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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Módulo 0 - Apresentação da Disciplina 
Caro Aluno,
Seja bem vindo.
Na disciplina “Comunicação Empresarial” trataremos de assuntos relacionados à comunicação corporativa, por se tratar de uma ferramenta de extrema importância para a gestão das empresas. Os conceitos abordados nos módulos seguintes visam agregar valor aos objetivos dos cursos de gestão, de forma a contribuir para a formação de profissionais mais capacitados a fim de desenvolver suas habilidades de comunicação no universo corporativo.
A nossa expectativa que você aprenda bastante.
Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que você dedique ao menos 2 horas por semana para esta disciplina, estudando o material disponibilizado e realizando os exercícios de auto-avaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana.
Avaliações
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das datas das suas provas, dentro dos períodos especificados. Para tanto, verifique a agenda oficial da instituição, para que você não perca tais prazos.
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de auto-avaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on line.
O que tem de ficar claro, entretanto, é que os exercícios requeridos em cada avaliação não são as repetições dos exercícios da auto-avaliação.
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os assuntos que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
	Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
	Assuntos
	Exercícios de auto-avaliação relacionados
	NP1
	Do Módulo 1 ao Módulo 4
	Exercícios do nº 1 ao nº 32
	NP2
	Do Módulo 5 ao Módulo 8
	Exercícios do nº 33 ao nº 64
	Substitutiva
	Toda a matéria
	Todos os exercícios
Bibliografia:
ABREU, Antonio Suárez. Curso de redação. 11ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
ANTUNES, Irandé Costa. Lutar com palavras – coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005 (Na ponta da língua; v. 13).
BAHIA, Juarez. Introdução à comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.
BUENO, Wilson da Costa (1948 - ). Comunicação Empresarial: teoria e pesquisa. Barueri-SP: Manole, 2003.
CAHEN, Roger. Comunicação Empresarial. São Paulo: Best Seller, 2003.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff; SOUZA, Jésus Barbosa. Produção de textos & usos da linguagem. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 2002.
CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica... Trad. Bárbara Theoto Lambert. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Título original: Getting the Word Out, How Managers Can Create Value with Communications.
FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Prática de texto. 11ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
GRION, Laurinda. Erros que um executivo comete ao redigir, mas não deveria cometer. São Paulo, Saraiva, 2010.
MEDEIROS, João Bosco. Redação empresarial. 5ª ed., São Paulo: Atlas, 2007.
NADÓLSKIS, Hêndricas. Comunicação redacional atualizada. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
______. Normas de comunicação em língua portuguesa. 20ª ed. São Paulo: Inst. Brasileiro de Edições Pedagógicas, 1996.
NASSAR, Paulo; FIGUEIREDO, Rubens. O que é Comunicação Empresarial. 1ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1995. (Coleção Primeiros Passos).
PIMENTA, Maria A. Comunicação Empresarial. Campinas: Alínea, 2000.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 6ª ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1979.
TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação empresarial. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009.
Módulo 1
A Comunicação Empresarial no Século XXI: desafios e tendências
A Ciência “Comunicação Empresarial”
Um dos maiores problemas de qualquer língua atual, no nosso caso a portuguesa, é a rapidez com que as expressões “entram” e “saem” da moda. Isto é um grande problema para as empresas, pois pode levá-las ao descrédito. Por isso a importância das normas gramaticais serem respeitadas e do uso adequado da forma de falar, nos corredores das corporações.
A disciplina “Comunicação Empresarial” é uma ciência relativamente nova no Brasil, cujo início vem da linguagem utilizada pelo jornalismo empresarial em confronto com a linguagem de marketing das empresas: enquanto uma se atinha aos fatos reais dos acontecimentos das empresas e do mercado no qual estavam inseridas, a outra tinha por objetivo a divulgação e a venda dos produtos e/ou serviços por elas produzidos.
Com o passar do tempo, as empresas começaram a perceber que deveriam unificar a linguagem para que a imagem corporativa não fosse arranhada, causando prejuízos irreparáveis. Para tanto, foi necessária a centralização do poder decisório dos planos de comunicação das empresas.
Hoje, faz-se cada vez mais necessário o olhar adequado aos processos de comunicação das empresas, internamente, pois a globalização – por meio do uso da comunicação das organizações através da internet – tem acelerado o conhecimento da informação, de forma instantânea. Ademais, os processos de fusão empresarial, o advento das novas tecnologias a serviço da comunicação e a obrigatoriedade das novas certificações dos processos de produção obrigaram e ainda obrigam as empresas a tratarem a comunicação como uma ferramenta estratégica e que tem poder de impactar nos resultados financeiros e na sobrevivência das organizações, a longo prazo.
Como conseqüência, cada vez mais as empresas são obrigadas a se adaptarem às transformações tecnológicas e culturais, onde estão inseridas, a fim de se adequarem ao mercado no qual estão inseridas, mantendo a competitividade.
Internamente, as empresas foram também obrigadas a se adaptarem, informando aos funcionários acerca de tudo o que as envolve, além de se adaptarem aos novos modelos e conceitos administrativos - e até mesmo comerciais -, cada vez mais dinâmicos no século XXI. Assim, a comunicação, dentro e fora das dependências da organização, deve ser tratada de forma estratégica, uma vez que faz parte de todas as atividades que a envolve. Como se não bastasse, seus gestores devem ser dotados de uma visão sistêmica, holística, do todo.
Hoje, a comunicação empresarial é vista como uma atividade multidisciplinar que forma e mostra à sociedade a personalidade individual da empresa, cuja linguagem da Assessoria de Imprensa (ou Relações Públicas, ou Jornalismo Empresarial) da corporação tem de estar alinhada com a linguagem de marketing, com a linguagem comercial. O mesmo deve acontecer quando a empresa participar de uma atividade de lobby (atividade de defesa dos interesses, neste caso, da empresa), junto ao governo, por exemplo.
É muito comum as empresas divulgarem as suas ações de responsabilidade ambiental, ou de responsabilidade social, divulgando a imagem de “empresa verde”, aquela que cuida do meio ambiente, ou aquela que se preocupa em reparar a natureza, de forma a minimizar os impactos a ela causados nos últimos 50 anos. No que diz respeito às ações voltadas à cidadania, à ajuda aos menos favorecidos, ou até mesmo ao esporte, a imagem que se forma na mente das pessoas, da sociedade, é de uma empresa responsável e que visa, não apenas lucro, mas também o bem estar do próximo, ajudar a sociedade a se desenvolver, a melhorar a condição de vida (exemplos: educação, creches), ou proporcionar lazer e entretenimento (exemplos: esportes e teatro, cultura).
Essas ações, embora façam parte da comunicação chamada institucional (que não visa venda imediata) ajudam a formar a personalidade da empresa, o que favorece a venda, no futuro. Por essa razão, tais ações são divulgadas como sendo patrocinadas por uma marca de produto, ou da própria empresa. Exemplo: Natura Ekos, ajuda na recuperação da natureza da região amazônica.
Quando em situações em que a empresa se encontre em crise, cujo nome esteja envolvido em uma situação delicada, ou que envolva risco, ou ainda prejuízo em suas vendas - como ocorrera anos atrás com a Parmalat,quando seus produtos estavam contaminados e impróprios para o consumo -, a empresa tem de ser ágil, tomar medidas preventivas para minimizar os impactos negativos e, de preferência, esclarecer à sociedade, ao mercado, o que ela pretende fazer para corrigir os seus possíveis erros, pois é a imagem da empresa que está “correndo perigo”. A empresa deve sempre pensar de forma preventiva, deve se antecipar aos fatos. Por essa razão, seus dirigentes devem ser profissionais experientes de mercado, com uma ampla visão de negócios. Vale lembrar, que o mercado consumidor deixa de adquirir produtos e/ou serviços de uma empresa que não transmita confiança, segurança ao cliente.
Por conta disso tudo, as empresas devem se4r transparentes, não omitindo fatos e tomando medidas de solução dos problemas, o mais rápido possível. Devem, também, evitar vantagens ilícitas, formação de cartéis e a falta de ética.
Somente uma empresa que transmita qualidade, rigor em seus processos, confiança de qualidade e respeito às pessoas, à natureza e aos direitos de todos pode se destacar e se fortalecer cada vez mais no mercado.
A Comunicação Empresarial dentro das empresas
Internamente, além dos novos produtos e/ou serviços, novas ações no mercado, a empresa também deve comunicar seus funcionários acerca dos assuntos que os envolvem, ou os de interesse geral.
É sabido que macacos vivem em grupos, na natureza. Contudo, para que todos sobrevivam, é necessário um excelente esquema de monitoramento e de comunicação, dentro do bando. Assim, há indivíduos que se revezam como sentinelas, enquanto outros cuidam das suas crias, por exemplo. Ao menor sinal de perigo a gritaria se torna geral e todos seguem o componente do grupo responsável pela liderança do grupo, direcionando-os para o lado oposto de onde o perigo se avizinha.
Quanto às empresas, imitando a natureza, elas adotam uma terminologia própria, tornando a linguagem comum e acessível a todos. Tal procedimento aproxima todos os níveis hierárquicos e fortalece a empresa, internamente, por manter todos os funcionários juntos, “falando a mesma língua”. Por essa razão, o endomarketing tem sido cada vez mais valorizado. Vale ressaltar que “endomarketing” é a atividade de “marketing interno”.
O papel dos líderes, dentro da empresa, é de fundamental importância à disseminação das ações que a envolvem. Ele deve motivar seus subordinados a desenvolverem suas tarefas, sem que façam “corpo mole”, evitando que os processos sejam atrasados ou mal executados, pois deles todos (funcionários) depende a empresa para que seus processos sejam executados dentro dos padrões esperados pelo mercado e pelas regras que impõem os processos de produção e venda de bens de consumo, ao mercado.
