamente carioca. Afinal, a feijoada é um prato carioca ou nacional? Essa questão em si mesma não é importante, mas, sim, a forma como as pessoas manipulam signos identitários como a feijoada, por exemplo, para produzir sentido ou ainda atingir determinados objetivos. Então, um prato da gastronomia brasileira pode ser alvo de disputas simbólicas ou culturais segundo muitos pontos de vista. Tudo depende da forma como pessoas, grupos e organizações movam-se no tabuleiro da fabricação da cultura lançando mão do patrimônio, por exemplo.
Com base nas leituras do texto SIQUEIRA, E.D.S, SIQUEIRA, D.C.O. O sabor do autêntico: a feijoada na construção da identidade carioca. In: Sabor metrópole: Alimentação, consumo e cultura. Francisco Romão Ferreira et al. (orgs.). Curitiba: Editora CRV, 2013. p.31-49, discuta a relação estabelecida pelos autores entre a feijoada, as redes sociais e a identidade carioca. Mais importante do que considerar ou não a feijoada como autenticamente carioca é refletir sobre o processo socialmente utilizado para fabricar determinadas identidades e utilizá-las para responder a determinados interesses, econômicos ou não. Afinal, de que maneira feijoada, identidades e redes sociais permitem a construção de sentido sobre o patrimônio gastronômico?
R: Embora a feijoada seja considerada um dos símbolos da identidade nacional, no Rio de Janeiro, ela é um dos mais importantes patrimônios gastronômicos, onde a mesma foi registrada em 2013 como Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro e reivindicada como elemento da identidade regional. 
Conforme o texto, pode se afirmar sim que a feijoada tem autenticidade carioca, mas não deixando de apresentar interesses, principalmente o econômico. Os residentes defendem também a história na composição da sua culinária e sua importância na elaboração das outras formas que são adaptadas continuamente por outros lugares do Brasil. A feijoada compõe o conceito junto aos outros símbolos que são essenciais para a descrição da “cidade maravilhosa”, aos quais chamam a atenção de turistas. 
Visando o mundo em que vivemos, um mundo totalmente globalizado, as mídias sociais são fortes colaboradores que ajudam na disseminação de cultura, na comunicação e outros. É um espaço singular, que é capaz de guardar diferentes memórias, monumentos simbólicos, imagens, roteiros e objetos. É como se fosse um acervo, que revela o medo do esquecimento e que é sempre mudada pelo apreço da memória.
Questão 3 - (valor até 3,0 pontos)
A cachaça é um importante patrimônio cultural brasileiro. Contudo, há quem lute contra o consumo de álcool e também quem considere a cachaça uma bebida vulgar e desprovida de valor. No universo do patrimônio o consenso é sempre algo delicado e conflitos não faltam. Entretanto, a cachaça, além de ser boa para beber também pode ser boa para pensar. Sendo um signo ou de natureza simbólica, a cachaça permite que classifiquemos objetos, pessoas e relações. Exemplos: “fulano é cachaceiro...”, “A vida está uma cachaça...”; “Beltrano entorna igual água...”; etc.”. Uma importante categoria de pensamento diz respeito ao patrimônio: a cachaça é um valor, algo importante que fala de nossa identidade cultural. Lembre-se de que todos, sem exceção, somos sujeitos sociais cujo pensamento opera com base em sistemas de coordenadas simbólicas chamadas de categorias de pensamento: alto x baixo, doce x azedo, feio x bonito, importante x banal, inferior x superior, rico x pobre, magro x gordo, ordinário x extraordinário, sagrado x profano, sociedade x indivíduo, cultura x natureza, etc., todas são categorias que nos permitem pensar o mundo. Em resumo, categorias de pensamento permitem ordenar ou arranjar o mundo e tudo o que está nele em pastas ou gavetas de modo que haja um mínimo de ordem e coerência. Esse é um tema nada banal. Mas vamos a questão que interessa responder:
Com base nas leituras do texto DIAS, N. C.; SIQUEIRA, E. D. Boa para beber, melhor para pensar: a valorização da cachaça e a construção da identidade nacional In: Concepções, memória e patrimônio cultural: história, sociedade e educação em foco..1 ed.Curitiba : Prismas, 2016, v.1, p. 313-335, discuta de forma consistente de que maneira a cachaça é alçada a figurar como um poderoso signo usado na construção da identidade nacional brasileira. Em resumo, demonstre com base no texto em questão de que forma o Estado nacional manipula a cultura e a identidade através de decretos sobre a cachaça. Como isso é feito? Que categorias são utilizadas?
R: A cachaça tornou-se um dos símbolos da cultura popular brasileira, pois expressou a memória e a identidade dos brasileiros, os chamados mestiços.
Com isso, foram determinados decretos que criam e adéquam a bebida como a uma parte da história do nosso país, sendo assim, contribuinte na identidade nacional, onde se registra essa bebida como um patrimônio cultural imaterial. Os decretos definem o seu modo de fazer e de produção, seusníveis de porcentagem de álcool ou grau de destilação onde se estabelece a diferença entre aguardente de cana, cachaça e rum.
Bons estudos, Euler David de Siqueira.

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