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Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Didática Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Fernanda Mendes Arantes Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Introdução Nesta unidade, nosso foco estará voltado ao surgimento da didática. Isso porque será central que você possa compreender a trajetória dos estudos neste campo do conhecimento e perceber futuramente o que é um professor com ou sem didática. Para isto, vamos analisar a etimologia da palavra que nomeia o conceito, bem como a trajetória histórica de seu surgimento, verificando sua concepção de conhecimento e as relações que se estabelecem entre escola e sociedade durante seu desenvolvimento. Vamos conhecer a importante obra de Comenius, Didática Magna, para que você perceba sua influência na prática docente até os dias atuais. Prepara-se então para a aprendizagem que propomos a seguir. Bons estudos! 1. Iniciando os estudos em Didática Começamos nossa trajetória nesta disciplina em busca da compreensão do conceito geral em Didática e do conhecimento que embasa esta área do conhecimento. Existem algumas definições que situam este campo do saber, mas para começarmos, vamos nos ater à definição de Libâneo (1994): Didática é a disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino, tendo em vista finalidades educacionais que são sempre sociais; se fundamenta na Pedagogia, sendo assim uma disciplina pedagógica. Sendo assim, você deve estar se perguntando, de que forma podemos ajustar a definição de Libâneo à sua prática cotidiana em sala de aula, como futuro professor? Vamos elucidar esta definição para facilitar o entendimento: Didática é uma disciplina, uma área do saber que está diretamente ligada ao que você faz em sala de aula. O que você fará em sua atuação cotidiana está definido previamente em diversos documentos que são trabalhados durante o planejamento escolar, a saber: planejamento anual, semestral, bimestral, mensal, plano de ensino e plano de aulas. Ou seja, toda e qualquer atividade praticada em sala de aula pelo professor está prevista em seu planejamento macro (amplo, ligado aos objetivos gerais) e micro (restrito, ligado aos objetivos específicos). Agora, vamos esclarecer como acontece o planejamento de maneira geral nas escolas: são realizadas reuniões de planejamento antes do início do ano letivo, neste momento, os professores planejam de maneira ampla e específica o que será feito no decorrer do ano. São elaborados Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática documentos que são necessários a este planejamento, sendo um dos mais importantes, sem dúvida, o plano de ensino. Neste documento você estipula seus objetivos (gerais e específicos), quais conteúdos serão trabalhados, qual metodologia será utilizada, como será feita a avaliação. Além disto, Libâneo nos afirma que todo este macroprocesso deve estar ligado às finalidades educacionais que são sempre sociais. O que isto quer dizer? Libâneo reforça o caráter social da escola, como veremos nos próximos momentos da disciplina. A título de antecipação é importante que você saiba que, em Didática, nos atemos sempre à função social da escola. Ou seja, será que a escola serve somente para “transmitir conteúdos” ou há algo além disso? Há muito mais além de “transmissão de conteúdos”, a escola é um local de convívio, trocas e socialização. É um local onde os educadores também trabalham questões sociais tais como ética, responsabilidade social, cidadania, respeito ao próximo, respeito à opção cultural, religiosa, social, sexual dos outros, etc. O professor trabalha esses temas de forma transversal, para que possamos além de trabalhar conteúdos, formar cidadãos. Posteriormente, quando nosso foco estiver voltado às tendências pedagógicas verificadas na escola, trataremos caso a caso como se dá a função social da escola de acordo com educadores tais como: Rosseau, Paulo Freire, Vygotsky, Piaget, dentre outros. Neste momento, acreditamos que você tenha compreendido a citação de Libâneo que iniciou esta unidade, certo? Portanto, vamos em frente com nosso conteúdo. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Figura 1 – Na escola aprendemos a conviver com o outro e suas diferenças. Fonte: Pixabay. A pergunta norteadora agora é: como os conhecimentos de Didática influenciam na formação dos professores? 1.1. A Didática em Comenius De onde vem a Didática? Antes, para iniciarmos este resgate, devemos saber que tal palavra pode ser traduzida livremente como a Arte de Ensinar. E quando as pessoas começaram a se preocupar com o que é Didática e como ensinar? Se verificarmos a linha histórica do tempo na área da educação, começamos a verificar uma intencionalidade pedagógica voltada ao ensino por volta do século XVII. O primeiro educador a se preocupar formalmente com a Didática foi sem dúvida, Comenius (1592-1670). Sua obra mais conhecida é Didática Magna onde, através de ideias consideradas inovadoras, opôs-se às ideias conservadoras da nobreza e do clero. No Brasil, por exemplo, o ensino formal começa justamente com a chegada dos jesuítas e a catequização indígena. Portanto, o ensino e, consequentemente, a Didática, caminharam sempre seguindo as normas e regras da Igreja Católica. Opor-se a esta metodologia