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COMPLIANCE LEGAL - ANBIMA

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COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
ÉTICA, COMPLIANCE E PARTICIPAÇÕES DO MERCADO
Módulo 1 – Funções do Compliance
Compliance é estar em conformidade, é o dever de cumprir e fazer.
Ser compliance é conhecer as normas da organização, seguir os procedimentos recomendados, agir em conformidade e sentir o quanto é fundamental a ética e a idoneidade na condução das atividades.
Estar em compliance é estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos.
Ser e Estar em compliance é acima de tudo, uma obrigação individual de cada colaborador dentro da Instituição.
Risco de Compliance é risco de sanções legais ou regulamentares, perdas financeiras ou mesmo perda reputacionais decorrentes da falta de cumprimento de disposições legais, regulamentares e códigos de conduta.
Compliance vai além do cumprimento da legislação e regulamentos, incorpora também princípios de integridade e conduta ética.
Mesmo que nenhuma lei ou regulamento seja descumprido, ações que tragam impactos negativos para os acionistas, clientes, empregados e etc. podem gerar risco reputacional e publicidade adversa, comprometendo a continuidade de qualquer entidade.
Risco Legal
É basicamente um risco implícito de perda devido à impossibilidade de se executar os termos de um contrato, os riscos provenientes de documentação insuficiente, da falta de poderes dos representantes da contraparte para assumir o compromisso e o desconhecimento de algum aspecto jurídico relevante, gerando a incapacidade de se implementar uma cobrança, por falta de amparo legal.
Risco de Imagem
Impacto negativo da opinião pública (clientes, investidores, mídia, entre outros) sobre as operações/atividades da Instituição.
O risco de imagem pode prejudicar o negócio de uma instituição de muitas formas, como por exemplo: queda no valor da ação, perda do apoio dos clientes e desaparecimento de oportunidades de negócios.
Controles Internos
Assumimos o consenso que Controle Interno é o conjunto de procedimentos, normas e objetivos estabelecidos pela governança da empresa, com o objetivo de cumprir a política administrativa da organização e proporcionar confiança no que diz respeito à eficácia e eficiência dos recursos.
Segregação de Função
Um sistema de controle adequado é aquele que elimina a possibilidade de dissimulação de erros ou irregularidades.
Assim sendo, os procedimentos destinados a detectar tais erros ou irregularidades, devem ser executados por pessoas que não estejam em posição de praticá-los, isto é, deve haver uma adequada segregação de funções.
De uma maneira geral, o sistema de controle interno, deve prever segregação entre as funções de aprovação de operações, execução e controle das mesmas, de modo que nenhuma pessoa tenha completa autoridade sobre todas as etapas de uma operação.
Barreira da Informação (Chinese Wall)
A barreira da informação ou Chinese Wall é considerada um conjunto de procedimentos e políticas internas da instituição que visa estabelecer uma barreira à comunicação entre diferentes indivíduos ou setores de uma mesma empresa, de modo a assegurar o cumprimento da legislação vigente sobre a segregação da administração de recursos de terceiros das demais atividades da instituição.
Insider Trading
É o uso indevido de uma informação privilegiada por pessoas que, pela natureza do cargo que ocupam ou da atividade que exercem, têm acesso a dados sigilosos antes de serem divulgados no mercado.
Assim, o insider compra ou vende no mercado a preços que ainda não estão refletindo o impacto de determinadas informações sobre a companhia que são de seu conhecimento exclusivo.
Insider Trading – Atividades Ilegais
Negociar – negociar em nome de amigos, parentes ou qualquer outro terceiro como base em informações privilegiadas.
Aconselhar – aconselhar outras pessoas, depois do acesso a informações privilegiadas.
Front Running
Existem várias técnicas manipulativas de informações utilizadas ao longo da história, e que continuam sendo usadas atualmente. A expressão front running significa informação privilegiada para a realização de uma negociação antecipadamente.
É uma prática ilegal de obtenção de informações antecipadas sobre a realização de operação nos mercados de bolsa e balcão e que influenciarão a formação dos preços de determinados produtos de investimento.
