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Pim ERP

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27
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Extas e Tecnologia – ICET
ANDERSON JOSE DA SILVA
ELIEL GONZAGA DA SILVA
KLEVERSON ACIOLI DOS SANTOS
PETERSON ANDRADE SANTOS 
SAMUEL FONSECA DE SOUZA
WASHINGTON MARCIO S. GONÇALVES
ERP E A INDÚSTRIA 4.0
SOROCABA 
2019
ANDERSON JOSE DA SILVA
ELIEL GONZAGA DA SILVA
KLEVERSON ACIOLI DOS SANTOS
PETERSON ANDRADE SANTOS 
SAMUEL FONSECA DE SOUZA
WASHINGTON MARCIO S. GONÇALVES
ERP E A INDÚSTRIA 4.0
	
Trabalho de PIM – Projeto Integrado Multidisciplinar apresentado à Universidade Paulista - UNIP
SOROCABA
2019
 RESUMO
 A Indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, é uma tendência que visa tornar os processos produtivos mais eficientes, autônomos e customizáveis. Tal conceito é baseado em 9 tecnologias principais: robôs automatizados, simulação, manufatura aditiva, integração horizontal e vertical de sistemas, Internet das Coisas, Big Data e Analytics, Cloud Computing, segurança cibernética e realidade aumentada.
Todos esses avanços tecnológicos são aplicados por meio de sistemas físicos cibernéticos. A revolução gera impactos na qualidade de vida das pessoas e, inclusive, é responsável pelo aumento da produtividade e crescimento das empresas. A automação de processos na Indústria 4.0 requer a utilização de softwares de gerenciamento completos, como o ERP (enterprise resource planning). A qualidade dos sistemas deve ser garantida para que os processos sejam cada vez mais automatizados. Logo, para obter os resultados esperados no processo de manufatura, é necessário alinhar as novas tecnologias e integrá-las ao novo conceito de Revolução Industrial.
	