Diante disso, a informação tem um peso muito grande nos resultados (positivos, ou negativos) de uma organização. Para que a empresa possa tomar uma decisão, por mais simples que seja, necessita de informação atualizada e correta, a fim de evitar erros, ou falta de ação. A precisão da informação, do dado, é de extrema importância. Por exemplo, alguém na empresa informa ao diretor que a empresa necessita aumentar os seus preços na ordem de 5% a 8%, imediatamente, já que a inflação vem subindo e o governo não reduziu os impostos. O erro aqui está na falta do índice de inflação e a qual período se refere, para que empresa possa tomar uma decisão mais precisa. Neste caso, se a inflação sofreu um aumento na ordem de 3% em comparação aos últimos dois anos, é possível que a empresa possa optar em não reajustar seus preços, de forma que possa manter a competitividade e o mesmo público-alvo comprando a sua produção. Porém, se o índice é de 3% nos últimos seis meses, a postura da empresa pode vir a ser outra.
Em outras palavras, a empresa processa suas atividades com base em informação. Para isso, diariamente ela emite relatórios diversos, além de buscar informações em diversos meios de comunicação, para que possa tomar a melhor decisão, frente às suas necessidades.
Quanto à atualização dos seus processos de produção, sejam eles na fabricação de produtos, ou no processamento de dados, faz-se mister que seus funcionários estejam atualizados em suas profissões, em suas tecnologias de trabalho. Por essa razão, muitas empresas – hoje – investem na especialização de seus funcionários e investem no melhoramento da produção dos seus funcionários, por meio de equipamentos e de softwares cada vez mais modernos e que atendam às necessidades de trabalho de cada área de produção.
Exercício:
1.     Por quê a tecnologia modificou a maneira das empresas se comunicarem com os seus diferentes públicos de interesse?
a.     Por quê a tecnologia modificou a maneira das empresas se comunicarem com os seus diferentes públicos de interesse?
b.     Por que o consumidor exige muito das empresas.
c.      Porque as ferramentas de comunicação foram atualizadas com o uso da tecnologia.
d.     Porque com o uso da tecnologia as empresas passaram a se preocupar com o meio ambiente.
e.     Todas as alternativas estão corretas.
Alternativa correta:    C
Comentários no módulo:       A partir da globalização, e mais recentemente com o advento da internet, os meios de comunicação foram atualizados e modificados, tanto na forma como na velocidade.
  
Conteúdo destinado ao uso exclusivo dos alunos dos cursos de Gestão Tecnológica, da Universidade Paulista – UNIP, elaborado pela Professora Márcia Bronsert.
Módulo 2
Construindo frases; construindo textos
Exemplos problemáticos de comunicação, em língua portuguesa
Como pudemos observar no módulo anterior, um dos maiores problemas de qualquer língua atual, no nosso caso a portuguesa, é a rapidez com que as expressões “entram” e “saem” da moda. No que concerne às empresas, essas alterações nas expressões idiomáticas podem se tornar um problema muito sério de comunicação, uma vez que tais expressões “caem” no domínio geral dos falantes e pode atravessar as fronteiras empresariais, onde a linguagem deve priorizar a norma culta.
Talvez tais expressões não fossem tão prejudiciais se respeitassem as normas gramaticais. Como exemplo, podemos citar a expressão “é nóis na fita”, que corrompe qualquer possibilidade de concordância verbal e até mesmo semântica.
Outro exemplo muito comum em algumas cidades é a forma como as pessoas descrevem o que comeram e beberam, durante o “happy hour”, após o expediente de trabalho: “comemos dois pastel e bebemos um “chopps”....” o mais correto será dizer: “comemos dois pastéis e bebemos um “chopp”....” isto é, a concordância nominal se faz necessária, caso contrário, passaremos uma ideia de que não sabemos nos expressar corretamente. Vale ressaltar que, quando nos referimos à concordância nominal, estamos falando do plural das palavras, que possui regras específicas; porém, não abordaremos aqui, caso contrário teríamos de falar de todas as regras gramaticais, o que geraria conteúdo para um curso, dentro do assunto que ora abordamos. Contudo, há muitas empresas no mercado brasileiro, especializadas em cursos de língua portuguesa, para quem já não lembra mais de suas regras.
Sabemos que muitas dessas disparidades têm como base a falta de um ensino mais adequado da língua portuguesa. Como se não bastasse, falta-nos atenção, no que diz respeito à auto-observância da forma como falamos, pois nem sempre tais erros são registrados, ao escrever.
Exemplos existem aos milhões, porém colocaremos apenas alguns, para chamar a atenção do aluno, de forma que ele também possa refletir quanto à sua postura e forma de comunicação nas organizações. Vale lembrar que um dos maiores desafios da população brasileira está na forma que escreve, nas expressões que utiliza no sua dia-a-dia e na construção do pensamento e estruturação das frases. Tanto é verdade que uma das primeiras coisas que uma empresa pede a um Candido que pleiteie uma vaga em suas instalações é o teste da redação de próprio punho, em papel sem pauta e a tinta (azul ou preta). Além do exame grafológico – que detecta traçosda personalidade – também está sendo avaliado como o candidato se expressa, como transmite as suas ideias e também se sabe escrever corretamente as palavras. Já há organizações que elaboram ditados de palavras, para testar seus candidatos. Ou seja, já se foi o tempo em que as empresas não se preocupavam com essas questões. Hoje é diferente. E por quê hoje é diferente? A resposta é muito simples: envolve a imagem da empresa.
Imagine a seguinte situação: uma pessoa entra em contato com uma empresa, a fim de obter informações de um produto por ela produzido. Inicialmente muito bem atendida, a pessoa começa a se tranquilizar, principalmente se perceber que do outro lado da linha quem a atende sabe do que ela está falando e lhe fornece informações precisas em relação aos seus questionamentos. Contudo, essa mesma pessoa pode começar a se questionar se pode ou não confiar em tais respostas a partir do momento em que ela percebe que quem a atende possui certa dificuldade de comunicação, não sabe usar corretamente os verbos, não compreende palavras técnicas, relacionadas ao assunto, etc. Para melhor exemplificar, citamos o caso das empresas de telemarketing, cujas expressões “vamos estar estudando”, “vamos estar procurando estar ajudando a senhora neste caso”, entre tantas outras, culminou na necessidade de tais expressas ministrarem cursos de boas maneiras e de como melhor se expressar, aos seus atendentes. Se você, aluno, ouvisse alguém lhe dizer “vamos estar procurando estar ajudando o senhor se matricular neste curso, para ingressar na próxima turma do curso escolhido”, como se sentiria? Sentir-se-ia seguro de que poderia já estar matriculado, ou que talvez a quantidade de alunos não fosse suficiente para que o curso pudesse ser realizado? Essa é uma situação constrangedora e que fere diretamente a imagem da instituição, da empresa.
Por essa razão, iniciamos a nossa conversa tomando como base alguns exemplos que podem vir a ser problemas de comunicação, conforme apresentamos abaixo:
1.     Cacofonia - sequência de palavras que pode provocar o entendimento errôneo do que se pretende realmente dizer:
         Ela tinha (frase curta, que pode confundir com “é latinha”);
         O nosso hino brasileiro é muito bom (o suíno brasileiro é muito bom).
Vale lembrar que essas confusões são decorrentes da junção por aproximação de sílabas que podem causar o duplo sentido, prejudicando a compreensão da mensagem que se pretende transmitir. Outro exemplo comum é “vi ela”.
2.     Ambiguidade ou Anfibologia – má sequência de palavras que pode provocar o duplo sentido. Em algumas situações, apenas uma vírgula resolve o problema:
         Onde está aquele cachorro do teu primo? (na verdade de quem falamos? Do cachorro que pertence ao primo, ou do primo que nada vale? Para a solução deste caso, só há duas formas: a= onde está aquele cachorro que pertence ao seu primo?, b= onde está o seu primo, que é um cachorro? Note-se que neste último caso a palavra cachorro tem um sentido figurado, negativo);
3.     Redundância - sequência de palavras que repetem a mesma ideia; o mesmo que pleonasmo:
         Descer para baixo;
         Subir para cima;
         Entrar para dentro;
         Sair para fora;
         João sofre de asma do pulmão;
         Maria está doente de hepatite de fígado;
         Todos os jurados foram unânimes na sentença a ser aplicada ao réu (melhor seria: os jurados foram unânimes; OU, todos os jurados concordaram com a mesma sentença).
Imagine a seguinte situação: o chefe chama dois funcionários e os comunica que o departamento recebeu um bônus por bom desempenho, em dinheiro, e que esse dinheiro (o valor, a quantia em dinheiro) será repartido “em duas metades iguais” aos dois funcionários. Pergunto: será que um dos funcionários receberá R$ 1,00 a mais? Ou será que as notas serão cortadas em “duas metades iguais”?...
Além dos exemplos acima citados, outros tantos existem. Contudo, não podemos deixar de lado a questão que envolve os homônimos e os parônimos, pois são palavras iguais ou parecidas, mas que possuem significados totalmente diferentes. Isso se dá porque a língua portuguesa é riquíssima em seu léxico, que compreende palavras oriundas de diversas origens (ou seja, etimologia) e também porque algumas delas adquirem novos valores semânticos, por conta da frequência de uso em outras situações. Exemplo disso é a palavra “vírus” que originariamente vem da área médica, porém se incorporou muito bem à área da tecnologia da informação, por motivos já conhecidos por todos.