Neste caso surge o chamado conflito de ordens de compra e venda de produtos de investimento se a situação não for adequadamente administrada.
Confidencialidade
A informação é um dos ativos mais importantes de uma instituição; portanto, protege-la é fundamental. E a confidencialidade da informação resguardada contra a revelação não autorizada.
Esse é um conceito abrangente, mas vamos nos limitar àquelas informações que são confiadas às instituições pelos clientes ou investidores e às quais só poderão ter acesso determinados funcionários.
São as informações que precisam de controle, pois a sua utilização inadequada pode trazer sérios prejuízos financeiros e abalos na reputação da instituição.
Nem todas as informações precisam ser controladas, mas todas devem ser gerenciadas. Porém, aquelas que são vitais para a organização e cuja confidencialidade precisa ser preservada devem ser cercadas por normas, políticas e acordos na defesa da integridade.
Medidas de Prevenção
A forma de combate a essa prática, utilizada pelos setores privados e públicos, se dá por meio de medidas de prevenção. Dentre essas medidas podemos citar as normas e diretrizes internas da instituição, a capacitação técnica dos empregados que lidam ou controlam esse tipo de informação, bem como adoção de um programa de treinamento contínuo focado, principalmente, na conscientização de todos os empregados e pessoas relacionadas às Instituições.
Conflitos de Interesse
Conceitua-se conflito de interesses como sendo a falta de alinhamento entre os integrantes de um grupo, não somente na questão objetiva de definição, mas também na percepção de que interesses individuais poderão se sobrepor à decisão ou ação.
O conflito está no emaranhado das relações entre sócios, acionistas, funcionários, fornecedores de bens e serviços, clientes e órgão do governo, enfim, nas relações com “stakeholders” das instituições.
Há conflito de interesses quando alguém obtém uma vantagem indevida utilizando-se do poder de sua posição na instituição. Pautado pelo código de ética, o funcionário deve realizar seu trabalho fazendo jus à remuneração, o que implica obedecer exclusivamente aos propósitos da instituição, e não aos seus próprios.
No âmbito dos conflitos entre os clientes é mais comum identificarmos situações de mau uso da informação e concorrência, algumas desleais.
No âmbito dos conflitos entre clientes e instituições podemos incluir questões relacionadas a suitability, approriateness, front running, recebimento de presentes e entretenimento.
E, finalmente, no âmbito dos conflitos, entre cliente e funcionários da instituição, observam-se transações executadas com finalidade de esconder uma perda ou um ganho em determinada posição ou ainda para disfarçar posições muito alavancadas, empréstimos entre cliente e funcionários, ou entre fornecedor e funcionário.
Não há critério único ou definitivo para determinar quantos são os conflitos inerentes a uma função ou situação. Dificilmente haverá um Código de Ética, regulamentando, norma ou procedimento que determine todas as situações de potencial ou efetivo conflito.
Segurança da Informação
De acordo com a Resolução 2.254 de 24/09/98, alterada pelas Resoluções nºs 3.056/2002 e 4.390/2014, editadas pelo CMN, é obrigatório:
1 – A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
2 – A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico.
Segundo a norma ISSO/IEC 17799:2000, segurança da informação pode ser definida como a proteçãocontra um grande número de ameaças às informações, sendo caracterizada pela preservação dos três atributos básicos da informação: confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Informações incluídas na Política de Segurança da Informação
· Definição de segurança da informação, objetivos gerais e a sua importância;
· Declaração de intenção da gerência, apoiando os objetivos e princípios;
· Breve descrição dos principais procedimentos e controles internos com os padrões mínimos exigidos;
· Definição das responsabilidades de cada área para a eficiência e eficácia da gestão de segurança da informação;
· Referências a pequenas políticas e procedimentos internos mais detalhados;
· Mencionar a periodicidade da revisão dos processos e políticas internas.
Controles Internos
Após as devidas aprovações a política deve ser comunicada em toda a instituição e de forma acessível e de fácil entendimento.