Palavras chave: Indústria 4.0, ERP, tecnologia
 ABSTRACT
Industry 4.0, also known as the Fourth Industrial Revolution, is a trend that aims to make production processes more efficient, autonomous and customizable. This concept is based on 9 main technologies: automated robots, simulation, additive manufacturing, horizontal and vertical integration of systems, Internet of Things, Big Data and Analytics, Cloud Computing, cyber security and augmented reality.
All these technological advances are applied through cybernetic physical systems. The revolution generates impacts on people's quality of life and is responsible for increasing productivity and growth of companies. Process automation in Industry 4.0 requires the use of complete management software, such as enterprise resource planning (ERP). The quality of systems must be ensured so that processes are increasingly automated. Therefore, to obtain the expected results in the manufacturing process, it is necessary to align the new technologies and integrate them with the new concept of Industrial Revolution.
Keywords: Industry 4.0, ERP, technology
 SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ……………...………………………………………...…………………. 5
2. DESENVOLVIMENTO ……………………………………………………….…………. 6
2.1 ERP na Indústria 4.0 …………………….……………………………………………. 6
2.2 A Evolução no Brasil …………………………………………………………………. 7 
2.3 Pilares da Indústria 4.0 …………………………………………………..………….. 8
2.4 Fundamentação Teórica ………....................................………………………….. 9
2.5 A implantação da Sistema ERP em Indústrias ................................................ 10
2.6 Fatores Favoráveis e Desfavoráveis na Implantação .................................... 12 
2.7 Metodologia ....................................................................................................... 15
2.8 Apresentação da Empresa ................................................................................ 16
2.9 Estrutura do Software ....................................................................................... 16
2.9.1 Implantação .................................................................................................... 18
3. ANALISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 21
3.1 Dificuldades e Benefícios na Implantação ...................................................... 22
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 25
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 26
1. 
2. INTRODUÇÃO
O termo indústria 4.0 se originou a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia. O termo foi usado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011. Em outubro de 2012 o grupo responsável pelo projeto, ministrado por Siegfried Dais (Robert Bosch GmbH) e Kagermann (acatech) apresentou um relatório de recomendações para o Governo Federal Alemão, a fim de planejar sua implantação. Então, em abril de 2013 foi publicado na mesma feira um trabalho final sobre o desenvolvimento da indústria 4.0. 
As revoluções da indústria foram separadas em 4 fases ou versões, conforme o impacto causado nos meios produtivos vigentes, descritos em seguida: A primeira revolução industrial foi à introdução das instalações de produção mecânica começando na segunda metade do século XVIII e intensificando-se ao longo de todo o século XIX. A partir da década de 1870, a eletrificação e o trabalho estruturado com base nas teorias de Taylor, levaram as manufaturas à segunda revolução industrial. A terceira revolução industrial, também chamada "A revolução digital", iniciada em torno da década de 1970, a eletrônica avançada e a tecnologia da informação desenvolvem ainda mais a automatização da produção e dos processos. A quarta revolução industrial inicia-se com a consolidação das ferramentas da tecnologia da informação, uso de simulações integrando um modelo virtual da planta com a planta propriamente dita, o uso da computação em nuvem e com o aprimoramento dos sensores e com conectividade além dos PLCs.
Diante das revoluções que a Industria 4.0 vem propondo ao mercado, optamos por observar a evolução tecnológica de um sistema ao longo dos anos que é de suma importância nas Empresas, o ERP, a função desse trabalho é observar como se comporta as evoluções tecnológicas os benefícios e os desafios das Empresas em sua implantação, fazendo uma análise estatística da economia de tempo e dinheiro, aliado a diferencial competitivo. O trabalho é direcionado a estudantes e simpatizantes da área de automação Industrial bem como estudiosos da Indústria 4.0. Nossa pesquisa é bibliográfica.
3. DESENVOLVIMENTO
 2.1 ERP na Indústria 4.0
A possibilidade de integrar as tecnologias e criar uma organização inteligente são as principais vertentes da transformação digital das empresas. Algumas mudanças no software do ERP ocorreram desde o começo da era 4.0 e apresentam cada vez mais vantagens às empresas. Veja os benefícios que mais se destacam abaixo:
Controle Real Time: A Indústria 4.0 trouxe uma grande vantagem ao desenvolvimento das etapas empresariais: é possível controlar e analisar todos os dados em tempo real. Isso ocorre devido à aplicação da Internet das Coisas alinhada a um ERP que opera na Nuvem. O sistema é capaz de armazenar informações separadamente, tanto dentro da indústria quanto fora dela.
Os dados mais relevantes são coletados, agrupados e sintetizados em dashboards, de acordo com cada etapa. Tal facilidade promove a agilidade de todos os processos instantaneamente, evitando o retrabalho e aumentando a produtividade do negócio.
Descentralização: A facilidade no acesso aos dados permite uma descentralização no controle e na operação dos processos produtivos. A integração sistêmica oferecida pelo software permite que as decisões sejam tomadas por meio de analytics — o que torna o processo muito mais ágil.
Modularidade: O ERP é um sistema modular, logo, o processo de implantação é feito por meio de etapas. Desse modo, é possível começar pelas fases mais críticas do processo, otimizando o uso dos recursos necessários para concluir todas astarefas. Este formato gasta menos energia, tempo e dinheiro, além de melhorar a produção.
Virtualização: A virtualização consiste em usar a capacidade total de uma máquina física para distribuir os recursos entre usuários ou ambientes. Com esta funcionalidade, é possível monitorar toda a cadeia produtiva e reunir as informações necessárias para auxiliar na tomada de decisão. Por meio da virtualização, os projetos tornam-se mais eficientes e não apresentam perdas ou falhas.
Interoperabilidade: O contato entre os colaboradores responsáveis pela produtividade e os maquinários utilizados no processo é um dos benefícios mais importantes oferecidos pela Indústria 4.0. A comunicação clara e objetiva é estabelecida na ligação entre a Internet das Coisas e um sistema de gestão, sem a necessidade de deslocamento do trabalhador. O intuito da Interoperabilidade é conectar todos os pontos de contato da empresa.
Segundo XU, XU e LI (2018), os rápidos avanços nos métodos de industrialização e informatização estimularam um tremendo progresso no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia de fabricação e gestão. Esses autores relatam que as inovações tecnológicas dos sistemas de informações, comunicação e gestão geram oportunidades para novas aplicações em todas as atividades técnicas, econômicas e sociais, estimulando melhorias nas áreas de inteligência artificial, telecomunicações, computação em nuvem, máquinas virtuais, novos dispositivos de acesso às redes e operações e gestão das organizações.
2.2 A Evolução no Brasil
Para JUNIOR (2018), o Brasil não concluiu de forma razoável a sua terceira revolução industrial. Isso quer dizer que muitas indústrias brasileiras (para não dizer a maioria) ainda operam em regime 2.0, utilizando, por exemplo, lógicas de acionamentos elétricos com relês para promover automação. Sequer utilizam micro controladores e/ou controladores lógicos programáveis. O Brasil não utiliza a robótica e a automação de forma sistemática. O estudo da CNI (2018) aponta que dos 24 setores industriais brasileiros, mais da metade (14, incluindo vestuário e têxtil) está bastante atrasada em relação à adoção de tecnologias digitais e robotização. Devido ao baixo grau de inovação, pouca inserção no comércio exterior e produtividade inferior à média internacional, os níveis de industrialização no Brasil estariam nos níveis da Indústria 2.0. De acordo com YIN, STECK e LI (2017), na indústria atual predomina a Indústria 2.0. Esses autores fazem uma comparação entre as principais características da indústria atual e a Indústria 4.0.
 