era, sem dúvida, um ato de rebeldia na época. Você já deve ter visto, quando estudou História da Educação, que, estivemos (e, em alguns casos, ainda estamos) submetidos ao ensino tradicional baseado na transmissão de conteúdos de maneira passiva. Nesta modalidade o professor é o detentor único do conhecimento que transmite ao seu aluno. O aluno, por sua vez, Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática é um receptor passivo de todo o conhecimento transmitido, sem direito a manifestar dúvidas, perguntas e quiçá divergências neste processo. Pois bem, Comenius foi um dos principais educadores a questionarem o método de ensino tradicional, explicado no parágrafo anterior. Comenius, inicia sua obra Didática Magna com os seguintes dizeres: Nós ousamos prometer uma Didática Magna, isto é, um método universal de ensinar tudo a todos. E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir bons resultados. E de ensinar rapidamente, ou seja, sem nenhum enfado e sem nenhum aborrecimento para os alunos e para os professores, mas antes com sumo prazer para uns e para outros. E de ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com palavras, mas encaminhando os alunos para uma verdadeira instrução, para os bons costumes e para a piedade sincera. (COMENIUS, 1621, versão para Ebook 2001, págs. 13 e 14). Podemos perceber nesta citação que Comenius busca uma forma de fazer com que o aluno realmente aprenda, ultrapassando a lógica mecânica até então dominante nas escolas do mundo. Aprendizado este sem significado para o aluno, cansativo, mecânico e que, não apresentava resultados para o futuro do estudante. Percebemos também que Comenius traduz uma situação vivenciada na escola na qual o professor não sabe porque ensina e como deve ensinar e o aluno somente reproduz o conteúdo transmitido pelo professor. Comenius vai se preocupar em como ensinar, quais as metodologias o professor pode utilizar para que o conteúdo realmente faça sentido no processo de ensino-aprendizagem . Quando falamos que Comenius vai contra o que estava sendo propagado até então pela Igreja Católica, isto não quer dizer absolutamente que ele é contra as “coisas de Deus”. Em sua obra, por diversos momentos, percebemos um viés religioso, como, por exemplo, na abertura do capítulo intitulado Utilidade da Arte Didática, na qual o autor informa que a Didática se baseia em retos princípios que interessam: aos pais, aos professores,aos estudantes, às escolas, aos Estados, à Igreja e ao Céu. Veja: Finalmente interessa ao Céu que as escolas sejam reformadas de modo a ministrarem aos espíritos uma cultura exata e universal, não sendo assim de admirar que, com o fulgor da luz divina, mas facilmente sejam libertados das trevas aqueles a quem o som da trombeta divina não consegue acordar (...). (COMENIUS, 1621, versão para Ebook 2001, págs. 48 e 49). Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática É importante que fique claro para você, estudante e futuro professor, que há um viés religioso na obra de Comenius, o que não invalida o viés metodológico de sua proposta como veremos a seguir. E qual seria a proposta Didática de Comenius?, de acordo com Garcia (2014): Na abordagem comeniana havia uma constante preocupação com o aprender fazendo, ou seja, era necessário que o aluno tivesse um contato direto com a natureza. Daí a organização de visitas ao campo para que as crianças e jovens pudessem, através dos sentidos aprender de maneira diferente do que constava nos livros apenas (...) (GARCIA, 2014, p. 317). Na prática, podemos elencar os princípios da Didática comeniana da seguinte maneira: 1. O aluno deve ver e tocar no objeto do conhecimento, ou seja, o professor deve sair da teoria e demonstrar na prática, por meio do “aprender fazendo” citado acima. 2. O professor deve trabalhar com exemplos curtos para facilitar a compreensão do estudante. 3. Parte-se na maioria das vezes, do conhecimento obtido através da natureza ou do cotidiano dos estudantes para a compreensão dos fenômenos estudados. 4. O professor não ensina novo conteúdo sem que os estudantes tenham compreendido e consolidado o conteúdo anterior. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Figura 2 – Comenius, o pai da Didática. Fonte: Pixabay. Então, estudante, qual a sua opinião sobre esta proposta Didática de Comenius? Fantástico, não é mesmo? Por este e outros motivos que estudamos esta obra até os dias de hoje e por isso mesmo é que este pensador é considerado até a atualidade como sendo o pai da Didática. 