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CANDIDÍASE ❖ Infecção pelo fungo de levedura Candida albicans; ❖ Existi em duas formas – um traço conhecido como dimorfismo: 1. Forma de levedura: organismo seja relativamente inócua. 2. Forma de hifa: geralmente está associada à invasão do tecido hospedeiro. ❖ Infecção fúngica oral mais comum nos seres humanos e tem uma série de manifestações clínicas, às vezes dificultando o diagnóstico; ❖ Componente da microbiota oral normal, com 30% a 50% das pessoas apresentando estes fungos sem evidência clínica de infecção; ❖ Essa proporção aumenta com a idade; ❖ C. albicans pode ser isolada de quase 60% dos pacientes dentados e com mais de 60 anos de idade que não apresentam lesões orais; ❖ Três fatores gerais podem determinar se existem evidências clínicas de infecção: 1. O estado imune do hospedeiro. 2. O ambiente da mucosa oral. 3. Cepa da C. albicans. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA ❖ A forma mais bem reconhecida de infecção, também conhecida como sapinho; ❖ Caracterizada pela presença de placas brancas aderentes na mucosa oral; ❖ As placas brancas: o São compostas de massas emaranhadas de hifas, leveduras, células epiteliais descamadas e detritos; o A remoção pode ser feita com uma espátula ou esfregando uma gaze seca; ❖ A mucosa subjacente pode parecer normal ou eritematosa; Histologia e Patologia Bucal Doenças por Fungos e Protozoários ❖ Pode ser desencadeada pela exposição do paciente a antibióticos de amplo espectro ou pelo comprometimento do sistema imune do paciente; ❖ As disfunções imunes vistas nos pacientes leucêmicos ou nos pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV); ❖ Os sintomas, costumam ser brandos, consistindo em uma sensação de queimação da mucosa oral ou um gosto desagradável na boca, descrito como salgado ou amargo; ❖ Às vezes os pacientes se queixam de “vesículas”, quando na verdade há a sensação das placas elevadas em vez de verdadeiras vesículas; ❖ As placas são distribuídas normalmente na mucosa jugal, palato e dorso da língua; CANDIDÍASE ERITEMATOSA ❖ Não exibem manchas brancas ou uma lesão branca não é uma característica proeminente; ❖ Mais comum que a candidíase pseudomembranosa; ❖ Candidíase atrófica aguda¸ ou “feridas na boca por antibiótico”: o Surgem após um curso prolongado de antibioticoterapia de amplo espectro. o Boca parece queimada por bebida quente. o Essa sensação de queimação geralmente é acompanhada por uma perda difusa de papilas filiformes do dorso da língua, resultando em uma aparência despapilada e avermelhada na língua. ❖ Os pacientes com xerostomia por qualquer razão (p.ex., farmacológica, terapia pós- radiação ou síndrome de Sjögren) têm uma maior prevalência de candidíase eritematosa que também costuma ser sintomática; ❖ Formas de candidíase eritematosa geralmente são assintomáticas e crônicas: o Atrofia papilar central da língua ou glossite romboidal mediana. ❖ Atrofia papilar central: o Zona eritematosa bem demarcada que afeta a linha média. o O dorso posterior da língua é frequentemente assintomática. o O eritema se deve em parte à perda das papilas filiforme nessa área. o A lesão geralmente é simétrica e sua superfície pode variar de lisa a lobulada. o Sinais de infecção da mucosa oral por Candida em outros sítios. ❖ Essa apresentação da candidíase eritematosa foi denominada candidíase multifocal crônica: o Além do dorso da língua, os sítios que exibem envolvimento incluem o limite palato duro/mole e a comissura bucal (queilite angular, perlèche). ❖ Candidíase por dentadura: o Uma forma de candidíase eritematosa. o Caracterizada por graus variados de