Imagem 1- Cronograma das 4 Revoluções Industrias 
Fonte: https://www.citisystems.com.br/industria-4-0/
 2.3 Pilares da Indústria 4.0
	
A indústria 4.0 é uma realidade que se torna possível devido aos avanços tecnológicos da última década, aliados às tecnologias em desenvolvimento nos campos de tecnologia da informação e engenharia. As mais relevantes são:
Internet das coisas (Internet of Things – IoT): Consiste na conexão em rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos eletrônicos embarcados que permitem a coleta e troca de dados. Sistemas que funcionam a base da Internet das Coisas e são dotados de sensores e atuadores são denominados de sistemas Cyber-físicos, e são a base da indústria 4.0.
Big Data Analytics: São estruturas de dados muito extensas e complexas que utilizam novas abordagens para a captura, análise e gerenciamento de informações. Aplicada à indústria 4.0, a tecnologia de Big Data consiste em 6Cs para lidar com informações relevantes: Conexão (à rede industrial, sensores e CLPs), Cloud (nuvem/dados por demanda), Cyber (modelo e memória), Conteúdo, Comunidade (compartilhamento das informações) e Customização (personalização e valores).
Segurança: Um dos principais desafios para o sucesso da quarta revolução industrial está na segurança e robustez dos sistemas de informação. Problemas como falhas de transmissão na comunicação máquina-máquina, ou até mesmo eventuais “engasgos” do sistema podem causar transtornos na produção. Com toda essa conectividade, também serão necessários sistemas que protejam o know-how da companhia, contido nos arquivos de controle dos processos.
2.4 Fundamentação Teórica
	