1.2. Características de práticas que promovem aprendizagens significativas: professores que têm ou não têm Didática A formação docente é o primeiro passo na sua carreira de professor, trata-se do curso de licenciatura propriamente dita. Neste momento, em Didática, você compreenderá dúvidas que surgem na mente dos futuros educadores, a saber: Como meu aluno aprende? Como deve ser feita a atividade do docente em sala? Como motivar meus alunos e os direcionar de maneira segura ao aprendizado significado? Como avaliar a aprendizagem? Por meio do estudo da Didática, você conseguirá obter direcionamentos que o levarão às respostas a estas dúvidas. Posteriormente, você terá em seu curso disciplinas específicas que auxiliarão na Metodologia de disciplinas, tais como: Português, Matemática, Ciências, História e Geografia. Agora, é o momento de compreender que em Didática, nos preocupamos em como nosso aluno aprende e Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática como deve acontecer nossa atuação em sala de aula no sentido de favorecer este aprendizado. Paralelo à sua formação inicial, é importante que você saiba que existem cursos que fortalecem sua atuação, tais como os de extensão, direcionados à sua área de interesse, seja ela: Educação Infantil, Alfabetização, Educação Especial, Gestão Escolar, dentre outras. E, claro, posteriormente, você poderá se especializar em uma destas áreas com um curso de Pós-Graduação Lato Sensu. Este processo é denominado Formação Continuada Docente. Além disso, você deve estar se perguntando: como saber se serei um professor que terá ou não terá Didática em sala de aula? E a resposta é simples, esta competência virá com o tempo e por meio dos seus esforços e dedicação. O professor que tem Didática é aquele que se empenha, que estuda e planeja previamente, que se preocupa com o processo de aprendizagem de seus alunos, que têm interesse em tornar as aulas dinâmicas e atrativas a fim de favorecer o aprendizado significativo. Se você atender a estes itens mencionados e se aprofundar na compreensão da história da Didática a seguir, podemos concluir que se tornará um docente com uma Didática excepcional! E quem ganha com isso? Você e seus alunos, com certeza! 2. Trajetória Histórica da Didática Já vimos que a preocupação com este campo pedagógico se iniciou com a obra Didática Magna de Comenius, datada do século XVII. É recomendado fortemente que você acesse através do link disponível na Bibliografia desta unidade e leia, mesmo que por partes, esta obra-prima da Educação. É fundamental que você compreenda que, apesar do caráter inovador de Didática Magna, Comenius não conseguiu “um milagre” nas escolas mundiais. Vemos até os dias atuais, escolas tradicionais que não valorizam o processo de ensino-aprendizagem, continuando mecânico e sem sentido para o aluno. Pois bem, sem dúvida a obra de Comenius foi inovadora para a sua época e abriu caminhos para outros pensadores/educadores que viriam posteriormente democratizar a forma de ensinar e de aprender. 2.1. Didática difusa e o surgimento da Didática no Século XVII Por didática difusa entende-se o longo período que antecedeu a publicação da obra Didática Magna, de Comenius. Este termo foi categorizado por Amélia Domingues de Castro (1991) e é definido segundo a autora: Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Na longa fase que se poderia chamar de didática difusa, ensinava-se intuitivamente e/ou seguindo-se a prática vigente. De alguns professores conhecemos os procedimentos, podendo-se dizer que havia uma didática implícita em Sócrates quando perguntava aos discípulos: “pode-se ensinar a virtude?” ou na lectio e na disputatio medievais (CASTRO, 1991, p. 15-16). A partir do Século XVII percebe-se uma maior preocupação em como ensinar, conforme informamos anteriormente quando nos referimos à obra de Comenius, Didática Magna. Trata-se efetivamente de um marco histórico na Educação. É claro que alguns outros filósofos e educadores já haviam se questionado sobre os métodos de ensino mas, ainda segundo Castro: “(...) é aos reformadores do século XVII que como disse H. NOHL, deve-se a “autoconsciência” do proceder educativo, retirando as cogitações didático-pedagógicas da Filosofia, da Teologia ou da Literatura, onde, até essa época, encontravam abrigo” (1991, p. 17). Portanto percebe-se um novo direcionamento para os métodos de ensinar e a sociedade de uma forma geral começa a pensar se efetivamente o que acontece na escola, favorece o desenvolvimento do aluno. Figura 3 - Como podemos mensurar se um professor têm ou não têm Didática? Fonte: Pixabay. 2.2. De Rosseau à Escola Nova e desafios do Séc. XXI Rosseau (1712–1778) segundo Castro (1991, p. 17) é: “o autor da segunda grande revolução didática” e, por este motivo, será nosso segundo autor estudado na linha histórica que estamos traçando para compreendermos de onde surgiu a ideia de Didática, que autores constituem sua base teórica e porque atualmente ensinamos da forma que ensinamos. Rosseau fala em sua trajetória de vida sobre a importância de nos preocuparmos com os interesses da criança. Agora, pense comigo, estamos no ano de 1700 aproximadamente. As grande Revoluções Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática acontecem a partir desse século (XVIII) e, por consequência a inserção da mulher nos contextos fabris, bem como o surgimento da Escola de Educação Infantil. Pare e pense, o quão inovador Rosseau foi ao se preocupar com as necessidades e os interesses da criança, concorda? Para falarmos de sua obra, é importante conhecermos um pouco a respeito de sua biografia. Sabe-se que Rosseau enfrentou diversosproblemas durante a sua infância e adolescência pela ausência de sua mãe que faleceu poucos dias após o seu nascimento, e seu pai que teve que deixar Genebra após uma confusão com uma pessoa de influência à época. Sua biografia é famosa também por ter tido cinco filhos com Thérèse Levasseur e direcioná-los à orfanatos por acreditar que sua pobreza e doença o impediam de criar adequadamente seus filhos. Em 1762, escreve a obra: Emílio ou da Educação e Do Contrato Social, na qual busca ensinar como a família e a escola devem educar suas crianças. Imagine a confusão que esta obra gera na sociedade, vindo justamente de uma pessoa que não educou seus próprios filhos. Após a publicação desta e da obra A Nova Heloísa, Rosseau passa a sofrer perseguições políticas. Apesar da vida conturbada, seus pensamentos são importantes até os dias atuais, em pleno século XXI. É sua a famosa frase: “o homem é bom por natureza, a sociedade que o corrompe”. São também pressupostos de Rosseau: 1. A criança precisa despertar o interesse pelos estudos, sendo que seus verdadeiros professores são a natureza, a experiência e o sentimento. 