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Resenha do filme "O ultimo condenado"

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Resenha: livro “O último dia de um condenado”
O livro foi escrito e passado no século XVIII na França um período em que a pena de morte era muito comum e visto como um espetáculo. Onde a exposição do condenado legitimava o poder do rei.
 É sobre a história de um condenado à morte e que passou pelo momento do julgamento e foi sentenciado a morte. O acusado ficou durante 6 semanas na prisão e o livro conta o que aconteceu durante esses meses até a sua morte. Conta também a terrível sensação e humilhação que era vivida desde do convívio dentro da cela até execução de pena de morte. Diz sobre o processo, a decisão do seu julgamento, o momento de apelação que foi fracassada e depois a sua ida para a guilhotina. 
Na época em que este livro foi publicado, o autor não julgou a propósito dizer então todo o seu pensamento e a sua crítica quanto a decisão e a aplicação da pena de morte, o que Victor Hugo, o autor do livro deixa claro e pretendia passar para os leitores era o manifesto pessoal contra a pena de morte e o desprezo por tal ação. O escritor mostra como a pena de morte não é um castigo imposto apenas para o corpo, mas também para a mente, que afetava completamente o psicológico e emocional de uma pessoa, escutando o livro sendo narrado, dá para sentir na pele os momentos de terror que é vivido. 
Não era um castigo imposto apenas para o condenado, mas também para família, que era humilhada e sempre lembrada de que o condenado seria executado em praça pública, não se importavam com a família do condenado e com nenhuma outra família. 
Uma curiosidade do livro é que Victor Hugo presenciou uma execução e ficou aterrorizado com tal brutalidade, um ato desumano. A pena de morte além de ser uma total atrocidade era acima de tudo uma decisão política, onde percebesse que não ajudava em nada naquela época, as pessoas morriam por diversos crimes, uns por coisas grandes e outros apenas por uma questão de sobrevivência, outros eram totalmente inocentes e morriam por nada. 
O livro com a história de um personagem que foi condenado a morte, onde ele escreveu um diário, contando os seus duas que antecedem a guilhotina, a realidade que era presenciada dentro de uma cela e o quão era deplorável e desumano a convivência em cárcere. Conta as precauções que eram tomadas, nem faca, nem garfo davam para as refeições, que usavam coletes de força que eram tipo uma espécie de saco de lona para prender os braços. 
Descreve a convivência junto com os outros prisioneiros, onde todos os domingos após a missa era permitido um passeio no pátio de apenas uma hora, onde cada prisioneiro contava sua história, os golpes que eram aplicados e por que estavam presos, muito ainda se orgulham de tal atos que os levaram à prisão. O protagonista conta que depois de um certo tempo, o colete de força foi retirado e deram mais liberdade para poder ficar uma hora no pátio, assim também recebeu um caderno e lápis e com isso foi possível escrever um diário com as sensações e os sentimentos que ele tinha. Expressar o sentimento de da dor moral que é viver aquelas emoções e sensações dentro da prisão, onde frisa que a dor moral é muito maior do que uma dor física. E que os responsáveis por o condenar não podem imaginar o quanto é doloroso uma dor moral. 
 A intenção de escrever esse diário foi em uma função de que possa um dia ser útil a outro, que isso faça deter juízes prestes a julgar e que salve inocentes ou culpados, da agonia de ser condenado a morte. O moroso tempo para execução de uma sentença era agonizar o processo de numeração e registro era esquecido por alguns, porém a guilhotina tem muita gente à espera e cada um deve ter sua vez, além da condenação ele ainda tinha que pagar às custas da guilhotina, o condenado estava deixando a sua família que era sua mãe, sua esposa e sua filha que era sua maior preocupação. Ele dizia sobre a sua esposa que já tem uma saúde frágil e sua maior preocupação era a sua filha, que até foi visita-lo, mas não o reconheceu, pois, a vida na prisão o desgastou muito, assim o protagonista cita que ao descrever um testamento para deixar sua herança que ainda não tinha certeza se ia conseguir deixar ou não, uma vez que tinha que arcar com as custas da prisão e o mesmo era absurdamente caro. 