De acordo com WIEDEMANN (2017), novas tecnologias de informação e comunicação lideradas pela Internet se integram com a automação e tecnologias de produção. Embora haja um foco na automação das fábricas, todas as atividades da empresa estão criando novos processos de valor agregado e novos modelos de negócios com produtos e serviços como resultado da transformação digital. A rede inteligente abrangente e todos os participantes dos processos (funcionários, produtos, serviços, máquinas, materiais, dentre outros) permitem a disponibilidade de informações em tempo real e oferecem suporte a redes dinâmicas de valor agregado auto organizadas.
Pessoas, máquinas, objetos e sistemas de TIC trocam enormes quantidades de dados uns com os outros. Essa logística de dados necessária torna-se a nova tarefa central de todo o departamento de TI, ou seja, as informações necessárias na composição certa, no momento certo e no lugar certo. A tarefa da TI muda na gestão da organização, operação e monitoramento dos fluxos de dados. Os sistemas de TI, em empresas industriais, têm se baseado em três pilares: ERP (planejamento de produção), PLM (gerenciamento de produtos) e SPS (controle de produção).
Para DAVEBPORT (2002), a necessidade das organizações em obterem informações precisas, em tempo real e de forma integrada fez com que um tipo de sistema ganhasse popularidade – o sistema integrado de gestão ou ERP. Sistemas ERP são pacotes de sistemas integrados que atendem todas as áreas de uma empresa. 
Os sistemas ERP fornecem rastreamento e visibilidade global da informação de qualquer parte da empresa e de sua Cadeia de Suprimento, o que possibilita decisões inteligentes. Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo real.
Segundo LAUDON (2014), em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios. O ERP é um sistema que une todas as funções empresariais, é definido como uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa como fabricação, logística finanças e recursos humanos. É um sistema amplo de soluções e informações. Um banco de dados único, operando em uma plataforma comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um único ambiente computacional. (PAMPLONA, 1999). 
SOUZA e ZWICKER (2003), definem o ERP como sistemas de informação integrados, que podem ser adquiridos na forma de pacotes comerciais, de forma a suportar a maioria das operações de uma empresa. Eles procuram atender a requisitos genéricos do maior número possível de empresas, incorporando modelos de processos de negócio, obtidos pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisa em processos de benchmarking. 
Segundo ASSOLARI (2005), o principal objetivo do ERP é integrar todos os departamentos e fluxos de informações de uma empresa em um único sistema com uma única base de dados que possa atender todas as necessidades da empresa. O ERP integra o planejamento, a gestão e o uso de todos os recursos da empresa e promete também benefícios que vão desde melhor eficiência até qualidade, produtividade e lucratividade aprimoradas.
2.5 A implantação do Sistema ERP em Industrias
Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados única e por módulos que suportam diversas atividades. Os dados utilizados por um módulo são armazenados na base de dados central para serem manipulados por outros módulos, eliminando redundânciase inconsistências nas informações. Como o ERP integra módulos que antes operavam isoladamente, fica mais fácil parametrizar e alterar dados no sistema.
Mais do que simplesmente um software de informações, o ERP necessita de um redesenho de processos antes de ser implantado. Como estes sistemas tem por objetivo ser um espelho da atividade da empresa, suportando em sua base de dados todas as informações operacionais da mesma, é necessário que seja feito, quase sempre, um estudo e adequação dos processos que serão suportados pelo novo software, pois processos mal definidos, com duplicidade de funções ou outros problemas não corrigidos, terão estes problemas amplificados após a implantação de um ERP. A característica modular é um aspecto presente em praticamente todos os produtos. O cliente pode optar por módulos de acordo com a sua necessidade, conveniência ou orçamento. Por exemplo, podem ser adquiridos os módulos: financeiro, de contabilidade, de compras, de gerenciamento de projetos e de gerenciamento de investimentos, dentre outros
Implantar um ERP requer cuidados como escolher o sistema mais adequado às peculiaridades da organização e selecionar os parceiros envolvidos na implantação, como uma consultoria experiente no assunto. O sucesso está atrelado ao gerenciamento do projeto, ao comprometimento da empresa e da alta administração e à formação de equipe com conhecimentos sobre o sistema e processos de negócio da empresa. 
A implantação desses sistemas objetiva reduzir custos, efetivar e otimizar processos por meio da implementação de melhores práticas da indústria e obter controle e disponibilidade de informações. 
 A organização passa por um período de adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova ferramenta de trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). 
Para HABERKORN (2004), a grande dificuldade na implantação de ERP é escolher a alternativa mais adequada de forma a agregar mais valor aos negócios em termos de maior eficiência em seus processos, diante de tantas opções disponíveis no mercado com funcionalidades similares
A implantação de sistemas ERP tem consequências para o trabalho desempenhado, tarefas, pessoas envolvidas e a estrutura do trabalho organizacional. Essas variáveis representam os impactos da tecnologia na empresa. Sendo assim, os sistemas podem afetar de inúmeras formas a produtividade e a qualidade dos serviços e processos de uma organização.
LEÃO e LEÃO (2004), mencionam que os sistemas ERP requerem a definição de estratégias de implantação e a definição de suas funcionalidades iniciais, para que o sistema atinja seus objetivos. Sobre estratégias, os autores ainda ressaltam que não existe um único plano de implantação, sendo que a estratégia mais adequada a ser adotada depende das características positivas e negativas levantadas e dos objetivos e variáveis estratégicas de cada organização.
A fase de satisfação dos requisitos funcionais necessários, deve-se trabalhar em outras possíveis barreiras para atingir o sucesso efetivo da implantação do ERP, como a resistência a mudanças e o medo da substituição da mão-de-obra. Os gestores devem avaliar com atenção especial esses dois fatores e discutir a melhor forma de minimizar esses impactos (REZENDE; ABREU, 2000).
2.6 Fatores Favoráveis e Desfavoráveis na Implantação
