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Paper (DESAFIOS DA IMPORTAÇÃO)

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DESAFIOS DA IMPORTAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA FEDERAL MOGUL INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS LTDA
Andrews da Silva Gusmão[footnoteRef:1] [1: Acadêmico de tecnólogo em logística. E-mail: andrews.gusmao@federalmogul.com] 
Felipe Carvalho dos Santos Costa[footnoteRef:2] [2: Acadêmico de tecnólogo em logística. E-mail: felipecarvalhofc115@gmail.com] 
Jackson Costa dos Santos[footnoteRef:3] [3: Acadêmico de tecnólogo em logística. E-mail: jackson.louro@gmail.com] 
Paulo Freitas da Silva[footnoteRef:4] [4: Acadêmico de tecnólogo em logística. E-mail: paulo_anory@hotmail.com] 
Ana Paula da Silva Pará[footnoteRef:5] [5: Professora Tutora Externa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Logística (LOD01) – Seminário Interdisciplinar: Produtos e Serviços Logísticos – 13/05/2019] 
RESUMO
O processo de importação não é uma tarefa simples, para importar é requerido um amplo planejamento estratégico ao longo do tempo para que não falte matéria prima em estoque, pois, a falta de insumos pode acarretar em vários prejuízos, entre eles a parada da linha de produção, demissões e na pior das hipóteses a perda do cliente. considera-se que o departamento de comercio exterior atrelado ao setor de importação enfrentam serias dificuldades que vão desde a compra de material até a chegada do mesmo na empresa requisitante, por conta dessas adversidades esse trabalho objetivou-se em analisar como se dá esse processo e quais são os principais obstáculos enfrentados pelos profissionais dessa área na Empresa Federal Mogul. Por meio de perguntas, questionários, reuniões, encontros, entrevistas de áudios gravados, visitas à empresa, consultas de periódicos online e pesquisas documentais buscou-se apresentar de forma sucinta as teorias e elementos que ajudaram a compor as ideias fundamentais para a realização esse trabalho. Conclui-se que importar no Brasil é de fato um desafio para as empresas por conta da falta de incentivo governamental, as altas cargas tributárias, modais de transportes sem preparo para receber certos tipos de materiais, e a oscilação constante do câmbio contribui para que esse processo se torne ainda mais complexo. Infelizmente esse desacerto no processo de compras no exterior já apresenta obstáculos para o país, entre eles destacam-se a falta de inserção de novas tecnologias no mercado brasileiro e consequentemente a retração do conhecimento e da geração de emprego.
Palavras-Chave: Compras; Dificuldades; Importação; Processo; Retração.
1 INTRODUÇAO
Com a globalização a competitividade e a busca por melhores rankings no mercado vêm se ampliando ao longo dos últimos anos, por isso aprender a importar é de extrema importância para qualquer organização. Devido a grande variedade de empresas os clientes estão cada vez mais exigentes. 
Conhecer para poder administrar os inputs ou materiais é o dever essencial da logística, em seu conceito está dividida em três pilares essenciais: comprar, administrar e distribuir matéria prima ou produto acabado com o objetivo de fidelizar clientes, reduzir custos e dependendo do produto conseguir prever a demanda. Dentro do pilar de compra encontra-se a importação que enfrenta grandes desafios, entre eles destacam-se a alta carga tributária e falta de incentivo governamental. 
Essa análise é um estudo de caso que ocorreu na empresa Federal Mogul situada no Distrito Industrial de Manaus, que objetivou-se em analisar quais são os embaraços que o profissional logístico encontra na hora de importar, através da utilização de entrevistas, questionários e embasamento teórico com a utilização dos autores: SOUZA et al, OLIVEIRA e BRITO et al, percebeu-se que de fato há empecilhos que prejudicam tanto as organizações quanto a prosperidade da sociedade conforme afirma Assunção (2007), em sua afirmação de que “Através da importação, o país adquire uma relevância no que diz respeito ao desenvolvimento social e econômico, pois conquista uma expansão do intercâmbio e da troca de conhecimento e tecnologias”.
