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Fisiologia II

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Juliana Vieira Queiroz Almeida 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia II 
3º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2º Semestre 2018 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
1 
 
Fisiologia II 
2º Semestre 2018 
FAMINAS - Prof. Fabiano Conde 
Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
Livros: Guyton – 13ª edição 
 Fisiologia do Exercício – Katch 
 Semiologia médica – Porto & Porto (mais detalhado). 
 Medicina interna de Harrison – Wiener M. 
 Bases patológicas das doenças – Robbins e Cotran. 
 
Medicina translacional: busca as questões sobre as diferentes respostas do organismo diante a certas 
situações escolhendo o melhor caminho para se trata o organismo de um indivíduo (genômica, 
proteômica, epigenômica, transcripcional, etc). 
 - Por meio desta que ocorre a escolha de medicamentos e tratamentos para um indivíduo. 
 
Medicina Regenerativa – vídeo: Biomateriais – estimula o corpo a usar o material para substituir e crescer o 
tecido antes lesado –, células – é difícil crescer células fora do corpo – e suprimento sanguíneo. 
 
Fisiologia Renal 
Anatomia Funcional e Produção de Urina pelos Rins 
 Funções renais 
Excreção de produtos residuais do metabolismo e substâncias químicas estranhas. 
Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos. 
 - Diurese hipersódica: alta concentração de sódio na urina. 
 - Reidratação: beber água devagar, se não for assim, não adianta. Excreta tudo, o soro é mais eficiente. 
Regulação da osmolaridade e da concentração de eletrólitos dos líquidos corporais. 
Regulação da pressão arterial. 
 - O sistema Renina-angiotensina-aldosterona é um dos meios de controle da tensão, podendo ser uma 
das causas da hipertensão. O captopril age na ECA, no pulmão, inibindo esta, de modo que a angiotensina-
1 não é convertida em angiotensina-2. 
Regulação do equilíbrio ácido-base: é comum. 
 - Acidose metabólica é resolvida com soro – deve-se saber calcular (residência). 
Regulação da produção de eritrócito (eritropoietina). 
Regulação da produção de 1,25-diidroxivitamina D3. 
Síntese de glicose a partir de aminoácidos – gliconeogênese –. 
 
 No sistema de saúde 
A taxa de morbidade hospitalar do SUS é maior nas mulheres assim como as internações, provavelmente 
relacionado a anatomia do sistema genital e a maior procura. 
 
 Patologias renais 
Doenças glomerulares, tubulares e intersticiais, redes vasculares, anomalias congênitas, doenças císticas, 
obstrução renais, tumores, urolitíase. 
 - Principais: doenças renais túbulos-intersticiais, insuficiência renal e urolitíase. 
Como as doenças se manifestam? 
 - Alteração do aspecto e quantidade de urina (urinar mais a noite). 
 - Pressão alta. 
 - Urina sanguinolenta. 
 - Urina com muita espuma. 
 - Dor lombar, que não piora com movimentos. 
 - História de pedra nos rins. 
 - Fraqueza constante. 
 - Náuseas e vômitos frequentes. 
 - Inchaço ao redor dos olhos e nas pernas. 
 - Dificuldade de urinar. 
 - Queimação ou dor quando urina. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2 
 
 Anatomia 
Presente no teto peritoneal, mais 
posterior, de difícil acesso. 
Deve-se lembrar que há o córtex e a 
medula (principal ponto de concentração 
ou diluição da urina). 
 - Doenças que afetam a medula renal 
costuma ser mortal. 
Há um sistema de escoamento da pirâmide renal  
papilas  cálice menor  cálice maior  pelve renal 
 ureter. 
Fluxo sanguíneo renal. 
Néfron corticais e medulares, sendo os medulares 
responsáveis pela urina. 
 
Micção 
Envolve a bexiga, o esfíncter interno, a uretra e o esfíncter externo. 
 - Rim  ureter  bexiga  uretra. 
Parâmetros normais de pressão e volume para ver incontinência urinária controlam essa. 
Ansiedade faz com que a pessoa queira urinas antes da hora – ativação precoce da urina – e não representa 
um problema na bexiga. 
Na gravidez há exercícios para fortalecer os músculos da urina e da uretra de modo que diminua a 
incontinência. 
 
 Funcionamento da bexiga (normal) – antes, durante e após micção 
Função da bexiga: armazenar e eliminar urina. 
 - A bexiga urinária é formada por um músculo liso chamado de músculo detrusor, uma área triangular é 
chamada de trígono e é limitada pelos orifícios uretral e possui um denso plexo de nervos sensoriais 
aferentes. 
Fase de enchimento: 
 - Durante essa fase o músculo detrusor relaxa e os músculos esfincterianos contraem-se possibilitando o 
armazenamento da urina. 
 - Durante o armazenamento de urina sinais eferentes vindo do cérebro e da medula espinhal instruem os 
esfíncteres a permanecerem contraídos  urina sai dos rins e entra na bexiga pelos ureteres  sinais 
eferentes mantém os esfíncteres contraídos  músculo detrusor relaxa e expande para acomodar mais 
urina  ativação dos receptores de alongamento no músculo detrusor  intensidade e frequência dos 
sinais aferentes aumenta à medida que o volume de urina aumenta  esses sinais são interpretados pelo 
SNC como a vontade de urinar  chegam a substância cinza periaqueductal (PAG)  processamento da 
informação  centro pontino da micção (núcleo de Barrington – CPM). 
 - CPM e áreas supra-pontinas do cérebro tem função de retardar a micção, inibir contrações prematuras 
do detrusor e iniciar a eliminação em um momento apropriado. 
Bexiga cheia: 
 - Músculo vesical se contrai e os esfincterianos relaxam resultando na eliminação do líquido do corpo. 
 - A continência urinária durante o enchimento é auxiliada pelo maior tônus em dois esfíncteres da uretra, 
o interno e o externo – no esvaziamento o interno, involuntário, relaxa, sendo seguido pelo externo que é 
voluntário; quando o esvaziamento está completo, os esfíncteres externo e interno, consequentemente, se 
contraem –. 
Fase de esvaziamento: 
 - Quando ela é iniciada os sinais eferentes para os esfíncteres param  esfíncteres relaxam  urina flui 
pela uretra  sinais eferentes para o detrusor começam e fazem com que a bexiga contraia  menos 
urina  menos sinais eferentes para o detrusor  sinais aferentes para a bexiga que está esvaziando 
diminui  esvaziamento completo  sinais eferentes para a bexiga cessam, assim como a contração do 
detrusor  sinais eferentes para os músculos esfincterianos reiniciam e o tônus desse aumenta  
reenchimento da bexiga. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
3 
 
 - Contração da bexiga é mediada pela liberação de acetilcolina pela junção neuromuscular. 
 
 Inervação da bexiga 
Se dá pelo simpático e pelo parassimpático. 
Os nervos sacrais são os que controlam a uretra. Caso ocorra 
um acidente lesando essas, haverá incontinência e 
dependendo do grau com treinamento se consegue recuperar 
o controle. 
Esfíncter externo é voluntário – controlado pelo Centro 
Pontinuo da Micção, CPM –, o interno é involuntário. 
 
 A bexiga em pessoas com lesão da medula espinhal (TRM) ou esclerose múltipla (EM) 
Pacientes com esses tipos de lesão normalmente tem disfunção urinária. A dificuldade no armazenamento 
ou eliminação voluntária de urina decorre de distúrbios no SN. 
A disfunção vesical em um paciente com essas doenças costuma decorrer da Hiperatividade Detrusora 
Neurogênica ou HDN, que pode ser decorrente de qualquer lesão do SN supra-sacral. O impacto sob a 
função da bexiga depende do local em que houve o trauma. 
Quando ocorre essas condições há a interrupção do circuito espinhal, pois as lesões espinhais interferem 
ou impedem o controle cerebral do esvaziamento, deixando assim a bexiga não inibida. 
 - A bexiga não coordenada pode perder a elasticidade e não conseguir mais se expandir adequadamente 
para armazena muito urina  frequência, urgência, notúria e urge-incontinência. 
  aumenta a pressão na parede da bexiga  bexiga e rins em risco de dano 
estrutural. 
Condições neurológicas podem alterar a função vesical e uretral de 3 maneiras. 
 - Disfunção vesical motora. 
 - Disfunção detrusora. 
 - Disfunçãoesfincteriana. 
 
Glossário 
Cólica renal 
Sintomas: Pode haver nenhum sintoma, sendo a cólica um sintoma. Há súbita vontade de urina muitas 
vezes ao dia em pequenos volumes. Muitos cálculos renais, quando pequenos podem ser eliminados na 
urina sem causar sintomas. Os sintomas geralmente são clássicos, como a dor na parte inferior das costas, 
no abdome lateral ou embaixo das costelas irradiando para o testículo hemilateral (homens) ou para o 
grande lábio vaginal (mulheres). Se há infecção urinária concomitante, pode ocorrer febre. 
Causa: Isso ocorre quando algum cálculo obstrui a via urinária, geralmente migrando para o ureter – leva a 
urina do rim até a bexiga –. 
Diagnóstico: Para confirmar o diagnóstico deve ser feito um exame físico completo a fim de se descartar 
outras patologias. Além disso, exames complementares, como o exame de urina (geralmente apresenta 
sangramento microscópico – hematúria microscópica – com sinais ou não de infecção urinária associada); 
exames de imagem, sendo os mais comuns a Tomografia (TC) de abdome e pelve sem contraste e/ou 
Ultrassonografia (USG) de rins e vias urinárias. Como o USG na maior parte das vezes não consegue 
identificar cálculos que estão no ureter, a TC é o exame de escolha. 
Tratamento: Na ocorrência dos episódios de cólica renal, são utilizados analgésicos para alívio da dor. Com 
o diagnóstico, o tratamento depende da intensidade e frequência da dor, presença de febre, alteração na 
função dos rins e característica dos cálculos (tamanho, localização e consistência). 
 - Nos casos de melhora da dor, ausência de calafrios, febre e mal estar e presença de cálculo ureteral 
menor de 5 mm, é possível realizar tratamento clínico com medicamentos que combatam a dor e facilitem 
a expulsão do cálculo. 
 - Quando há febre, calafrios, dor que não melhora com tratamento medicamentoso OU cálculos acima de 
5 mm, é indicada o procedimento minimamente invasivo, a endoscopia urinária, para retirada do cálculo e 
colocação de dreno interno realizada em centro cirúrgico sob anestesia. 
 - A Ureterolitotripsia transureteroscópica, consiste em colocar uma câmera através da uretra (canal 
urinário externo), no qual é visualizado, fragmentado e retirado o cálculo do ureter. O cateter duplo j, 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
4 
 
colocado ao final do procedimento, é um 
fino tubo de silicone que facilita a 
passagem da urina represada nos rins, e 
que é retirado alguns dias após o 
primeiro procedimento. 
 
