AP1 Fundamentos da Educação III

Prévia do material em texto

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD
Avaliação Presencial (APX)
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO III
Coordenador: Prof. William Soares dos Santos
CURSO: História
	
POLO: Miguel Pereira
ALUNO: Daniel Ferreira Marques do Santos
MATRÍCULA: 16116090135 DATA: 24/04/2020
Caro(a) estudante de nosso curso de Fundamentos da Educação III, nos encontramos novamente num momento de avaliação. Esta deve ser compreendida como um momento de reflexão e construção do conhecimento.
Para as questões que demandam uma resposta discursiva, observe as seguintes orientações: 1) Digite o seu texto utilizando fonte Times New Roman tamanho 12, espaço simples ou número 1; 2) ao responder as questões, procure sempre redigi-las a partir de sua própria reflexão sobre os temas propostos. Não serão aceitas respostas que contenham apenas cópias integrais de trechos dos módulos da disciplina ou de livros. As citações devem ser colocadas entre aspas e com referências; 3) coloque um título em seu texto e desenvolva-o de modo dissertativo/argumentativo, procurando seguir o formato de um texto acadêmico com início, desenvolvimento e conclusão. Defina um tema central a partir do qual desenvolverá a sua argumentação; 4) o número de linhas especificado na formulação da questão é o número de linhas para que você desenvolva a sua resposta.
Esperamos que as questões apresentadas possam ser úteis para a construção de saberes a respeito de temas importantes para a educação. Boa avaliação.
Quadro avaliativo das questões dissertativas:
	Entre 0,0 e 1,4:
	Texto insuficiente, apresentando muitos problemas tanto no plano estrutural quanto na articulação de ideias.
	Entre 1,5 e 1,9:
	Texto	regular,	apresentando	alguma	dificuldade	no desenvolvimento estrutural e/ou no plano das ideias.
	Entre 2,0 e 2,4:
	Texto suficiente, apresentando regular desenvolvimento estrutural e de ideias.
 (
Entre 
2,5 e 3,0:
) (
Texto entre bom e excelente com clara articulação textual e de ideias, apresentando exemplos que correlacionam teoria e prática docente de modo adequado e apontando encaminhamentos.
)
1ª Atividade (4,0) (máximo de 20 linhas)
Em nossa primeira aula deste semestre falamos um pouco da perspectiva de história que orienta o nosso curso. Escreva sobre o que é sócio-história, descreva algumas de suas características e explique porque essa perspectiva é diferente de outros modelos de se compreender o estudo da história.
Resposta:
				O ambiente como norte educacional
	A sócio-história tem por base as idéias de Vygotsky que apregoa que o processo de ensino do indivíduo passa por suas relações sociais e interações e que o sujeito no seu desenvolvimento é apresentado a uma visão de mundo já prestabelecida por seu meio social, mas que precisa também construir sua própria visão da realidade. O ambiente em que vive, as influências que recebe, sua cultura, etc são fundamenstais em seu processo de aprendizagem.
	Esse modelo é diferente de outros como Piaget, por exemplo, que em seu Construtivismo, oferece um modelo mais conservador em que o sujeito vem antes do coletivo ou a sua sociedade, o oposto da sócio-história, pois se Piaget coloca esse movimento de indivdíuo-sociedade como expontâneo, temos na sócio-história, um movimento sociedade-indivíduo, além de formular um método nesse momivento, pois não é natural como afirma a outra abordagem.
	Pela perspectiva da sócio-histórica a História é ensinada tendo como importância o ambiente onde o aluno vive e que o estudo da história não pode ser indiferente a esse fator.
2ª Atividade (2,0)
Em nossa segunda aula foi pedido que você lesse o livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. Sobre esta leitura, marque com um “X” o número da única alternativa que apresenta erro.
(1). A pedagogia do oprimido é uma perspectiva teórica e de ação educativa que entende e aplica a educação como instrumento de libertação social. A questão da opressão foi analisada por Paulo Freire de modo persistente durante a sua obra e em suas práticas.
(2). Na Pedagogia do Oprimido (1970) a opressão não é pensada de modo abstrato, como escolha de uma categoria ligada ao conceito de emancipação, mas é uma elaboração de uma condição real e vivida pelas classes subalternas.
(3). Opressão é uma palavra ancestral, presente nos textos mais antigos, assim como a palavra liberdade; é uma condição social radicada historicamente, mas vai além. Se não se pode concebê-la em um sentido absoluto, não se pode desistir de buscar formas e instrumentos de libertação.
(4). Um dos primeiros passos da pedagogia do oprimido é, então, o reconhecimento da própria condição de opressão, provavelmente o mais doloroso e o mais difícil. Este não é um reconhecimento de caráter político ou social, mas apenas psicológico e individual. (X – ERRADA)
(5). Segundo Freire, o oprimido vive uma duplicidade, de repulsão e, ao mesmo tempo, de atração pelo opressor. Assim como o colonizado interioriza os mitos do colonizador e vive este dualismo no íntimo de seu ser, o oprimido vem a ser oprimido e opressor ao mesmo tempo.
3ª Atividade (4,0) (máximo de 20 linhas)
A fotografia abaixo é retirada da página 45 do livro O Berço da desigualdade, que traz texto de Cristovam Buarque e fotografias de Sebastião Salgado abordando o tema educação em situações de dificuldade no mundo. A imagem retratada é a de uma sala de aula no interior do Brasil em um local não especificado. Há poucas crianças na sala, a menina que se encontra à frente, está atenta a algo que pode ser o quadro ou a professora. Não obstante à sua postura digna e de compromisso com o que está realizando, a sua pobreza é patente pelo fato de ela não ter nada que cubra os seus pés e por utilizar uma sacola plástica em lugar de uma mochila para guardar o seu material escolar. Em nossa quarta aula abordamos o tema das ações afirmativas na educação. Vimos que os mecanismos de “discriminação positiva” e de “política compensatória” podem ser amplos e complexos. Particularmente em relação àquelas ações que envolvam políticas que permitam as pessoas entrarem e permanecerem em instituições de ensino como escolas e universidades, disserte porque ainda é importante que existam políticas compensatórias em um país de histórico complexo como o Brasil.
Fonte da fotografia: BUARQUE, Cristovam & SALGADO, Sebastião. O berço da desigualdade. UNESCO / Fundação Santillana, 2006.
Resposta:
				 Desigualde intrínseca 
	Em um país extremamente desigual como o Brasil e que carega um legado de séculos de abandono das classes sociais menos favorecidas, as políticas compensatórias são a única forma, em curto e talvez médio prazo, de inserir uma massa da população – relegada ao abandono social, político, econômico e educacional, este nosso tema – a única forma de se libertadorem do jugo opressor que as elites as impôes há gerações.
	Tal problema está tão intrinsecamente ligado ao tecido social brasileiro, que essas políticas – tardiamente adotadas – se constituem na táboa de salvação das novas gerações, pois é na Educação que elas têm o instrumento de quebrarem esses grilhões seculares e ao adquirem conhecimento, além de serem mais preparadas para romber o abismo econômico que as separa das classes mais favorecidas e, além disso, se conscientizarem de seu papel como cidadãos e agentes da mudança de sua família, comunidade e/ou grupamento social.
	Por tudo isso, essas políticas afirmativas são mais que necessárias, são fundamentais, para que o Brasil saia desse lodaçal que se encontra em termos de Educação e proporcione verdadeiramente uma educação de qualidade para todos, através dos mecanismos de cotas e de suporte financeiros para os menos favorecidos.