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Edema e Linfedema: Causas e Tratamentos

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Trabalho complementar Edema
EDEMA:
caracteriza-se pelo aumento da quantidade de líquido intersticial em um tecido ou então no interior de uma cavidade. O líquido acumulado no edema é formado por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma sanguíneo.
O edema pode ser generalizado, quando ocorre por todo o corpo, ou localizado, quando se limita a uma região. Ele pode ocorrer em qualquer parte do nosso organismo, sendo comum na região de pernas e pés. Em alguns casos, o edema pode ocorrer nos pulmões, fígado e cérebro, sendo mais grave nessas ocasiões.
Como começa o edema?
pode ter causas diversas, tais como alterações na parede de um capilar, diminuição da pressão oncótica do plasma, aumento da pressão hidrostática do sangue, retenção de sódio e diminuição da drenagem linfática. Normalmente essas alterações ocorrem em decorrência do uso de medicamentos, do ciclo menstrual, presença de varizes, alergias, traumas, longas viagens, trombos, doenças cardíacas, doenças renais, problemas no fígado, obesidade, gravidez, queimaduras, internações e alguns tipos de câncer.
Quando ocorrem alterações na parede de um capilar, tais como dano no endotélio, pode haver a passagem de água e íons para fora do vaso, ocasionando o acúmulo de líquido no interstício. Essa ocorrência é comum normalmente em casos de alergias agudas.
O edema pode ocorrer também em consequência da diminuição da pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma. Isso força a saída de água e íons para fora do vaso sanguíneo e o acúmulo no espaço entre as células de um tecido. O aumento da pressão hidrostática também é um fator que ocasiona edema, uma vez que eleva a pressão de filtração.
A retenção de sódio também é um grande fator relacionado com o surgimento de edemas, pois ocasiona um aumento da quantidade de líquido fora dos vasos sanguíneos. Além disso, a diminuição da drenagem linfática, ocasionada geralmente pela obstrução do fluxo, pode gerar edema, que, nesse caso, é chamado de linfedema.
Os edemas podem ser evitados através de algumas medidas básicas, tais como evitar ficar muito tempo em uma mesma posição, diminuir o consumo de sal e bebidas alcoólicas, evitar saltos muito altos e também temperaturas elevadas. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de meias elásticas. Se o inchaço ocorrer em virtude do uso de fármacos, normalmente haverá suspensão do tratamento medicamentoso.
LINFEDEMA:
 linfedema é o acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo. Isso causa inchaço (edema), mais frequentemente nos braços ou pernas. O linfedema também pode acometer o rosto, pescoço, abdome e órgãos genitais. É importante saber que uma vez que o linfedema se torna crônico, não é mais possível ser curado. Lembre-se de conversar com sua equipe médica sobre os riscos de desenvolver linfedema e o que pode ser feito para diminuí-los. Portanto, uma intervenção precoce e cuidadosa poderá diminuir os sintomas e em casos de linfedema já instalado, evitar que piorem.
O sistema linfático faz parte do sistema imunológico do corpo. Nosso organismo tem uma rede de vasos linfáticos e linfonodos que coletam e transportam o líquido linfático, composto de proteínas, sais minerais, água e glóbulos brancos do sangue. Nos vasos linfáticos, válvulas unidirecionais trabalham junto com os músculos do corpo para ajudar a movimentar o líquido através do corpo. Os linfonodos são pequenas coleções de tecido que funcionam como filtros para substâncias nocivas e nos ajudam a combater infecções.
Como o linfedema começa?
Em pacientes oncológicos, o acúmulo de líquido linfático pode ser causado por:
· Cirurgia oncológica, principalmente quando os linfonodos são removidos.
· Radioterapia que pode lesionar tecidos próximos, podendo incluir os linfonodos ou os vasos linfáticos.
· Infecções que danificam o tecido circundante ou provocam cicatrizes.
· Outras condições clínicas, como doenças cardíacas ou vasculares, artrite e eczema.
· Alterações genéticas ou mutações que envolvam o sistema linfático.
· Lesão ou trauma em uma determinada área do corpo.
TRANSUDATO E EXSUDATO:
Um transudato é formado quando o fluido extravasa por causa da pressão hidrostática aumentada ou da pressão osmótica diminuída.
Transudato = líquido com pouco teor proteico, é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo resultante de Pressão Hidrostática elevada ou Força Osmótica diminuída no plasma.(tecidos mais moles)
Um exsudato é formado na inflamação, porque a permeabilidade vascular aumenta como resultado dos espaços interendoteliais aumentados.
Exsudato = líquido inflamatório extra vascular que tem alta concentração de Proteínas e fragmentos celulares.