No desenvolvimento realizou-se levantamentos bibliográficos em livros, revistas e demais periódicos, os quais abordam aspectos conceituais aqui tratados. Para maior entendimento, este trabalho foi dividido em três tópicos. O primeiro trata do Contexto de Logística e seu processo evolutivo no Brasil. No segundo é explanado a significação de importação e as principais dificuldades nesse processo e, no terceiro e último tópico é apresentado o estudo de caso mais detalhado a respeito da importação.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTEXTO DE LOGÍSTICA 
Sabe-se que a logística é o processo de administrar materiais e recursos de maneira a armazenar, transportar e distribui-los de forma otimizada e lucrativa. Se parar para pensar, desde a criação do mundo o processo logístico está presente de maneira rústica e até então não denominada, no reino animal por exemplo, as formigas fazem esse processo de forma eficaz e eficiente em prol do bem comum de sua espécie, elas trabalham diariamente coletando alimento e o transportando até a colônia. Já o ser humano, ao comer uma fruta e identificar que ela possuía sementes percebeu que havia a possibilidade de plantar, cultivando a terra para depois colhê-la dando início futuramente a agricultura. Em certo período do ano a terra é boa para cultivo e coleta, em outro é escassa devido ao inverno. Diante desse fenômeno o homem passa a administrar esses períodos da natureza, ou seja, plantando e colhendo no tempo certo para mais tarde transportar, estocar e distribuir esses insumos entre os demais. Ao olhar em volta a logística está presente em quase tudo, seja na roupa em que se veste e até mesmo na água tratada que se bebe.
A logística que se conhece hoje possui origem francesa: 
A palavra logística é de origem francesa, Logistique (do verbo francês loger - alojar, colocar). Era usada como termo militar a arte de transportar, abastecer e alojar as tropas. Como as guerras eram longas, além da necessidade de seguir com as tropas, havia a necessidade do deslocamento de munição, equipamentos, remédios e soldados feridos de um lugar para o outro, o que era na época uma atividade de apoio. (OLIVEIRA, 2011, pág.4).
Novaes (2004) corrobora dizendo que:
Na sua origem, o conceito de logística estava essencialmente ligado ás operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, equipamento e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestigio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio. (NOVAES, 2004, p.31).
Por fim entende-se que nos períodos de guerras, isto é, em se tratando da primeira e segunda mundial, a logística teve um papel fundamental no transporte de armamentos, remédios e nos deslocamento de feridos, ela está em constante evolução, atualmente a mesma é usada no setor industrial abrangendo não somente o conceito de armazenar e distribuir como também a coordenação de todo o supply chain ou cadeia de suprimentos atuando com clientes tanto externos quanto internos buscando sempre melhoria continua e otimização de processos. 
2.2 EVOLUÇÕES DA LOGÍSTICA NO BRASIL
A logística no Brasil iniciou-se na década de 80, nessa época ela não era tão importante, pois os administradores só se preocupavam com a metodologia, ou seja, uma forma rápida de fazer o serviço sem dar ênfase para o processo e a maneira como o material seria transportado. Em 1990 a logística passa a ser valorizada por conta da iniciação cientifica que fez com que houvesse fragmentação dos processos se preocupando mais com a administração do material. 
Conforme afirma Moura (1998, pág. 43), “A logística surgiu no Brasil entre as décadas de 1980 e 1990, em função da mudança na forma pela qual as organizações viam seus clientes. Até então, acreditava-se se importar realmente como que eles queriam”. 
Nos dias atuais a mesma é regida por processos definidos que auxiliam o administrador na tomada de decisões. 
Hoje muito mais complexo e amplo, com foco em Controle, Planejamento, Tecnologia da Informação, Finanças e Serviço ao Cliente. Todas essas evoluções, aliadas ao processo de globalização, trouxeram novos desafios para as organizações, que é a competitividade no mercado globalizado. Daí surge a necessidade de se produzir e distribuir a custos mais adequados, sem perda de eficiências e qualidades do produto. A nova realidade exigiu uma mudança de comportamento nas organizações, chegando à fusão de algumas. (GOULART, ZANATTA, 2012, pág. 3).
A logística no século XXI atrelada com a internet, a aproximação do mercado e a multinacionalização se tornou mais essencial gerando conforto e rapidez para as pessoas, garantindo uma série de fatores para que enfim essa arte holística cresça mais ainda não só no Brasil mais a nível mundial.
3 DEFINIÇÃO DE IMPORTAÇÃO
 
A importação pode ser definida como a operação que proporciona a entrada de mercadorias e serviços em um território aduaneiro, depois de cumpridas todas as exigências legais e comerciais determinadas no país. Dentro dessa operação, enquadram-se as importações para doações, testes, entre outras. Através da importação, o país adquire uma relevância no que diz respeito ao desenvolvimento social e econômico, pois conquista uma expansão do intercâmbio e da troca de conhecimento e tecnologias (ASSUNPÇÃO, 2007).  