ALMEIDA e COELHO (2000), indicam que as grandes transformações organizacionais são possíveis de acontecer somente por meio de processos agressivos e capazes de contrariar a inércia natural da organização. Os autores narram que muitas empresas aproveitam os momentos de mudanças, principalmente as de grande impacto, para remodelarem, por completo, suas estruturas, seus processos de negócio, seus mecanismos de controle, seus níveis hierárquicos, visto que a magnitude da mudança diminui a resistência, rompe barreiras e permite a criação de uma nova estrutura ideal. 
AYRES (2000), ressalta que estas mudanças se manifestam de duas maneiras distintas, a resistência para aceitar a tecnologia e a forma de se identificar com a tecnologia. O autor menciona que a resistência para aceitar a tecnologia pode resultar em comportamentos passivos ou, em casos mais graves, em sabotagens, enganos intencionais, recusa para usar o sistema e tentativas de torná-lo inoperante. Encerrada a fase de satisfação dos requisitos funcionais necessários, deve-se trabalhar em outras possíveis barreiras para atingir o sucesso efetivo da implantação do ERP, como a resistência a mudanças e o medo da substituição da mão-de-obra. Os gestores devem avaliar com atenção especial esses dois fatores e discutir a melhor forma de minimizar esses impactos (REZENDE; ABREU, 2000).
 É importante destacar, dentre os favoráveis, aqueles que envolvem os negócios, a legislação e a tecnologia.
Relacionados aos negócios estão àqueles aspectos ligados a economia e a lucratividade do negócio, bem como a sua rentabilidade financeira, já os que estão de acordo com a legislação podemos destacar a adequação do sistema as leis e normas do país em que o mesmo está sendo implantado e finalmente temos os fatores ligados à tecnologia, principal aspecto do sistema ERP, estes se referem à perda da competitividade ocasionada pela obsolescência econômica das tecnologias em uso.
Dados colhidos em uma pesquisa realizada pela Andersen Consulting, junto aos CEOs (Chief Executive Officer), com 200 empresas que instalaram sistemas de gestão empresarial, mostrou que 67% das empresas conseguiram melhorar a exatidão e a disponibilidade da informação com o sistema de ERP, e que 61% também conseguiram uma melhora no processo de decisão dos seus gestores graças ao sistema, além de propiciar aos seus usuários uma significativa melhoria no controle das previsões futuras de possíveis problemas, que dificilmente seriam identificados sem auxílio dessa ferramenta.
Implementar um sistema de ERP, como vimos anteriormente, definitivamente não é fácil, é de extrema importância que a empresa avalie não só as decisões à serem tomadas até a implantação, mas como as decisões que iram ser tomadas em seguida, tendo que adequar seu pessoal e sua estrutura para que com isso ambos possam extrair o máximo possível deste sistema potencialmente vantajoso para a organização.
Simplificando como funciona o ERP em 5 passos:
1º Passo: Empresa recebe mercadoria (módulo de compra e módulo fluxo de caixa)
2º Passo: Empresa guarda mercadoria em estoque (modulo de estoque)
3º Passo: Estoque avisa que há quantidade “X” de produto para venda (módulo estoque e módulo de venda)
4ª Passo: Cliente compra mercadoria e empresa emite nota fiscal (módulo de venda e módulo contabilidade)
5º Passo: Nota fiscal é guardada no sistema e produto é enviado ao cliente (módulo de logística, estoque e contabilidade)
O ERP (enterprise resource planning) é dividido em 3 camadas:
1) Camada de apresentação: essa é a camada em que o usuário terá acesso ao sistema, através de formulários e campos que deverá preencher. Essa camada fará a comunicação interna com a camada de processamento lógico para efetuar processamentos e retornar para a tela ou salvar no banco de dados (data base) do erp.
2) Camada de processamento lógico: é aqui que fica todos os processos empresariais que o ERP pode ter. Essa camada recebe os dados que o usuário informa na camada de apresentação e integra com os módulos do sistema, retornando ao usuário uma resposta do que foi solicitado ou salvando no banco de dados. Toda integridade do sistema fica nessa camada, e sempre que precisa inserir novas atualizações, processos empresariais, melhorar o desempenho e a segurança do sistema, é tudo nessa etapa que é feita. Para isso, é necessário mexer no código fonte do software, fazer uma nova programação e compilar novamente o programa, para que as novas funcionalidades entrem em vigor.
3) Camada de armazenagem: quando o usuário digita as informações na tela, ela passa pela camada de processamento e posteriormente vem para essa camada, para ser salva em um banco de dados. Isso vai garantirque os dados fiquem gravados para ser acessados no futuro. Alguns softwares erp também permite a exportação de dados do sistema para arquivos de excel, word, pdf, entre outros.
 Imagem 2 -Estrutura típica de funcionamento de um Sistema ERP:
Fonte: http://www.provsul.com.br/gestao.htm
2.7 Metodologia
No que se refere aos objetivos, este estudo qualifica-se como descritivo, há pesquisas, ainda, que definidas como descritiva a partir dos seus objetivos, servem também para proporcionar uma nova perspectiva do problema, se aproximando das pesquisas exploratórias. Sendo assim, esta pesquisa descreve como foram feitas as etapas do processo de implantação de um sistema ERP na empresa estudada e quais foram os benefícios e dificuldades trazidos para a gestão desta organização. Quanto aos procedimentos, realizou-se um estudo de levantamento bibliográfico, para entendimento do assunto abordado, Sistemas Integrados de Gestão (ERP), estudo de caso e pesquisa documental com base nos objetivos específicos dessa pesquisa.
Para realizar a análise sobre os impactos da implantação de um sistema ERP na organização, a coleta de dados se deu inicialmente por meio de entrevistas informais com os gestores e funcionários, para a caracterização da empresa pesquisada e para a coleta de dados sobre a implantação do sistema ERP, a fim de obter as informações necessárias para realizar os objetivos específicos do trabalho. A coleta de dados sobre a implantação do sistema foi realizada por meio de documentos que apresentavam detalhadamente os processos e etapas de implantação de cada módulo do sistema ERP, visando analisar os benefícios e dificuldades da implantação.
2.8 Apresentação da Empresa
A Empresa observada, Innova Calçados, tem sede em Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul, o crescimento da cidade gaúcha foi calcado na indústria de calçados, que, durante muito tempo, foi considerada a Capital Nacional do Calçado. Com foco no couro, o setor é um dos grandes responsáveis pela economia na região.
Novo Hamburgo sedia duas das principais feiras do Brasil: FENAC (Feira Internacional do Calçado) e FIMEC (Feira Internacional de Máquinas para Curtumes, Couros, Componentes para Calçados e Acessórios), eventos que buscam discutir tendência e novos passos do mercado. 
A Empresa fornece calçados para diversas regiões do Brasil, devido a seu crescimento constante eles querem começar a exportar.