2. Para o aprendizado, é fundamental o contato com a natureza, denominada por ele de Educação Natural. 3. Para ele, a educação da criança deve ser voltada aos interesses da criança e não aos interesses do adulto, conforme era praticado até então. Podemos afirmar, segundo Castro (1991), que Rosseau dá origem a um novo conceito de infância, contribuindo para que sobre esta faixa etária houvesse uma proposta de inserção diferenciada em relação aos adultos na dinâmica da vida social e, portanto, da educação. Outra curiosidade ao seu respeito, é que Rosseau não colocou suas ideias em prática, isto somente aconteceu a partir da ação de Pestalozzi, outro educador importante para a história da Educação. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática A prática das ideias de Rosseau foi empreendida, entre outros, por Pestalozzi, que em seus escritos e atuação dá dimensões sociais à problemática educacional. O aspecto metodológico da Didática encontra-se, sobretudo, em princípios, e não em regras, transportando-se o foco de atenção às condições para o desenvolvimento harmônico do aluno. (CASTRO, 1991, p. 17). Vamos falar rapidamente a respeito de Pestalozzi, para que você compreenda sua importância dentro da educação. Pestalozzi (1746-1827) preocupava-se com a educação como instrumento de reforma social e acreditava que todos deveriam ter acesso à escola, independente da condição social. Pense que, nesta época, somente os ricos tinham vagas nas escolas (públicas em sua maioria e de muita qualidade). Alguns de seus preceitos podem ser aqui explicitados. Para Pestalozzi, é importante a relação de amor e respeito estabelecida entre professor e aluno, o respeito à individualidade dos sujeitos; o desenvolvimento das capacidades cognitivas e intelectuais do aluno, bem como o seu desenvolvimento físico e moral. Pestalozzi acreditava ser importante a observação e o início das aulas ou conteúdos sempre partindo da forma simples para a complexa, pois, para ele, a aquisição do conhecimento acontece de forma gradativa, além, da importância ao respeito do desenvolvimento infantil. Ou seja, a criança não era mais considerada um mini-adulto como antigamente, e sim um ser que se desenvolve e possui desejos e necessidades. Figura 4 - Pestalozzi acreditava ser importante o respeito ao desenvolvimento infantil. Fonte: Pixabay. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Outro educador fundamental para a nossa compreensão a respeito da importância da Didática é John Dewey (1859-1952). Dewey foi o principal representante do movimento da Escola Nova, que você já deve ter ouvido falar nas disciplinas de História da Educação ou Educação Infantil. Para Dewey, é fundamental que o professor trabalhe com seu aluno a partir da sua experiência, ou seja, a educação acontece pela ação. O homem é um ser social e as necessidades sociais guiam a vida e a educação. Para isto, segundo Dewey, o professor deve partir de situações que despertem a curiosidade do aluno, partindo dos chamados Centros de Interesse que de acordo com ele, possuem práticas com significação para a vida do aluno. Novamente, perceba o quão inovador este pensamento era para sua época (início do século passado). A filosofia de Dewey tem sido fundamental para a compreensão do sistema educativo. O movimento da escola nova se contrapôs ao modelo tradicional de ensino, mas não chegou a representar uma ruptura com o modelo de educação, em termos da relação política entre educação e sociedade. O teórico inovou, no entanto, em termos de método, na forma de trabalhar com o Conhecimento (PEREIRA et all., 2009, p. 157). Dewey acreditava que seria importante o professor trabalhar a partir das dúvidas dos alunos, ou seja, da problematização de temas importantes e recorrentes na escola. Ainda de acordo com Pereira (2009): O método "dos problemas" valoriza experiências concretas e problematizadoras, com forte motivação prática e estímulo cognitivo para possibilitar escolhas e soluções criativas. Que neste caso leva o aluno a uma aprendizagem significativa, pois o mesmo utiliza diferentes processos mentais (capacidade de levantar hipóteses, comparar, analisar, interpretar, avaliar), de desenvolver a capacidade de assumir responsabilidade por sua formação. (PEREIRA et all., 2009, p. 158). Perceba novamente, a evolução da proposta de Dewey, se compararmos sempre ao ensino tradicional praticado até então. Para trabalhar a partir das dúvidas dos alunos, ou a partir de situações-problema, o professor deve, primordialmente, ser um pesquisador. Não é mais o centro do processo educativo nem tão pouco o detentor do saber. O saber