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QUESTIONÁRIO DE DIREITO PENAL

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QUESTIONÁRIO DE DIREITO PENAL
1º CONCEITUE DIREITO PENAL:
Resp.: É o conjunto de normas jurídicas que definem as infrações penais, fixam as sanções e disciplinam as relações jurídicas daí decorrentes para a tutela do direito de liberdade ante o poder punitivo do Estado (José Frederico March).
2º COMO SE CLASSIFICA DIREITO PENAL?
Resp.: Classifica-se em:
· Comum – É o que se aplica a todos;
· Especial – É o que se aplica a determinado segmento da sociedade;
· Subjetivo – É o que decorre do Direito Penal objetivo. É o poder (ou dever) do Estado de punir os indivíduos por ele tutelados, dentro dos basilares do Direito Penal Objetivo;
· Objetivo – É o que estabelece as infrações, as punições e as relações. É o próprio ordenamento jurídico-penal;
· Substantivo - É o que decorre do Direito Penal adjetivo. É a materialidade da norma, ou seja, é a norma em sua apresentação formal (exemplo: livro que contém o Código Penal);
· Adjetivo – É o que elenca a forma de aplicação do direito penal substantivo, nomeadamente por meio da investigação e da valoração judicial do crime.
3º DIREITO PENAL ESPECIAL E LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL SÃO A MESMA COISA?
Resp.: Não.
· DIREITO PENAL ESPECIAL é uma das classificações do Direito Penal. Detém a previsão legal de competência para atuação das justiças especializadas na aplicação da lei penal.
· LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL é a que abrange as normas penais que não se encontram no Código Penal. 
4º COMO SE CLASSIFICAM AS FONTES DO DIREITO PENAL?
Resp.: Classificam-se em:
· Material – União.
· Formal – A lei.
· Imediatas – As leis penais existentes. 
· Mediatas – Os princípios gerais de direito, a jurisprudência, a doutrina e os costumes.
5º O QUE É FONTE FORMAL IMEDIATA DO DIREITO PENAL?
Resp.: A própria Lei Penal (A lei é a manifestação do direito. Consiste no ato de autoridade soberana que: regula, ordena, autoriza ou veda).
6º O QUE SÃO FONTES MATERIAS OU DE PRODUÇÃO DO DIREITO PENAL? 
R: As fontes materiais são também chamadas de fontes de produção. Nos termos do artigo 22, inciso I da Constituição Federal, a fonte material da norma penal é o Estado, uma vez que compete à União legislar sobre direito penal 
7º COMO SE RELACIONA O DIREITO PENAL?
A) COM O DIREITO CONSTITUCIONAL?
A constituição fornece os princípios e as garantias legais. Ex.: “nullum crimen, nulla paena, sine previa lege”. (princípio da legalidade ou reserva legal) art. 5º, XXXIX CF/88. Este princípio norteia toda atividade do Direito Penal
B) COM O DIREITO PROCESSUAL PENAL?
Como o Direito Penal não é autoaplicável, o Direito Processual Penal dá os instrumentos para aplicação do Direito Penal em caso concreto. Inclui um duplo objeto: as normas de organização judiciária (regulam, nos diversos tribunais, as condições de investidura, exercício e competência dos juízes, dos Ministérios Públicos e dos auxiliares da justiça; e as normas do processo (regulam os atos sucessivos no desenvolvimento da ação penal)
C) COM O DIREITO ADMINISTRATIVO?
O exercício do jus puniendi do Estado mostra essa relação. Nos artigos 312 à 359 do Código Penal, o diploma repressivo trata de tipificar condutas que atentem contra a regularidade da administração pública. Essa função de punir não é só penal, mas administrativa, pois a lei é aplicada por agentes administrativos.
8º QUANTO AO PRINCIPIO DA RESERVA LEGAL:
A) COMO SE ANUNCIA? QUAL SUA IMPORTÂNCIA?
Esse princípio consagrado no art. 1º do Código Penal e se encontra atualmente descrito também no art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88. Segundo ele, “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem previa cominação legal”. É importante para que, ao legislador, seja vedada a utilização de decretos, medidas provisórias ou outras formas legislativas de incriminação de condutas. 
B) EM QUE DISPOSITIVOS LEGAIS ESTÁ CONTIDO?
Explicitamente Na Constituição Federal do Brasil de 1988 no art. 5º, inciso II e XXXIX e no caput do art. 37. Como também no art. 1º do Código Penal.