Não deixou de descrever a cela onde viver por semanas, uma pequena cela que se alinham em ângulo reto sobre o pavimento de lajes, um degrau acima do nível do corredor externo. À direita da porta para quem entra, há uma espécie de buraco a que eles querem dar o nome de alcova, neste lugar se deita um feixe de palha, onde se julga, que o preso descansa e dorme, vestido com uma calça de linho, uma camisola de riscado, e isto tanto no inverno como no verão. Não haviam janelas, nem respiradouro, a porta da entrada era de madeira, toda chapeada de ferro com uma abertura de nova polegadas quadradas. Por fora tinha um corredor muito cumprido, iluminado e arejado por meio de respiradouros estreitos praticado no alto dos muros e dividido em compartimento de pedra, cada um destes compartimentos servem como de antecâmara as prisões e nelas se encerram os forçados condenados a pena disciplinares pelo diretor da prisão. Os três primeiros quartos eram reservados para os condenados à morte, eram os mais próximos da casa do carcereiro. Conta como eram as prisões do antigo castelo de Bicêtre, tal qual foi edificado no século quinze pelo cardeal de Winchester, o mesmo que mandou queimar Joana d’arc. 
Eis que num momento de insônia e vendo que não tinha o que se fazer, começou a observar as paredes da sala que vivia e as muitas mensagens que eram deixadas pelos condenados anteriores, ali na cela que ele vivia já tinham passado diversos outros nomes, que tinham cometido crimes aterrorizantes. O livro cita as seis semanas que o prisioneiro está na cadeira até ser levado para guilhotina.
Há um padre que acompanha os condenados e tenta consola-los, porem o padre já não se comove mais com a pena de morte, devido a presencia-la várias vezes por dia. Essa é uma das reflexões que o livro traz, outra reflexão é que a morte naquela época se tornou uma ideia de espetáculo como algo extremamente banal. O protagonista mostra por exemplo em vários momentos do seu desprezo profundo pelas pessoas que gostam de ficar assistindo a desgraça alheia e saber agora que ele próprio seria uma vítima dessa mesma multidão era algo extremamente humilhante ao que parece uma das principais preocupações. 
A tortura psicológica por trás da pena capital, uma coisa é você saber que vai morrer, oura é porque a vida vai ter um fim, porém a pior é você saber antecipadamente o momento exato de sua própria morte, sendo assim o autor tenta mostrar os leitores as diferentes posturas que uma pessoa pode ter ao lidar com a circunstâncias. 
Em certos momentos ele entende que a vida nem era tão boa assim, então nem tem porque ficar se lamentando, ele já não via mais saídas para a reversão da pena aplicada, as probabilidades eram nulas, porque tudo estava em regra. As testemunhas depuseram, os advogados advogaram, como lhe cumpria e os juízes julgaram bem, com coisa nenhuma poderia contar. 
O autor em nenhum momento narra o que o levou a pena de morte, justamente para que não haja julgamentos por parte do leitor que o faça justificar todo esse sofrimento.
Um trecho do livro que mostra muito bem o terror psicológico que de condenado passa a ser vítima do sistema, e sem possibilidade de reabilitar-se:
“Acabei de fazer o meu testamento (...) Deixo uma mãe, deixo uma mulher, deixo uma criança (...) Assim, depois da minha morte, três mulheres, sem filho, sem marido, sem pai; Três órfãs de diferentes espécies; três viúvas por causa da lei. Admito ser punido justamente; mas essas inocentes, o que fizeram? Pouco importa, serão desonradas, arruinadas. É a justiça. ’’
Uma tentativa de mostrar o quão horripilante são esses momentos que antecedem a morte inevitável e as condições desumanas do ambiente e do tratamento recebido pelo condenado.