Quanto à origem das palavras, podemos citar alguns exemplos bem conhecidos, por conta da própria história da terra brasileira, cujos colonizadores, escravos, habitantes nativos e povos do mundo todo têm contribuído até os dias de hoje:
o         Língua francesa:        menu (cardápio), abajur (quebra-luz);
o         Língua italiana:           cascata (cachoeira), fiasco (decepção, malogro), jogar de goleiro (jogar como goleiro);
o         Língua espanhola:      escombros (ruínas, destroços), aficionado (afeiçoado);
o         Língua inglesa:           hall (saguão, átrio), know-how (experiência, conhecimento, saber como), show (espetáculo), deletar (apagar => original: verbo “to delete”).
Observa-se que na lista acima não incluímos palavras originadas dos povos indígenas brasileiros, nem dos povos africanos, que inclusive continuam influenciando a nossa língua portuguesa, no Brasil, até hoje: abacaxi, acarajé, etc.
Quanto aos homônimos, ou seja, palavras que possuem a mesma pronúncia, porém são escritas de forma diferente (homófonos = mesmo nome, som diferente), por conta da origem, da etimologia, de cada palavra, é comum percebermos os erros ortográficos (escrita), uma vez que a pronúncia é a mesma, ou quase a mesma. Alguns exemplos:
o         O erro contábil, que havia passado totalmente desapercebido, já foi efetuado, referente ao comprimento do exercício deste ano.
Aqui dois comentários:
1)     Desapercebido: o correto seria “despercebido” - que não fora notado -, pois da forma como está quer dizer que o erro contábil estava “desprevenido, ou desprovido” de algo (que faltava algo).
2)     Comprimento: o correto seria “cumprimento”, pois as tarefas de uma empresa são cumpridas (do verbo “cumprir”) durante o ano. Da forma como está, o foco está no ano fiscal de uma empresa e não se refere ao que a empresa realizou durante o ano, os resultados do trabalho da empresa, durante o ano.
o         Na metade do ano de 2013 a população brasileira foi às ruas para manifestar, para protestar contra questões diversas, tais como saúde, transporte público e educação. Tais manifestações, espalhadas por diversas cidades, colocaram em cheque a credibilidade dos políticos eleitos.
Aqui apenas um comentário:
1)     Cheque: este é o documento que vale dinheiro. A palavra correta é “xeque”, que quer dizer “por à prova, em dúvida”, o valor dos políticos brasileiros.
Para encerrar a listo dos exemplos do homônimos, não poderíamos deixar de falar dos homógrafos, ou seja, das palavras que possuem o mesmo nome e o mesmo som; contudo, seus significados são diferentes, por conta da origem, da etimologia da palavra. Nesta lista apresentamos palavras conhecidas, cujos significados, ou sentidos de uso são estudados pela semântica (ciência que estuda os significados e os usos das palavras), cujo emprego errôneo, ou mal aplicado, pode gerar confusão de entendimento, ou ambigüidade:
o         Manga:
                                                                      i.      Fruta.
                                                                     ii.      Peça do vestuário, para cobrir os braços.
                                                                   iii.      Extensão (do porto, por exemplo).
o         Pata:
                                                                      i.      Fêmea de uma espécie de ave.
                                                                     ii.      Extremidade de um animal, utilizada para caminhar.Exemplos: pata do cachorro; pata da pata.
o         São:
                                                                      i.      Título dado a uma pessoa tida como pura, muito comum à igreja católica: São Paulo, São Bento, São Francisco, etc.
                                                                     ii.      Plural do verbo ser, conjugado na terceira pessoa do plural, do tempo presente, do modo indicativo: Eles sãofelizes.
                                                                   iii.      Condição, ou estado de saúde: Após o último tratamento, João passa muito bem, ele está são.
Um outro exemplo do uso das palavras, neste caso, um homônimo, é o uso dessas palavras em expressões idiomáticas, assunto que abordaremos na seqüência. Observe que o duplo sentido, para quem não conhece o verdadeiro significado, está presente:
o         Quando se refere à educação dos filhos, Maria vive “dando pano para a manga” e nada resolve.
Como já havíamos comentado, a manga pode ser uma peça de uma blusa, por exemplo. As blusas podem ser feitas de pano, de tecido. Então, para quem interpreta a frase “ao pé da letra”, poderá entender que Maria “vive aumentando o tamanho da manga” das blusas de seus filhos e não cuida da educação deles. Contudo, o real significado é que Maria não enfrenta o problema da educação dos filhos e por conta disso o assunto se estende, se arrasta, ninguém resolve nada e acaba se tornando polêmico. Por essa razão, é muito bom que se tome o devido cuidado, tanto ao escrever, como ao falar, para que não haja dúvidas do que realmente queremos dizer, principalmente se falarmos na empresa, utilizando novas expressões idiomáticas. Pior ainda se estivermos na presença de pessoas estrangeiras à nossa terra, à nossa cultura.
A língua é tão vasta que a lista de possíveis confusões ainda não acabou. Vale lembrar que o nosso objetivo aqui é esclarecer da melhor maneira possível a importância do cuidado que temos de ter ao escrever e, principalmente, ao falar. Há um outro grupo de palavras, chamadas de parônimos (aquelas que têm significados e escritas diferentes, porém pronúncias parecidas). Estas palavras normalmente nos fazem trocar umas pelas outras, o que gera mais confusão ainda:
         Sessão (cinema), seção (departamento), secção (corte);
         Docente (professores), discente (alunos);
         Estrato (uma pequena parcela da população, por exemplo), extrato (os lançamentos realizados na conta-corrente do banco, por exemplo);
         Cela (prisão), sela (aquela a qual colocamos sobre o lombo do cavalo, para montá-lo);
         Censo (pesquisa), senso (vem de sensatez, pessoa de “bom senso”);
         Vestuário (roupas), vestiário (local, onde trocamos as roupas);
         Etc.
Por essa razão, recomendamos o uso do dicionário, para melhor se certificar de qual é a palavra correta, para cada ocasião. Lembre-se, uma palavra errada, ou mal colocada poderá “colocar em xeque” a veracidade do seu discurso.
Para encerramos a lista de cuidados, é importante que falemos também das expressões que costumamos usar com frequência, seja por modismos, ou por questões regionais. Quando utilizadas com falantes da língua portuguesa, brasileiros, o risco de não sermos compreendidos é bem menor do que se estivéssemos conversando com pessoas que falam a língua portuguesa, porém não são nativas. Dificilmente essas pessoas entenderão o que queremos dizer. Como exemplos, inserimos algumas das várias expressões idiomáticas em língua portuguesa, para que o aluno compreenda o que de fato queremos dizer:
         Dar a volta por cima,
         Dar bandeira,
         Dar mole,
         Dar em cima,
         Dar a louca,
         Maria vai com as outras,
         Tirar a água do joelho,
         Chutar o balde,
         Chutar o pau da barraca,
         É o cão chupando manga,
         Filhote de cruz credo,
         Meter o nariz onde não é chamado,
         A cavalo dado não se olha os dentes,
         Queimar o filme,
         Pisar na bola,
         Etc.
O que aconteceria, por exemplo, ao Office-boy se, durante uma conversa com o chefe dele, que é considerado por todos na empresa como um chefe “linha dura”, dentro das dependências da empresa, ele dissesse o seguinte:
E aí, gente fina! Tudo beleza? Sabe aquele avião, que tá sempre de cabelera lôra solta, veste umas mini-saia da ora e que trabalha no segundo andar? Pois é, tô parado na dela. Só que vim pedi pr’ocê quebrá a minha, cara, por que ela tá dando mole prá ti, tá ligado?
Imagino até que, durante a leitura do texto acima, várias imagens se passaram pela sua mente... daí, vem a pergunta: essa seria uma postura correta ao abordar o seu chefe? Você utilizaria esse vocabulário? Há correção gramatical no discurso?
Estrutura interna da frase (Tópico frasal; Ideias secundárias; Sequência de ideias; Coerência; Concisão; Coesão)
Até o momento apenas falamos de problemas de língua portuguesa, no que diz respeito a palavras, ou expressões idiomáticas, que possuem o poder de distorcer, ou gerar confusão ao que se pretende realmente transmitir. Além disso, também pode influenciar na imagem de uma pessoa, de uma empresa.
Isto é um grande problema para as empresas, pois pode levá-las ao descrédito. Por isso a importância das normas gramaticais serem respeitadas e do uso adequado da forma de falar, nos corredores das corporações. Além de nos possibilitar ascensão profissional e de sermos agraciados com a possibilidade de a empresa investir na nossa carreira, teremos menos problemas de comunicação.
Entretanto, saber escrever corretamente as palavras e a gramática, isto não quer dizer que estamos aptos a falar ou a escrever qualquer texto. Quanto mais treinamos (falar e escrever), melhor nos desenvolveremos e cada vez mais aperfeiçoaremos o nosso poder de comunicação (lembre-se: comunicação é uma ferramenta estratégica, dentro das empresas).
Um bom começo, como sugestão, deve-se começar pela leitura de livros e, no caso das áreas técnicas, veículos especializados no assunto. Se forem técnicos da área de atuação, mais e mais o leitor poderá se familiarizar e dominar o vocabulário específico.
Para que consigamos escrever bem, necessitamos de obedecer às regras gramaticais, usar vocabulário adequado (precisão, foco) a quem se destina o texto (clareza do texto), objetividade (evitar excessos, voltas aos que pretende dizer) e estimular o retorno da informação, por meio de respostas do nosso interlocutor, para que a comunicação se estabeleça e possamos avaliar o nível do entendimento da mensagem. Além de tudo isso, se não conhecermos o léxico da língua em foco, não conseguiremos transmitir de forma adequada a mensagem que pretendemos, ao nosso interlocutor (o destinatário).
Assim, resumidamente, podemos dizer que para escrevermos de forma adequada é necessário:
· Haver coerência + coesão + objetividade.
· Utilizar vocabulário adequado e seus possíveis sinônimos, com o objetivo de evitar repetição excessiva.