eritema, às vezes acompanhado por hemorragia petequial, localizada nas áreas portadoras de próteses totais ou parciais removíveis. o O processo raramente é sintomático. o Uso contínuo da prótese, só removendo periodicamente para higienização. o O clínico deve excluir a possibilidade de esta reação ser ocasionada pelo desenho inadequado da prótese, alergia aos componentes da dentadura ou cura inadequada da resina acrílica. CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA CRÔNICA (LEUCOPLASIA POR CANDIDA) ❖ Mancha branca que não pode ser removida por raspagem; ❖ Essa forma de candidíase é a menos comum (raro); ❖ Essas lesões estão situadas na mucosa vestibular anterior e não podem ser diferenciadas clinicamente de uma leucoplasia; ❖ O diagnóstico é confirmado pela presença de hifas de Candida associadas à lesão e, ainda mais importante, pela resolução completa da lesão após a terapia antifúngica; CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA ❖ Candidíase Rara; ❖ Relativamente raro de distúrbios imunológicos; ❖ A gravidade da infecção por está correlacionada com a gravidade do defeito imunológico; ❖ Alteração imune fica evidente durante os primeiros anos de vida: o Infecções na boca, unhas, pele e outras superfícies mucosas. o As lesões orais geralmente são descritas como placas brancas e espessas, que normalmente não saem ao serem esfregadas. ❖ As mutações no gene regulador autoimune (AIRE) foram resultante da formação de autoanticorpos direcionados contra os tecidos do próprio indivíduo; ❖ O ataque imune acontece contra as glândulas endócrinas; ❖ Pacientes jovens: o Devem ser avaliados, porque qualquer uma das variedades de alterações endócrinas: 1. Hipotireoidismo 2. hipoparatireoidismo, 3. hipoadrenocorticismo 4. Diabetes melito. o Anemia por deficiência de ferro, pode se desenvolver além da candidíase. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ Candida pode ser visualizada microscopicamente em uma citologia esfoliativa ou em cortes de tecido obtidos de uma amostra para biopsia; ❖ Na coloração com o método do ácido periódico de Schiff (PAS) ou com o método da metamina de prata de Grocott-Gomori (GMS); ❖ As hifas de Candida e as leveduras podem ser imediatamente identificadas; ❖ Indenditifacdos através da cor vermelha intensa e brilhosa; ❖ Hiperparaceratinização e alongamento das projeções epiteliais; DIAGNÓSTICO: ❖ Diagnóstico da candidíase costuma ser estabelecido pelos sinais clínicos, associado à citologia esfoliativa; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Foram desenvolvidas várias medicações antifúngicas para tratar a candidíase oral; ❖ Nistatina: o O trato gastrintestinal pouco absorve. o Eficácia depende do contato direto com as espécies de Candida. o Uma ou duas pastilhas. o Dissolvidas lentamente na boca 4-5 vezes por dia durante 10-14 dias. HISTOPLASMOSE ❖ Infecção fúngica sistêmica mais comum nos Estados Unidos; ❖ Ocasionada pelo organismo Histoplasma capsulatum; ❖ H. capsulatum: o É dimórfico. o Crescendo como uma levedura à temperatura corporal no hospedeiro humano e como um bolor em seu ambiente natural. o As áreas úmidas com solo enriquecido por excrementos de pássaros ou morcegos. ❖ Os esporos do organismo transportados pelo ar são inalados, passam para as passagens terminais dos pulmões e germinam; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOLÓGRAFICAS: ❖ Maioria dos casos é assintomática; ❖ A expressão da doença depende da quantidade de esporos inalados, do estado imune do hospedeiro e, talvez, da cepa de H. capsulatum; ❖ Indivíduos é saudável: o Não inala uma grande quantidade de esporos. o Ou não apresentam sintomas ou têm uma