De acordo com Lopez e Gama (2013, p. 303), “a importação nada mais é que a entrada de produtos vindos de outros países, e perante a legislação brasileira a importação se concretiza quando se configura o desembaraço aduaneiro”.
3.1 PRINCIPAIS DIFICULDADES DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO
	Souza et al (2015, pág. 13) relata que dentre as dificuldades encontradas no processo de importação no Brasil, destacam-se principalmente “a complexidade da legislação aduaneira; a elevada carga tributária sobre os produtos importados; a infraestrutura ineficiente e insuficiente dos portos, aeroportos e rodovias brasileiras; e dificuldade para gestão dos custos de aquisição devido à oscilação constante do câmbio”. 
Em se tratando de despachantes aduaneiros, Santos atual Diretor da CMD Global Services afirma o seguinte: 
A quantidade excessiva de leis, regulamentos e rotinas que interferem nos processos de importação e exportação, fazendo com que esses processos sejam demorados e onerosos. Sendo assim, o despachante aduaneiro enfrenta desafios no sentido de ter que administrar as diversas interpretações que são dadas às leis pelos diferentes e conflitantes órgãos anuentes, responsáveis pelos processos de importação e exportação do país. Além disso, infelizmente, não há investimentos suficientes no que tange à infraestrutura portuária e aeroportuária. Embora muito se fale do crescimento econômico do país por meio de suas transações comerciais, ainda são precários o investimento e atenção destinados a esse setor. (BRITO et al, 2013).
Atualmente, a situação não mudou muito, os portos e aeroportos, as rodovias e estradas federais permanecem sem a devida manutenção causando transtornos 
para quem utiliza esses meios no processo de importação.
O processo de adquirir produtos por meio internacional não é uma atividade fácil enfrentada por profissionais da área, que além de sofrer com a grande espera das mercancias importadas ainda tem de enfrentar as altas taxas de tributos impostas no território brasileiro. 
Atrelado a essa ideia Brito et al (2013) corrobora dizendo que para eles as principais dificuldades burocráticas impostas no processo de importação estão relacionadas com a alta carga tributária. Ao fazer uma compra pela internet qualquer cidadão identifica o processo de importação como algo simples, comprando algo do exterior paga-se tributos pelo produto. Toma-se como exemplo: um kit de embreagem de moto que hoje no Brasil custa em torno de uns R$150,00 (cento e cinquenta reais), na China essa mesma peça custa R$ 75,00 (setenta e cinco reais) como valor fixo, no entanto deixará de ser fixo passando a se tornar um valor variável que acrescido da carga tributária custará o dobro. Voltando-se para o lado do empresário, nota-se que este na maioria dos casos fica refém de empresas do exterior, pois grande parte dos produtos aqui necessários são escassos ou inexistentes. 
Toda empresa tem que estar preparada fazendo o uso de um planejamento estratégico a longo prazo a fim de garantir um estoque enxuto, ou seja, sem excessos ou desabastecimentos. O profissional do setor de compras precisa estar alinhado com as estratégias organizacionais visando um excelente atendimento tanto para o cliente externo quanto para o cliente interno contribuindo assim para um bom gerenciamento de materiais para que no futuro a mesma atinja o seu objetivo visando a obtenção de lucro ao invés de perdas.
4 UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA FEDERAL MOGUL 
A pesquisa foi realizada na empresa Americana Federal Mogul Corporation que atua a mais de 42 (quarenta e dois) anos em todo o mundo, com mais de quarenta empresas espalhadas pelo Brasil, Estados Unidos e Japão. De acordo com o seu website a Federal Mogul Corporation é uma fornecedora global líder de tecnologias e componentes nos mercados de veículos de duas rodas com os clientes Honda, Kawasaki, Yamaha e BMW e no setor de quatro rodas com os clientes Marcopolo, Grupo Super Polo, Man Caminhões, Ford Troller e San Marino, atua também nos setores de geração de energia, aeroespacial, marítimo, ferroviário e industrial. 