Incontinência urinária 
Definição: a perda involuntária da urina 
pela uretra; mais frequente no sexo 
feminino – apresentar duas falhas 
naturais no assoalho pélvico, o hiato 
vaginal e o hiato retal fazendo com que 
as estruturas musculares que sustentam 
aos órgãos pélvicos e contraem a uretra e 
o músculo que forma um pequeno anel 
em volta uretra sejam mais frágeis nas 
mulheres; além da uretra ser menor –. 
Causas: a eliminação da urina é 
controlada pelo sistema nervoso 
autônomo, mas pode ser comprometida 
pelo comprometimento da musculatura 
dos esfíncteres ou do assoalho pélvico; 
gravidez e parto; tumores malignos e 
benignos; doenças que comprimem a 
bexiga; obesidade; tosse crônica dos 
fumantes; quadros pulmonares 
obstrutivos que geram pressão 
abdominal; bexigas hiperativas que 
contraem independentemente da 
vontade; procedimentos cirúrgicos ou 
irradiação que lesem os nervos do 
esfíncter masculino. 
 - Incontinência urinária no idoso: uso de 
diuréticos, ingestão hídrica, situações de 
demência e delírio, problemas de 
locomoção. Às vezes, a perda de urina 
nessa idade é mais um problema social 
do que físico. 
Tipos e sintomas: 
a) Incontinência urinária de esforço: 
sintoma inicial é a perda de urina quando 
a pessoa tosse, ri, faz exercício, 
movimenta-se; 
b) Incontinência urinaria de urgência: 
mais grave do que a de esforço, 
caracteriza-se pela vontade súbita de 
urinar que ocorre em meio as atividades 
diárias e a pessoa perde urina antes de 
chegar ao banheiro; 
c) Incontinência mista: associa os dois 
tipos de incontinência citados e o 
sintoma mais importante é a 
impossibilidade de controlar a perda de 
urina pela uretra. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
5 
 
Diagnóstico: pelo levantamento da história dos pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles 
devem registrar as características e frequência da perda urinária. Há o exame urodinâmico – pouco 
invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço –. 
Tratamento: O da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a 
reforçar a musculatura do assoalho pélvico; há a cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para 
restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o 
esforço. Para a incontinência urgência, o tratamento é farmacológico – substâncias anticolinérgicas – e 
fisioterápico para evitar a contração vesical. 
 
 Disúria 
Definição: micção dolorosa ou desconfortável, tipicamente uma sensação aguda de queim ação. 
Fisiopatologia: resulta da irritação da bexiga, trígono ou uretra. A inflamação ou estenose da uretra causa 
dificuldade em iniciar a micção e a sensação de queimação ao urinar. A irritação do trígono causa 
contração da bexiga, levando à micção frequente e dolorosa. A disúria resulta mais frequentemente de 
infecção no trato urinário inferior, mas também pode ser causada por uma ITU superior. 
Etiologia: tipicamente causada por inflamação vesical ou uretral, apesar de lesões perineais em mulheres 
poderem ser dolorosas quando em contato com a urina. A maioria é causada por infecção, mas, algumas 
vezes, derivam de doenças não infecciosas inflamatórias. 
Causas mais comuns de disúria: cistite (inflamação na bexiga), cervicite (cabeça do colo do útero, 
corrimento, DST), uretrite devido à doença sexualmente transmissível (DST), prostatite. Por patógeno 
pode ser por bactérias. Além disso, instrumentação recente do trato genitourinário, paciente 
imunocomprometido. 
Sintomas: os sintomas de bandeira vermelha incluem febre, dor lombar ou dolorimento. 
Tratamento: direcionado para a causa. 
 
 Hematúria 
Definição: presença anormal de eritrócitos (glóbulos vermelhos) na urina, podendo ser macro ou 
microscópica. Existem muitas substâncias que podem provocar uma coloração avermelhada ou alaranjada 
da urina e que se pode confundir com hematúria, é importante ter cuidado. 
Causas: A urina é produto da filtragem do sangue por parte dos rins, é depois transportada pelos ureteres 
até à bexiga, onde é armazenada até haver a oportunidade de uma micção. Aí, a urina atravessa a próstata 
e a uretra, nos homens, e apenas a uretra, nas mulheres. A hematúria pode, assim, ter origem em todas 
estas estruturas. 
 - Causas do Aparelho Urinário Inferior (Bexiga, Próstata e Uretra): atraso no início da micção 
(particularmente ao acordar), o esforço miccional, o prolongamento ou intermitência da micção, a 
sensação de esvaziamento vesical incompleto, a retenção urinária, a urgência miccional. Cistite, prostatite 
ou uretrite são as causas mais comuns. Litíase urinária, neoplasia da bexiga, hiperplasia benigna prostática 
(HBP). 
 - Causas do Aparelho Urinário Alto (Rim e Ureter): doenças crónicas dos rins, como as glomerulopatias, 
ou a doenças sistémicas que danifiquem o rim. Neste caso os eritrócitos, quando vistos ao microscópio, 
têm a característica forma de cilindros, conferida pela sua passagem pelos pequenos túbulos do rim. Além 
disso, tumores do rim, do urotélio. Acompanhada de cólica renal sugere uma obstrução urinária alta. 
Diagnóstico: A presença de proteinúria e de cilindros de eritrócitos sugere envolvimento glomerular, 
enquanto que a presença de coágulos sugere envolvimento das restantes estruturas do aparelho urinário. 
Quando a origem da hematúria é renal, o sangue é distribuído uniformemente por todo o fluxo de urina e 
não coagula. Hematúria no início do fluxo de urina/hematúria inicial -aponta para origem uretral – e a 
terminal, indicar origem no colo vesical ou na próstata. A hematúria total é mais indicativa de uma origem 
vesical ou no sistema excretor alto. 
 
Colúria 
Definição: É a coloração escura da urina devido à eliminação de sais biliares (substância que compõe a bile 
e que dá a coloração amarelada à pele), com espuma amarela. 
Relação com o fígado: os sais biliares são esteroides, produzidos nos hepatócitos a partir do colesterol que 
é convertido em ácido biliar no fígado. Por isso a colúria está associada a doenças do fígado, como a 
colestase – retardamento ou interrupção do fluxo dos canais biliares –. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
6 
 
 Hemoglobinúria 
Definição: hemoglobina na urina; ocorre quando as hemácias, elementos do sangue, se destroem e são 
eliminadas pela urina, dando-lhe uma cor avermelhada e transparente. Nem sempre provoca sintomas, 
podendo provocar cansaço fácil, fadiga, palidez e, mesmo anemia, e só é detectada através de exame 
químico. 
Causas: pode surgir em crianças, adultos e mesmo na gravidez, devido infeções nos rins, malária, pedras 
nos rins ou doenças renais graves, como pielonefrite ou câncer, por exemplo. Por vezes, em simultâneo 
com a hemoglobinuria ocorre hematúria (a urina com sangue). 
 
 Quilúria 
Definição: quando uma ruptura ou fistulização – canal comunicante – de vasos linfáticos ocorre para o 
interior do sistema excretor urinário. Também conhecida como “urina leitosa”. 
Causas: bancroftose a sua principal etiologia; pode ser, raramente, causada por neoplasia, malformação 
linfática, traumatismo abdominal, assim como por doenças infecciosas como a tuberculose. 
Tratamento: o controle da quilúria está basicamente fundamentado na educação e na adequação do 
paciente a uma dieta hipolipídica/hiperprotéica e rica em líquidos. 
 
 Porfinúria 
Definição: Presença de porfirinas – compõe o grupo hemo e dos pigmentos biliares – ou de seus 
precursores no sangue, urina e fezes. 
 - Deixa a urina avermelhada. 
 
 Poliúria 
Definição: é um sintoma em que a pessoa produz um volume de urina mais elevada do que o esperado. 
Etiologia: causas mais comuns são ingestão de líquidos aumentada, abuso de álcool ou bebidas excitantes 
contendo cafeína, teína, etc; excesso de solutos: sal, açúcar, etc; uso de certos fármacos (diuréticos); 
consumo de infusões – chá, mate, etc –; certas doenças (diabetes insipidus, anemia falciforme, 
insuficiência renal). Causas psicogênicas: sensação de frio. 
Diagnóstico: um volume superior a 3 litros em 24 horas para adultos, e que 2-2,5 litros/24 horas para 
crianças. 
 - Também depende da capacidade de filtração do rim: quando lá insuficiência renal túbulos pode não ser 
capaz de reabsorver o sangue filtrado que determina um aumento da quantidade da produção de urina. 
 