O recurso era como uma corda, que tem suspenso umhomem sobre um abismo e que ouve estalar a cada instante e em qualquer momento pode rasgar. As sensações eram diversas e uma delas era sentir como se estivesse no cutelo da guilhotina e esse levasse seis semanas para cair, mas em nenhum momento o protagonista perde a esperança de ser absolvido de sua pena. Porém quando ele começa a pensar na sua filha, na família, ele entra em total desespero, em muitos momentos ele lembra da sua família, da sua infância, do seu primeiro amor, mas nada disso diminui a sua angústia as boas lembranças não causavam conforto, muito pelo contrário, elas provocaram uma verdadeira dor de saber que outras coisas boas não teriam a possibilidade de se repetir e acontecer novamente. 
Victor Hugo escreveu esse livro como um critica na verdade, a pena de morte que era realizada e o que ele pensa sobre o ato. Por fim o último dia de um condenado temos um convite do autor para refletir sobre os impactos que a pena de morte pode provocar. Até que no começo do livro, Victor fez um teatro em que a alta sociedade parisiense está conversando e dizendo “Como é absurdo um intelectual, escritor está lançando e defendendo a ideia de ser contra a pena de morte, porque afinal a revolução Francesa já aconteceu e o mais esses revolucionários querem? ” No livro tem um prefácio sobre a opinião do escritor sobre a pena de morte. Esse assunto é muito polêmico, minhas oposições quanto a pena de morte é que essa ação não se ensina nada os condenados e depois da execução quem fica com a dor da perda são as famílias, o alivio é apenas para quem recebe a justiça. A controvérsia é e devemos manter indivíduo em convívio social ou não, devido a suas condições psicológicas, podendo assim que ser solto cometer os mesmos crimes.
A inspiração do autor para escrever esse livro foi que um dia ele foi visitar um castelo medieval que foi transformado em prisão no século 17 e que atualmente é um hospital onde foi testada pela primeira vez em 1792 que é a máquina de cortar cabeças, foi visitando essa prisão em 1822 que Victor se inspirou. O personagem do livro não tem nome e em nenhum momento do livro sabemos se é uma história verídica ou não. 
Assim, muito há que ser levado em conta quanto a leitura da obra. Ao que clamam pela pena de morte: é a esta principalmente que a obra intenta tocar. Que sejam deixados de lado os argumentos raivosos e impensados. O livro é um convite para a reflexão, uma boa história que comove e faz pensar.
Pena de morte no Brasil
Se perguntássemos para as pessoas hoje em dia sobre a pena de morte no brasil, muitos iriam dizer que no Brasil não é permitido, que é ilegal, mas muitos estão enganados, existe pena de morte aqui no Brasil, prevista no inciso 47 do artigo quinto da Constituição que diz:
· XLVII - não haverá penas:
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Nós temos: artigo 84, XIX: 
· Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
· Como surgiu a pena de morte?
Antigamente a pena de morte era muito aplicada. Segundo estudiosos do assunto, os egípcios utilizavam essa execução para todos os crimes. Mas não eram só eles, já que hebreus e babilônios também aplicavam essa medida muitas vezes. Além deles, Hamurabi, que foi o reunificador da Mesopotâmia e o fundador do primeiro Império Babilônico, executava muitas pessoas com a pena de morte. Baseado nisso, existiu o Código de Hamurabi citado em texto jurídico do ano 2000 a.C. Normalmente os crimes para os quais mais se aplicava a pena de morte nos primórdios da história eram: assassinatos, estupro, espionagem, adultério, homossexualidade e corrupção. E seus métodos de aplicação era: asfixia, forca, esmagamento, crucificação, decapitação, afogamento, câmara de gás e desmembramento. 
· Como está a pena de morte no mundo atualmente? 
No mundo, cerca de 60 países ainda executam pessoas a pedido do Estado. Existem 59 países retencionistas, ou seja, que ainda mantêm a aplicação da pena de morte para crimes comuns. No geral, 88% das penas de morte que se têm conhecimento aconteceram na China, Irã, Paquistão, Arábia Saudita e EUA.
· História da pena de morte de Brasil
Completam-se neste mês 140 anos da execução da última pena de morte no Brasil. O governo imperial aprovou em 1835 uma lei dedicada a punir exemplarmente os negros que matavam seus senhores, mas dom Pedro II decidiu abandoná-la em 1876.