A Empresa possui atualmente em seu quadro cerca de 200 funcionários, na sua fundação a 11 anos atrás começou com cerca de 40, um dos motivos que a Empresa achou viável a implantação do ERP, para integrar as áreas, diminuir os ruídos entre as áreas, custos e tempo de produção.
O portfólio de clientes da Empresa é composto por grandes marcas de calçados masculinos presentes em vários shoppings do Brasil que fecham contratos por estações, a Empresa fabrica vários modelos para determinada estação e se compromete com garantia e eventual reposição de peças por até 6 meses. 
2.9 Estrutura do Software
O software ERP implantado na empresa foi adquirido de uma empresa localizada na cidade de Criciúma, neste estudo denominado por Alfa Software. O sistema ERP da Alfa Software é composto por guias e módulos, utilizados para gerir as diversas áreas de uma empresa, os módulos são: 
Vendas e Serviços: esses módulos são utilizados no setor comercial e administrativo da empresa, onde é feito todo o controle, desde o orçamento até a emissão de notas fiscais de saída, com controle e relatórios disponibilizados pelo sistema ERP.
- Orçamentos;
- Pedidos de venda;
- Chamado e Ordem de serviço;
- Contratos;
- Comissões;
- Atendimento ao Cliente;
- Notas Fiscais de saída;
- Evolução de Faturamento;
Compras: módulo utilizado pelo setor comercial e financeiro, para o controle de ordens de compra, sugestão de compra e análise de custo. É módulo onde é efetuada a entrada das notas fiscais de despesas e fornecedores.
- Ordem de Compra;
- Formação de preço de venda;
- Sugestão de compra;
- Notas Fiscais de entrada;
- Análise de custo;
Estoques: módulo utilizado pelo setor de compra e venda para controle, cadastro de novos itens e consulta.
- Contagem de estoque;
- Fechar e reabrir estoque;
- Reprocessamento de custo médio;
- Ajuste de estoque;
- Estoque em poder de terceiros;
- Relatórios de movimentação de estoque e alteração de preço no período;
- Análise de custo;
 Finanças: módulo utilizado pelo setor financeiro e administrativo, onde são registradas todas as operações financeiras da empresa.
- Lançamentos financeiros (Bancos e Caixa);
- Conciliação bancária;
- Exportação e importação de arquivos bancários;
- Contas a pagar e receber;
- Bússola financeira;
- Demonstrativo dos fluxos de caixa
- Fluxo de caixa;
- Relatórios customizados;
Todo o sistema ERP é conectado e integrado, funcionam por estações remotas pela internet, integrado ao sistema SPED, exportação de dados (Excel, Word, PDF, Google, apps) e envio de diversos tipos de relatórios, orçamentos, pedidos e projetos por e-mail.
O sistema também é flexível e adaptável às necessidades da empresa, sendo configuradas regras de negócios, regras contábeis, personalização de projetos, relatórios, formulários, análises, etc.
 2.9.1 Implantação
Imagem 3 - Fases da Implantação:
 Fonte: Autor 
Na fase inicial do projeto realizaram-se as reuniões com a contratada para demarcar e planejar como seria feita a implantação. Foi definindo o software a ser utilizado, foram descritas as necessidades da contratante, verificou-se como funcionam seus processos internos, definiram-se os módulos a serem utilizados e, organizou-se e planejaram-se as estratégias e cronograma para a implantação do sistema. Os sistemas de informação são a base para o bom funcionamento de um ERP, pois esses sistemas que irão auxiliar na tomada de decisão. Fazem parte de um sistema de informações gerenciais as pessoas, equipamentos, documentos, procedimentos e etc., com isso, os dados coletados são analisados e utilizados na tomada de decisões gerenciais.
O processo de implantação do software ERP na empresa pesquisada teve atrasos nas fases iniciais de implantação. Um dos motivos foi devido a problemas do sistema anterior em relação à entrega dos arquivos de backup e informações de dados, que era necessário para realizar a conversão de dados para o novo sistema ERP. Outro motivo foi ocasionado pela empresa contratada, com atraso na entrega de espelhos e layouts importantes para o funcionamento de procedimentos internos e rotineiros da empresa. Esses fatos atrasaram o serviço dos colaboradores, que faziam o uso de dois sistemas paralelamente.
A proposta comercial do sistema da Alfa Software foi apresentada em 30/03/2016 e aprovada no mesmo dia. O início dos trabalhos de implantação, de acordo com a proposta, era de 30 dias a contar da data de assinatura do contrato, assinado e homologado no dia 05/04/2016. Os treinamentos de cada módulo também foram realizados via EAD durante o período de 30 dias até começarem os treinamentos na empresa, disponibilizados para cada usuário, com treinamentos básicos do sistema. Houve um atraso no início da implantação previsto pela empresa fornecedora, motivado pelo atraso nas configurações, importações dos arquivos de backups do sistema antigo e conversão de dados. A conversão de dados para o sistema ERP, centralização dos bancos de dado da empresa, personalizações, as configurações e conferências só foram realizadas no dia 20/06/2016, quase três meses após a assinatura do contrato. O treinamento inicial previsto para 06/05/2016, só foi realizado em 20/06/2016, após a implantação e conversão de dados para o novo sistema, foram atividades rotineiras e básicas como: treinamento de cadastros e consulta de clientes, fornecedores, empregados, cidades, condições e métodos de pagamento. A implantação foi encerrada no dia 13/07/2016, no dia seguinte foi lavrado um termo de conclusão de implantação de software, mesmo havendo problemas de implantação e de treinamentos, no termolavrado consta que se houvessem novas necessidades que demandassem serviços de configurações adicionais ou de personalização, poderiam ser avaliados e cobrados a parte. A data prevista para o encerramento da implantação de treinamentos na empresa seria em 20/06/2016. Devido aos problemas de implantação no período contratado de treinamento, foi convocada uma reunião no dia 24/07/2016 onde foram discutidos os problemas e tarefas a serem revisadas no sistema, sendo registrado em ata de reunião, detalhando as providências tomadas pela contratada. Os problemas apontados na última reunião foram solucionados, no entanto, os usuários-chaves, ainda precisaram recorrer diversas vezes ao suporte técnico para sanar dúvidas em procedimentos e transações do sistema, pois para algumas situações específicas não houve treinamento, porém, essas situações são rotinas de qualquer empresa, e se não forem bem executadas acabam comprometendo as informações lançadas no sistema.
 Figura 1 Tela do módulo de estoque do sistema ERP
 Fonte: https://www.alfanetworks.com.br/portfolio
4. ANALISE DOS RESULTADOS 
 Após a fase de implantação do sistema ERP na empresa em questão, foram elencadas e analisadas as principais melhorias ou benefícios encontrados e também problemas enfrentados, com base na experiência dos usuários-chaves durante o período de implantação
	MÓDULOS ERP
	BENEFÍCIOS
	PROBLEMAS
	ATUAL
	