 Oligúria 
Definição: redução importante do volume urinário, com valores de 400 mililitros ao dia ou 30 mililitros por 
hora. Em crianças este volume urinário é 0,5 mililitros por quilo por hora. 
 - É diferente da anúria, situação na qual o débito urinário é 100 ml por dia. 
 - A oligúria é um dos sinais mais importante de insuficiência renal. 
Sintomas: variados dependendo da causa, da gravidade e da idade. De uma forma geral, a redução 
importante do volume urinário é o sintoma típico e mais comum; sede, palpitações, aumento rápido do 
pulso (frequência cardíaca), fadiga e perda de peso também são prevalentes. Em casos mais graves, 
tonturas, vertigens, ausência de volume urinário e até perda de consciência podem acontecer. 
Tipos: 
 - Patológica: decorre de comprometimento da unidade funcional do rim (o néfron), que perde a 
capacidade de realizar as etapas necessárias para a excreção da urina. A insuficiência renal aguda grave ou 
a fase final de insuficiência renal crônica são geralmente as causas. 
 - Pré-renal: acontece quando os rins limitam a perda de volume do compartimento vascular devido a 
quadros de hipotensão arterial (pressão baixa), desidratação ou hemorragia. Essa redução da filtração 
renal tem um papel de proteção evitando piora do quadro clínico. 
Causas: desidratação – pode ser causada por vômitos, diarreia e febre –. Outras causas também comuns 
são: obstrução das vias urinárias causadas por cálculos, aumento da próstata; queda grave da pressão 
arterial causada por infecções severas; insuficiência renal. 
Fatores de risco: Doenças crônicas como hipertensão arterial, lúpus e anemia hemolítica. 
 
 Anúria 
Definição: completa ausência de drenagem da urina – pode não ser completa, mas irrelevante –. 
https://www.minhavida.com.br/temas/anuria
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/fadiga
https://www.minhavida.com.br/temas/insuficiência%20renal
https://www.minhavida.com.br/temas/pressão%20baixa
https://www.minhavida.com.br/temas/hemorragia
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/diarreia
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/febre
https://www.minhavida.com.br/temas/hipertensão
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/lupus
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
7 
 
 - Inferior a 100 mililitros por dia 
Tipos: relacionada com as causas da mesma. 
 - Anúria obstrutiva devido a um bloqueio de qualquer parte do sistema urinário; 
 - Anúria postrenal que tem a ver com um bloqueio dos ureteres ou da uretra. 
Causas: devido a infeções do sistema urinário, problemas da próstata, fibrose retroperitonial, problemas 
renais. 
 
 Polaciúria 
Definição: aumento da frequência de micção, embora a quantidade de urina emitida seja igual. 
Causas: Infecção da bexiga, câncer de bexiga, hiperatividade dos músculos da bexiga, doenças dos nervos 
que controlam os músculos da bexiga – esclerose múltipla ou acidente vascular cerebral –, diabetes, 
obesidade e gravidez porque o peso do abdome e do útero aumenta a pressão na bexiga, insuficiência 
renal, infecção renal, câncer de próstata e hiperplasia prostática 
 
 Nictúria 
Definição: ritmo da diurese se altera, ocasionando a necessidade de esvaziar a bexiga durante a noite. 
Reflete a perda da capacidade de concentrar a urina. 
Causas: inflamação da bexiga, infecção urinária, cistite, prostatite (inflamação da próstata), hiperplasia 
prostática. 
 
 Polidipsia 
Definição: sede excessiva e é um dos sintomas iniciais da diabetes. Costuma ser acompanhada por secura 
temporária ou prolongada da boca. 
Causa: diabéticos que não tomam seus medicamentos antidiabéticos ou cuja condição é mal controlada. A 
polidipsia também é um sintoma de envenenamento anticolinérgico. 
 - A combinação de polidipsia e poliúria (noturna) também é observada no hiperaldosteronismo (primário) 
(que geralmente ocorre com hipocalemia). Os antipsicóticos podem ter efeitos colaterais como a boca 
seca que podem fazer sedentar o paciente. 
 
Filtração glomerular, fluxo sanguíneo renal e o controle de ambos 
As funções do rim é de filtração – parte 
do plasma –, reabsorção, secreção – se 
precisar – e excreção. 
RPF – Fluxo Plasmático Renal – chega 
ao rim pelas arteríolas aferentes 
(625ml/min)  passam pelos capilares 
glomerulares (GFR – Filtração 
Glomerular Renal –) (125ml/min; 20% 
do plasma que passa no sistema renal 
por minuto é filtrado)  sofre 
reabsorção (quase 100%; 124ml/min) 
 1ml/min de excreção urinária. 
 - Exercício físico, pressão arterial e a 
quantidade de líquido ingerido atua no 
volume de urina excretada. 
 - 99% do que é reabsorvido volta para 
a veia renal. 
 
Imagem inferior a direita. 
1 – Somente filtração da substância, logo não é nem 
absorvida, nem excretada; creatinina. Tx EXCREÇÃO = Tx 
FILTRAÇÃO. 
2 – O que é filtrado, mas também reabsorvido 
parcialmente; eletrólitos corporais. Tx E < Tx F. 
3 – Glicose e aminoácidos, filtração e reabsorção completa. 
4 – Filtrada, mas não é reabsorvida. Sódio, bicabornato, entre outros. Tx E = Tx F +Tx secreção tubular. 
https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-nos-rins/insuficiencia-renal-aguda-ou-cronica/
https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/prostata-aumentada/cancer-de-prostata/https://saude.ccm.net/faq/1673-prostatite-definicao
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
8 
 
As síndromes metabólicas (diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras) não são facilmente 
controladas, principalmente por medicamentos, e geralmente as doenças crônicas vem dessas. 
Não há um tratamento eficaz para doenças renais crônicas. 
O corpo adapta a apenas um rim, mas deverá haver muito mais cuidado para preservá-lo. 
 
 Ultraestrutura dos capilares glomerulares 
Na imagem ao lado podemos ver que há 3 camas, o endotélio 
com fenestrações, a membrana basal – trama de colágeno e 
fibrilas proteoglicanas – e o epitélio com podócitos – formam 
fundos de filtração, envolvem a superf. ext. dos capilares. 
 - Essas definem o que passa e o que não passa. 
No exame de urina devemos pensar que o que deve ser 
negativo, são as substâncias que devem ser totalmente 
absorvidas. 
 - O que seleciona é o tamanho e a carga das substâncias. 
 - Não deve aparecer na urina: eritrócitos, glicose, bilirrubina, 
corpos cetônicos, proteína (muito pouco, então é negativo). 
 
Avaliando a filtrabilidade de substâncias pelos capilares pelo 
peso molecular vemos que as com menor peso são 
completamente filtradas (1.0), sendo essas, água, sódio, glicose, 
insulina; sendo que a mioglobina (0.75) e albumina (0.005) são parcialmente filtradas. 
 
Avaliando a carga, pode se ver como a carga altera a filtrabilidade. 
Pode-se ver que os capilares são negativos, sendo assim, o que tem 
maior filtrabilidade está mais próximo do positivo. 
 - Imagem a direita. 
 - Assim, podemos pensar que a albumina, por exemplo, é negativa 
sendo repelida, além da questão do tamanho desta, de modo que ela 
não é filtrada. 
 - Isso difere no cloreto de sódio que, mesmo sendo negativo, por ser 
muito pequeno, é muito bem filtrado. 
 
O que fica no vaso e saí é determinando pela pressão 
hidrostática e coloidosmótica. 
 - A Net Filtration Pressure (NFP) ou pressão líquida é a 
pressão responsável pela formação do filtrado. Ela é igual a 
Pressão glomerular hidrostática menos a pressão 
colodoismótica menos a pressão hidrostática capsular. Seu 
valor é sempre 10mm Hg. 
 - Pressão líquida positiva = vai dos vasos para a cápsula. 
 
É necessário saber que a pressão hidrostática glomerular, 
pressão do sangue no capilar, é a favor da filtração e é 
determinada pela pressão arterial (se ela aumenta, a P. 
hidrostática aumenta e aumento a FG), a resistência arteriolar 
aferente (vc dessa diminui a P. hidrostática e a FG; a vd faz o 
oposto) e a resistência arteriolar eferente (inicialmente eleva a P. hidrostática  aumenta a TFG – fluxo 
contínua o mesmo e a saída está constringida  agravamento da constrição  diminuição do fluxo 
sanguíneo  aumento da concentração de proteínas plasmáticas  elevação da P. coloidosmótica e 
diminuição da P. hidrostática  diminuição da FG). 
 - A ativação do SNA simpático pode causar vasoconstrição nas arteríolas renais e diminuir a FG. 
 - A pressão hidrostática é determinada pelo sódio. 
 
A pressão coloidosmótica é a pressão do plasma no capilar que favorece a volta do líquido de dentro da 
cápsula para dentro do capilar, devido às proteínas plasmáticas que estão dentro do capilar; se opõe a 
filtração. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
9 
 
 - É determinada pela albumina. 
 
O que diferencia uma arteríola de uma vênula é a presença da camada 
muscular  vasoconstrição da arteríola eferente (aumentando a 
resistência) diminui o fluxo sanguíneo real, diminui a pressão 
hidrostática e a taxa de filtração glomerul.ar 
 
Quando há vasoconstrição na eferente, o fluxo renal diminui, 
entretanto, aumenta a taxa de filtração, pois há o aumento da pressão e 
essa age sob a cápsula de Bowman, aumentando a formação de filtrado. 
 
Fluxo sanguíneo real e a tava de filtração glomerular 
Azul: fluxo sanguíneo renal. 
Vermelho: taxa de filtração glomerular. 
Vasoconstrição da aferente  diminuição do fluxo sanguíneo renal e da 
pressão de filtração; 
 - Ocorre durante atividades físicas, no choque hipovolêmico  para 
manter a pressão arterial dos órgãos internos. Por isso que, diante de 
um choque, deve-se rapidamente dar volume  pode afetar os rins pois 
ele é desligado e nosso organismo começa a acumular substâncias 
tóxicas. 
Se alterar o coeficiente de filtração glomerular, como ocorre em algumas doenças, há distúrbios renais. 
A medida que se faz vasoconstrição na eferente (imagem à direita), a pressão mantém, sendo que na linha 
vermelha, quanto maior a taxa de resistência arteriolar, o fluxo sanguíneo renal sob até um limite, sendo 
que ele cai. Fluxo começa a parar  taxa de filtração glomerular cai. 
 
Fatores que podem diminuir a taxa de filtração glomerular 
Pensar em uma mangueira e no que ocorre quando você tampa a 
borda. Pensar nos poros, nas proteínas dela. É um sistema complexo. 
 