A última execução realizada pelo Brasil foi do escravo Francisco, em Pilar, em Alagoas, em 28 de abril de 1876, e a última execução de um homem livre foi, segundo os registros oficiais, de José Pereira de Sousa, em Santa Luzia (atual Luziânia), em Goiás. Ele foi enforcado em 30 de outubro de 1861. A última execução de uma mulher, até onde pode ser estabelecida, foi Peregrina, uma das escravas de Rosa Cassange em Sabará, Minas Gerais executada em 14 de abril de 1858 (algumas fontes citam que teria ocorrido em 13 de abril). O carrasco era o escravo Fortunato José. Mais tarde foi descoberto que Peregrina era inocente.
Até o fim do Império do Brasil, os réus ainda eram condenados à morte, apesar do fato de o imperador Dom Pedro II haver comutado todas as sentenças de morte a partir de 1876, tanto para homens livres quanto para escravos. No entanto, a pena de morte só foi totalmente abolida por crimes comuns após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Ela não foi abolida por certos crimes militares em tempo de guerra. 
A Constituição de 1937, que governou o país durante a ditadura do Estado Novo liderada por Getúlio Vargas, tornou possível à Justiça condenar prisioneiros à morte por crimes civis além dos crimes militares em tempo de guerra. Segundo a crença popular, o escritor integralista Gerardo Mello Mourão teria sido condenado à morte em 1942 sob a acusação de cometer espionagem para as potências do Eixo. Como ele disse mais tarde em uma entrevista, ele foi condenado à prisão perpétua durante esse tempo. Ele alega que "nunca foi condenado à morte, como dizem os sacripantas da história e da má fé". De fato, não há registros de execução que tenham ocorrido durante o período em que o Estado Novo vigorou, até 1946.
De 1969 a 1978, durante a ditadura militar, a pena de morte foi novamente prevista pela Lei de Segurança Nacional e pelos Ato Institucional nº 14 como uma forma de punição por crimes políticos que resultassem em morte. Como tal, Teodomiro Romeiro dos Santos, um militante do Partido Comunista Revolucionário Brasileiro, foi condenado à morte sob a acusação de ter disparado contra um sargento da Força Aérea que morreu e um policial federal ferido. Santos, agora um juiz aposentado, é reconhecido como a única pessoa condenada à morte durante a história republicana do Brasil. 
Sua sentença foi comutada para prisão perpétua em 1971. Não há registros oficiais de execuções ocorridas no período, no entanto, o regime militar foi responsável pelo assassinato extrajudicial de pelo menos 300 dissidentes políticos.
A pena de morte para todos crimes civis foi abolida no Brasil pela Constituição de 1988. Atualmente, a pena de morte pode ser aplicável no Brasil apenas para crimes militares como traição, assassinato, genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e terrorismo durante guerra. O único método permitido por lei é a morte por pelotão de fuzilamento. O Código Penal Militar prevê que essa penalidade só deve ser aplicada em casos extremos e que o presidente pode conceder anistia ou indulto ao oficial condenado. No entanto, o Brasil não se engajou em nenhum conflito armado desde o final da Segunda Guerra Mundial. O Brasil é o único país de língua portuguesa que ainda prevê a pena de morte para crimes militares na constituição. 
Opinião
Uma reflexão bastante crítica e pontual acerca da pena de morte. Uma defesa pela abolição desta. Através da bela escrita do autor, o leitor se insere nospensamentos de um condenado, podendo acompanhar todo o martírio e sofrimento pelos quais o apenado passa até que a sua sentença seja cumprida. O livro, portanto, serve como um convite literário ao leitor para que reflita sobre o tema de uma maneira áspera. 
O livro narra o dia fatal da vida do condenado. Em verdade, há uma pequena exposição prévia de como se deu o julgamento do apenado. A decisão foi pela culpa. A sentença foi a de morte. Ao cadafalso o condenado, portanto.