C) É COMPATÍVEL COM A RETROATIVIDADE DA LEI PENAL PREJUDICADA AO RÉU?
Não, pois a CF/88 em seu art. 5º, inciso XL estabelece que a lei penal só retroagirá para beneficiar o acusado. O art. 2º, caput, do Código Penal determina que “ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixar de considerar crime, cessando em virtude dela ( lei posterior) a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
D) É COMPATÍVEL COM A ANALOGIA IN MALAM PARTEM´´?
Não. Sabe-se que em caso de omissão do legislador quanto à determinada conduta, aplica-se a analogia, sendo que as analogias in malam partem é aquela a qual se adota lei prejudicial ao réu, reguladora de caso semelhante. Trata-se de medida com aplicação impossível no Direito Penal, pois este é defensor do Princípio da Reserva Legal, e lei que restringe direitos não se admite analogia.
 
9º O QUE SIGNIFICA INTERPRETAR A LEI PENAL? 
É buscar o sentido e o significado da lei para ver qual o seu alcance.
10º QUANTO AO SUJEITO, COMO SE CLASSIFICA A INTERPRETAÇÃO?
Quanto ao sujeito a interpretação classifica-se como:
 Autêntica: dada pela própria lei a qual em um de seus dispositivos esclarece determinado assunto.
Doutrinária: é a interpretação feita pelos estudiosos, professores e autores de obras de Direito, por seus livros, artigos, conferências, palestras etc.
Jurisprudencial: é a interpretação feita pelos tribunais e juízes em seus julgamentos.
11º CITE UM EXEMPLO DE INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA CONTEXTUAL:
Resp.: O conceito de funcionário público contido no art. 327 do CP:
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
12º CITE DOIS EXEMPLOS DE LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA:
Resp.:
· Permissiva – Ex.: estado de necessidade; legitima defesa; o estreito cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito.
· Explicativa ou complementar: Ex.: o art 327 (define o que é funcionário público) e o 304 (uso de documento falso ou falsa identidade) do CP.
13º É POSSÍVEL A RETROATIVIDADE DA LEI PENAL? EXPLIQUE:
Resp.: Sim, desde que seja para o benefício do indivíduo. NUNCA para prejudicar. Homicídio é apenado com uma pena máxima de 20 anos. Você mata alguém hoje. Amanhã o Congresso aprova uma lei aumentando a pena máxima para 40 anos. Depois de amanhã começa seu julgamento. Você será julgado com base na lei antiga, ou seja, você será condenado a, no máximo, 20 anos. 
Por outro lado, a lei retroage para beneficiar uma pessoa. Se o caso acima fosse inverso, ou seja, a nova lei previsse uma pena menor, você seria julgado pela nova lei. OU... se o crime deixasse de existir na nova lei, você seria libertado, ainda que sua sentença já tivesse transitado em julgado.
14º EM QUE HIPÓTESES A INTERPRETAÇÃO TEM FORÇA DE LEI?
Por exemplo:
No caso de lacuna da lei, isto é, quando não há qualquer norma regulando o tema, dentro do próprio texto legal o legislador se vale de uma fórmula genérica que deve ser interpretada de acordo com os casos anteriores por uma interpretação analógica. Fazer uso dela significa aplicar uma norma penal a um fato não coberto por ela nem por outra lei em razão de tratar-se de fato semelhante àquele que a norma regulamenta. 
Exs.: 1) o crime de estelionato CP (art. 171) de acordo com a descrição legal pode abranger qualquer outra fraude.
2) art. 28, II indica que não exclui o crime a embriaguez por álcool ou substâncias de efeitos análogos.
15º QUAL O SIGNIFICADO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA?
Resp.: Significa que a ofensa é diminuta, mínima, portanto não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e substituição da pena.
16º O QUE SIGNIFICA O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE?
A pena deve ser proporcional ao crime cometido. CF/88 art. 5º, incisos XLVI e XLVII.
17º O QUE SIGNIFICA O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE?
No Direito Penal, o princípio da alteridade ou transcendentalidade, proíbe a incriminação de atitude meramente interna, subjetiva do agente,pois essa razão, revela-se incapaz de lesionar o bem jurídico.(Capez, Fernando. Curso de Direito Penal, vol. 1, 2012) O princípio da alteridade, também em sintonia com o princípio da insignificância, veda a incriminação de conduta meramente subjetiva ou que não ofenda a nenhum bem jurídico. Por exemplo: a tentativa de suicídio ou a autolesão  não serão considerados crimes se não provocarem outros danos materiais a terceiros  e se não houver intenção de fraude contra seguradora.