Obstrução do trato renal (por cálculo, por exemplo): leva ao o 
aumento da pressão hidrostática da cápsula de Bowman  aumento 
da pressão da cápsula de Bowman, de modo que ela pode chegar a 
zero  pode comprimir as estruturas  perda do rim. 
Diabetes, hipertensão, doenças renais: alteram o coeficiente de 
filtração glomerular, diminuindo a capacidade renal de filtração. 
A queda da pressão arterial (tem pequeno efeito por causa da 
autorregulação; choque hipovolêmico): a queda da pressão arterial 
sistêmica  queda da pressão hidrostática capilar glomerular  
queda da taxa de regulação glomerular. 
 
Pressões e resistências articulares na circulação renal: Rins 
manipulam a vasodilatação das arteríolas para produzir menos ou mais urinas, aumentar ou diminuir a 
pressão arterial. 
Drogas que bloqueiam a formação da angiotensina II causam vasodilatação na arteríola eferente 
(resistência dela cai)  pressão diminui  TFG diminui. 
 
Hormônios e autacóides que alteram a TFG 
No quadro ao lado se leva em conta apenas a arteríola 
aferente. 
Autacóides: efeito rápido e local  some rápido. 
 - Óxido nítrico: vasodilatador; é sintetizado 
rapidamente; não cai no sistema. 
Três primeiros causam vasoconstrição nas arteríolas 
renais. 
Angiotensina II: causa vc da arteríola eferente e não tem efeito taxa de filtração glomerular, mas ela 
previne a queda da taxa FG (logo da p. hidrostática). 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
10 
 
O rim deve estar fazer constrição na aferente. 
 - Mantendo os dois constantes, há segurança no volume e na 
pressão, por isso, como no primeiro quadro, a pressão 
sanguínea renal e a taxa de filtração glomerular deve estar 
parecida. 
 - Aumenta a pressão arterial sistêmica  a tendência é o 
aumento do fluxo sanguíneo renal  jogar muito sangue no rim 
 aumento da taxa de filtração glomerular  aumenta diurese 
 desbalanço hidríco  não é interessante. 
 - O controle preserva as estruturas e a função do rim. Mesmo 
com a pressão alta, o rim consegue manter o fluxo sanguíneo e 
a tava de filtração. 
 
Mácula densa: 
 - 2 respostas: 
 # Reduz resistência ao fluxo nas arteríolas eferente (vaso dilatação)  aumenta a p. hidrostática  
aumenta a FG. 
 # Ao perceber a queda da concentração de cloreto de sódio  sinal para as células justaglomerulares  
liberação de renina  sistema renina-angiotensina-aldosterona  retenção de sódio (vasodilatação da 
aferente + leve vasoconstrição da eferente = aumenta a chegada de sangue = aumento da pressão = 
aumento da quantidade de sódio que chega)  autorregulação da FG. 
 - Localizadas nos túbulos distais percebem alterações no volume que chega ao túbulo. 
 - Queda da PA  queda da FG  reabsorção aumentada de íons de sódio  redução da concentração de 
sódio nas células da mácula densa. 
 
Reabsorção e secreção tubulares 
Taxa de filtração, reabsorção e excreção de várias substâncias 
Tava de filtração glomerular é medida pela 
ureia (50% é reabsorvida, 24% excretada, e 
creatinina (é filtrada, não é absorvida, e 
totalmente excretada). 
 
Porque que grandes quantidades desolutos 
são filtrados e depois reabsorvidos pelos rins? 
Pois isso permite que os rins eliminem 
produtos indesejáveis rapidamente do 
sangue. Quanto maior a minha taxa de 
filtração glomerular, mais rápida será essa 
eliminação 
Creatina é um importante marcador da TFG. 
 - Insuficiência renal pelo aumento da creatinina como 
consequência da grande quantidade de ingestão de proteínas. 
 - Um marcador ideal precisa ser totalmente filtrado, não ser 
reabsorvido nem secretado. A creatina é um pouco secretada, mas 
ainda assim é utilizada como marcador devido aos erros de coleta 
nos exames laboratoriais que acabam compensando esse fato. 
 - Toda a substância dentro do túbulo que vai ser reabsorvida, vai ter 
que atravessar barreiras. Os solutos no lúmen vão ter que atravessar 
a parede do túbulo  a célula tubular  a membrana do epitélio 
tubular  chegar no interstício do rim  atravessar o endotélio 
para dentro do capilar peritubular  volta para a circulação. 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
11 
 
Uma ingestão rica em proteínas  aumenta o fluxo sanguíneo renal e a TFG  crescimento dos rins. 
  aumenta a liberação de aminoácidos para o sangue que são 
reabsorvidos nos túbulos renais proximais  aumenta reabsorção de aminoácidos e estimula a alta de íons 
sódio no túbulo proximal  diminui o aporte de íons sódio para a mácula densa  diminui a resistência 
das arteríolas aferente  aumenta o fluxo sanguíneo e a TFG. 
 
Mecanismos de reabsorção 
O sódio está presente em concentrações pequenas no interior 
da célula tubular devido a ação da bomba de sódio e potássio, 
dessa forma ele entra facilmente nas células. Para entrar sódio 
precisa de uma passagem que no caso são os canais de sódio 
que permite a livre passagem quanto transportadores de 
cootransporte (transporte do sódio juntamente com alguma 
outra substância). 
 - Quando se ativa a bomba de sódio/potássio ATPase se 
altera a concentração de sódio e potássio. O potássio 
predomina no interior da célula e, com a bomba, sódio é 
jogado para fora, para o capilar, em grande quantidade, necessitando de sódio no interior da célula  cria-
se um gradiente elétro-químico entre as células tubulares para o interstício do rim. 
 
O processamento tubular do filtrado glomerular 
 - Na imagem ao lado podemos ver a via transcelular, através das 
células, e a via paracelular, entre as junções. A membrana luminal 
é a com microvilos, a basolateral é a presente entre as células. 
 # A filtração ocorre pelo lúmen do túbulo  segue a via 
transcelular ou paracelular passando pela membrana luminal  
passando pela membrana basolateral, onde ocorre a reabsorção 
 ultrafiltração há a passagem para o capilar peritubular. 
 - OBS: A água sempre é transportada por osmose, os solutos 
podem ser transporte ativo ou passivo (tem muito mais íons 
cálcios no lúmen do que na célula. 
 - Transporte ativo: 
 # Primário: acoplado diretamente a uma fonte de energia. 
Bomba de sódio-potássio ATPase. É importante, pois ele pode mover solutos contra um gradiente 
eletroquímico. A energia para isso vem da hidrólise do ATP por meio de uma ATPase ligada à membrana. 
Íons cálcio se disfundem através da membrana luminal para dentro da célula a favor de um gradiente 
eletroquímico. O Sódio é transportado através da membrana basolateral contra um gradiente pela bomba 
de Sódio. O sódio, a água e outros são reabsorvidos do líquido intersticial para dentro dos capilares 
peritubulares por ultrafiltração (bulk flow). 
 # Secundário: acoplado indiretamente a uma fonte de energia, 
fornecido por um gradiente iônico. 
 Reabsorção de glicose pelo túbulo renal. Nessa duas ou mais 
substâncias interagem com uma proteína específica de membrana e 
são ambas transportadoras; havendo um simporte ou co-transporte 
na qual os íons saem por difusão. É um mecanismo muito eficiente. 
 OBS: apesar de não usar diretamente o ATP, ele depende da 
bomba de Na+/K+ na membrana basolateral que mantém o gradiente 
eletroquímico para difusão facilitada de Na+ na membrana luminal, e 
é esta que fornece energia para o transporte ativo simultâneo de 
glicose através da membrana luminal. 
 Há também o contratransporte, representado na imagem 
inferior a direita, no qual a energia liberada do movimento dissipativo 
de uma das substâncias permite o movimento ativo de uma segunda 
substância na direção oposta. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
12 
 
Pinocitose: é responsável pela reabsorção de proteínas, algumas poucas que acabam sendo filtradas. 
 - Ocorre principalmente no túbulo proximal. 
 - A proteína se adere à borda em escova da membrana luminal e então esta porção da membrana 
invagina-se para o interior da célula  formação de vesícula  digestão  os aminoácidos que sobraram 
são reabsorvidas através da membrana basolateral. 
 
Reabsorção Passiva de Água 
 - Ocorre principalmente através das junções oclusivas. 
 - Túbulo proximal: alta permeabilidade para água e íons. 
 - Alça de Henle e se estendendo ao longo do túbulo coletor: menor permeabilidade e as junções são mais 
estreitas. 
 # ADH aumenta muito a permeabilidade à água nas partes distais. 
 