doença branda parecida com a gripe, por uma a duas semanas. ❖ Esporos inalado: o Fagocitado pelo macrófago dentro de 24 a 48 horas. o Resposta imune especifica mediana por linfócitos T desenvolve em 2 a 3 semanas. ❖ Os anticorposcontra o organismo normalmente aparecem várias semanas mais tarde; ❖ O hospedeiro normalmente é capaz de destruir organismo invasor; ❖ Pacientes que vieram anteriormente de área endêmica podem ter adquirido o microrganismo; ❖ Tardiamente apresentar a doença em algum outro local geográfico se vierem a ficar imunocomprometidos; HISTOPLASMOSE AGUDA ❖ Infecção pulmonar autolimitada; ❖ Desenvolve provavelmente em apenas 1% das pessoas expostas a uma baixa quantidade de esporos; ❖ Alta concentração de esporos, de 50% a 100% dos indivíduos apresentarão sintomas agudos; ❖ Esses sintomas: o Febre, cefaleia, mialgia, tosse improdutiva e anorexia. ❖ Quadro clínico similar ao da influenza; ❖ Os pacientes normalmente ficam doentes por duas semanas; ❖ Calcificação dos linfonodos hilares possa ser detectada anos mais tarde como um achado ocasional nas radiografias torácicas; HISTOPLASMOSE CRÔNICA ❖ Afeta primariamente os pulmões; ❖ Afeta os homens mais velhos, enfisematosos e brancos ou os pacientes imunossuprimidos; ❖ Clinicamente, ela se assemelha à tuberculose; ❖ Os pacientes exibem tosse, perda de peso, febre, dispneia, dor torácica, hemoptise, fraqueza e fadiga; ❖ As radiografias do tórax exibem infiltração e cavitação do lobo superior do pulmão; HISTOPLASMOSE DISSEMINADA ❖ Menos comum do que os tipos agudo e crônico; ❖ Ocorre em um entre 2.000 e 5.000 pacientes que apresentam sintomas agudos; ❖ Disseminação progressiva da infecção para sítios extrapulmonares: o Ocorre em pacientes idosos, debilitados ou imunossuprimidos. ❖ Os tecidos que pode ser afetados: o Baço, adrenais e fígado. o Linfonodos, trato gastrintestinal e sistema nervoso central (SNC), o Rins e mucosa oral. ❖ Maioria das lesões orais ocorre com a forma disseminada da doença; ❖ Os sítios mais afetados são a língua, palato e mucosa bucal; ❖ A condição costuma aparecer como uma ulceração única, variavelmente dolorida e com várias semanas de duração; ❖ Algumas lesões podem aparecer eritematosas ou brancas, com uma superfície irregular; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ O exame microscópico do tecido exibe um infiltrado difuso de macrófagos ou, na maioria das vezes, acúmulos de macrófagos organizados em granulomas; ❖ Microrganismo causadores podem ser identificados; DIAGNÓSTICO: ❖ Identificação histopatológica do organismo em cortes de tecido ou por meio de cultura; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Histoplasmose aguda: o Por ser um processo autolimitado, não justifica um tratamento específico que não seja o cuidado de suporte com agentes analgésicos e antipiréticos. o Muitas vezes, a doença não é tratada porque os sintomas são inespecíficos e o diagnóstico não é tão evidente. ❖ Histoplasmose crônica: o Exigem tratamento, apesar de ocorrer cura espontânea na metade dos casos. o Lesão pulmonar é progressiva se não for tratada, podendo resultar em morte em até 20% dos casos. o O tratamento de escolha é anfotericina B intravenosa. ❖ Histoplasmose disseminada: o Ocorre em indivíduos imunossuprimidos, sendo uma condição grave que resulta em morte em 80% a 90% dos pacientes, se não tratada. o Uma das preparações lipídicas da anfotericina B é indicada para esses pacientes. o Fase fatal da doença estiver sob controle, sendo necessária o uso de itraconazol por 6 a 18 meses. BLASTOMICOSE ❖ Uma doença incomum; ❖ Provocada pelo fungo dimórfico conhecido como Blastomyces dermatitidis; ❖ Embora o microrganismo raramente esteja isolado do seu hábitat natural, ele parece preferir solo úmido, onde cresce como bolor; ❖ Predileção masculina; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS: ❖ São adquirida pela inalação dos esporos, em particular após uma chuva; ❖ Os esporos chegam aos alvéolos pulmonares: o Onde se tornam leveduras à temperatura corporal. o Na maioria dos pacientes, a infecção provavelmente é detida e contida nos pulmões. o Se propagar por via hematogênica. ❖ Os sítios de acometimento, incluem pele, osso, próstata, meninges, mucosa orofaríngea e órgãos abdominais; BLASTOMICOSE AGUDA ❖ Lembra a pneumonia; ❖ Caracterizada por febre, dor torácica, mal-estar, sudorese noturna e tosse produtiva com esputo mucopurulento. BLASTOMICOSE CRÔNICA ❖ Mais comum do que a forma aguda; ❖ Pode mimetizar a tuberculose; ❖ São caracterizadas por febre baixa, sudorese noturna, perda de peso e tosse produtiva; ❖ As radiografias torácicas podem parecer normais, demonstrar infiltração difusa, uma ou mais massas pulmonares ou hilares; ❖ Ao contrário da tuberculose e histoplasmose, a calcificação geralmente não está presente; ❖ As lesões cutâneas representam a propagação da infecção a partir dos pulmões, embora possam ser um sinal da doença; ❖ Essas lesões começam como nódulos eritematosos, tornando- se verrucosos ou ulcerados; ❖ As lesões orais: o Superfície irregular, eritematosa ou branca. o Ou podem aparecer como ulcerações com bordas enroladas irregulares e graus variados de dor. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ Mistura de inflamação aguda e inflamação granulomatosa circundando uma quantidade variável de leveduras; ❖ São caracterizados por uma parede celular duplamente refratária; DIAGNÓSTICO: ❖ Exame microscópico de cortes histopatológicos ou de uma preparação citológica fixa em álcool. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Tratamento pode não ser administrado, porque frequentemente não há suspeita da doença; ❖ Anfotericina B sistêmica é indicada para os casos graves; ❖ O itraconazol deve ser prescrito para a doença de branda a moderada; PARACOCCIDIOIDOMICOSE (BLASTOMICOSE SUL-AMERICANA) ❖ Infecção fúngica profunda; ❖ Ocasionada pelo organismo Paracoccidioides brasiliensis; ❖ A condição é observada com mais frequência nos pacientes que vivem na América do Sul (principalmente no Brasil, Colômbia, Venezuela, Uruguai e Argentina) ou na América Central; ❖ Tatu-galinha é o hospedeiro do microrganismo P. brasiliensis; ❖ Predileção diferente pelo sexo masculino; ❖ A um efeito protetor dos hormônios femininos; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ São de meia-idade e fazem atividade na agricultura; ❖ Aparece inicialmente como infecções pulmonares após a exposição aos esporos do microrganismo; ❖ As infecções em geral sejam autolimitadas, pode se propagar por via hematogênica ou linfática, disseminando-se a diversos tecidos, incluindo os linfonodos, a pele e as adrenais; ❖ Lesões orais: o Aparecem como ulcerações, maioria das vezes a mucosa alveolar, gengiva e palato. Lábios, língua, orofaringe e mucosa jugal. o É frequente o envolvimento de mais de um sítio da mucosa oral. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ A avaliação microscópica do tecido obtido de uma lesão oral revela hiperplasia pseudoepiteliomatosa; ❖ Além de ulceração do epitélio sobrejacente; ❖ P. brasiliensis suscita uma resposta inflamatória granulomatosa caracterizada por acúmulos de macrófagos epitelioides e células gigantes mononucleadas; ❖ Os microrganismos exibem vários brotamentos na célula-mãe, resultando em uma aparência como “orelhas do Mickey Mouse” ou um timão de navio; DIAGNÓSTICO: ❖ A demonstração de leveduras associada às características clinicas é suficiente TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Casos menos graves: o Trimetoprima/sulfametoxa zol. ❖ Casos mais graves: o Anfotericina B IV. ❖ Casos onde não há risco de morte: o itraconazol oral, por vários meses. COCCIDIOIDOMICOSE (FEBRE DO SAN JOAQUIN VALLEY; FEBRE DO VALE; COCCI) ❖ Infecção fúngica; ❖ Coccidioides immitis: o Cresceno solo alcalino, semiárido e deserto do sudoeste dos Estados Unidos e México, ❖ Coccidioides posadasii: o Regiões áridas isoladas similares nas Américas Central e do Sul. ❖ São microrganismos dimórficos, aparecendo como um bolor no ambiente natural do solo e como uma levedura nos tecidos do hospedeiro infectado; ❖ Os artrósporos produzidos pelo bolor passam a ser transportados pelo ar e podem ser inalados para os pulmões do hospedeiro humano, produzindo infecção; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ Assintomática; ❖ 40% dos pacientes infectados apresentam sintomas semelhantes à gripe com sintomatologia pulmonar em uma a três semanas após inalarem os artrósporos; ❖ Fadiga, tosse, dor torácica, mialgias e cefaleia são frequentemente relatadas durante várias semanas e, na maioria dos casos, com resolução espontânea; ❖ Resposta imune pode desencadear uma reação de hipersensibilidade que ocasiona o desenvolvimento de uma erupção cutânea similar ao eritema multiforme ou ao eritema nodoso; ❖ Eritema nodoso: o Afeta a pele das pernas. o Aparecimento de múltiplos nódulos inflamatórios eritematosos doloridos no tecido conjuntivo subcutâneo. ❖ Febre do vale: o Hipersensibilidade que ocorre junto com a coccidioidomicose. o Se resolve à medida que a resposta imune mediada pelas células do hospedeiro controla a infecção pulmonar. COCCIDIOIDOMICOSE PULMONAR PROGRESSIVA CRÔNICA ❖ Relativamente rara; ❖ Ela mimetiza a tuberculose com a sua apresentação clínica de tosse persistente, hemoptise, dor torácica, febre baixa e perda de peso; COCCIDIOIDOMICOSE DISSEMINADA ❖ Ocorre quando o organismo se espalha por via hematogênica para os sítios extrapulmonares; ❖ Menos de 1% dos casos, com maior gravidade; ❖ As áreas mais envolvidas incluem a pele, os linfonodos (incluindo os linfonodos cervicais), ossos e articulações e as meninges; ❖ A imunossupressão aumenta o risco de disseminação; ❖ Grupos suscetíveis: o Pacientes que tomam grandes doses de corticosteroides sistêmicos. o Pacientes sob quimioterapia para o câncer. o Pacientes que estão sendo tratados com inibidores de TNF-α. o Pacientes nos estágios terminais da infecção por HIV. o Pacientes gestantes. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ Nos bebês e idosos, também pode ocorrer; ❖ Nos indivíduos de cor negra, filipinos e índios americanos, também parece haver um risco maior; ❖ Lesões cutâneas podem aparecer como: o Pápulas, abscessos subcutâneos, placas verrucosas e nódulos granulomatosos. ❖ Lesões central da face: o Prega nasolabial. ❖ Lesões orais: o Nódulos granulomatosos ulcerados. DIAGNÓSTICO: ❖ Confirmado pela cultura ou identificação dos microrganismos característicos no material de biopsia; TRATAMENTO: ❖ Depende da gravidade e extensão da infecção e do estado imune; ❖ Sintomas relativamente brandos em uma pessoa imunocompetente não justificam tratamento; ❖ A anfotericina B é administrada em pacientes de alto risco; CRIPTOCOCOSE ❖ Doença fúngica relativamente incomum; ❖ Ocasionada em particular pela levedura Cryptococcus neoformans na América do Norte; ❖ Não causa problemas nas pessoas imunocompetentes, mas pode ser devastador para o paciente imunocomprometido; ❖ Ampla