está no docente, no discente e na troca que se estabelece entre eles. Isto quer dizer que o professor deve considerar também o conhecimento Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática prévio de seu aluno, todo mundo sabe alguma coisa, e este “saber algo” influencia na dinâmica do processo de ensino-aprendizagem na escola. Em suma, Dewey foi um dos principais educadores que traçaram um “norte” para o movimento escolanovista. No Brasil, os principais representantes deste movimento foram Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo. Um dos principais pilares defendido pelos escolanovistas é o “aprender a aprender”. Questiona-se como o aluno aprende e chega-se à conclusão de que ele o faz observando, pesquisando, realizando trabalhos em grupo, resolvendo situações- problema, dentre outras atividades. Curiosamente, em 2010, este seria um dos quatro pilares da Educação categorizados pela UNESCO, a saber: aprender a conhecer (ou aprender a aprender), aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conviver. Mas Lourenço Filho, quando trata do aprender a aprender, referia-se à Escola Ativa, aqui entendida como: (…) a aprendizagem do aluno ocorreria num movimento, resultando de impulsos emotivos naturais em que aspectos biológicos são respeitados. E as atividades devem ser organizadas de acordo com as etapas do desenvolvimento de cada criança. A escola passa a preocupar-se em entender como o aluno aprende (LOURENÇO FILHO, 1978, p. 19). Por fim, podemos afirmar que o movimento da Escola Nova pretende preparar o aluno para a vida em sociedade. 3. Tendências Pedagógicas e a Didática É evidente que o movimento da Escola Nova foi revolucionárioe apresenta consequências até os dias atuais. Porém, esta não é a única tendência pedagógica utilizada atualmente nas escolas brasileiras, existem diversas tendências pedagógicas e, a partir da explicação detalhada de cada uma delas, poderemos nos atentar aos seus princípios, metodologias, ideais e representantes. Autores como o próprio Libâneo (1994), já citado aqui anteriormente, e Mizukami (1986) elaboraram uma análise das abordagens do processo de ensino aprendizagem que acontecem nas escolas e sua trajetória histórica para que possamos compreender a sua linha histórica evolutiva. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Para efeitos didáticos, é importante você saber que existem duas grandes correntes pedagógicas: a liberal e a progressista, de acordo com Libâneo (1994). Dentro da corrente liberal encontram-se: a pedagogia tradicional, pedagogia renovadora, ou da Escola Nova, e a pedagogia tecnicista. Na corrente progressista, encontram-se: pedagogia libertadora e pedagogia crítico-social de conteúdos. Vamos conhecer um pouco de cada uma delas. A corrente liberal entende que a função social da escola está direcionada justamente à preparação para a atuação do indivíduo na sociedade, desempenhando papéis sociais de acordo com as suas capacidades individuais. Embora discrepantes em alguns momentos como, por exemplo, na função social da escola, é curioso observar como Libâneo agrupa as tendências pedagógicas nestas duas correntes. 3.1. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos e sua relação com as tendências Pedagógicas De acordo com Fernando Becker (s/d) existem três formas de representar a relação que acontece na sala de aula, são os modelos pedagógicos: pedagogia diretiva, pedagogia não diretiva e pedagogia relacional. Com relação à pedagogia diretiva e sua sustentação epistemológica, Becker afirma que se trata de uma aula onde prevalece o ensino tradicional em que o professor fala, e o aluno escuta. O professor atua desta forma porque acredita verdadeiramente que o conhecimento pode ser “transmitido” de um para outro, de uma pessoa que “sabe mais” para outra que “sabe menos”, de acordo com Becker (s/d): Ele (o professor) acredita no mito da transmissão do conhecimento – do conhecimento enquanto forma ou estrutura; não só enquanto conteúdo. O professor acredita, portanto, numa determinada epistemologia. Isto é, numa "explicação" - ou, melhor, crença - da gênese e do desenvolvimento do conhecimento, “explicação” da qual ele não tomou consciência e que, nem por isso, é menos eficaz. (BECKER, s/d, p. 2). Portanto, esta pedagogia diretiva está sustentada na crença que o aluno nada sabe, inclusive não possui conhecimentos prévios, e o professor é a única forma de se obter o conhecimento e inclusive, a sua redenção. E, para aprender, o aluno tem que se submeter à fala do professor, apenas escutando-o e repetindo diversas vezes o mesmo conteúdo, já será suficiente para o seu aprendizado. E veja, o quão edificante para a sociedade é este modelo pedagógico: Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática O aluno, egresso dessa escola, será bem recebido no mercado de trabalho, pois aprendeu a silenciar, mesmo discordando, perante a autoridade do professor, a não reivindicar coisa alguma, a submeter-se e a fazer um mundo de coisas sem sentido, sem reclamar. O produto pedagógico acabado dessa escola é alguém que renunciou ao direito de pensar e que, portanto, desistiu de sua cidadania e do seu direito ao exercício da política no seu mais pleno significado: qualquer projeto que vise a alguma transformação social escapa a seu horizonte, pois