Alto nível de glicose no sangue (DM)  A glicose está em grandes 
concentrações dentro das células tubulares, para entrar ela utiliza 
um cootransporte com o sódio (sódio vai a favor do seu 
gradiente)  reabsorção desses nos túbulos proximais. Como a 
glicose está em maior quantidade dentro da célula tubular do que 
no liquido intersticial ela sai por difusão facilitada (precisa de 
proteínas de membrana tanto para entrar nas células do túbulo 
quanto para passar para o líquido intersticial). Entretanto, se eu 
tenho muita glicose no meu túbulo eu não vou ter proteínas de 
transporte suficientes para levar essa glicose para dentro da 
célula, fazendo com que essa glicose passe pelo túbulo e seja 
eliminada na urina, fato que não ocorre em situações normais. 
 - Gráfico: a linha vermelha mostra a taxa da filtração de glicose. 
A glicose é filtrada livremente, ou seja, a concentração de glicose 
no sangue é semelhante a concentração do filtrado. A linha azul vai mostrar a taxa de reabsorção de 
glicose que vai ter um fator limitante que é o transporte máximo, que é aquele momento que eu tenho 
tanta glicose no filtrado que todos os transportadores de membrana estão ocupados, fazendo com que 
essa glicose passe pelo túbulo sem ser reabsorvida. Assim, se eu aumento minha filtração de glicose (linha 
vermelha) eu vou aumentar minha excreção de glicose na urina (linha verde). 
 - No “normal” não há perda de glicose na urina; no “limiar” é o ponto limiar para a glicose, e esse ocorreu 
antes do transporte máximo ser alcançado, pois nem todos o néfrons tem o mesmo transporte máximo 
para glicose. 
 # Em indivíduos normais quase nunca a glicose fica tão alta a ponto de sair pela urina. 
 - Substâncias reabsorvida passivamente não possuem transporte máximo porque elas vão depender de 
outros fatores como gradiente eletroquímico, permeabilidade da membrana, e o tempo que o líquido que 
contém a substância permanece dentro do túbulo (transporte gradiente-túbulo), como a reabsorção de 
sódio no túbulo proximal. 
 # Isso ocorre pois, a capacidade de transporte da Bomba de Na+/K+basolateral é bem maior que a taxa 
real de reabsorção líquida de Na+. Com o aumento da concentração de sódio há o aumento da reabsorção. 
 Aldosterona pode aumentar essa reabsorção líquida de Na+. 
 - Com a reabsorção de sódio  vamos ter uma diminuição da 
osmolaridade do filtrado (o filtrado fica menos concentrado que o 
interior da célula tubular)  vamos ter a reabsorção de água por 
osmose, passa do meio que está menos concentrado para o meio mais 
concentrado de solutos (por isso a reabsorção de água é inteiramente 
dependente da reabsorção de sódio). A perda de água aumenta a 
concentração luminal de cloreto e ureia do filtrado (que a princípio 
estavam com a mesma concentração do plasma e por isso,não havia 
eram reabsorvidos)  há a reabsorção passiva de cloreto e ureia  
Há a queda do NaCl presente na mácula densa  feedback que leva à 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
13 
 
dilatação de arteríolas aferentes é ativado  aumento do fluxo sanguíneo renal e da TFG. 
OBS: distúrbios que tendem a aumenta a reabsorção da NaCl nas regiões tubulares antes da mácula densa 
ocasionam um aumento do fluxo sanguíneo renal e TFG, o que contribui para normalizar o aporte de NaCl. 
 - Reabsorção tubular proximal reduzida  queda da capacidade de reabsorção de NaCl  grandes 
quantidades de NaCl chegam ao túbulo distal  depleção excessiva de volume  para corrigir a 
vasoconstrição renal mediada por feedback que ocorre em resposta ao aporte aumentado de NaCl na 
mácula densa. 
 - A reabsorção de Na+ deixa o filtrado menos concentrado, aumenta o potencial negativo do lúmen e 
aumenta a reabsorção de água. 
 
 Controle da glicose 
Glicose na urina aparece em pessoas com glicemia de jejum acima de 
160 em algumas pessoas, em outras em 180, quando o indivíduo não é 
diabético controlado. 
Reabsorção de Na+  aumenta reabsorção de água  aumenta a 
concentração de cloreto  facilita a reabsorção de cloreto. 
  aumenta a concentração de ureia  reabsorção 
passiva de ureia. 
  Lúmen mais negativo  facilita a reabsorção de 
cloreto. 
 
Reabsorção e secreção ao longo de porções diferentes do néfron 
Diferentes segmentos dos tubos renais. 
Costuma ser redundante com mais de um sistema para uma função, como forma de garantir que se haja 
homeostase mesmo se um deles falhar. 
 
Túbulo proximal 
Reabsorção de 65% da 
água e Na+  alta 
capacidade de reabsorção 
(ativa e passiva) pois suas 
células epiteliais possuem 
muitas mitocôndrias, ou 
seja, tem alto 
metabolismo. A energia 
serve para manter as 
bombas de sódio/potássio 
ATPase, mantendo o 
gradiente eletroquímico e 
permitindo que todas substâncias da seta superior da imagem acima sejam absorvidas. 
 
Na 1ª parte do túbulo o Na+ é reabsorvido por co-transporte junto com glicose e aminoácidos. Na 2ª parte 
do túbulo a glicose e aminoácidos não são reabsorvidos, o Na+ é reabsorvido com Cl-; a segunda metade 
tem uma maior concentração de [Cl-], favorecendo a difusão do íon do lúmen do túbulo através das 
junções intercelulares para o líquido intersticial renal. 
 
O sódio e o cloreto estão próximos ao 1 no gráfico acima a esquerda, ou seja, seguem a necessidade para 
manter a osmolaridade, sendo muito bem reabsorvidos; glicose e aminoácidos vão diminuindo ao longo 
do túbulo, enquanto a ureia e a creatinina não são muito absorvidas, de forma que sua concentração 
aumenta ao decorrer do túbulo – é um local importante para secreção de ácidos e bases orgânicos como 
sais biliares, oxalato, urato, necessitando ser eliminados rapidamente –. 
 
Alça de Henle 
3 segmentos: descendente fino, ascendente fino e grosso ascendente. 
Parte descendente da alça de Henle reabsorve muito água (20%) tendo baixa atividade metabólica; os 
segmentos finos possuem membranas epiteliais finos sem bordas em escova, poucas mitocôndrias, 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
14 
 
baixo metabolismo, enquanto o 
grosso possui células com alta 
atividade metabólica e são 
capazes de reabsorção ativa de 
Na+, Cl- e K+ (importante papel 
da Bomba de Na+/K+ que faz um 
cotransporte de íons cloro. Os 
segmentos ascendentes são 
praticamente impermeáveis à 
água, sendo assim, a maior 
parte da H2O que chega, permanece. 
 - Na bomba de sódio e potássio há um pequeno retrovazamento 
de K+ deixando o lúmen positivo, ajudando a difusão de Mg+2 e 
reabsorção deste de modo paracelular. 
 - Excreta hidrogênio (Na+/H+) e é cootransportador de 1Na-2Cl-
1K. 
 
Com medicamentos que são diuréticos de alça, como furosemida, 
bumetanida, ethacrynic acid há a inibição da bomba marcada de 
1Na/2Cl-/K+, de modo que há a diminuição da absorção de água, 
pela diminuição de fluídos plasmáticos. Dessa forma somente a 
bomba de sódio e potássio funcionam e a de Na+/H+ havendo a 
saída de prótons de hidrogênio, logo de água. Ele é usado quando sem há edemas, como o edema aguda 
de pulmão. 
 
Túbulo distal 
Parte mais inicial do córtex possui 2 tipos celulares, as 
células principais e as intercaladas tipo A. 
Se há a presença do ADH elas são permeáveis a água, e 
quando não há, elas são impermeáveis, havendo a secreção, 
logo, a reabsorção de água é controlada pela concentração 
de ADH. 
 
A primeira porção do túbulo distal é parte do complexo 
justaglomerular que fornece controle de feedback da TFG e 
do fluxo sanguíneo. A segunda porção, constituída pelo 
túbulo distal final e túbulo coletor, absorve a maioria dos 
íons, é impermeável à água e ureia e é chamada de 
segmento de diluição, porque dilui o líquido tubular. 
 
Diuréticos 
thiazidas: foi 
comprovado 
que eles são 
seguros e bem 
tolerados pelo organismo da maioria dos pacientes. Na 
imagem mais à esquerda pode-se observar que eles agem por 
meio da inibição da entrada de sódio e cloro na célula por 
cotransporte. Dessa forma há mais cloro saindo para o 
interstício e menos Na+ dentro do túbulo. 
 
O túbulo distal final e o túbulo coletor cortical possuem 
características funcionais similares e 2 tipos de células, as principais, responsáveis pela reabsorção de Na+ e 
H2O do lúmen, secreção de K+ para dentro do lúmen, que é o local de ação primário dos diurético 
poupadores de íons potássio, chamados de antagonistas da aldosterona (bloqueiam canal de Na+). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
15 
 
Enquanto as células intercaladas reabsorvem K+ e secretam H+ (sai 1 e entra 1 bicabornato) para dentro do 
lúmen tubular por meio da bomba de hidrogênio ATPase. 
 
Antagonistas da aldosterona: consideradas diuréticos que entram nas células e podem ser ligar aos 
receptores de esteroides intracelulares, ligando competitivamente ao receptor de aldosterona, liberando 
mais sódio e retendo mais potássio, poupando potássio. Problema disso pode ser a hipocalemia, de forma 
que o músculo fica sem força, o coração pode parar, de forma que esses diuréticos podem ser usados para 
reestabelecer a concentração de potássio plasmática. Normalmente a aldosterona entra, se liga ao 
receptor, de forma que há o aumento do funcionamento da maquinaria, aumentando a absorção de sódio 
e secreção de potássio. 
 - Diurético sempre faz o caminho contrário. 
 
As células intercaladas secretam íons de hidrogênio na proporção de 1:1 que reabsorvem HCO3 e íon 
potássio. 
 - Os H+ devido a 
ação da anidrase 
carbônica sobre HCO3 
e CO2 para formar 
ácido carbônico. 
 - Célula tipo A, pega 
o CO2  ácido 
carbônico 
(bicabornato)  
excreção deste e do 
próton formado  
correção da acidose. 
 # Comum em diabéticos com aumento do bicabornato e queda de íons potássio por reabsorção. 
 - Célula tipo B intercalada: que forma bicabornato e íons de hidrogênio (H2O + CO2) para ativar a bomba 
de Cl+/HCO3- jogando bicabornato para fora da célula. O H+ é excretado com gasto de ATP por meio da 
bomba H+/K+. Sendo que o Bicabornato é excretado na urina juntamente com os íons potássio que 
adentraram a célula. 
 # Comum na alcalose, na qual bicabornato e íons potássio são excretados e H+ é reabsorvido. 
 
Resumo das funções: membranas tubulares impermeáveis à água (a não ser a postal distal na presença de 
ADH), reabsorção de Na+ (controlado por hormônios, como aldosterona), secreção de K+, secreção de H+ 
pelas células intercaladas, que fazem a regulação ácido-base dos líquidos corpóreos (diferente do que 
ocorre no túbulo proximal) e permeabilidade à agua controlada pela vasopressina (ADH; aumento desse 
leva ao aumento da permeabilidade à água – controle do grau de diluição da urina). 
 