· Conhecer o assunto.
· Planejar o quê e como escrever (próximo módulo).
Contudo, o quê vem a ser coerência? Inicialmente podemos dizer o seguinte: se o nosso propósito – aqui – é falar de comunicação e suas ferramentas (a língua é uma delas), para que haja coerência não podemos introduzir fórmulas e discussões a respeito de química, física, biologia, etc, pois deixaria de haver coerência. Quando nos referimos ao texto, a coerência está em trazer elementos relacionados ao assunto em questão. Por exemplo: quando lemos uma notícia pelo jornal impresso, ou pela internet, nós o fazemos porque o título nos interessa, chama a nossa atenção. Conforme avançamos na leitura avaliamos se o assunto que ali é tratado realmente tem relação com o título e se o assunto continua a ser interessante, ou não. Para tanto, é necessário que o texto contenha as palavras que se relacionam ao assunto, para haver coerência.
E quanto a coesão, o quê vem a ser? Todo texto é formado por um conjunto de palavras que formam “um tecido” (ou seja, particípio passadodo verbo “tecer”), semanticamente encadeadas e coerentes entre si, obedecendo às regras gramaticais da língua em questão. Todo esse encadeamento forma aquilo de chamamos de textualidade, ou simplesmente “texto”. Como exemplo podemos distinguir que a regra gramatical poderá mudar, à medida que a língua (código de comunicação) se modifica: “Eu tenho uma casa amarela” (língua portuguesa) e “Eu tenho uma amarela casa” (língua inglesa => original seria: “I have a yellow house). Observe que no segundo exemplo, em língua inglesa, os adjetivos (palavras que qualificam um substantivo) devem vir antes dos substantivos (palavras que nomeiam objetos, pessoas), sendo que o contrário ocorre em língua portuguesa. Isto significa dizer que as regras gramaticais devem ser observadas conforme sua estrutura normativa de cada língua.
Mas, por quê falamos tanto em diferenças de regras gramaticais? A resposta é simples: no universo corporativo, aqui no Brasil, falamos em português em boa parte do tempo; entretanto, as línguas estrangeiras já estão “invadindo” as dependências, as salas de reuniões, os contratos, etc, das empresas brasileiras. E aí? Você – aluno - vai ficar de fora deste universo?
Como exemplos de falta coesão, podemos citar vários:
a.     Os funcionário da fábrica tão fazendo greve porque os chefe ainda não falou quando que firma vai paga a primeira parcela do 13º salário, sendo que hoje já são 15 de dezembro.
b.     O dinheiro anda tão curto que a gente vive dando nó em pingo d’água.
c.      A cobrança recebida pelo funcionário do Departamento Fiscal é a mesma recebida na semana passada, da mesma empresa. A mesma esclarece que se a mesma não for resolvida até o final dessa semana, a mesma enviará a mesma para o judiciário.
d.     ano a do além estava horário promoveu que previsto gente boa festa ficou de muita final além de a empresa tão que.
e.     Vamos viajar para o Japão. O Japão é lindo. No Japão as pessoas comem muito peixe. A música do Japão é única.
Difícil essa comunicação, não? Imagine falar assim no meio do expediente, numa empresa tradicionalmente européia (as de origem européia costumam ser mais formais e menos tolerantes do que as americanas). Com certeza, a pessoa seria olhada com desconfiança.
Pois bem, as frases-exemplos acima estão apenas ilustrando problemas de coesão, que podem residir em problemas de concordância; seqüência lógica de palavras, conforme a língua utilizada; vocabulário, ou expressão idiomática, não muito adequada à situação; e repetição excessiva de palavras – que pode gerar ambigüidade, duplo sentido. Assim, para que os possíveis problemas sejam resolvidos, seria interessante que as frases fossem reescritas de outra forma. Abaixo apresentamos uma sugestão de como teríamos uma melhor compreensão da mensagem a ser transmitida, caso não fôssemos falantes nativos de língua portuguesa:
a.     CONCORDÂNCIA:  Os funcionários da fábrica estão fazendo greve porque os chefes ainda não falaram, ou informaram, quando que firma vai pagar a primeira parcela do 13º salário, sendo que hoje já é 15 de dezembro.
b.     SEMÂNTICA:         Passamos por um período de dificuldade financeira e, por essa razão, temos de ser espertos ao lidar com o dinheiro, para faze-lo render mais.
c.      REPETIÇÃO EXCESSIVA (gerando ambigüidade):   A cobrança recebida pelo funcionário do Departamento Fiscal é a mesma recebida na semana passada, emitida pela mesma empresa. Tal empresa esclarece que se a dívida não for resolvida até o final dessa semana, aquela empresa / ela enviará a notificação da dívida para o judiciário.
OU: Tal empresa esclarece que se a dívida não for resolvida até o final dessa semana, ela (empresa) a (notificação da dívida) enviará para o judiciário.
d.     SEQUENCIA LÓGICA:      A festa de final de ano que a empresa promoveu estava tão boa que muita gente ficou além do horário previsto.
e.     REPETIÇÃO EXCESSIVA (gerando cansaço ao ouvir / ler a informação, gerando desinteresse pela informação):          Viajaremos para o Japão, um país lindo, onde se come muito peixe, cuja música é única.
Observe, então que a coesão ocorre quando há uma seqüência lógica e corretamente construída dos elementos que compõem um texto, de forma que possam evitar ambigüidades, interpretação dúvida, ou de duplo sentido. Conforme ABREU, a coesão permite à quem escreve, ou fala, que possa manifestar a sua atitude apreciativa, ou depreciativa, em relação ao assunto em curso, o que faz surgir uma marca pessoal. Exemplifica com o futebol: “o maravilhoso mundo do futebol” (atitude apreciativa), ou “o terrível mundo do futebol” (atitude depreciativa).
Uma das formas de conseguirmos estabelecer uma relação coerente e coesiva dos elementos de um texto, é a utilização de palavras “mágicas”. Dentre elas podemos citar os pronomes, os sinônimos e as conjunções, apenas para exemplificar. Se soubermos utiliza-los de forma adequada, no lugar certo, nosso texto será considerado “limpo”, de fácil entendimento, objetivo. Porém, para que cheguemos “lá”, é necessário algum treino prévio. Como exemplos, temos:
o         Advérbios lugar:     ali, cá, lá, naquele lugar, na referida cidade, etc
o         Artigos definidos:    o, a, os, as
o         Pron. Pessoais:       eu, você, ele, ela, nos, o, a, etc
o         Pron. Possessivos: meu, teu, seu, etc
o         Pron. Demonstrativos:     esta, esse, aquele, etc
o         Sinônimos:   estudante = aluno; carro = automóvel; cama, guarda-roupas = mobiliário, etc.
o         Conjunções (conectores de frases / idéias):  como, logo, pois, embora, todavia, contudo, cujo, que, a qual, porém, pois, a fim de, com a finalidade de, etc.
Para melhor exemplificar cada uso, apresentamos o seguinte exemplo:
As revendedoras de automóveis não estão mais equipando os automóveis para vender os automóveis mais caro. O cliente vai à revendedora de automóveis com pouco dinheiro e, se tiver que pagar mais caro pelo automóvel, desiste de comprar o automóvel e as revendedoras de automóveis têm prejuízo.
Observe que há muita repetição de palavras. Dessa forma, DEVEMOS reescrever todo o período, não apenas utilizando palavras que juntem as frases, mas também pontuação adequada (vírgula, ponto e vírgula, por exemplo). Segue uma sugestão de texto melhorado:
As revendedoras de automóveis não mais OS equipam para vendÊ-LOS  mais caro. O cliente vai à LOJA com pouco dinheiro e, se tiver que pagar mais caro pelo BEM, desiste de comprÁ-LO e as REVENDAS têm prejuízo.
Note que, para melhorar a forma do texto, foram utilizados mecanismos de coesão, de forma a eliminar as redundâncias, as repetições, tornando o texto mais leve, mais acessível a quem o lê, a quem o ouve. As substituições ocorridas foram:
o         Revendedoras de automóveis        = substituição:  loja, revendas.
o         Automóveis      = substituição: os, bem.
Entretanto, se substituíssemos tais palavras (loja, bem, etc) em qualquer texto, ou mesmo sem critério, o nosso texto – muito provavelmente – não poderia ser compreendido. Portanto, é necessário CRITÉRIO ao fazer as substituições, para que alcancemos a transparência da mensagem que pretendemos transmitir. Isso é comunicação.
Agora que já esclarecemos os elementos da coerência e da coesão, precisamos falar de tópico frasal, de idéias secundárias e de seqüência de idéias. Tudo esse conjunto de elementos pode ser encontrado em um parágrafo. Segue o texto:
Amazônia – TV Globo
A minissérie “Amazônia”, transmitida pela TV Globo, no horário das 23 horas, retratava a história da região amazônica, além da política da época. Também estavam presentes as razões pelas quais a região amazônica sofreu, a partir da extração da borracha, e pela disputa de terras, assim como o sofrimento dos nativos, por conta da invasão de empresários e estrangeiros, atraídos pelo chamado “ouro branco”. Para tanto, foram convidados atores de primeira linha, para interpretar tais personagens, cujo vestuário retratava a moda do momento. Foi um sucesso de audiência.