As responsabilidades pela proteção de ativos individuais e pela condução de processos de segurança específicos devem ser claramente definidas.
A política deve fornecer orientação sobre a alocação de papéis e responsabilidades relacionadas à segurança da organização.
Módulo 2 – Prevenção à lavagem de dinheiro
Prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento de terrorismo
Pode-se definir lavagem de dinheiro como um processo que tem por objetivo transformar os recursos obtidos de forma ilícita em recursos legais, através da dissimulação e ocultação da sua origem. Então, a ocultação e dissimulação da origem dos recursos provenientes de uma infração penal, e a posterior inserção no sistema econômico como se tivessem sido adquiridos de modo legal, são a tônica para configurar-se o crime de lavagem de dinheiro.
A motivação do crime, no caso da lavagem de dinheiro, é sempre o lucro financeiro. No financiamento ao terrorismo, a motivação não é econômica, e sim, na maioria das vezes, política, religiosa ou ideológica.
Porém, a diferença básica está na origem dos recursos e no destino dos recursos. Na lavagem de dinheiro, a origem dos recursos é sempre ilícita e o destino pode ser lícito ou ilícito. O contrário acontece com o financiamento do terrorismo, cuja origem dos recursos pode ser lícito ou ilícito, e a aplicação dos recursos será sempre ilícita, já que servirão para realizar os seus atos criminosos. 
Fases da lavagem de dinheiro: colocação, ocultação e integração. Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas três etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente.
A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem o criminoso procura isso movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas filho aqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por meio de depósitos compreendem instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com o dinheiro em espécie.
A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica transferindo os ativos para contas anônimas preferencialmente em países amparados por lei de sigilo bancário ou realizando depósitos em contas fantasmas.
Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades, podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Abrangência
Diversas atividades diversas atividades e setores econômicos podem ser veículos para lavagem de dinheiro, mas certo é que existe predileção dos lavadores por atividades que não tenham regulação e fiscalização rígida, além daquelas que movimentam um grande volume de dinheiro em espécie, o que dificulta a identificação de sua origem.
O Mercado de capitais também é atraente para a lavagem de dinheiro pela variedade e alto índice de liquidez dos papéis negociados. Nesse contexto a tipologia mais comum é a aquisição de títulos com os proveitos ilícitos.
A instrução CVM número 301 de 16/04/1999 com as alterações introduzidas pela instrução CVM 463/2008, 506/2011, 523/2012, 534/2013 e 553/2014, disciplina e fiscaliza as pessoas sujeitas ao mecanismo de controle da lei de lavagem de dinheiro reguladas pela CVM. A carta circular nº 3542/2012 também traz exemplos de situações relacionadas com operações de investimento interno, que podem ser consideradas suspeitas.
Cadastro
A Lei nº 9.613/1998 dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta lei; e cria também o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF. 
Algumas das atividades sujeitas à Lei:
· a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; 
· a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial; 
· a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
Comunicações de Operações Suspeitas 
Se após a análise das situações e/ou operação houver indícios de atipicidade ou suspeição, deverá ser enviada comunicação COAF, dentro do prazo e nas condições previstas na regulamentação vigente.
· Todos os registros que fundamentaram a comunicação devem ser arquivados e mantidos adequadamente.
· Esta comunicação tem caráter confidencial e, portanto, deve ser restrita aos funcionários envolvidos no processo de análise e não deve ser informado ao cliente.
· As áreas responsáveis pela prevenção à lavagem de dinheiro das instituições financeiras podem e devem possuir o conhecimento, soberania e independência para a comunicação dos casos identificados como atípicos. 
Comunicações de Operações Suspeitas
De acordo com o Artigo 11 da Lei 9.613/98, deve-se observar as seguintes disposições de regulamentação:
· Dispensar especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na lei ou com eles relacionar-se.
· Comunicar ao COAF, a proposta ou realização de operação suspeita, sem dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 horas.
· Comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade, ou na sua falta, ao COAF, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas.