Tudo coletor medular 
Tem função de concentração da urina; reabsorve cerca 
de 10% de H2O e Na+ filtrado e, em presença de ADH, a 
permeabilidade a H2O aumenta por meio da inserção de 
aquaporinas (imagem à direita). É permeável a ureiae 
também secreta H+ contra um gradiente, contribuindo 
para a regulação do equilíbrio ácido-básico. 
 
Suas células são cuboides de superfície lisa com poucas 
mitocôndrias. 
 
Tende a formar uma solução hipertônica, de forma que 
possamos absorver muitas moléculas para que não haja 
o desequilíbrio corporal, podendo diluir muito ou 
concentrar muito a nossa urina. 
 - Não beber muita água  poucas vezes  urina muito concentrada  manutenção de líquido circulando 
para manter a pressão arterial. Esse túbulo regula isso. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
16 
 
No quadro ao lado vemos a razão da concentração de 
algumas substâncias no líquido tubular e no plasma. Os que 
tem valor igual a 1 tem a mesma concentração na urina e no 
plasma. Os com valor menor que 1, são mais absorvidos que a 
água, estão mais presentes no plasma. As com valor maior 
que 1 são reabsorvidas em menor grau do que a água, ou é 
mais secretada nos túbulos, estando em maior concentração 
nesses do que no plasma. 
 - O nível de insulina é usado para media a TFG 
 - Creatinina e ureia séricos mostra que o rim não está 
funcionando por isso. 
 
Reabsorção peritubular: pressão das células do interstício 
para o capilar. Quando igual a pressão final da cápsula de 
Bowman, 10 mmHg, não há formação de edema. 
 - Natriurese e diurese 
pressórica: o aumento 
da PA eleva o débito 
urinário, pois aumenta 
a taxa de TFG, o que 
diminui a porcentagem da carga filtrada de Na+ e H2O que é 
reabsorvida pelos túbulos. Isso ocorre pelo aumento da Ph do capilar 
peritubular e do líquido intersticial, de forma que o Na+ retorna ao 
lúmen. 
 
Regulação da reabsorção tubular 
Equilíbrio glomerulotubular: há o aumento da taxa em resposta a um aumento na carga tubular – influxo 
tubular aumentado – ou taxa de reabsorção tubular. 
 - Ocorre em vários segmentos tubulares. 
 - Auxiliar evitar que haja a sobrecarga dos segmentos tubulares distais quando a TFG aumenta. 
 
Forças elásticas e reabsorção: o valor da reabsorção = Kf x Força líquida de reabsorção (forças hidrostáticas 
e coloidosmóticas). 
 - Se há o aumento da Kf (medida de permeabilidade e da área de superfície dos capilares), há o aumento 
da reabsorção. 
 - Pressão hidrostática: influenciada pela PA e pelas resistências das arteríolas aferentes e eferentes. 
 - Pressão coloidosmótica: é determinada pela Pc sistêmica do plasma (concentração de proteínas – 
aumento dessa, aumenta a pc, que aumenta a reabsorção) e pela fração de filtração (TFG/fluxo plasmático 
renal; aumento da Ff, leva ao aumento da concentração de proteínas no plasma e aumento da 
reabsorção). 
 
Controle hormonal da Reabsorção Tubular 
Função: fornecer especificidade de reabsorção tubular para diferentes eletrólitos e a água. 
 
Aldosterona: 
 - Secretada pela supra-renal; “poupadora de Na+”. 
Age nas células principais do túbulo coletor cortical 
e estimula a bomba de Na+/K+ ATPase no lado 
basolateral da membrana do túbulo. Ela aumenta a 
permeabilidade do lado luminal da membrana, 
favorecendo o transporte de Na+ do lúmen para 
dentro da célula. 
 - Excesso: casos de tumores da supra-renal. Há 
retenção acentuada de Na+ e a depleção de K+. O 
aumento da secreção de potássio  arritmia 
cardíaca  espirolactona que retém sódio. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
17 
 
 - Ausência: em casos de desnutrição ou mal funcionamento da supra-renal leva a perda e acúmulo de K+. 
 
Angiotensina II 
 - Hormônio de retenção de Na+ mais potente no organismo. 
Estimula a secreção de aldosterona e contraí arteríolas 
eferentes, para reduzir a Ph peritubular para que o Na+ não 
retorne ao lúmen, e reduzir o fluxo sanguíneo renal, para que 
haja o aumento da taxa de filtração, da concentração de 
proteínas e da pressão coloidosmótica. 
 - A ang II tem dois efeitos. O efeito direto é estimular a 
bomba Na+/K+ATPase na membrana basolateral de todos os 
túbulos e o segundo efeito é estimular a troca de Na+/H+ na 
membrana luminal, secretando H+. 
 - Se ativar muito a angiotensina II leva a alcalose, pois há a ativação da bomba de sódio, para que esse 
entre na célula, e com isso a excreção de prótons de hidrogênio. 
 - A formação reduzida de angiotensina II: ocorre no caso de PA ou volume extracelular estarem baixos e 
tende a diminuir os mecanismos de reabsorção de Na+ e a secreção de aldosterona. 
 
ADH (vasopressina) AVP 
 - Secretado pela hipófise em resposta à diminuição da PA. 
 - Concentra a urina ao levar a àgua para o plasma para regular a 
pressão arterial. 
 - Aumenta a reabsorção de água no túbulo distal, coletor e 
ducto coletor, pois esses locais possuem receptor V2, no qual o 
ADH se liga e forma o AMPc  ativa proteínas quinases  
estimula o movimento de uma proteína intracelular para o lado 
luminal (aquaporina 2)  essas se agrupam e se fundem  
formação de canais para a passagem de H2O. 
 - Quando o ADH está em excesso, o nº de AQP-2 aumenta 
também. E quando ele está baixo, elas são removidas e voltam 
para o citoplasma, retirando os canais para a água. 
 
PNA – Peptídeo Natriurético Atrial 
 - Secretado por células específicas dos átrios cardíacos. 
 - Inibem a reabsorção da Na+ e H2O  aumenta a excreção urinária, auxiliando o volume sanguíneo voltar 
ao normal. 
 
Hormônio Paratireóide – PTH 
 - Aumenta a reabsorção tubular de Ca+2. 
 - Inibe a reabsorção de fosfato e estimula a reabsorção de Mg+2. 
 
Ativação do SNS 
 - Aumenta a reabsorção de Na+, a liberação de renina e a formação de 
angiotensina II. 
 
Métodos de depuração para quantificar a função renal 
Depuração: volume de plasma que é completamente depurado de uma 
substância. 
 
Para calcular a taxa de filtração glomerular deve se saber a taxa de fluxo 
urinário, de modo que é um procedimento não agradável ao paciente. 
Há formas validadas cientificamente em que esse não é necessário. 
 
No gráfico ao lado vemos a diurese após a ingestão de 1 litro de água, 
sendo possível observar que a osmolaridade da urina fica menor que a 
do plasma após mais ou menos 1 hora, que a o fluxo de urina aumenta 
muito rapidamente e que a excreção de soluto quase não muda. 
 - É possível produzir uma urina diluída sem excreção alta de sódio. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
18 
 
 - Por isso alguém desidratado deve tomar soro, pois há água, cloreto de sódio e glicose, como forma de 
reidratação. 
 
Formação de urina com baixos níveis de ADH 
 - Todos os números são de osmolaridade. 300 é a osmolaridade 
do filtrado no túbulo contorcido distal. Percorrendo o túbulo se 
vê que sai água, aumentando a osmolaridade, 
hiperosmolaridade em relação ao plasma Em seguida sai sódio, 
de modo que a urina está hiposmótica em relação ao plasma, o 
que é o desejado. Ou seja, primeiro se concentra e depois dilui. 
Na tabela ao lado podemos ver a relação da concentração da 
urina com a permeabilidade dos vasos em que ele passa a 
medida que a urina é formada. Além disso se vê o transporte 
ativo de NaCl. A poliúria ocorre pela ausência da permeabilidade 
ao ADH de modo que a urina não é concentrada. 
 - Na fase final dos túbulos há dependência do transporte ativo. 
 - A absorção de ureia ocorre parcialmente pelo ADH – é 
importante em baixa quantidade –. 
 
Há um mecanismo de contracorrente na alça de Henle como forma 
de concentrar o interstício 4x a mais do que o plasma. 
 
Quando o ADH está em alta concentração, a túbulo coletor cortical 
fica altamente permeável à água, de mofo que a absorção de água 
e há uma urina hiperconcentrada. Não há mais a capacidade de 
concentrar urina. 
 
Há uma constante concentração e diluição, de forma que há um 
controle por difusão em massa. É suficiente para manter o que sai 
similar ao que entra. 
 
Mudança na 
osmolaridade durante segmentos tubulares 
 - O efeito do ADH pode ser visto claramente em cada um dos 
segmentos. 
 - Sistema de retroalimentação osmorreceptores-ADH 
É produzida no núcleo do neurônio supraóptico. 
 
Insulina: éfiltrada livremente e não é reabsorvida, logo a tx. de excreção é 
igual a taxa de filtração, sendo que a taxa de filtração glomerular é calculada 
pela concentração urinária da subst. X a taxa de fluxo urinário que é dividido pela concentração 
plasmática da substância (isso equivale também a taxa de depuração). 
Creatinina: é um subproduto do metabolismo celular, é quase totalmente depurada dos líquidos 
corpóreos por filtração glomerular. Não é um marcador perfeito porque uma pequena quantidade dela 
é secretada pelos túbulos de forma que a quantidade de creatinina excretada excede discretamente a 
quantidade filtrada. 
 - Se usa a mesma fórmula. 
 
A taxa de uma substância completamente depurada do plasma quando a taxa de depuração – exclusão 
– dela é igual ao fluxo plasmático renal total; ou seja, quando a quantidade de substância liberada para 
os rins no sangue é igual à quantidade excretada na urina. 
 