O tópico frasal é sempre aquela frase que introduz o assunto;as idéias secundárias são as idéias complementares, que “recheiam” o texto, que poderiam ser extraídas, sem prejuízo da informação principal (contida nas idéias centrais). No que diz respeito à seqüência de ideias, trata-se de como construímos o texto, para que haja uma ligação entre elas, de forma que uma possa complementar a outra, como numa seqüência de fatores. Para melhor ficar claro, destacamos:
o         Título:             Amazônia – TV Globo
o         Tópico frasal:           A minissérie “Amazônia”, transmitida pela TV Globo, no horário das 23 horas, retratava a história da região amazônica.
o         Idéias principais:               A minissérie “Amazônia”, retratava a história da região amazônica, além da política da época. Também estavam presentes as razões pelas quais a região amazônica sofreu, a partir da extração da borracha, e pela disputa de terras, assim como o sofrimento dos nativos, por conta da invasão de empresários e estrangeiros, atraídos pelo chamado “ouro branco”.
o         Ideias secundárias:          A minissérie “Amazônia”, transmitida pela TV Globo, no horário das 23 horas, retratava a história da região amazônica. Para tanto, foram convidados atores de primeira linha, para interpretar tais personagens, cujo vestuário retratava a moda do momento. Foi um sucesso de audiência.
Veja bem, a forma como destacamos as idéias principais está relacionada às questões que nos são importantes. Partindo-se de uma visão social, econômica, empresarial, ou histórica, a extração acima está correta e mais adequada. No entanto,m se fôssemos um diretor de arte, por exemplo, o nosso foco seria outro e, por essa razão, os nossos destaques também seriam outros, como segue:
o         Título:             Amazônia – TV Globo
o         Tópico frasal:           A minissérie “Amazônia”, transmitida pela TV Globo, no horário das 23 horas, retratava a história da região amazônica.
o         Idéias principais:               A minissérie “Amazônia”, transmitida pela TV Globo, no horário das 23 horas, retratava a história da região amazônica. Para tanto, foram convidados atores de primeira linha, para interpretar tais personagens, cujo vestuário retratava a moda do momento. Foi um sucesso de audiência.
o         Ideias secundárias:          A minissérie “Amazônia”, retratava a história da região amazônica, além da política da época. Também estavam presentes as razões pelas quais a região amazônica sofreu, a partir da extração da borracha, e pela disputa de terras, assim como o sofrimento dos nativos, por conta da invasão de empresários e estrangeiros, atraídos pelo chamado “ouro branco”.
Portanto, escrever não é tão simples assim. Há que se ter em mente três coisas importantes: para quem eu escrevo? Por quê eu escrevo? O quanto eu posso aprofundar, ou não, o meu texto (conteúdo, informação)? Diante dessas respostas, saberemos como escreveremos (tipo de texto e de parágrafos) e o modelo de disposição das informações (se de forma esquemática, ou se por meio de parágrafos).
O que é importante se ter em mente, neste momento é que nenhum parágrafo é igual ao outro. Não há limite de palavras. Não há tamanho específico. Um parágrafo pode ser composto de apenas uma linha de texto, ou por várias e várias de texto. No que diz respeito à construção de uma redação, por exemplo, falaremos no próximo módulo.
Exercício:
1.    Qual é a afirmativa, das abaixo apresentadas que melhor define a coesão?
a.     É a propriedade de escrever bem, de forma bem articulada, utilizando os verbos no tempo adequado ao discurso, assim como substantivos, adjetivos, artigos, numerais, conjunções, etc.
b.     É a propriedade de escrever e criar ligações, que permitam ao texto uma unidade de sentido, com correção gramatical e lógica de discurso.
c.      É a condição de escrever bem, de forma bem articulada, por meio de verbos e substantivos combinados.
d.     É a forma como o autor coloca as palavras, que permitem - a quem as lê - compreender o texto.
e.     É a correta elaboração das frases, utilizando os verbos no tempo correto.
Alternativa correta:    A
 Comentários no módulo:       Um texto coeso é aquele que apresenta correção gramatical e coerência ao seu propósito.
Conteúdo destinado ao uso exclusivo dos alunos dos cursos de Gestão Tecnológica, da Universidade Paulista – UNIP, elaborado pela Professora Márcia Bronsert.
Módulo 3
Tipos de textos e suas finalidades
 Antes de falarmos em tipos de textos, é necessário que saibamos escrever parágrafos, de forma que eles possam contar a informação que pretendemos transmitir. Em algumas situações, apenas um único parágrafo não é suficiente para que informação seja transmitida. Nesses casos, faz-se necessário a construção de um texto contendo alguns parágrafos, que – por sua vez – devem estar ligados entre si, para que o texto seja coerente e para que haja clareza de raciocínio.
Antes de começarmos a relacionar os itens necessários para a construção dos parágrafos, vejamos o seguinte texto:
INTERMANAGERS - Circuito
Circuito Giuliani: conselhos sobre como liderar com eficácia     Rudolph Giuliani
Neste circuito, Giuliani compartilha sua experiência e relata fatos que nos mostram como é possível liderar de forma eficaz. Vivências de funcionário público que, além de fascinantes, são uma grande lição.
Depois de herdar uma cidade castigada pelo crime e paralisada por um serviço público deficiente, Rudolph Giuliani destacou-se como um dos prefeitos de mais sucesso da história recente dos Estados Unidos. E, depois de seu desempenho nos tristes acontecimentos de 11 de setembro de 2001, ele se tornou um dos líderes mais respeitados do mundo. Neste circuito, dividido em quatro capítulos, Giuliani ensina como liderar com eficácia, a partir de suas experiências como funcionário público. Exatamente por serem tão fascinantes essas experiências se tornaram uma lição.
Conselho 1: Não se deixe intimidar (“keep your cool”). A partir de uma série de anedotas, Giuliani enfatiza a importância de não perder a cabeça diante das limitações por parte de adversários ou conjunturas críticas. Um verdadeiro líder deverá ser prudente, mas nunca covarde.
Conselho 2: Uma luta começa com um plano. Boas intenções não são suficientes. Para ser eficaz é preciso traçar um plano e ter valor para executá-lo.
Conselho 3: Estude, leia, aprenda por conta própria. De nada adiantam o valor e a coragem se não há uma curiosidade intelectual que permita que o líder se mantenha alerta e atualizado diante dos desafios.
Conselho 4: Não deixe para os especialistas.Todo bom líder deve desenvolver uma base autônoma. Não importa o talento de seus conselheiros e colaboradores. Na medida do possível, você deve abordar os problemas com seus próprios conhecimentos.
Bibliografia:
CIRCUITO: banco de dados. In: Intermanagers. Disponível em: <http://www.intermanagers.com.br/ >. Acesso em 04 abr. 2005.
Observe que, embora o texto seja curto, é recheado de informação relevante. Esta é uma propriedade de um texto chamado de “enxuto”, pois transmite de forma objetiva as informações relevantes. Note que não há “enrolações”, o vai-e-volta da informação. Inicialmente o texto traz a informação de quem foi Rudolph Giuliani, o autor dos conselhos. Este pequeno “currículo” faz toda a diferença ao darmos crédito, ou não, às informações transmitidas. Faz com que o leitor aceite a informação como “verdade” e exime (tira) a possibilidade de desconfiança, por parte do leitor.
Seguindo o exemplo acima, ao escrevermos, devemos transmitir “verdades”. Não podemos deixar que a desconfiança possa – sequer – existir na mente do nosso leitor. Para isso, é necessário que nos preparemos, antes de o escrevermos.
Para que possamos iniciar a construção do nosso texto, não importa se este possuir apenas um parágrafo, ou se for composto por vários deles, é necessário que tenhamos em mente alguns pontos fundamentais:
o         O quê escrever?
o         Qual é o objetivo do texto?
o         Para quem escrever?
o         Qual o tipo de linguagem?
Quando pensamos no quê escrever,automaticamente temos de pensar no propósito do nosso texto. Quanto mais formal for a situação, mais formal será o nosso texto e muito mais cuidado deveremos ter com o vocabulário a ser utilizado. O objetivo do texto está diretamente relacionado com as intenções, com a proposta do texto.
No nosso exemplo acima, Rudolph Giuliani aborda “ensinamentos” para a vida de qualquer pessoa, a partir das experiências – pessoais – do ex-prefeito americano. A intenção é “ensinar” e não apenas transmitir um conhecimento. Por essa razão a liderança, ou a forma como podemos liderar uma equipe, ensinada por ele está baseada em “conselhos”, pois ninguém é obrigado a seguir, não é um mandamento, uma ordem expressa. Se a intenção do texto fosse a de impor uma regra, muito provavelmente os “conselhos” viriam não como “conselhos”, mas como “mandamentos”, ou “regras”. Tudo parte da INTENÇÃO.
Para quem escrever, ou seja, a quem se destina tal texto, é uma preocupação que devemos ter, antes de escrever a primeira palavra. Costumo dizer, em sala de aula, que se eu contar a minha ida ao cinema, no último final de semana, a um grupo de amigos, os acontecimentos e o que vi serão contados de forma bem descontraída, ao passo que a forma como contarei e as palavras que utilizarei, no sequenciamento do relato, serão completamente diferentes, caso o meu diretor seja o meu interlocutor. O mesmo ocorrerá se eu contar o que aconteceu aos meus filhos, ainda crianças.
Observa-se, então, que tudo é uma questão de “jogo de palavras”. Porém, não podemos simplesmente inserir qualquer palavra, escrita de qualquer forma, no texto. É necessário que haja uma atenção especial ao que chamamos de COESÃO, caso contrário o nosso texto poderá transmitir falta de credibilidade ao que falamos e desestimulará o leitor a continuar a lê-lo. No que diz respeito ao tipo de linguagem, este será um item que abordaremos seus respectivos detalhes no módulo VI, conteúdo relacionado ao segundo bimestre do curso desta disciplina.
Parágrafos e texto – Plano de trabalho
Todo parágrafo deve iniciar com “uma declaração inicial”. É como se déssemos um título ao parágrafo. Na seqüência, desenvolvemos o raciocínio e a partir dessa declaração o texto do parágrafo se conclui. Ao concluir um parágrafo, já introduzimos uma ligação com o parágrafo seguinte, de forma que as idéias não se percam, não estejam soltas. Essa seqüência fará com que o nosso texto tenha COERÊNCIA.