No livro é possível observar todos os devaneios sofridos pelo condenado enquanto aguarda pelo cumprimento de sua sentença. Não apenas lembranças que presumidamente acabam surgindo, como a de sua pequena filha, de seu amor e de sua vida pré-reclusa, mas também reflexões mais profundas sobre o seu estado, sobre a sociedade, sobre o papel desempenhado pelo Estado na condução de seu processo e do seu fatídico resultado. Vê-se esperança, quando por exemplo o condenado tenta trocar suas roupas com outrem planejando a esquiva de seu destino. Também se vê a ausência desta, como quando o advogado do condenado recorre da decisão que determinou a morte, mas esse não consegue ver um possível resultado favorável de tal tentativa. Há ainda a exposição crítica do espetáculo gerado pela morte legitimada pelo Estado, pois o povo aplaude, urra, reúne-se e se deleita com o sofrimento alheio. Enfim, há muitos pontos reflexivos que são expostos na obra, cada qual exercendo a influência da realização de uma autocrítica pelo leitor.
O crime pelo qual o condenado foi julgado em nenhum momento é revelado. Isso é curioso ao considerar as críticas que a ideia defendida com a história sofre. Para os que invocam o "coitadismo" do protagonista como suposta tentativa pífia de denunciar o horror da pena de morte, vale lembrar da época e ambiente em que a narrativa se passa, na qual diversas condutas eram tidas como criminosas e a pena aplicada era a de morte. Não se pode dizer que o condenado da história mereça o final que teve. Muito menos quando sequer se sabe o motivo pelo qual foi apenado. Assim, muito há que ser levado em conta quando da leitura da obra. Aos que clamam pela pena de morte: é a estes principalmente que a obra intenta tocar. Que sejam deixados de lado os argumentos raivosos e impensados. O livro é um convite para a reflexão, como já dito. Uma boa história que comove e faz pensar. Vale a pena acompanhar!
O Último Dia de um Condenado é uns dos livros primordiais para entender o pensamento social de Victor Hugo, defendendo os direitos humanos sendo peremptoriamente contra a pena capital.
Como Gente Pobre é para Crime e Castigo de Dostoiévski, este livro é para Os Miseráveis, isto é, O Último Dia de um Condenado é um livro que encontramos um "rascunho" da história de Jean Valjean desde o roubo do pão até suas idas e vindas das galés e as gírias que ele vai aperfeiçoar em sua obra prima, entre outros assuntos também vemos as aflições de uma pessoa, aliás, de uma alma, como só Hugo sabe transcrever, em agonia ao pé do cadafalso.
Um livro que em primeiro momento era um desabafo, pois Victor Hugo não queria ficar em silêncio, ou seja, consentindo com o que estava acontecendo em praça pública, que no entanto ao escrevê-lo, foi mais ousado e quis não só expor sua indignação, mas, outrossim, impedir que a pena de morte continuasse.
"A guilhotina é a concreção da lei, chama-se vingança, não é neutra nem permite que se fique neutro.(...) - Não imaginava que aquilo fosse tão monstruoso! É um erro absorver-se tanto pela lei divina a ponto de não se dar conta da lei humana. A morte só pertence a Deus! Com que direito os homens põem a mão nessa coisa desconhecida?" – Os Miseráveis
Importância da obra de Victor Hugo
Victor Hugo (1802-1885) é considerado o maior escritor francês do séc. XIX. Com 27 anos, ele publica o que afirma ser um manifesto contra a pena de morte. Mesmo os familiarizados com as tragédias, concordarão que essas linhas guardam os pensamentos mais dilacerantes com os quais já nos deparamos.
 
Segundo Bénédicte Houart, a grande repercussão dessa obra contribuiu para que Portugal fosse o primeiro país europeu a abolir a pena de morte, em 1876.  
 
Da sentença à lâmina da guilhotina, em menos de cem páginas, empreendendo uma crítica ao sistema judicial vigente, o eminente humanista nos envolve, de forma magistral, na espera desesperada e lúcida de um homem que sabe o dia e a hora de sua morte. Para um ser consciente, há algo mais cruel? 