ele deixou de acreditar que sua ação seja capaz de qualquer mudança. (BECKER, s/d, p. 3). Entende-se a partir daí que o professor determina o aluno. Ou seja, este aluno somente se formará, se e somente se, o professor estiver guiando-o. Nesta concepção, pode esquecer-se de Paulo Freire caro estudante, não está prescrita a máxima: o aluno aprende com o professor e o professor aprende com o aluno. Aqui, o professor ensina e o aluno (através da repetição e memorização), aprende. E, portanto, está inserida na lógica da educação tradicional. Agora, vamos tratar um pouco a respeito da pedagogia não-diretiva. Este modelo entende que o professor é um facilitador do processo de ensino- aprendizagem. O professor não deve interferir na aprendizagem, deve, literalmente, deixar o aluno fazer para que este possa encontrar suas respostas. A bagagem hereditária é fortemente marcada nesta pedagogia, ou seja, o aluno já sabe, já possui o conhecimento, só precisa de uma forma para aflorá-lo. E qual seria então o papel do professor, visto que aprendemos desde sempre que é necessária a mediação no processo de ensino aprendizagem? Ele tem dois caminhos, segundo Becker (s/d): ou ele exerce o poder de maneira que ninguém o perceba, ou ele desiste deste tradicional papel mediador. Aqui, falando de maneira epistemológica, o aluno já possui suas características hereditárias e determina a ação (ou falta dela) do professor. E por fim, falaremos sobre a pedagogia relacional. Neste modelo, o professor age a partir da experimentação, ou seja, o aluno tem que tocar o conhecimento, senti-lo para só então compreendê-lo: Em outras palavras, ele (o professor) sabe que há duas condições necessárias para que algum conhecimento novo seja construído: a) que o aluno aja (assimilação) sobre o material que o professor presume que tenha sigo de cognitivamente interessante, ou melhor, significativo para o aluno; b) que o aluno responda para si mesmo às perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação deste material, ou, que o aluno se aproprie, neste segundo momento, não mais do material, mas dos mecanismos íntimos de suas ações sobre este material (...) (BECKER, s/d, p. 7-8). Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Em suma, o docente acredita que há o conhecimento prévio, que há a herança genética, mas que é fundamental a interação na sala de aula, o convívio e as trocas com os colegas de turma, bem como a mediação docente. Professor e aluno interagem mutuamente. Figura 5 - É importante a interação entre todos na escola. Fonte: Pixabay. 3.2 Os 5 passos da Atividade Mediadora da Pedagogia Histórico – Crítica dos Conteúdo Falamos de maneira breve anteriormente que a pedagogia histórico-crítica dos conteúdos (ou também denominada pedagogia crítico-social dos conteúdos) está dentro da Corrente Pedagógica Progressista. Agora, você vai conhecer um pouco mais a este respeito. Esta tendência surgiu no final da ditadura militar, início dos anos de 1980. Busca uma educação crítica e a superação das desigualdades em nossa sociedade. Para esta pedagogia, a escola deve socializar e difundir o saber, atendo-se às realidades sociais vigentes dos seus participantes (sejam eles estudantes, profissionais ou outros membros da comunidade). O professor faz a mediação do processo de ensino-aprendizagem, porém, preocupa-se fortemente com a realidade de seu aluno e suas experiências de vida. Para isto, os conteúdos ensinados devem ser analisados criticamente de acordo com as realidades sociais vivenciadas. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática O método de ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do professor; favorecer o diálogo dos alunos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levar em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos. Esse método deve fazer a vinculação entre educação e sociedade, onde professores e alunossão tomados como agentes sociais (SAVIANI, 2007). Ainda de acordo com Demerval Saviani, um dos principais estudiosos desta Pedagogia, existem cinco passos para o desenvolvimento da atividade mediadora da Pedagogia Histórico–Crítica dos Conteúdo, a saber: 1) Prática Social: trata-se do posicionamento social de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, em especial de professor e aluno; 2) Problematização: verifica-se qual conhecimento é necessário para a resolução dos problemas oriundos da prática social; 3) Instrumentalização: neste momento, os envolvidos no processo devem se apropriar dos instrumentos necessários à resolução dos problemas observados na prática social; 4) Catarse: é a elaboração de uma nova forma de expressão de compreensão da teoria e prática social e acontece através de uma síntese mental elaborada pelo educando que pode ser exposta de maneira oral ou escrita; 5) Prática Social – culminância: trata-se de assumir um posicionamento a partir de todo o conhecimento trabalhado nas etapas anteriores. Em suma, de acordo com Petenucci: A implementação dessa didática está vinculada a uma nova forma dos educadores pensarem a educação, sendo necessário muito esforço, estudo, experimentações, coragem para inovar, de divergir, de arriscar, de assumir desafios. Portanto, sua aplicabilidade com êxito, depende indubitavelmente do compromisso desses educadores, em aprofundar seus conhecimentos teóricos e criarem condições necessárias como, nova forma de planejar e aplicar os conteúdos e as atividades escolares, almejando um ensino significativo, crítico e transformador. (PETENUCCI, 2008, p. 14). Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Você quer ler? É importante você se aprofundar nesta tendência Pedagógica e verificar sua viabilidade na prática. Para isto, indicamos fortemente a leitura do livro Uma Didática para Pedagogia Histórico-Crítica, Campinas: Autores Associados, 2005. 4. A função social da educação: o pleno desenvolvimento da pessoa Em diversos momentos durante a sua formação enquanto educador, você com certeza terá contato com a expressão: função social da escola ou da educação. Já mencionamos aqui anteriormente a importância desta expressão e como ela foi abordada em algumas tendências pedagógicas vigentes na sala de aula. Agora, é importante você entender esta ideia por completo. Quando falamos em função social da escola ou da educação, isto quer dizer que a escola não é meramente uma instituição que tem como função a transmissão dos conteúdos, consequente memorização por parte dos estudantes e reprodução na sociedade. A escola é muito mais do que isso. Orientamos que acesse o site do Ministério da Educação e verifique que, uma das premissas do Ensino Fundamental é formar um cidadão, no sentido pleno da palavra. Pois educar é, segundo Celina Alves Arêas: Processo e prática social constituída e constituinte das relações sociais mais amplas; Processo contínuo de formação; Direito inalienável do cidadão. A prática social da Educação deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos diferentes, para atender às diferenciadas demandas. Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida como espaço de garantia de direitos. (ARÊAS, 2008, p. 4). Portanto, quando falamos em prática social, está subentendido que uma de suas premissas é o respeito aos espaços e tempos pedagógicos de cada um, bem como suas experiências prévias e a forma como se constrói dentro e fora da sala de aula. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática 4.1 Sistema educacional e sistema escolar: educação escolar, formal e não formal Sistema educacional brasileiro é a maneira como está estruturada a educação regular em nosso país, por educação regular entende-se a educação institucionalizada e suas etapas, a saber: Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Ensino Superior. Sendo que somente o Ensino Superior não é obrigatório. Com relação aos demais, é dever da escola e da família seu provimento, por ser direito de todo o cidadão. Dever da escola de oferecer a vaga (acesso) e condições de sucesso escolar (permanência) e, dever da família em matricular a criança e oferecer condições para o seu pleno desenvolvimento em todas as etapas da Educação. Estes dizeres encontram-se em nossa Constituição Federal no artigo nº 205. De acordo com Menezes (1998), entende-se por sistema escolar: Em 1954, Querino Ribeiro apresentou a seguinte definição de sistema escolar: “Por sistema escolar se entende um conjunto de escolas que, tomando o indivíduo desde quando, ainda na infância, pode ou precisa distanciar-se da família, leva-o até que, alcançando o fim da adolescência ou a plena maturidade, tenha adquirido as condições necessárias para definir-se e colocar-se socialmente, com responsabilidade econômica, civil e política”. O que esta definição tem de mais notável é o fato de não se deter no exame da estrutura do sistema escolar, para focalizar, de preferência, os resultados do processo de escolarização. (MENEZES, 1998, p. 127). Agora, vamos nos ater aos itens: educação formal, não formal e informal. Para que você possa compreender o nível de abrangência do nosso sistema educacional brasileiro. A Educação Formal, como o próprio nome sugere, acontece em ambientes e com práticas pedagógicas Institucionalizadas de maneira intencional. Traduzindo: acontece na escola regular, onde há professores e planejamento para as ações cotidianas da sala de aula. Podemos aproximar esta definição do conceito de intencionalidade pedagógica, que se traduz pela intenção e planejamento prévio de educadores no ato de ensinar. O professor se prepara para lecionar, estuda, realiza um planejamento, verifica quais serão seus objetivos, metodologia e formas de Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática avaliar e o aluno, é acompanhado diariamente, é exigido em diversos momentos e avaliado ao final do processo em que obterá aprovação ou reprovação. A Educação Não-Formal acontece fora da sala de aula ou dos espaços formais de educação, não há planejamento pedagógico por trás desta ação. São desenvolvidas diversas atividades para diversos grupos e, portanto, não há um conteúdo único a ser seguido, bem como não há uma única forma de avaliar e determinar um conceito de aprovação. Já a Educação Informal é resultado de tudo que acontece no cotidiano do estudante, dentro e fora do ambiente formal de estudos. Ocorre em cada experiência realizada, seja ela planejada ou não, em cada contato com o outro, em cada evolução cognitiva e social. 