Exemplificando, apresentamos o seguinte texto:
As cidades invadem a vida selvagem
Pesquisadores têm descoberto que cada vez mais as cidades têm invadido os campos, diminuindo a extensão territorial destinada aos seus habitantes naturais. Como se não bastasse, as necessidades de desmatamento e do uso da água natural, para que a população local, a invasora, tenha espaço para morar e água para beber, tomar banho e lavar roupas, tem contribuído para diminuição da vida nos rios.
Como conseqüência dessas invasões, muitos animais também têm sido dizimados, assim como muitas plantas e árvores também têm desaparecido. Por essa razão, muitas espécies animais e vegetais, hoje, são os focos de pesquisadores, que tentam preservar suas vidas e permitir que a espécie possa ser preservada, a despeito do desrespeito às leis ambientais brasileiras.
O governo federal tem realizado muitas ações e formulado muitas leis, para que os elementos nativos do território brasileiro ainda se mantenham vivos. Prova disso é a parceria de muitas empresas privadas que colaboram com as pesquisas, ou destinam parte de seus lucros para a preservação e conservação do meio ambiente.
Além de contribuir com a natureza, essas ações permitem que a imagem de tais empresas se mantenha preservada e que a população as observe com “bons olhos”, pois são as empresas chamadas de “empresa verde”.
Observe que, no texto acima, a intenção não era propriamente a de falar sobre as cidades que estão avançando sobre áreas nativas, de forma a contribuir com o desaparecimento de áreas verdes no território brasileiro. A intenção, de fato, era falar que as empresas contribuem com a preservação do meio ambiente e o por quê dessa contribuição (incentivos fiscais) e qual é a conseqüência de tal ato (melhoramento da imagem corporativa).
Quanto à forma como o texto fora construído, o título já faz parte de uma introdução ao texto, que é retomado no início do primeiro parágrafo (“Pesquisadores têm descoberto que cada vez mais as cidades têm invadido os campos......”), que finaliza abordando os danos causados pela invasão, aos rios (o meio ambiente).
O segundo parágrafo inicia o texto abordando sobre os danos causados à fauna (animais) e à flora (plantas; vegetais) e é concluído abordando o respeito das normas e leis federais de uso dos espaços, das áreas preservadas.
O terceiro parágrafo começa falando das ações do governo federal quanto à tentativa de preservação do pouco que ainda existe e finaliza com a informação de que muitas empresas fazem parcerias, ou contribuem com o governo, na tentativa de minimizar os impactos oriundos das invasões.
E, novamente, o último parágrafo tem a intenção de falar que a contribuição das empresas não somente ajuda a preservar o meio ambiente, como também fortalece a respectiva imagem.
Para que melhor alguém possa escrever um texto e, no caso desse alguém encontrar muita dificuldade para tal tarefa, uma dica interessante e que muito pode ajudar é pensar no que já fora dito anteriormente (o quê, para quem, com qual objetivo e qual a melhor forma de escrever). Porém, isso só não basta. É necessário que “palavras-chave” possam ser anotadas num papel. Feito isso, essas palavras devem receber um número, sendo que o número “1” é destinado à palavra mais relevante e o número “10” a menos relevante, por exemplo. Esses números farão com que a redação possa ser iniciada pela palavra que recebeu o número “1”.
Para exemplificar, digamos que a nossa redação seja a respeito do nosso final de semana e precisamos contar algo que fizemos, ou vimos. Inicialmente, começam,os com as “palavras-chave”, para que pudéssemos dar início ao nosso texto. Observe algumas palavras:
	Palavras que surgiram na mente (brainstorming)
	Seqüência das palavras a serem utilizadas
	o         Final de semana
	1.           Final de semana
	o         Relaxar
	2.           Parque
	o         Passeio
	3.           Passeio
	o         Gente / pessoas
	4.           Crianças
	o         Alegria
	5.           Verão
	o         Crianças
	6.           Sol
	o         Verão
	7.           Calor
	o         Sol
	8.           Pessoas
	o         Calor
	9.           Água
	o         Água
	10.      Alegria
	o         Refrescar
	11.      Descansar
	o         Refeições
	12.      Relaxar
	o         Roupas para o calor
	13.      Refrescar
	o         Descansar
	14.      Roupas para o calor
	o         Parque
	15.      Refeições
Observe a pequena lista acima (muito conhecida e chamada por brainstorming, que significa “tempestade de idéias”). Conforme as palavras foram surgindo, elas foram sendo escritas. Uma vez terminada a lista, as palavras foram numeradas, numa seqüência, conforme a nossa intenção de texto (segunda coluna da tabela).
Veja agora como ficou o texto:
Domingo no parque
No último domingo fomos ao parque: eu e minha família. Era verão, por isso havia muito sol e fazia calor. Percebemos que as pessoas também sofriam com o calor e por isso todo mundo tinha uma garrafa de água na mão, ou um picolé. Apesar de calor e do sol escaldante, o domingo foi muito bom!
Observe o seguinte:
1                   Nem todas as palavras da lista foram utilizadas.
2                   O texto fora propositadamente escrito em um único parágrafo.
Já que o texto, até então, possui apenas um parágrafo, você – aluno – poderia dar continuidade ao texto, utilizando as palavras que ainda não foram utilizadas, como treino de montagem de parágrafos. Arrisque-se!
Vale ressaltar, aqui, que a intenção dos exemplos até agora inseridos têm como propósito auxiliar ao aluno a melhor escrever, oferecendo-lhe “ferramentas”úteis e fáceis de serem utilizadas. Entretanto, quando nos propomos a escrever algum texto, temos de dispor de tempo. Se tivermos pressa, o nosso texto poderá não conter toda a informação que pretendemos que seja transmitida, ou o nosso texto será mal escrito. Pense nisso. Reserve um tempo razoável, na próxima vez em que se propuser a escrever sobre algum assunto, por mais simples que seja. Você observará, com o passar do tempo, que se assim fizer, cada vez menos precisará de tempo para melhor escrever. Tudo é uma questão de “treino”, “prática de texto”. Boa sorte!
Para finalizarmos, é importante que também chamemos a atenção para os seguintes tópicos:
         Toda e qualquer redação deve conter:
         Título:         tema a ser abordado.
         Introdução: deve despertar o interesse do leitor, para que continue lendo. Ali deverão estar presentes os tópicos principais do texto (tópico frasal). Os próximos parágrafos deverão trazer o desenvolvimento da idéia principal (título), de forma clara e objetiva.
         Conclusão: por ser a parte final do texto, a que encerra o assunto, deve conter uma síntese (um resumo) da posição do autor do texto, quanto ao assunto abordado, encerrando a discussão inicialmente pretendida pela introdução.
Tipos de texto
TEXTO NARRATIVO
O texto narrativo é o mais comum de vermos, por exemplo, em reportagens, pois relatam fatos já ocorridos. Ou seja, conta o “antes”, o “durante” e o “depois” de um acontecimento. Por essa razão é um texto seqüencial, que possui uma seqüência.
Ao lermos um romance, por exemplo, é possível encontrarmos a presença do narrador, dos personagens, assim como sabermos o quê aconteceu, com que, quando e onde. Por contar uma história, que supostamente já aconteceu, os verbos devem vir no tempo passado, no pretérito, podendo conter descrições dos lugares e dos personagens envolvidos.
Como todo e qualquer texto, a narração também deve conter um começo (antes), um meio (desenvolvimento dos acontecimentos) e o fim (depois), de preferência na cronologia do tempo, da ordem dos acontecimentos.
A preocupação com a construção de um bom texto narrativo, seja jornalístico ou não, está em saber responder às seguintes perguntas: quem, o quê, quando, onde, como, por quê. Essas perguntas garantirão que a informação esteja próxima de todos os fatos ocorridos e das pessoas envolvidas.
Falando-se do âmbito corporativo, o texto narrativo está presente nos relatórios e nas atas, sendo que esta última tem como recurso o uso polifônico dos verbos (aqueles verbos que transmitem a idéia de como uma pessoa disse algo; alguns deles são: afirmar, comentar, falar, assegurar, esclarecer, inquirir, argumentar, enfatizar, advertir, ponderar, confidenciar, exemplificar, concluir, questionar, etc).
TEXTO DESCRITIVO
É o tipo de texto que apresenta as características de um lugar, de uma pessoa, de um objeto, de um procedimento, de forma que o leitor possa ter uma idéia do todo.
Por ser um texto considerado “figurativo”, apresenta a descrição detalhada de pessoas, por exemplo, o que poderá resultar na formação de uma imagem física, ou psicológica de tal pessoa. Para que este objetivo seja atingido, é necessário o uso de atributos, por meio de adjetivos (palavras que qualificam um substantivo: bonito, grande, caro, bom, etc).
Um dos recursos da descrição é a utilização de metáforas – quando mudamos o nome de algo, para dar um sentido figurado ao objeto de observação - e de metonímias, quando substituímos um termo por parte de outro. Veja os exemplos abaixo:
         Puxa! Que gato lindo o seu namorando, hein!?
         Estou com sede, preciso tomar um copo d’água.
Observe que no primeiro exemplo a palavra “gato” quer dizer “bonito”, ou seja, uma metáfora. No segundo exemplo, temos um caso de metonímia, pois o copo não é formado, constituído, por água, porém bebemos a água que um copo puder conter, armazenar. É como se disséssemos: “Estou com sede, preciso tomar um copo cheio de d’água”.