VENDAS
	- Processo de emissão de nota fiscal melhor e mais rápida;
-Melhoria no processo de emissão e controle de orçamentos
- Otimização em ferramentas que auxiliam as vendas
	- Algumas ferramentas estavam sem parametrização ocasionando alguns atrasos na implantação
	- Totalmente implantado
	
SERVIÇOS
	- Possui ferramenta de transmissão de nota fiscal, não sendo necessário utilizar sites online para transmitir
- Melhor controle das ordens de serviços 
	- Algumas ferramentas estavam sem parametrização, ocasionando atrasos na implantação
	- Totalmente implantado
	
COMPRAS
	- Melhor automatização para a formação de preço de venda
- Processos de lançamentos de NFs de entrada/saída/despesas
	- Necessário auxílio da contabilidade terceirizada para ajustar parâmetros na ferramenta de notas fiscais de entrada
	- Totalmente implantado
	
FINANÇAS
	-Melhores processos e lançamentos e registros financeiros 
- Possui diversos relatórios gerenciais que mostram a situação da Empresa 
– Melhores ferramentas para os processos de contas a pagar e receber
-Melhores ferramentas para transações entre caixa e bancos
	- Muitos erros de parametrização no início da implantação
	- Parcialmente Implantado
	
ESTOQUE
	- Não apresentou melhora significativa na visão dos gestores 
	- Não apresentou problemas
	- Totalmente implantado
Fonte: Autor
3.1 Dificuldade e Benefícios na Implantação
 