18º QUAIS OS CONCEITOS ANALÍTICOS DE CRIME?
A estrutura do crime sofre profunda diferenciação de acordo com o conceito que se adote em relação à conduta. Assim, uma vez adotada a teoria clássica ou a teoria finalista da ação haverá divergências acerca do significado dos temas que envolvem conduta, dolo, culpa e culpabilidade. 
Na Teoria clássica (causal ou naturalista): a ação é considerada um puro fator de causalidade, uma simples produção de resultado, mediante o emprego de forças físicas. A conduta é, portanto, tratada como simples exteriorização de movimento ou abstenção de comportamento, desprovida de qualquer finalidade. 
Nesse caso, para efeito da tipicidade, saber se o resultado foi produzido por dolo ou culpa, interessa apenas indagar quem foi o causador material. Desta forma, conclui-se que para essa teoria o crime é um fato típico, antijurídico e culpável. (tripartida)
Na teoria Finalista não se pode a ação da vontade do agente porque a conduta é precedida de um raciocínio que o leva a realizá-la ou não. A ação é o comportamento humano, voluntário e consciente (doloso ou culposo) dirigido a uma finalidade. Assim fazem parte da conduta e quando ausente o fato e atípico. Neste caso o dolo e a culpa se deslocaram da culpabilidade (teoria clássica) para a conduta e, portanto para o fato típico. O crime para teoria Finalista é um fato típico, antijurídico (ilícito), culpável e punível (quadripartida).
19ºO QUE É:
A) TIPO DE PENA?
É uma norma que descreve condutas criminosas em abstrato, isto é, é a definição legal da conduta criminosa, aquilo que a lei diz ser crime.
B) TIPICIDADE?
É o nome que se dá ao enquadramento da conduta concretizada pelo agente na norma penal descrita em abstrato; para que haja crime é necessário que o sujeito realize, no caso concreto, todos os elementos componentes da descrição típica. Ou seja, Quando alguém, na vida real, comete uma conduta descrita em um tipo penal, ocorre a chamada tipicidade. 
C) ILICITUDE PENAL?
É o crime ou delito, ou seja, é o descumprimento de um dever jurídico imposto por normas de direito público, sujeitando o agente a uma pena.
D) ATIPICIDADE PENAL?
Se a conduta não é dolosa ou culposa ela é atípica, então se tipicidade é a relação de adequação perfeita, exata, total, entre o fato da vida e o tipo legal de crime, atipicidade é exatamente a falta, a ausência dessa relação de adequação completa, fiel, absoluta entre o fato e o tipo.
A atipicidade é absoluta quando o fato, a toda evidência, não for típico, como, por exemplo: o exercer o meretrício ou o praticar o incesto, uma vez que tais fatos não estão tipificados, descritos, em nenhuma lei penal. Não são fatos proibidos por nenhuma norma penal incriminadora. Então, o exercício da prostituição não é fato típico e essa atipicidade é absoluta.
Se, porventura, o sujeito corrompe uma pessoa de 19 anos, e pratica com ela um ato de libidinagem, tal fato é atípico porque o tipo do art. 218 do Código Penal é claro:
“Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo.”
Para que o fato concreto fosse típico, era indispensável que a pessoa corrompida tivesse menos de 18 e mais de 14 anos. Conquanto tenha mais, faltou esse elemento objetivo, a idade do sujeito passivo. Essa atipicidade é a específica.
20º PODE O FATO TÍPICO NÃO SER CRIMINOSO?
Sim, por erro de tipo: quando não se faz presente uma elementar ou circunstância componente da figura típica. Para que haja dolo é necessário que o agente queira realizar todos os elementos constitutivos do tipo, como consequência do erro do tipo, temos a exclusão do dolo. Assim excluído este, estará excluída a conduta e consequentemente o fato típico.
Ex.: uma pessoa se casa com pessoa já casada, sem conhecer a existência de casamento anterior. Ela não responde pelo crime (Código Penal art. 235) por não ter agido com dolo, já que desconhecia o fato de já ser casada a outra pessoa.
21º O QUE SIGNIFICA CONCEITO LEGAL DE CRIME?
E o conceito dado pelo Decreto lei nº 3.914 de 9 de dezembro de 1941 ( Lei de Introdução ao Código Penal – LICP)
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, penas de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.

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