A descrição pode ser objetiva, ou subjetiva. Por essa razão, no universo corporativo, é necessário muita cautela ao descrevermos algum objeto, a fim de evitar equívocos. Exemplificando, poderíamos dizer que necessitamos de uma sala de aula grande para o próximo semestre. A questão é: uma sala de aula de 20 m² caberia os alunos, ou precisaríamos de uma sala ainda maior para caber os alunos? Outro detalhe: os alunos ficarão em carteiras, cujo braço acompanha as cadeiras, ou as carteiras são maiores, iguais àquelas utilizadas no início dos anos 60? Em outras palavras, uma sala de aula com 50m² pode ser suficiente para caber 80 alunos, grande demais para apenas 10, mas insuficiente para colocarmos 200 alunos, lá dentro. Ou seja, a palavra grande, como qualquer outro adjetivo tem um peso relativo, pois “o que é bonito a uma pessoa, feio pode parecer a outra”.
Diante disso, quando falamos do universo empresarial, para que a descrição seja a mais precisa, exata, possível, é necessário que os dados sejam os mais precisos possível. Exemplo disso está no parágrafo acima.
TEXTO DISSERTATIVO
Esse é o tipo de texto que explica, analisa, avalia, classifica um tema, um assunto. Parte sempre do princípio da argumentação.
Exemplo desse tipo de texto é uma situação na empresa em que o funcionário pede aumento de salário, ao chefe. Pedir aumento de salário é fácil, é só dizer “quero que a empresa aumente o meu salário”. Entretanto, a parte mais difícil é convencer o chefe de que o funcionário merece que o seu salário sofra um aumento real, além do dissídio (dissídio = aumento de salário, por conta do reajuste de preços, com base nas negociações da empresa com o sindicato da categoria). Para convencer é necessário que se tenha argumentos reais e fortes, capazes de fazer o chefe mudar de idéia:
Chefe, tenho trabalho muito nos últimos meses e o meu trabalho trago resultados positivos para a empresa. Exemplo disso, é a comprovação de que o cliente “X” continua comprando da nossa empresa, apesar da mercadoria ter sido entregue totalmente errada, no mês passado. Confesso que não foi fácil convencê-lo de continuar comprando da gente, mas eu consegui sozinho. Além disso, a tarefa “A” que o senhor me delegou eu consegui atingir uma redução de tempo, acima da média e por conta disso conseguimos economizar um percentual significativo para a nossa empresa.. além disso,................       Por todos esses motivos expostos, peço que pense com carinho na minha proposta, ainda não tenho nada em vista, mas se aparecer alguma boa oportunidade tenho a intenção de checar se me será uma boa oportunidade, ou não. Não é ameaça, é apenas um comunicado. Na verdade, eu não tenho pretensões de sair dessa empresa, gostaria muito de continuar aqui, pretendo fazer carreira aqui. Obrigado!
Se você fosse o chefe, você concederia tal aumento ao seu funcionário? No exemplo acima, como em qualquer texto, deve haver uma introdução, uma apresentação da idéia que será defendida (eu mereço aumento de salário), a argumentação (os motivos pelos quais o funcionário merece o aumento) e o fechamento (a justificativa de estar pedindo tal aumento: fazer carreira na empresa). Observe, também, que prevalece uma linguagem objetiva, direta e franca, nada de meios-termos, de linguagem figurada.
A justificativa, a argumentação deve priorizar o tempo verbal presente, uma vez que tais pontos de vista são reais e atuais. Pode também conter a comparação dos dados (antes era “assim”, agora não). Por essa razão poderá conter palavras que indiquem oposição aos fatos (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, contra, apesar de, não obstante, ao contrário, etc), assim como informar, ou esclarecer, possíveis causas ou conseqüências (porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, etc.)
Ao concluir um texto dissertativo, algumas introduções de parágrafos podem ser iniciadas pelos seguintes expressões: concluímos que.....; em poucas palavras, é possível......; diante doexposto, podemos afirma que ....; etc.
Em algumas situações, o nosso texto deve conter algum embasamento teórico. Isto é, ao afirmarmos alguma coisa a respeito de uma observação, devemos informar a fonte de tais dados ali expostos. Para isso, podemos utilizar o exemplo da citação, extraindo uma pequena parte de um texto da fonte pesquisada, comprovando o que falamos. Veja o exemplo abaixo:
Sabemos que as crises acontecem em qualquer lugar, em qualquer ambiente. As crises podem se transformar em problemas sérios e de grandes proporções, caso as empresas não tomem uma medida para resolve-los, ou pelo menos minimizar tais impactos nocivos em suas finanças, conforme afirma CORRADO:
As empresas que fracassam com o público acabam-se prejudicando financeiramente. Há cinco passos fundamentais que toda organização pode usar para iniciar o processo de planejamento de crises. O mais importante é convencer a administração superior. A regra básica das comunicações de crises é: conte tudo e depressa. No decorrer do tempo, as empresas que fazem isso e demonstram empatia saem-se melhor.”  [CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica... Trad. Bárbara Theoto Lambert. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Título original: Getting the Word Out, How Managers Can Create Value with Communications. p. 199]
Observe que o texto (citação) está em letras diferentes por se tratar de uma cópia de alguma fonte, ou seja, não são as palavras de quem escreve, mas são palavras que servem de base ao que se pretende dizer.
Um outro exemplo de texto dissertativo, usando a mesma fonte de pesquisa é a seguinte:
CORRADO (p. 199) afirma que as empresas podem ser prejudicadas financeiramente, caso não tome uma posição planejada de controle, ou de minimização dos impactos provocados pela situação..... vale lembrar que o autor ainda esclarece que a situação corporativa pode....... às organizações (p. 234).
Observe que no início do parágrafo o autor pesquisado aparece como primeiro elemento de observação das crises nas empresas. Esse mesmo autor também é utilizado para encerrar a argumentação, cuja informação contida na mesma obra está em outra página. Porém, para que essas informações sejam verdadeiras, confiáveis, passíveis de crédito, é necessário que o autor do texto insira a obra nas referencias bibliográficas, em ordem alfabética, conforme exemplo abaixo (neste caso, a 3ª obra):
Referências Bibliográficas:
ANTUNES, Irandé Costa. Lutar com palavras – coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005 (Na ponta da língua; v. 13).
BAHIA, Juarez. Introdução à comunicação empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.
CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica... Trad. Bárbara Theoto Lambert. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Título original: Getting the Word Out, How Managers Can Create Value with Communications.
NADÓLSKIS, Hêndricas. Comunicação redacional atualizada. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
NASSAR, Paulo; FIGUEIREDO, Rubens. O que é Comunicação Empresarial. 1ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1995. (Coleção Primeiros Passos).
 
Exercício
1.    Qual é o tipo de texto predominante em notas fiscais, orçamentos e demonstrativos de pagamentos, documentos esses emitidos pelas empresas?
a.     O Narrativo e o Descritivo
b.     O Narrativo e o Dissertativo
c.      O Narrativo
d.     O Dissertativo
e.     O Descritivo
Alternativa correta:    E
 
Comentários no módulo:       Tais documentos têm por objetivo descriminar os itens apresentados, por essa razão a predominância é a descrição.
 
 
Conteúdo destinado ao uso exclusivo dos alunos dos cursos de Gestão Tecnológica, da Universidade Paulista – UNIP, elaborado pela Professora Márcia Bronsert.
Módulo 4
Técnicas de Resumo e a Estrutura dos Relatórios
Técnicas de Resumo
Existem várias técnicas de resumo, cuja melhor técnica pode ser escolhida conforme a sua necessidade, ou o objetivo de tal resumo.
Tanto na área acadêmica, como na área empresarial, os resumos são bem vindos. De certa forma, quando temos um texto corrido, contendo parágrafos, temos um tipo de relatório em vista. No caso das atas - que se trata de um resumo de uma reunião, documento este que possui valor jurídico, segundo as normas ABNT -, devem ser constituídas de apenas um único parágrafo, não importando se resultará em uma ou mais páginas. Observe a frase seguinte:
“... importante saber resumir em uma ou duas frases tudo o que entendeu de uma conversa, adiantando quais serão suas próximas providências em relação ao assunto.”
[MAERKER, Stefi. Secretária: a parceira de sucesso. São Paulo: Editora Gente, 1999: p. 44.]
Observe que MAERKER afirma que é “importante saber em uma ou duas frases” o teor principal da conversa. Isto quer dizer que no universo corporativo, resumir é uma necessidade e, portanto, deve se tornar um hábito. Porém, as providências inerentes à conversa somente poderão ser tomadas corretamente se quem estava participando da conversa as conseguiu compreender corretamente. Ou seja, se a pessoa não prestou atenção à conversa, não conseguirá resumir e nem tomar as providências necessárias.
O mais importante é que os resumos contenham a essência da obra, ou das idéias do autor. Vale lembrar que um resumo de uma mesma obra pode variar de pessoa para pessoa. Isso se ocorre porque os objetivos dessas pessoas, ao lerem tal obra, podem variar, de acordo com o propósito do resumo (conforme já discutimos no módulo II, ao falarmos de idéias primárias, ou principais, e idéias secundárias – páginas 8 e 9). Se quisermos trazer uma definição do que é um resumo, poderíamos assim dizer: resumo é o principal conteúdo de um texto, um artigo, ou de uma obra literária, ou científica, que destaca as idéias principais e relevantes ao objetivo proposto pelo ato do resumo, devendo ser redigido por outra pessoa, que não seja pelo próprio autor.
Quanto aos tipos de resumo, podemos dizer que eles podem ser indicativos, dispensando a leitura do documento original, a menos que o leitor queira mais detalhes. Dessa forma, por exemplo, poderemos ler apenas o capítulo de um livro, na sua íntegra, a partir das indicações do Sumário.