Se a taxa de depuração for igual que a da insulina, a substância é apenas filtrada e não é reabsorvida. 
Se é menor, a substância foi reabsorvida pelos túbulos do néfron. Se é maior, a substância deve ser 
secretada pelos túbulos dos néfrons. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
19 
 
Aumento da osmolaridade plasmática sobre os níveis de ADH 
Preto: Choque hipovolêmico. 
 - Quando mais sangue se perde, mais ADH se perde, sendo uma resposta 
exponencial garantindo uma resposta mais eficaz  leva a retenção de água 
 osmolaridade começa a cair  secreção de ADH deveria diminuir. 
 - Pode-se ver que diante a uma queda da pressão e do volume, o ADH é 
liberado sendo mais importante do que a queda da osmolaridade. 
Branco: se ingerir uma cápsula de sódio sem água  aumento da 
osmolaridade. 
 
E-Saúde – PubMed, MeSH 
Olhar os “clinical queries”. 
NOT: Todos que tem a epidemiologia como principal. Diminui a pesquisa. 
OR: amplia 
Zotero para fazer referência 
Olhar o “fator de impacto” na internet dos jornais e revistas. Um com impacto médio é o 47.661, um de 80 
mil é muito. 
 
Regulação Renal de potássio, cálcio, fosfato e magnésio 
Ingestão, distribuição e excreção do íon potássio no organismo 
K para dentro: Insulina, aldosterona, estimulação de b-adrenérgicos, alcalose; 
K para fora: Lise celular, acidose, strenous exercise, increased extracellular fluis osmolarity, b-adrenergic 
blockade, deficiência de aldosterona. 
 
Efeitos da concentração plasmática de aldosterona e da concentração 
extracelular do íon potássio sobre a intensidade da excreção urinária de 
potássio 
Se há o aumento do efeito da aldosterona há o aumento da concentração 
extracelular de potássio, que pode levar a hipocalemia dentro da célula. 
 - O efeito da concentração extracelular do íon potássio e ingesta dele sobre 
a concentração plasmática de aldosterona pode ser visto na imagem ao 
lado. Há mecanismos primários para o controle da excreção de potássio 
após o aumento da ingesta. 
 
O efeito das mudanças de íon potássio no plasma após 
bloquear o Sistema da Aldosterona 
Pela secreção de aldosterona há o aumento de potássio a nível 
renal. Quando a concentração plasmática aumenta muito há 
uma hiperpotassemia. 
Doença de Adison: há a deficiência de aldosterona. 
 Para quem é normal ocorre o vermelho. Porém na doença de 
Addison, se você tiver o sistema bloqueado, há o risco de 
hiperpotassemia, que leva a arritmia cardíaca. 
 
 Controle da concentração de cálcio no líquido extracelular 
Osteoporose: fatores de risco não modificáveis: sexo, idade, raça, história familiar e biótipo. 
 - No data SUS a tabela de internações de transtornos de densidade e estrutura ósseas tem como maioria 
os homens, sendo que não faz sentido. Deve-se ter cuidado com tabelas. 
 
Regulação da concentração plasmática do Ca+2 mediada via hormônio da paratireoide (PTH) e 
vitamina D 
A baixa de cálcio leva a alta de PTH que leva a alta da ativação de vitamina D3 (aumenta a reabsorção de 
íons cálcio no intestino), alta de reabsorção de cálcio, maior liberação do cálcio dos ossos. 
 
 Fatores que alternam a excreção renal de sódio 
Aumenta a excreção: pressão sanguínea baixa, vitamina D3, alcalose metabólica, pouco volume 
extracelular, aumenta de fosfato plasmático e alta de paratormônio. 
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https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjarr_b55TdAhWKFJAKHSzqDMgQjRx6BAgBEAU&url=https://slideplayer.com/slide/11002516/&psig=AOvVaw1NOyi4hQUoijehJjjejjQ9&ust=1535719412151854
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
20 
 
Os que diminuem a excreção são o contrário, exceto que a vitamina D3 não possui ação. 
 
Integração de Mecanismo Renais para o Controle do Volume Sanguíneo e do volume do Líquido 
Extracelular 
Natriurese pressórica e diurese pressórica. 
 
Ingestão de líquidos X volume sanguíneo 
Maioria das pessoas tomam cerca de 1L, o recomendado é 2L. 
Na rehidratração tende-se a dar água aos poucos, e se a pessoa tomar uns 4 
copos a mais por dia, costuma-se restaurar a função. 
Paciente com edema  se pensa em 
várias possibilidades. Se houve cirrose, 
deve ser por queda da produção de 
proteínas pelo fígado, que leva a 
diminuição da pressão coloidosmóstica  
água passa para o interstício  edema. 
 
Até o estágio 3 se avalia a cor da 
urina  a urina deve estar em cor 
de limonada, como forma de saber 
se a ingestão de água é suficiente ou não  deve ser gradual a 
ingestão de água, se não a urina estará clara em um horário, quase 
nenhuma e escura durante o momento do dia em que não se bebe 
muita água. 
 
Regulação ácido-base 
 Concentração de H+ 
Não é a mesma em todos os locais do corpo, e 
as alterações na concentração destes íons pode 
ocorrer por tampões, pelos pulmões e pelos 
íons. 
A equação de Hendersson Bachel mede a 
concentração dete no sangue. 
A curva de titulação à esquerda e abaixo nos 
mostra como o pH pode ser controlado. 
O tampão fosfato 
 
Nessa se vê a tava de ventilação alveolar e no y a mudança de pH nos 
líquidos corporais. Ao reduzir a ventilação se reduz o pH, ele fica mais ácido. 
 - Gráfico a direita. 
No gráfico a esquerda se vê que a partir do 7,5 
(ph) há uma alcalose, havendo uma 
hipoventilação – retém prótons –. O nosso 
centro respiratório monitora a taxa de pH, 
pCO2 e a pO2  a hipoventilação diminui a 
pO2 e aumenta o CO2  estimula a os seios aórticos e seios carotídeos  
evita hipóxia  por isso o eixo para antes 
dos pH ser 7,6. 
Para se consertar a alcalose há a secreção 
de H+ e reabsorção de HCO3-. 
A gasometria de um paciente com acidose  nível de bicabornato está 
acima da referência  Rim tenta reter o máximo possível de bicabornato 
para a circulação, o que leva a secreção de hidrogênio e diminuir a 
acidose – processo feito pela célula intercalada A, sendo ativada pela 
anidrase carbônica – visto na imagem à direita. 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiy-Yj67JTdAhWCS5AKHRddDXIQjRx6BAgBEAU&url=https://slideplayer.com/slide/4385730/&psig=AOvVaw3gB6cWOAngHXZYVVUJG92U&ust=1535721071127531
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwilkZbr7ZTdAhWHFZAKHUbtCWYQjRx6BAgBEAU&url=https://slideplayer.com/slide/4385730/&psig=AOvVaw1CwQ6Rbd-J5hOwmUxVkuh_&ust=1535721305265934
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjp8eOz7pTdAhUDi5AKHez7CR4QjRx6BAgBEAU&url=http://www.comprehensivephysiology.com/WileyCDA/CompPhysArticle/refId-c110058.html&psig=AOvVaw0uoi6XoYG58DCDW71su04B&ust=1535721459543567
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
21 
 
Se o processo a direita ocorrer, há uma grande eliminação de prótons de 
hidrogênio, de forma que as células tubulares neutralizam esse por meio 
do fosfato, formando um sal ou entãopor meio da produção de amônia 
que se liga ao cloro, excretando o hidrogênio de outro modo. 
 - Imagem a direita. 
 
Fatores que afetam a secreção e reabsorção de Hidrogênio e bicabornato 
nos túbulos renais. Há acidose em insuficiências respiratórias, como a 
DPOC, sendo que com a queda do hidrogênio há a queda do bicabornato. 
A angiotensina 2 (retém água, 
secreta potássio e hidrogênio – 
bombas dependem de 
gradientes eletroquímicos –), a 
aldosterona e a hipocalemia 
são condições que alteram a 
secreção de hidrogênio e 
bicabornato. 
 
Paciente com DPOC tem 
acidose respiratória, na qual o problema está na 
respiração que está elevada, de forma que há a queda 
do pH, havendo mais prótons disponíveis, sendo 
necessário maior excreção de bicabornato para regular 
a acidose. 
 - Duas setinhas quer dizer alteração primária  onde 
se começa a ler o quadro. 
Na acidose metabólica em diabetes descompensados, a alteração é na reabsorção de bicabornato, de 
forma que o pH cai e sobra íons de H  deve-se respirar mais para que haja a queda da taxa de CO2. 
Na alcalose metabólica o problema deve ser na baia de íons de H+, pois quando se vomita muito, há a 
eliminação de H+  ficando uma alta concentração de bicabornato, de forma que o pH aumenta e a taxa 
de respiração deve aumentar. 
 
Na gasometria se sabe o pH  BAIXO  dependendo da 
taxa metabólica  o sistema respiratório compensa. Se for 
acima de 40, o problema é respiratório  renal compensa. 
Se for uma alcalose, se olha os níveis, metabólico há 
hipoventilação para restauração; se for respiratório a 
compensação é renal, aumentando a secreção de 
bicabornato e retenção de hidrogênio – mais raro. 
 - Imagem a direita. 
 
Na imagem à 
esquerda, as linhas 
vermelhas são 
concentração de 
pCO2 
 - Na acidose respiratória crônica o pH está em cerca de 7.3, a 
concentração no plasma arterial é cerca de 40 e a taxa de CO2 é 
de 100 a 80. 
 - Normal: concentração de CO2 de 40  pH de 7.4 e 
concentração do plasma de 24. Se for aguda não há tempo para 
o rim compensar, de modo que a concentração de CO2 vai para 
70, por exemplo, a concentração do plasma fica a mesma e o pH 
é de 7.2. 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
22 
 
Fisiologia do Sistema Respiratório 
Ventilação pulmonar 
4 objetivos principais: ventilação pulmonar, difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e sangue, transporte de 
O2 e CO2 no sangue e líquidos corporais e trocar com as células de todos os tecidos do corpo e regulação 
da ventilação. 
História clínica: tosse, com ou sem expectoração, hemoptise, roncos, sibilos, estertores, dispneia, cianose 
e dor torácica. 
 