 Dificuldades:
 - Layout do sistema;
 - Falta de conhecimento contábil;
 - Falta de treinamento por parte da contratada;
 - Má gestão de tempo durante a implantação;
 Benefícios:
 - Integração das informações;
 - Visão gerencial;
 - Redução no tempo de produção e entrega do produto final;
 - Melhora na gestão de custos;
 Quando observamos as dificuldades, podemos citar, Layout do sistema: os layouts e funcionamentos de sistemas ERP podem ser estranhos e complexos nos primeiros dias de uso para os usuários-chaves, isto porque ele funciona com diversas telas e módulos de cada setor da 50 empresa. 
 Falta de conhecimento contábil por parte do usuário-chave do setor administrativo: o usuário-chave que trabalha no setor administrativo e que também utiliza o módulo de finanças e ferramentas para emissão e lançamentos de notas fiscais teve dificuldades para fazer alguns lançamentos que exigiam informações contábeis, como por exemplo, fazer o uso do plano de contas para lançar contas de despesas e receitas. Falta de treinamento por parte da contratada: no início da implantação do sistema ERP, houve os treinamentos básicos do funcionamento das ferramentas de cada módulo. Porém com o tempo de uso e com as atividades rotineiras da empresa, foi constatado que o treinamento oferecido não contempla a realidade de atividades rotineiras das empresas em geral, onde surgiram os problemas de parametrização dos lançamentos. 
 Má gestão de tempo durante a implantação: os principais usuários-chaves do sistema ERP são o setor administrativo e financeiro. Os treinamentos foram feitos com esses dois usuários-chaves ao mesmo tempo, o que acabou atrapalhando suas atividades rotineiras, atrasando trabalhos e atendimento aos clientes, tendo em vista que parte desse serviço era feito durante os treinamentos, e isso acarretou várias dúvidas, e consequentemente a necessidade de intervenção da assistência técnica.
 Quando observamos os benefícios, podemos citar, Integração das informações: com a integração do sistema, foi observado a otimização dos processos, o tempo levado para realizar atividades 51 dentro do sistema é reduzido, sendo que o sistema ERP faz essas atividades automaticamente e em sistemas não integrados, muitas vezes, eram feitos em vários processos. Melhoria na comunicação, pois como integra todas as informações, todos os usuários-chaves têm acesso, facilitando a circulação de dados. 
Visão gerencial: visto que o sistema integra todas as informações, é possível emitir, automaticamente, relatórios gerenciais que auxiliam na tomada de decisões por parte dos gestores.
 Adequação aos processos de negócios do sistema ERP: antes da implantação do sistema ERP, os procedimentos de lançamentos de qualquer natureza não tinham regras, por exemplo, era possível lançar uma despesa em contas a pagar sem que ela estivesse vinculada a algum documento ou nota fiscal. 
 Com o sistema ERP, houve um redesenho de processos, não sendo possível criar lançamentos ou registros sem que estejam vinculados a alguma obrigação ou dever ou regra contábil. 
 Após um ano da implantação a Empresa colheu dados nos principais setores e fez uma análise para observar a otimização que o ERP trouxe, comparando antes da implantação, durante o processo e após:
*Cada 0,5 representa economia anual aproximada de R$ 100.000,00 por setor
Fonte: Autor 	
 O setor de Compras conseguiu bons resultados durante e após a implantação, o financeiro e o setor de contabilidade que fica inserido no Administrativo, teve dificuldade durante a implantação como já relatado acima mas após treinamento e desenvolvimento das habilidades durante o uso, conseguiu observar melhora significativas, o setor de vendas foi o que obteve melhores resultados segundo os dados apurados pela empresa, ela conseguiu expandir e começar a exportar por isso o aumento mais expressivo, após um processo com desafios a Empresa conseguiu chegar ao objetivo, que era se estruturar para começar a exportar.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
O objetivo do nosso trabalho era descrever os avanços tecnológicos que a Industria 4.0 tem proporcionado e observar a implantação do Sistema ERP em uma empresa para analisar as dificuldades e benefícios.
O estudo apresentou uma Empresa do setor de calçados que desejava começar a exportar mas precisava de um sistema que integrasse os departamentos da empresa, para reduzir custos, tempo de produção, ter diferencial competitivo e começar a inovar tecnologicamente.
Na análise bibliográfica foram apresentadas as características, implantação, os fatores favoráveis, como a integração de informações, controle sobre os processos internos da empresa e acesso às informações precisas, e os fatores desfavoráveis, como mudança no processo organizacional da empresa, alto custo de aquisição e processo demorado na implantação.
Consideramos ao longo do trabalho que o processo de Implantação de um sistema ERP na Empresa não é simples, precisa de estudo e treinamento dos colaboradores, mas que a Empresa que esteja disposta a esse investimento, se torna mais competitiva, consegue bons resultadosem médio e longo prazo.
Para estudos futuros, sugere-se que sejam realizadas pesquisas que analisem sistematicamente as necessidades de diferentes empresas, com diferentes visões de mercado, para analisar em qual setor um sistema ERP melhor se adequa.
O ERP é um sistema que vem evoluindo aos longos dos anos junto a Indústria 4.0, é um facilitador para as Empresas, principalmente as brasileiras que precisam inovar tecnologicamente e serem competitivas no mercado perante ameaça de outros países como China e sua mão de obra mais barata, concluímos que nesse caso a Empresa obteve sucesso na implantação, o que não é unanimidade mas pode ser conseguido com um estudo na Empresa, a participação de todos os funcionários não apenas os cargos de gerencia, seja analisada as necessidades da Empresa e seus colaboradores.
REFERÊNCIAS
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COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001.
		
DAVENPORT, T. H. et al. Dominando a Gestão da Informação. Porto Alegre: Bookman,2002.
	
HABERKORN, Ernesto Mário. Gestão Empresarial com ERP. São Paulo: Saraiva, 2. ed., 2004
JUNIOR, L. C. A.; FILHO, P. de S.; CUSTÓDIO, L. R.; SILVA, G. P. Virtualização, Otimização e Flexibilização de Processos e da gestão: Potencialidades da Indústria 4.0. Revista de Tecnologia da Informação Aplicada. Jul./Dez, p. 11-17, 2018.
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PAMPLONA, Edson de O.; HYPOLITO, Christiane Mendes. Sistemas de gestão integrada: conceitos e principais considerações em uma implantação. Rio de Janeiro: 19º ENEGEP, 1999.
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YIN R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos; tradução Ana Thorell, 4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
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Defiição do software
Análise para determinar as necessidades da Empresa
Processo Empresariais que serão inseridos no ERP
Módulos a serem utilizados 
Estratégia de Implantação
Cronograma e previsões 
Treinamento das pessoas usuários-chave
Análise de dados da Empresa
Pós Implantação	Compras	Financeiro	Contabilidade	Vendas	3.3	2.5	3.5	4.5	Durante o processo	Compras	Financeiro	Contabilidade	Vendas	2.4	1.8	1.8	2.8	Antes da implantação	Compras	Financeiro	Contabilidade	Vendas	2	2	3	2.4

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