Victor fez esse livro para as pessoas refletiram se é necessária mesmo a pena de morte, se vale mesmo um erro pagar por uma vida. Com este livro, ele pode mudar opiniões de pessoa, pode colocar ideias e até formular opiniões para as pessoas 
 
Acordão sobre erro de tipo
O acordão que escolhi é sobre: Um homem que se chama João, ele estava em um estabelecimento e deixou seu carro na rua, saindo desse estabelecimento ele foi tentar abrir o carro e não conseguiu de jeito nenhum, tentou abrir de todas as maneiras possíveis, mas só houveram falhas, nisso João resolveu chamar Maria, ela trabalha no estabelecimento que João estava e pediu ajuda para tentar abrir seu carro, maria tentou e falhou, mas João não desistiu e continuou tentando abrir o carro, logo Marcio chegou e começou a bater em João, Marcio era o verdadeiro dono do carro e estava batendo em João, pois achou que estavam assaltando o carro dele, márcio só parou de bater quando Maria falou sobre o erro do carro, pois João tinha um carro da mesma marca, cor e modelo. Sendo assim, João processou Marcio por agressão. 
Quando li esse caso, logo pensei em erro do tipo. 
Conceito: Tipo é a descrição legal da norma proibitiva, vale dizer, é a norma que descreve condutas (previstas abstratamente) que são criminosas. Quando o indivíduo pratica um fato e ele se subsume na descrição legal, tem-se o crime, surgindo aí o “ius puniendi” do Estado. Porém, podem ocorrer circunstâncias que, se objetivamente constatadas, excepcionarão o poder de punir do Estado. O erro de tipo está no art. 20, “caput”, do Código Penal. Ocorre, no caso concreto, quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita. 
Existem as formas do erro do tipo: 
· Existe o erro de tipo acidental e dentro dele existe 5 categorias: Error in persona, error in objeto, aberratio caussae, aberratio ictus e aberratio criminis. 
· Existe o erro essencial e existem duas categorias: Incriminador e permissivo. 
Dentro de todos os erros do tipo, o que se adequa melhor no caso é o erro de tipo permissivo. 
Erro de tipo permissivo
Conceito: Para a doutrina, o erro de tipo permissivo está previsto no artigo 20, § 1º do CP, segundo o qual "é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima . Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo".
A análise do tema exige certa compreensão acerca das teorias da culpabilidade. Para a teoria limitada da culpabilidade, se o erro do agente incidir sobre uma situação fática que, se existisse, tornaria a conduta legítima, fala-se em erro de tipo (erro de tipo permissivo); mas, se o erro recair sobre a existência ou, os limites de uma causa de justificação, o erro é de proibição (erro de proibição indireto/ erro de permissão). Em contrapartida, a teoria extremada da culpabilidade não faz qualquer distinção, entendendo que, tanto o erro sobre a situação fática, como aquele em relação à existência ou limites da causa de justificação devem ser considerados erros de proibição, já que o indivíduo supõe lícito o que não é.
O Prof. Luiz Flávio Gomes salienta que se trata de uma espécie sui generis de erro, posto que não pode ser tratado como erro de tipo, já que nesse, a finalidade é a exclusão do dolo, o que não acontece em tais circunstâncias. 
Parcela majoritária da doutrina defendeque, em se tratando de erro de tipo permissivo destacam-se duas situações: a) quando o erro é inevitável, impõe-se a isenção da pena, como se dá no erro de proibição; b) quando o erro se mostra vencível (evitável) ao agente será imposta a pena correspondente ao crime culposo, como ocorre nos casos de erro de tipo.
· Justificativa 
Pelo que entendi do caso, minha resposta que seja erro de tipo permissivo, pois o Marcio só partiu para agressão pois achou que estavam roubando o carro dele, então ele bateu por achar que João estava roubando o seu carro. 
O erro do tipo permissivo, a legitima defesa que se chama putativa, o agente pensa estar diante de uma situação fática caracterizada de uma excludente de antijuridicidade qual seja agressão injusta. 
E logo quando fui ver a decisão, excluirão a agressão, pois o erro do tipo de permissivo é todo aquele que esteja em um manto de uma causa excludente de antijuridicidade, Marcio só agrediu João por vê-lo mexendo em seu carro e achando que se passava por uma tentativa de roubo, então, exclui-se a agressão.

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