 O artigo 11º da mesma lei instrui que as transferências internacionais e o saque em espécie deverão ser previamente comunicados à instituição financeira, nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo Banco Central do Brasil.
Aplicação do princípio “Conheça seu cliente” (KYC).
O procedimento de conheça seu cliente é uma política de aplicação global recomendada pelos órgãos internacionais formuladores de políticas de prevenção. Busca identificar conhecer a origem e constituição do patrimônio e dos recursos financeiros do cliente. Internacionalmente é reconhecido pela sigla KYC (Know Your Client).
A aplicação de uma adequada política de Conheça Seu Cliente ajuda a proteger a reputação e a integridade das instituições do sistema bancário, reduzindo a possibilidade dos bancos de se tornarem veículos ou vítimas de crimes financeiros.
Dado que o Conheça Seu Cliente retrata um histórico e uma situação e condição financeira do cliente do momento, que por sua vez podem variarpara melhor ou pior, faz-se necessário manter um procedimento regular de atualização e complementação das informações inicialmente apresentadas. Cabe a cada instituição definir o prazo desejável para a atualização e renovação dessas informações.
· Aplicação do princípio “Conheça Seu Cliente” (KYC)
Conhecer o histórico e atividade profissional;
· Identificação dos beneficiários finais, caso existam;
· Não ter evidências de que os recursos movimentados têm origem ilícita;
· Possuir a evidência de que os produtos e serviços solicitados estão de acordo com a atividade por ele desenvolvida;
· Classificar corretamente o cliente com relação ao risco que oferece e monitorá-lo adequadamente. 
 Importante!
Para conduzir um bom processo de avaliação precisamos primeiro, classificar o cliente quanto ao risco que ele oferece à instituição. Devemos priorizar aqueles que oferecem riscos mais elevados, deixando os clientes que não oferecem nenhum risco com relação à lavagem de dinheiro para uma avaliação mais leve e padronizada.
Módulo 4 – Categoria de Investidores
Suitability
Investidores têm necessidades, níveis de conhecimento de mercado e perfis de investimentos diferenciados.
Portanto devemos aconselhar ou ofertar produtos e serviços a estes clientes com base em parâmetros e critérios bem fundamentados.
Alguns clientes possuem uma diferenciada experiência e conhecimento do mercado e de determinados produtos. Desta forma estes serão submetidos a processos de controles distintos, bem como aqueles clientes que irão operar apenas produtos categorizados como não complexos, mas que estejam sendo oficialmente assessorados por empresa ou profissional qualificado e autorizado.
O mercado financeiro tem por costume adotar dois parâmetros visando classificar os clientes e verificar a adequação de seus investimentos.
Estes parâmetros podem ser obtidos no início ou manutenção do relacionamento com os clientes em uma conversa ou por questionário e avaliando seu comportamento ao longo do relacionamento.
Objetivo
Este parâmetro está diretamente associado a elementos quantitativos, tais como:
· Situação financeira patrimonial;
· Volume financeiro envolvido;
· Frequência e tipos das operações realizadas
Subjetivo
Refere-se ao levantamento de informações qualitativas, tais como:
· Nível de conhecimento dos produtos e serviços disponíveis no mercado financeiro;
· Objetivo dos investimentos;
· Horizonte de tempo dos investimentos passados e futuros;
· Histórico do cliente no mercado financeiro e de capitais;
· Tolerância ao risco;
O perfil de investimento dos clientes será definido considerando-se os objetivos de investimento, o grau de tolerância a risco, o conhecimento e a experiência do cliente.
Adicionalmente, são levadas em consideração informações relevantes como o histórico operacional do cliente, seu patrimônio e a composição de sua carteira de investimentos.
A Instrução CVM 554/2014 alterou as regras de verificação da adequação do produto ao investidor (suitability), presentes na Instrução CVM 539/2013, passando a prever que a necessidade de realização do suitability é dispensada em alguns casos. Por outro lado, para àqueles que é obrigatório, a análise do perfil tornou-se mais apurada.