distribuição mundial, devido à sua associação com o pombo; ❖ O microrganismo habita os depósitos de excrementos das aves; ❖ Desenvolve como uma levedura tanto no solo quanto no tecido infectado; ❖ Geralmente, o fungo produz uma cápsula de mucopolissacarídeos que parece protegê-lo das defesas imunes do hospedeiro; ❖ A doença é adquirida pela inalação dos esporos de C. neoformans para os pulmões, resultando em um fluxo de entrada imediato de neutrófilos, que destrói a maioria das leveduras; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ A infecção primária dos pulmões é frequentemente assintomática; ❖ Pode-se manifestar de forma similar à gripe: o Tosse produtiva, dor torácica, febre e mal-estar. ❖ Pacientes que tem uma condição médica de base relacionado à imunossupressão: o Terapia, sistêmica de corticosteroides, quimioterapia do câncer, neoplasias malignas e AIDS. ❖ Estima-se que 5% a 10% dos pacientes com AIDS adquirem essa infecção; ❖ Pacientes imunocomprometidos e o sítio de envolvimento mais frequente são as meninges, seguidas pela pele, ossos e próstata; ❖ A meningite criptocócica é caracterizada por cefaleia, febre, vômito e rigidez nucal. Em muitos casos, esse é o primeiro sinal da doença; ❖ As lesões cutâneas: o 10% a 15% dos pacientes com doença disseminada. o Aparecem como pápulas eritematosas ou pústulas que podem ulcerar. o Drenando um material similar ao pus, rico em microrganismos criptocócicos. ❖ Lesões orais são raras: o Foram descritas como úlceras crateriformes que não cicatrizam. o Sensíveis à palpação ou como placas eritematosas papilares friáveis. DIAGNÓSTICO: ❖ Vários métodos, incluindo biopsia e cultura; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Antes do desenvolvimento da anfotericina B, a criptococose era quase uniformemente fatal; ❖ Na meningite criptocócica: o Combinação de anfotericina B sistêmica e outro medicamento antifúngico (flucitosina) por duas semanas. o O fluconazol ou o itraconazol por um período adicional mínimo de 10 semanas. MUCORMICOSE (ZIGOMICOSE; FICOMICOSE) ❖ É uma infecção fúngica oportunista; ❖ Frequentemente fulminante ocasionada por microrganismos ❖ sapróbicos do subfilo Mucoromycotina, incluindo gêneros: o Absidia, Mucor, Rhizomucor e Rhizopus. ❖ São encontrados em todo o mundo, crescendo em seu estado natural em uma série de materiais orgânicos em decomposição; ❖ Muitos esporos podem ser liberados no ar e inalados pelo hospedeiro humano; ❖ Pode envolver qualquer uma das várias áreas do corpo, mas a forma rinocerebral é mais relevante para cirurgião-dentista; ❖ É observada especialmente nos diabéticos não controlados insulinodependentes: o Apresentando cetoacidose, que inibe a ligação do ferro à transferrina, permitindo que os níveis séricos de ferro aumentem. ❖ O crescimento desses fungos é estimulado pelo ferro e os pacientes que utilizam deferoxamina (tratamento de doenças, como a talassemia) também correm um risco maior de desenvolver mucormicose; ❖ Afeta os pacientes imunocomprometidos incluindo: o Os receptores de transplante de medula óssea, pacientes com AIDS e os que recebem tratamento com corticosteroides sistêmicos. ❖ Raramente relatada na região oral de indivíduos aparentemente saudáveis. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOLÓGRAFICAS: ❖ Os sintomas da rinocerebral: o Obstrução nasal, descarga nasal sanguinolenta, dor facial ou cefaleia, intumescimento facial ou celulite e alterações visuais com proptose concorrente. o Envolvimento do nervo craniano (paralisia facial). o Progressão da doença para a região craniana, pode haver cegueira, letargia e convulsões, seguidas por morte. ❖ Seio maxilar envolvido: o Intumescimento intraoral do processo alveolar maxilar, do palato ou de ambos. o Se a condição continuar sem tratamento, pode haver ulceração no palato, aparência enegrecida e necrótica. o O resultado pode ser uma destruição tecidual maciça, caso a condição não seja tratada. ❖ Radiograficamente, a opacificação dos seios da face pode ser observada junto com o apagamento regular de suas paredes ósseas; ❖ Pode ser difícil de distinguir do quadro de uma neoplasia maligna ocorrendo na área sinusal; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ Exibe necrose, com várias hifas grandes (6 a 30 μm de diâmetro), ramificadas e não septadas na periferia;DIAGNÓSTICO: ❖ Baseado nos achados histopatológicos; ❖ Devido à natureza grave dessa infecção, deve ser instituída a terapia apropriada de modo oportuno; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Diagnóstico rápido e preciso da doença; ❖ Desbridamento cirúrgico radical do tecido infectado, necrótico; ❖ Pela administração sistêmica de altas doses de uma das formulações lipídicas de anfotericina B; ASPERGILOSE ❖ Doença fúngica; ❖ Forma não invasiva: o Afeta ralmente um hospedeiro normal; o Reação alérgica ou um agrupamento de hifas fúngicas. ❖ Forma invasiva: o Localizada do tecido danificado pode ser vista em um hospedeiro normal; ❖ Infecção invasiva mais ampla: o Vista no paciente imunocomprometido. ❖ São encontradas em todo o mundo como organismos sapróbios no solo, água ou resíduos orgânicos em decomposição; ❖ Os esporos resistentes são liberados no ar e inalados pelo hospedeiro humano; ❖ Segunda infecção fúngica oportunista mais frequência; ❖ Aspergillus não se desenvolve a 37° C; somente as espécies patogênicas; ❖ As duas espécies de Aspergillus mais encontradas no ambiente médico são A. flavus e A. fumigatus; ❖ A. fumigatus: o Responsável pela maioria dos casos de aspergilose. o O paciente pode contrair essas infecções no hospital (infecção “nosocomial”). CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ Depende do estado imune do hospedeiro e da presença ou não de dano tecidual; ❖ No hospedeiro normal: o A doença pode aparecer como uma alergia, afetando os seios da face (sinusite fúngica alérgica). o Trato broncopulmonar. ❖ Inalação dos esporos: o Crise de asma por uma pessoa suscetível. o Ocasionalmente, uma infecção de baixo grau se estabelece no seio maxilar. o Resultando em uma massa de hifas fúngicas denominada bola de fungo, embora aspergiloma e micetoma. o A massa vai sofrer calcificação distrófica, produzindo um centro radiopaco chamado antrólito no interior do seio maxilar. ❖ Encontrada pelo cirurgião- dentista é a aspergilose após a exodontia ou tratamento endodôntico, especialmente na região posterior da maxila; ❖ O dano tecidual predispõe o seio maxilar à infecção, resultando em sintomas de dor e sensibilidade localizada, acompanhadas por corrimento nasal. ❖ Imunocomprometidos: o São particularmente suscetíveis à aspergilose oral. o Porta de entrada possa ser a gengiva marginal e o sulco gengival. ❖ Ulcerações gengivais doloridas e perifericamente; tanto a mucosa oral e o tecido mole desenvolvem tumefação difusa, com um matiz cinzento ou violáceo; ❖ Se não for tratada: o Manifestada clinicamente como uma úlcera amarela ou preta, e a tumefação facial se desenvolvem. ASPERGILOSE DISSEMINADA ❖ Ocorre nos pacientes imunocomprometidos, em particular naqueles com leucemia ou que estão tomando altas doses diárias de corticosteroides; ❖ Esses pacientes costumam exibir sintomas relacionados ao sítio de inoculação primário: os pulmões: o Dor torácica, tosse e febre. ❖ Os fungos se dissemina pela corrente sanguínea, a infecção pode se propagar para sítios como: o SNC, olhos, pele, fígado, trato gastrintestinal, osso e tireoide. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ Os cortes de tecido das lesões invasivas do Aspergillus spp; ❖ Exibem quantidades variáveis de hifas ramificadas, septadas, com 3 a 4 μm de diâmetro; DIAGNÓSTICO: ❖ O diagnóstico deve ser apoiado pela cultura do microrganismo existente na lesão; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ Imunocompetentes: o Depende da apresentação clínica nos pacientes com um aspergiloma invasivo; o O desbridamento cirúrgico pode ser o tratamento; ❖ Sinusite fúngica alérgica: o São tratados com desbridamento e corticosteroides. ❖ Aspergilose invasiva localizada: o É indicado o desbridamento seguido pela medicação antifúngica. ❖ Imunocomprometidos: o Aspergilose invasiva. o Devem ser tratados com desbridamento agressivo do tecido necrótico, combinado com terapia antifúngica sistêmica. ❖ O prognóstico dos pacientes imunocomprometidos é obscuro, mesmo com o tratamento adequado, apenas um terço desses pacientes sobrevive; TOXOPLASMOSE ❖ É uma doença relativamente comum; ❖ Ocasionada pelo protozoário intracelular obrigatório Toxoplasma gondii; ❖ Nos adultos normais e saudáveis, o microrganismo não causa alterações; ❖ Infelizmente, a doença pode ser devastadora para o feto em desenvolvimento ou para o paciente imunocomprometido; ❖ Membros da família dos gatos, são hospedeiros definitivos. O T. gondii; ❖ Outro animal ou ser humano pode ingerir esses oocistos das fezes do animal, ocasionando a doença; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: ❖ No indivíduo imunocompetente a infecção é frequentemente assintomática; ❖ Se os sintomas se desenvolverem, geralmente são brandos: o Febre baixa, linfadenopatia cervical, fadiga e dor muscular ou articular. o Esses sintomas podem durar de algumas semanas a alguns meses embora o hospedeiro normalmente se recupere sem tratamento. ❖ Linfadenopatia envolve um ou mais linfonodos na região perioral, como o linfonodo vestibular ou submentoniano; ❖ Nesses casos, o cirurgião-dentista pode diagnosticar a doença; ❖ Imunossuprimidos: o Nova infecção primária; o Reativação de organismos previamente enquistado. o Principais grupos em risco incluem: 1. Pacientes com AIDS 2. Receptores de transplantes 3. Pacientes com câncer ❖ As manifestações clínicas da infecção podem incluir encefalite necrotizante, pneumonia e miosite ou miocardite; TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ❖ Mãe não imune contrai a doença durante a gestação e o microrganismo atravessa a barreira placentária, infectando o feto em desenvolvimento; ❖ Os possíveis efeitos: o Cegueira. o Comprometimento intelectual. o Atraso no desenvolvimento psicomotor. ❖ São mais graves se a infecção ocorrer durante o primeiro trimestre de gestação; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: ❖ Linfonodo obtido de um paciente com toxoplasmose ativa exibe centros germinativos reativos com acúmulo de macrófagos e eosinófilos; DIAGNÓSTICO: ❖ Biopsia de um linfonodo envolvido pode sugerir o diagnóstico; ❖ Ás vezes os microrganismos podem ser detectados pelo exame imuno-histoquímico com anticorpos direcionados contra antígenos específicos de T. gondii TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: ❖ A maioria dos adultos saudáveis não requer tratamento específico devido aos sintomas leves e ao curso autolimitado; ❖ Suspeita de exposição durante a gestação, o tratamento com uma combinação de sulfadiazina e pirimetamina costuma prevenir a transmissão de T. gondii para o feto;
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