Também poderão ser de cunho informativo, ou seja, apenas deverá informar a respeito de algo que aconteceu e, por essa razão, não nos obriga à leitura de seu conteúdo, na íntegra. Normalmente os vemos em publicidades. Exemplo: O lançamento do mais novo livro do renovado autor “Fulano de Tal” aborda a sua visão administrativa sob o ponto de vista das empresas públicas. Presente em todas as livrarias do país.
Há um outro tipo de resumo, chamado de RESENHA, que tem por objetivo criticar um dado trabalho. É comum observarmos esse tipo de resumo quando buscamos a indicação de um filme e não os conhecemos, e que normalmente vem acompanhado por estrelas (de uma a cinco). Quem escreve a resenha deve ser alguém que domine o assunto e tenha argumentos para apoiar, ou contradizer o que está sendo exposto, por exemplo.
Alguns documentos são regulamentados pelo IBBD (Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação), ou pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regem as normas de como alguns tipos de resumo devem ser elaborados, conforme segue:
Sinopse=    trata-se do resumo de apresentação de uma obra, muito comum aos livros e filmes. Este tipo de resumo normalmente é redigida pelo próprio autor, ou editor, cujo objetivo é apresentar a obra, de forma que o leitor (no caso dos livros) possa se inteirar do que será encontrado em tal e decidir se lhe interessa ou não tal assunto. Tem como objetivo a venda da obra.
Sumário =  muito confundido com Índice de um livro, de um relatório. A diferença aqui é que o Sumário traz todos os elementos de um capitulo, detalhando os subitens e as páginas correspondentes a eles. Assim como os Índices, deve apresentar os elementos da obra na mesma ordem em que são dispostos no volume (mesmo que a obra seja digitalizada). Vide exemplos:
Índice
	Introdução
	10
	1.      Descrição da Organização
	13
	2.      ComunicaçãoEmpresarial
	18
	3.      Técnicas de Informática
	21
	4.      Recursos Materiais e Patrimoniais
	24
	5.      Fundamentos da Administração
	28
	6.      Economia e Mercado
	37
	Conclusão
	41
	Referências Bibliográficas
	44
Sumário
	Introdução
	10
	1.       Descrição da Organização
1.1.          Denominação e Forma de Constituição
1.2.          Dados e Fatos Relevantes da Origem da Organização
1.3.          Natureza e Ramo de Atuação
1.4.          Informações sobre o porte da empresa
1.5.          Principais equipamentos
1.6.          Composição da força de trabalho
1.7.          Principais produtos
1.8.          Denominação dos principais tipos de fornecedores
1.9.          Principais mercados e principais ramos de atuação
1.10.      O segmento de mercado internacional
1.11.      O segmento de mercado do grupo no âmbito nacional
1.12.      Principais concorrentes da organização.
1.13.      Apresentação do Organograma da Corporação
	13
13
14
14
14
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15
15
16
16
16
17
17
18
	2.       Comunicação Empresarial
2.1.          Área Responsável
2.2.          Processos Internos de Comunicação
2.3.          Mídia e Publicidade da Empresa
2.4.          Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC
2.5.          Ações de Contribuição ao Meio Ambiente
	19
19
20
20
21
22
	3.       Técnicas de Informática
3.1.          A Estrutura Física - hardwares
3.2.          A Estrutura de Sistemas – softwares e back-ups
3.3.          Servidor
3.4.          Data Center
	23
23
24
25
25
	4.       Recursos Materiais e Patrimoniais
4.1.          Controle de Estoque Físico
4.2.          Logística de Entradas e Saídas
4.3.          Curva ABC
	27
27
28
29
	5.       Fundamentos da Administração
5.1.          Os Sistemas Administrativos Presentes na Organização
5.2.          A Divisão das áreas e suas Responsabilidades
5.3.          Planejamento Estratégico
5.4.          Análise: A Dificuldade de Controle das Ações de Planejamento Estratégico
5.5.          Sugestão de Melhorias para o Problema Apresentado
	30
30
31
33
35
 
37
	6.       Economia e Mercado
6.1.          A Empresa conectada com o Mercado Nacional
6.2.          A Empresa conectada com o Mercado Internacional
6.3.          Contribuições Econômicas e Sociais da Empresa à Economia Brasileira
	40
40
41
 
43
	Conclusão
	45
	Referências Bibliográficas
	48
Observe que o Índice apresenta apenas os capítulos, de forma bastante objetiva e clara. Porém, o Sumário apresenta, além dos capítulos, o detalhamento de cada capítulo, com seus subitens e respectivas páginas. Da forma como são apresentados, tanto um como o outro obedecem às normas ABNT.
Como resumir
O ponto de partida é o foco do nosso resumo: “por quê e para quem devo resumir esse material?” esta é a pergunta-chave para que possamos iniciar o nosso trabalho.
Em segundo lugar, devemos buscar no texto os pontos principais (ou idéias principais) e os detalhes mais importantes, mais relevantes. Se já conhecemos o vocabulário utilizado no texto, a nossa tarefa se tornará mais fácil. Exemplificando: um médico terá muito mais facilidade em resumir um livro que aborde como tratar crianças que não se alimentam adequadamente, do que uma pessoa que não conhece nada sobre saúde ou, ainda, sobre nutrição.
Normalmente a idéia principal do texto está no início do parágrafo. À medida que treinamos a técnica de resumo, torna-se ainda mais fácil encontrar a essência da proposta do texto. É recomendável que primeiro leiamos o texto por inteiro. Como segundo passo, à medida que o lemos pela segunda vez iniciamos o nosso resumo. Via de regra, o final do parágrafo apresenta elementos que o resumem.
Técnicas de Resumo
Talvez a técnica de resumo mais fácil, ou mais conhecida, de ser executa seja por meio do ato de sublinhar palavras e frases importantes. Em algumas situações, conforme a finalidade, é possível que o texto seja sublinhado a partir de cores diferentes, para igualmente diferenciar os assuntos nele descritos, ou suas inter-relações (idéias afins). É sabido que sublinhar o texto facilita no momento de colocarmos no papel o que fora lido, com as nossas próprias palavras. Assim evitamos que trechos ou expressões sejam transcritas como estão no original.
No caso das sinopses, o que pode ajudar muito na avaliação da obra, do seu conteúdo, é a posse prévia da informação sobre o autor (quem é, qual a sua importância naquele meio de atuação, como é reconhecido, etc).
Outra técnica de resumo é chamada de “esquema”. Normalmente, nesta técnica, os resumos se apresentam a partir de tópicos. A vantagem do resumo esquematizado é a facilidade encontrada para a leitura do assunto, cujas principais características são:
o         Fidelidade às ideias principais do autor.
o         Apresenta o assunto de forma estruturada, lógica: o que é mais importante vem primeiro.
o         O assunto poderá ser adequado à sua funcionalidade:
o        Quanto mais profundo, mais detalhes o resumo apresentará;
o        Quanto mais superficial, mais indicações-chave o resumo apresentará.
o         Apresenta facilidade de visualização para quem o elabora, com o objetivo de estudo.
Observe os tópicos acima. Na verdade eles estão dessa forma dispostos objetivando exemplificar o que é um resumo esquemático. Espera-se com isso, que o aluno compreenda a diferença de um resumo elaborado no formato de texto e outro, no formato esquemático.
Relatórios
Antes de qualquer ato, no que diz respeito aos textos, sejam resumos ou não, relatórios acadêmicos ou corporativos, não podemos nos olvidar, nos prescindir, nos esquecer de que todo e qualquer texto precisa ser pensado antes de ser colocado em prática, como pronto. É necessários que nos lembremos da coerência e da coesão. Sem esses elementos, nenhum texto será agradável, além de correr sérios riscos de não ser compreendido.
Quanto aos relatórios, podemos começar pelos acadêmicos. Na sua grande maioria, os que mais são emitidos são as monografias. As monografias (escrito por um só) são os relatórios também chamados de TCC (trabalho de conclusão de curso) e que no nosso caso, se chama PIM (Projeto Integrado Multidisciplinar).
Vale ressaltar que sua formatação parte dos princípios da ABNT e seu texto sempre será o dissertativo, contando com fundamentação teórica. Isto é, os assuntos ali abordados, discutidos, argumentados devem ter como base uma fonte de pesquisa, que – obrigatoriamente – deverá estar presente nas Referências Bibliográficas, conforme já discutimos no módulo anterior, no item “Texto Dissertativo”. Dá-se a preferência pelo texto impessoal. Ou seja, ao escrever uma observação – por exemplo – o autor deve eximir a sua presença do texto: Observa-se que a empresa não tem contingente em número adequado para as tarefas de controle....... Quando nos referimos a “pessoalização” do texto, significa que ele deve ser escrito da seguinte forma: Observamos que a empresa não tem contingente em número adequado para as tarefas de controle.......  Observe que no segundo caso, há a presença~do “nós”, o que não ocorre no primeiro caso: impessoalização do texto.
Outro tipo de relatório apresentado pelos alunos é o relatório das atividades complementares, realizado em papel timbrado, contendo o logo da instituição de ensino. Deve ser escrito de próprio punho e não ultrapassar duas páginas.
Se fizermos um comparativo dos relatórios acadêmicos, com os empresariais, no que diz respeito aos tipos de textos utilizados em suas instâncias, de forma esquemática, temos o resultado que apresentamos abaixo:
	Relatórios
	Importância
	Estruturas
	Tipos de Textos
	Acadêmicos
	Defesa de uma tese, de um ponto de vista.
	Pré-definidas pela ABNT e pela própria instituição de ensino
	Predomínio da linguagem objetiva, podendo haver mescla com descrição, ou narração.
	Empresariais
	Documentar, registrar ocorrências.
	Variadas, conforme a finalidade e conforme os modelos de cada empresa.
Exceção: atas.
	Predomínio da narração.
Pode conter descrição e dissertação.
Como se pode notar, as diferenças são grandes e devem ser respeitadas. Por exemplo,

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