Para a definição de cada perfil de investimento de acordo com os produtos, serviços e operações da empresa é necessário considerar o risco associado ao produto e seus ativos subjacentes o perfil dos emissores que prestadores de serviços associados ao produto a existência de garantias e o prazo de carência.
A responsabilidade dos profissionais que atuam com distribuição de produtos financeiros ou consultores, através da pessoa jurídica, possui uma política para verificação e constante atualização do perfil de investimento dos clientes. As informações mínimas necessárias são:
1. O tratamento interno dado no caso de divergência entre o perfil identificado e os recursos detidos/pretendidos;
2. Periodicidade da avaliação do enquadramento do portifólio frente ao perfil;
3. Procedimento interno que esclareça o tratamento dado a situações de impossibilidade de definição do perfil do investidor;
4. Informações sobre a importância do processo como um todo e outras que julgarem necessários para este fim; 
No caso de um cliente ordenar a realização de operações que não estejam adequados ao seu perfil de investimento , ou seja um cliente não respondeu o questionário de isso suitability o ainda que esteja com as informações desatualizadas , isso ele deve ser alertado sobre a ausência ou desatualização de perfil sou da sua inadequação como a indicação de causa da divergência se houver.
Os participantes do sistema de distribuição de valores mobiliários devem possuir política e procedimentos específicos sobre a recomendação de produtos complexos, considerando o risco da estrutura em comparação com os produtos tradicionais e que a dificuldade em determinar seu valor, inclusive em razão de sua baixa liquidez. 
Investidores profissionais
São considerados investidores qualificados para fins da instrução CVM 554/14:
1. Investidores profissionais;
2. Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00 e que adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
3. As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM;
4. Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que sejam investidores qualificados.
Finanças pessoais
O Planejamento financeiro pessoal é a aplicação dos princípios de finanças aos efeitos monetários resultantes das decisões dos indivíduos e das famílias. Significa estabelecer metas para a acumulação de recursos que irão formar o patrimônio de uma pessoa ou de uma família.
Para elaborar um planejamento financeiro deve-se levar em conta:
· Situação financeira atual
· Conjunto de objetivos
· O caminho a ser percorrido entre o estado financeiro atual e os objetivos
 O Orçamento auxilia no processo de identificação da situação financeira atual.
O fluxo de caixa é de grande auxílio no acompanhamento das finanças do investidor.
O que é Orçamento Pessoal e Familiar?
Orçamento é a previsão das receitas e das despesas que serão correntes em um determinado período futuro.
Fazer um orçamento significa entre outras coisas avaliar minuciosamente sua situação financeira, e identificar como andam suas despesas e suas receitas. Um orçamento pessoal ou familiar é uma ferramenta utilizada para prever aquilo que se pretende gastar no futuro e aquilo que se pretende ganhar no mesmo período.
O que é fluxo de caixa?
Fluxo de caixa é um instrumento que permite o monitoramento das entradas e saídas de recursos previstos ou não no orçamento.
Portanto, o orçamento é um instrumento que auxilia no planejamento financeiro pessoal no longo prazo e o fluxo de caixa é o instrumento para acompanhar o curto prazo.
O que é Patrimônio Liquido?
Patrimônio= Totalidade de bens – Dívidas.
Ativos
É o conjunto formado pelos bens e direitos, por exemplo: carro, imóveis, o dinheiro depositado no banco, o saldo do FGTS e etc.
Passivos
São dívidas, o empréstimo do carro, a dívida com o imóvel, os carnês de financiamento, as dívidas no cartão de crédito, etc.
Índice de Endividamento.
É um indicador de qual percentual do ativo foi financiado pelas dívidas (passivo):
Índice de endividamento= Total de Passivos/Total de Ativos.
O patrimônio é tudo aquilo que a pessoa possui, seja os bens da família ou uma herança. Para calculá-lo, basta somar todos os bens (ativos) que detém como casas, automóveis, investimentos e saldos de previdência; e subtrair dos compromissos financeiros (passivos) as famosas dívidas.

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