4.1 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO NO INTERIOR DA MULTINACIONAL 
Com o compromisso de fornecer qualidade superior por meio de inovação e excelência em engenharia, em Manaus a empresa trabalha com a fabricação de equipamentos de iluminação tanto para o polo de duas quanto para o de quatro rodas, as autopeças são: faróis, piscas e lanternas de motos, para os caminhões da ManGrupo, Super polo fornece faróis, lanternas e interior light, para a Ford fabrica faróis de milha da Troller sempre usando processos exclusivos de ponta.
Em se tratando de importação a Federal Mogul necessita de lâmpadas, redes, chicotes e resinas para o desenvolvimento de seus processos de fabricação. A partir dessa afirmativa busca-se analisar quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos especialistas do ramo de compras da empresa referente ao processo de importação.
A partir de agora será apresentada uma breve entrevista com o funcionário Andrew Gusmão de 27 anos, Analista de Compras da empresa a cerca de 5 anos, na qual foi avaliada a percepção do mesmo com relação os maiores problemas enfrentados nesse procedimento. 
O questionário estava composto por nove questões discursivas e objetivas e também foi solicitado o preenchimento de três informação pessoais do entrevistado. A primeira questão estava relacionada a opinião do senhor Andrew sobre a dificuldade de importar no Brasil, para ele não é uma tarefa fácil pois envolve uma alta carga burocrática, muitos impostos e pouco incentivo governamental. Ele informou que para importar ou exportar é necessário registrar dados em sistemas integrados são eles: SISCOMEX, REI, RADAR E SECEX. O mesmo enfatiza que a importação não é um método ou procedimento simples de compra e venda de insumos pois ela requer um planejamento estratégico a longo prazo e envolve custos de frete, impostos, transportes, despachantes, e por último a armazenagem.
Na quinta questão houve um questionamento sobre o uso obrigatório do despachante aduaneiro visto que isso se trata, conforme informado, de um custo a mais para o importador, o analista informou que nas cargas internacionais o uso do despachante é recomendado por conta das sanções pecuniárias incidentes sobre possíveis erros na documentação. De acordo com ele em caso de irregularidades, falta de documentação ou informações incompletas o importador corre o risco de pagar multas e na pior das hipóteses pode ser penalizado com a perda da carga. 
Na oitavaquestão o analista respondeu que o modal de transporte mais utilizado para compras no exterior é o aéreo devido a rapidez de entrega em casos de urgência, caso contrário utiliza-se o marítimo por conta da economia. 
A partir das informações e procedimentos levantados a respeito das técnicas de importação na empresa Federal Mogul nota-se que as principais dificuldades estão relacionadas as altas cargas tributárias e a grande burocracia que está envolta nessa tramitação. 
5 MATERIAIS E MÉTODOS
Buscando mensurar os notáveis obstáculos enfrentados pelos profissionais de logística na organização estudada, foi realizada uma análise descritiva, qualitativa, consubstanciada num estudo de caso, tendo por objeto de estudo a multinacional Federal Mogul, situada no polo industrial de Manaus no Amazonas. 
A pesquisa descritiva segundo Silva e Menezes (2001, p. 21), “visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática”. 
Em relação ao material utilizado baseou-se em periódicos da internet, livros e sites com temas voltados para área logística. 
O estudo de caso foi elaborado através de uma entrevista e reuniões com um colaborador da fábrica já citada acima atuante no setor de logística, para o maior aproveitamento destas operações, analisando-se quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos profissionais do setor de compras e os desafios enfrentados pela fábrica para a realização de importações no atual cenário do mercado brasileiro. A entrevista mediante a relatórios e áudios gravados através de aplicativos por celular se sucedeu no mês de abril de 2019.
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O objetivo desse foi identificar quais as principais dificuldades encaradas pelas empresas no que se refere a maneira de se importar materiais por meio de coleta de dados com alguns funcionários que trabalham nessa área.
Sabe-se que a maior parte das corporações optam por comprar produtos no exterior com o menor preço possível sem perder sua qualidade, porém ao efetivar a compra há incidência de impostos, alta carga tributária e fretes ocasionando a ascenção do custo, ou seja, ao chegar ao Brasil para haver lucro o produto precisará ser vendido pelo dobro do preço. Havendo a diminuição da carga tributária atrelado ICMS, PIS e CONFINS esse valor reduziria contribuindo com o aumento do PIB (Produto Interno Bruto). 
Os principais desafios enfrentados pelos expertos desse seguimento de importação não são novidades, por conta disso deve-se com urgência diminuir a quantidade de impostos reduzindo seu valor para que assim as empresas de maneira geral possam impulsionar a economia do país contribuindo para geração emprego.