PUS = exsudato purulento inflamatório rico em neutrófilos e fragmentos de células.
FISIOPATOLOGIA DO EDEMA:
O mecanismo básico que envolve o processo de geração do edema consiste em alterações, em um ou mais, componentes do conjunto de forças que determinam o movimento de fluido através da membrana dos capilares. Essas forças são denominadas de Forças de Starling e são representadas pela pressão hidrostática e oncótica,
COMPARTIMENTOS DE FLUÍDOS CORPÓREOS
O corpo humano é composto aproximadamente por 60% de água. Esse total de líquido está distribuído em dois grandes compartimentos: o espaço intracelular (2/3) e o espaço extracelular (1/3). O espaço extracelular pode, ainda, ser subdivido em espaços intravascular – no interior dos vasos (5L) - e intersticial – entre células (3L). O primeiro é representado pelo volume total de sangue do nosso corpo.
OSMOLARIDADE
A osmolaridade é defina pela concentração de solutos em um meio aquoso. A diferença de osmolaridade entre dois espaços contendo líquidos, separados por uma membrana semipermeável – que permite a passagem de água, mas não de solutos-, cria uma pressão osmótica, que, determina passagem de água do meio menos concentrado (hipoosmolar) para o meio mais concentrado (hiperosmolar), até que se obtenha um equilíbrio osmolar entre os compartimentos. No corpo humano, como era de se esperar, existe equilíbrio osmolar entre o líquido intracelular e extracelular. O principal soluto responsável pela osmolaridade plasmática é o sódio, enquanto o potássio é responsável pela osmolaridade intracelular
Volume Intravascular
O volume intravascular é regulado de maneira fina, principalmente porque, mínimas alterações de volume nesse compartimento 
resultam em alterações significativas na pressão arterial. E, essa necessita ser mantida dentro da faixa da normalidade para evitar danos ao organismo.
A pressão arterial deve ser entendia como a pressão exercida pelo sangue contra as artérias, no momento em que é bombeado pelo coração. A partir dessa compreensão podemos inferir que aumento do volume sanguíneo resulta também em aumento da pressão arterial, e o contrário também é verdadeiro. A pressão arterial e, portanto, o volume intravascular são regulados por dois mecanismos principais.
Regulação Rápida: Quando o nosso corpo percebe uma elevação na pressão arterial ele envia sinais ao cérebro para que aja uma expansão do volume das artérias
Regulação lenta: Realizada principalmente pelos rins, os quais variam a taxa eliminação de sódio (sal) e água, com o intuito de manter a pressão arterial normal.
FORÇAS DE STARLING
As forças de Starling são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre as forças de Starling existe a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é uma força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido de seu compartimento. A pressão oncótica é uma força que atrai água para o compartimento. Ambas as pressão existem nos dois compartimentos: intravascular e intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada compartimento. Na primeira metade do capilar, a resultante dessas forças faz com que o líquido tenda a extravasar para o interstício, processo chamado de ultrafiltração. Na segunda metade do capilar, a resultante das pressões é tal que o líquido tende a voltar para o interior do vaso – reabsorção. O principalobjetivo do deslocamento de fluido pela parede capilar é o de levar nutrientes aos tecidos e dele retirar produtos do metabolismo da célula – como o CO2.
FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA A FORMAÇÃO DE EDEMA EM ORGANISMO SAUDÁVEL
A ultrafiltração na primeira metade do capilar é sempre um pouco superior ao processo de reabsorção que ocorre na segunda metade. Isso gera um pequeno acúmulo, normal, de líquido no interstício. Os capilares linfáticos removem continuamente esse pequeno excesso não reabsorvido, redirecionando-o para a circulação. Apesar de esse volume ser mínimo, a incapacidade de drenagem pelos vasos linfáticos, no decorrer de algumas horas a dias, levaria a um acúmulo de líquido significativo no espaço intersticial, ocasionando o edema.
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DO EDEMA - ALTERAÇÃO DAS FORÇAS DE STARLING
O desequilíbrio entre as forças de Starling é o mecanismo que desencadeia a formação de todo o tipo de edema. Esse desequilíbrio pode ser devido:
1. Aumento da pressão hidrostática no interior do capilar: o que determina uma maior saída de fluido do capilar para o interstício. A partir do momento em que a capacidade de os vasos linfáticos de retornar o líquido em excesso para a circulação sanguínea é ultrapassada, teremos o desenvolvimento de edema.
2. Aumento da pressão oncótica intersticial: Se a pressão oncótica intersticial aumentar haverá uma maior atração de água para o interstício – maior ultrafiltração. Se o acúmulo de ultrafiltrado ultrapassar a capacidade de drenagem dos capilares linfáticos, teremos, também, o desenvolvimento de edema.

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