4.2 Responsabilidades da escola e da família na educação para a vida Neste momento, para finalizarmos esta primeira unidade, é importante que você, futuro educador, saiba das responsabilidades que são destinadas tanto à família quanto à escola, para o pleno desenvolvimento de nossos alunos, futuros cidadãos. Você já viu quais são as obrigações previstas em lei por estas duas Instituições (família e escola), mas é importante que você saiba que não basta apenas oferecer uma vaga e matricular a criança na escola. Educar, é muito mais do que isto. Tanto a família quanto escola tem o dever de acompanhar e oferecer plenas condições para o desenvolvimento do estudante. Isto quer dizer que o professor tem que ministrar sua aula, verificar se os estudantes estão acompanhando e conseguindo compreender o conteúdo e, se não estiverem, este professor deve traçar uma nova rota metodológica. Esta é uma atividade de um professor reflexivo. E agora você deve estar se perguntando, o que é um professor reflexivo? Trata-se de um profissional que analisa suas práticas, o seu cotidiano, o desenvolvimento de seus estudantes, seu planejamento, seus instrumentos de avaliação e assim por diante.É aquele professor que, mediante uma turma que tem um fraco desempenho em uma avaliação, questiona a sua metodologia e até mesmo a sua avaliação. E, a partir desta reflexão, traça novos caminhos. Este é o professor que queremos, um profissional sério, comprometido, questionador, pesquisador, reflexivo. E não aquele profissional de antigamente, que acreditava já saber tudo e não precisar alterar sua metodologia em nada, mesmo Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática diante de uma turma que não aprende. Este é o perfil de profissional que você, futuro educador, deverá buscar, sempre! Síntese Nesta unidade nosso foco foi compreender como seu o nascimento da Didática através de uma breve linha histórica do tempo, traçando suas intencionalidades e principais autores desta área do saber. Posteriormente, caminhamos por Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos e sua relação com as tendências Pedagógicas de maneira sintetizada, mas que com certeza, fará a diferença na sua atuação enquanto futuro educador. Finalizamos este início de disciplina com uma visão atualizada a respeito do sistema educacional e do sistema escolar, bem como das responsabilidades da escola, família e governo com relação ao processo educacional como um todo. Nesta unidade tivemos a oportunidade de: ● Conceituar e compreender a constituição do campo da didática; ● Situar-se quanto ao papel da filosofia de Comenius e sua importância na história das práticas pedagógicas; ● Delimitar as características docentes que desencadeiam aprendizagens significativas; ● Recompor os percursos históricos dos preceituários da didática; ● Comparar as propostas da didática difusa, de Rousseau e da Escola Nova; ● Situar-se quanto às tendências modernas da didática na pedagogia; ● Compreender o significado conceitual da função social da escola e a importância de sua delimitação. Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática Bibliografia ARÊAS, C. Função Social da Escola. Conferência Nacional da Educação Básica, Brasília, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/conferencia/documentos/celina_areas.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019. CASTRO, A.D. A Trajetória Histórica da Didática. São Paulo: FDE, 1991. 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Educação Não Formal, Informal e Formal do Conhecimento Científico nos diferentes espaços de ensino e aprendizagem. 2014. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ pde/2014/2014_uel_bio_pdp_maria_salete_bortholazzi_almeida.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2019. PETENUCCI, M. Desvelando a Pedagogia Histórico Crítica. Universidade Estadual de Maringá: Paraná, 2008. Disponível em: Didática - Unidade Nº 1 - Introdução ao Estudo da Didática <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2289-6.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2019. PEREIRA, E. A. MARTINS, J. R. ALVES, V. dos S. DELGADO, E. I. – A contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v.3, no. 1, p. 154-161, mai. 2009. Disponível em http://www.reveduc.ufscar.br. Acesso em: 19/junho/2019. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 39ª ed. Campinas: Autores Associados, 2007. SOUZA, A. C. Rousseau: A arte da Filosofia, Literatura e Educação. UNICAMP: Campinas, 2002. Disponível em: <www.unicamp.br/~jmarques/cursos/2001rosseau/acs.htm>. Acesso em: 18 jun. 2019. Referências imagéticas: Figura 1 - PIXABAY. Crianças na escola. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7as-%C3%ADndia- educa%C3%A7%C3%A3o-876543/>. Acesso em: 24 jun. 2019. Figura 2 - PIXABAY. Comenius. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/est%C3%A1tua-bronze-monumento-418735/>. Acesso em: 03 jul. 2019. Figura 3 - PIXABAY. Didática em sala de aula. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/neg%C3%B3cios-escrit%C3%B3rio-treinamento- 3694993/>. Acesso em: 24 jun. 2019. Figura 4 - PIXABAY. Meninas estudando. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7as-menina-l%C3%A1pis-desenho- 1093758/>. Acesso em: 03 jul. 2019. Figura 5 - PIXABAY. Interação na sala de aula. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/classe-discuss%C3%A3o-meninas-estudo-302116>. Acesso em: 24 jun. 2019.
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