O presente estudo contribuiu para a expansão do conhecimento da equipe com relação ao tema abordado, impulsionando o desejo pela contribuição cientifica através da motivação por ir em busca de resultados concretos.
No entanto há de se ressaltar que houveram limitações com relação a obtenção das informações por conta do método utilizado. Portanto, salienta-se a importância de haverem estudos mais aprofundados no tocante a importação utilizando-se de pesquisas quantitativas com outras organizações do mesmo segmento.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse estudo teve como propósito, identificar os desafios do processo de importação bem como as principais obstaculos enfrentadas pelos profissionais do setor logístico da empresa Federal Mogul. Através de pesquisa de campo com o funcionário do departamento de compras e levantamentos bibliográficos foi realizado o desenvolvimento dessa pesquisa, foi feito também o uso questionários e entrevistas gravadas permitindo dessa forma que análises e considerações pertinentes fossem feitas. 
Foram constatadas que as principais dificuldades enfrentadas são: alta carga tributária, falta de incentivo governamental, a complexidade da legislação aduaneira, a infraestrutura inapta e parca dos ancoradouros ou portos, aeroportos ou aeródromos e rodovias brasileiras, e estorvos para administração dos gastos de compra devido à balanço constante do câmbio. 
A partir disso percebeu-se que esses problemas não estão impedindo somente as empresas de avançarem como também interferem no crescimento econômico e social do país, uma vez que a não importação implica na falta de inserção de novas tecnologias no mercado brasileiro e consequentemente a retração do conhecimento e da geração de emprego.
Para que haja uma troca continua e a expansão do intercambio será necessário um processo mais simples em relação a tributação e redução das exigências por parte do governo dando relevância maior a essas questões bem como o estreitamento das relações internacionais, possibilitando assim taxas menos agressivas aos empresários.
REFERÊNCIAS
ASSUNPÇÃO, Rossandra Mara. Exportação e Importação – Conceitos e Procedimentos Básicos. 1. Ed. São Paulo: Ibpex, 2007.
BRITO, Roberta; ALTAF, Joyce Gonçalves; TROCCOLI, Irene Raguenet; MIRANDA, Mariana Salgado. As Burocracias Inerentes ao Processo de Importação: O Caso Cmd Global Services. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: http://www.inovarse.org/filebrowser/download/15745
FEDERAL MOGUL CORPORATION. Disponível em: http://www.federalmogul.com
/pt-BR/Pages/Home.aspx#.XI-yL8lKjIU
GOULART, Ane Caroline Possamai; ZANATTA, Jacira Parecida de Souza Wagner. Logística no Brasil, sua história e trajetória. 2012. Disponível em: https://docplayer. com.br/2664185-Logistica-no-brasil-sua-historia-e-trajetoria.html
LOPES, José M. C.; GAMA, Marilza. Comércio exterior competitivo. 4. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2013.
MOURA, R. A. Check sua logística interna. São Paulo: Imam, 1998.
NAZÁRIO, Paulo. A Importância de Sistemas de Informação para a Competitividade Logística. Revista Tecnologística, São Paulo, ano, 1999. Disponível em: http://www.tecspace.com.br/paginas/aula/faccamp/TI/Texto04.pdf
NOVAES, Antônio G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. 2 ed. Rio de Janeiro:Campus,2004.
OLIVEIRA, Viviane Gomes Barbosa de. A Aplicação da Logística no Setor Sucroalcooleiro da Região de Assis. FEMA. São Paulo – Assis, 2011. Disponível em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0811261219.pdf 
PORTOGENTE. Booking 2016, pag. 1. Portopedia. Disponível em: www.portogente .com.br/portopedia /73300/booking.
SILVA, Edna Lúcia da.; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: UFSC/ PPGEP/LED, 2000, 118 P.
SOUZA, Reginaldo da Silva; LIMA, William Aparício; SOUZA, Genivaldo da Silva; SILVA, Flávio Marcelo C. Os desafios para as operações de importação no Brasil. XII Simpósio de Excelência e Gestão e Tecnologia – SEGeT 2015. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/9122228.pdf
TEIXEIRA, Filipa Daniela da Silva. Análise e proposta de processos logísticos num sistema de Produção Make-to-Order: Caso de Estudo. Dissertação de Mestrado Universidade de Coimbra 2017. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/83236/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_FilipaTeixeira_2012156771.pdf
2
ANEXO I

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