 Anatomia e histologia – breve 
O ar entra pelas narinas, passa pelas conchas, 
nasofaringe, orofaringe, laringofaringe, faringe, traqueia, 
brônquios e seus níveis (brônquios, bronquíolos, 
bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares, sacos alveolares) e alvéolos. 
 - A medida que progride na terminação, há o aumento 
da área de trocas gasosas. 
 - É importante lembrar dos pneumócitos I – mais 
achatado – e II, sendo que o I é responsável pelas trocas 
gasosas e o II pela produção de surfactante. 
 - É importante lembrar que há doenças intersticiais de 
forma que dificulta a troca gasosa. 
 
Há a pneumocoliose, muito 
comum pela deposição de 
partículas nos alvéolos, sendo 
que os macrófagos não são 
capazes de degradas essas. 
 
Mecânica pulmonar 
Músculos da respiração: 
 - Inspiração: diafragma é o 
principal e contrai nessa, 
aumentando o volume do 
pulmão. 
 # No raio-x deve-se inspirar 
corretamente, se não a imagem pode induzir ao erro e parecer que há um processo fibrótico. O pulmão 
pode ficar mais escuro quando há menos parênquima – bloqueia menos o RX – ou mais claro quando há 
mais elementos obstrutivos ou quando há mais parênquima; depende da técnica da radiografia. 
 # O que guia é a clínica, se o RX fizer sentido, encaixar nos sintomas, ok, caso contrário ele pode ter sido 
realizado de maneira errada. 
 - Os músculos intercostais externos e internos e o 
abdominal se usa na insuficiência respiratória, em 
momentos/situações de risco/de alerta. 
 - Muitos podem participar, 
esternocleidomastóide, trapézio, intercostais, 
entre outros – costuma ser evidência em pacientes 
DPOCíticos, observa-se a perda de peso, músculos 
bem definidos –. 
 # Na respiração vigorosa as forças elásticas não 
são poderosas o suficiente para produzir a rápida 
expiração necessária; de forma que a contração da 
musculatura abdominal empurra o conteúdo 
abdominal para cima contra a parte inferior do diafragma, comprimindo os pulmões. 
 - O exercício físico, além de melhorar o condicionamento físico, melhora a respiração, pois promove 
maior resistência, força e condição para a respiração. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
23 
 
 - O pilates é recomendado para pessoas que tem problemas respiratórios, problemas de postura – além 
de outros exercícios –, problemas cardíacos, HAS, mas para indivíduos jovens e saudáveis, não há por que 
fazer, pois, geralmente o que limita o exercício do jovem é o músculo. 
 - A elevação da caixa torácica aumenta em 20% o diâmetro antero-posterior do tórax durante a 
inspiração máxima. 
 
 Complacência – capacidade de distensão – do pulmão 
Forças elásticas: parênquima pulmonar e tensão de superfície dos 
líquidos alveolares determinadas pela elastina e colágeno. 
A complacência não é constante e é maior na expiração (forças de 
distensão já foram rompidas). 
A pressão pleural é a pressão do líquido entre as pleuras e é sempre 
negativa, ficando mais negativa na inspiração, e menos negativa na 
expiração – facilitando a difusão. A pressão alveolar (do ar dentro dos 
alvéolos) também fica mais negativa na inspiração, de forma que o 
volume pulmonar aumenta, e positiva na expiração, de forma que o ar 
é expulso. 
 - Entre a pleura parietal e a visceral há a pressão transpulmonar, 
diferença entre a p. alveolar e a pleural que mede as forças elásticas 
do pulmão. Ela altera durante a inspiração e expiração e é negativa. 
 - Quando a glote está aberta e não há fluxo de ar para dentro ou para 
fora dos pulmões, em toda as partes da árvore respiratória a pressão é igual a pressão atmosférica (pressão 
de referência zero – 0 cm de pressão de água – nas vias aéreas). Para o influxo de ar a pressão deve ficar 
abaixo de zero. 
 - Cada ciclo pulmonar dura 5 segundos. 
Na imagem à esquerda se vê a complacência pulmonar em pulmões 
repletos de solução salina 
 - Com a solução salina é mais fácil de respirar, entretanto se não há 
surfactante não é possível a respiração. 
 - Na síndrome da angústia respiratória o tratamento pode ser feito 
com surfactante. 
 # A pressão é calculada por 2 x a tensão da superfície dividido pelo 
raio do alvéolo. Como em bebês o raio já é menor, a falta de 
surfactante leva a angústia respiratória  quanto menor o raio 
alveolar, maior a pressão alveolar causada pela tensão superficial. 
 # Tratamento: corticoide como um surfactante exógeno + ventilação mecânica. 
 
 Efeito da Caixa Torácica na Expansibilidade Pulmonar 
Complacência torácica e pulmonar: medido durante a expansão dos pulmões de uma pessoa totalmente 
relaxada ou paralisada. 
 - Três frações da inspiração: trabalho de complacência ou trabalho elástico; trabalho de resistência 
tecidual e trabalho de resistência das vias áreas. 
 
Registro das mudanças no volume pulmonar – espirometria 
 - Volume pulmonar 
 # V. concorrente: volume de ar inspirado ou expirado em 
cada respiração normal/ciclo respiratório, ou seja, 
quantidade de gás mobilizado a cada ciclo respiratório. 
300-500ml no adulto em repouso. 
 # V. de reserva inspiratório: volume máximo de ar que 
pode ser inspirado acima do volume corrente normal 
quando uma pessoa inspira com força total (3000ml). 
 # V. de reserva expiratório: máximo de volume extra de 
ar que pode ser expirado numa expiração forçada após o 
final deuma expiração normal (1100ml). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
24 
 
 # Volume residual: volume de ar que fica nos pulmões após a expiração máxima (1200ml). 
 - Capacidade pulmonar: 
 # Capacidade inspiratória: volume corrente + volume de 
reserva inspiratória (3500ml). 
 # Capacidade residual funcional: volume de ar que permanece 
nos pulmões após uma expiração normal; v. de reserva 
expiratória + v. residual expiratório (2300ml). 
 # Capacidade vital: capacidade máxima de ar que uma pessoa 
pode expelir dos pulmões após primeiramente enchê-los à sua 
extensão máxima e então expirar também à sua extensão 
máxima (4600ml); volume de reserva inspiratório + v. corrente + 
v. de reserva expiratório 
 # Capacidade pulmonar total: volume máximo que os pulmões podem ser expandidos com o maior 
esforço (5800ml). 
 - Mostra as capacidades, os volumes, e é importante!! Avaliado nas doenças. 
 
Asma é pior durante os meses da primavera – partículas no ar aumentam, de forma que há maior estresse 
do pulmão por partículas irritantes –. 
Baqueteamento digital: quando o dedo do paciente fica parecido com baquetas, com bolinhas na ponta, 
que ocorre em casos de hipóxia crônica. Geralmente presente em casos de fibrose intersticial. 
 
A capacidade residual funcional (CRF), volume de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração, 
pode ser medida pelo espirômetro. 
 
Na doença restritiva pode-se imaginar um 
copo com um canudo grosso, quando se 
puxa o ar deste, na doença obstrutiva, é 
quando se tem o copo cheio com um 
canudo fino. Fibrose. 
- Restritivo: apresenta diferença na 
capacidade vital (quanto de ar que entra), 
há a diminuição do tanto de ar que sai, 
pois a menos ar dentro do pulmão (o 
canudo tá normal, pulmão tá menor). 
 
Em preto se vê a curva normal, em azul 
com obstrução, em vermelho e marrom se 
vê a restritiva. 
 
Na doença obstrutiva, o problema se encontra no canudo, brônquios menores e bronquíolos maiores, que 
é menor, de modo que a inspiração demora mais e a expiração é mais forçada, havendo pouca ou 
nenhuma alteração na capacidade vital, sendo que a quantidade de ar inspirado diminui, pois os brônquios 
são menores, a capacidade de expiração é menor e a divisão de VEF1/CVF é cerca de 26%. 
 # Edema nos mm. lisos que formam a estrutura, contração excessiva deste e acúmulos de muco na luz. 
 # Asma, DPOC. Aumento da resistência das vias dificulta o fluxo ar. 
Uma parte do ar respirado nunca alcança as áreas de trocas gasosas por preencher as vias respiratório 
onde as trocas nunca ocorrem, sendo essas nariz, faringe e traqueia. Isso é chamado de espaço morto 
(150ml). Na expiração é o primeiro ar a sair, sendo isso desvantajoso para remoção de gases 
expiratórios do pulmão. 
O controle simpático por meio da norepinefrina e epinefrina – dilação das árvores brônquicas – e 
parassimpático por meio da acetilcolina – constrição leve e moderada dos bronquíolos –. 
 - A bombinha da asma bloqueia a ação da acetilcolina nesses locais. 
 - Parassimpático pode ser ativado por substâncias tóxicas. 
Nariz: aquecimento do ar nas conchas e septo; quase completamente umidificado; parcialmente 
filtrado. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
25 
 
Circulação pulmonar, Edema pulmonar e líquido pleural 
Principais diferenças entre as circulações pulmonar e sistêmica. 
 - Circulação pulmonar 
 # Circulação de alta pressão e baixo fluxo 
 Nutre o parênquima pulmonar, aa. brônquicas; cerca de 2%. 
 # Circulação de baixa pressão e alto fluxo 
 Responsável pelas trocas gasosas; aa. pulmonares (únicas 
do corpo que carregam o sangue venoso). 
 # O ventrículo esquerdo tem pressão de 120/0, pois a pressão 
diastólica deve ser próxima de zero, para que ocorra o enchimento. 
A pressão cai por conta das válvulas – uma valvulopatia pode alterar 
a pressão –. 
 - Circulação sistêmica 
 # É cerca de 4-5 vezes maior que a pulmonar. Há angiogênese no tecido adiposo, o que justifica o 
aumento da pressão em indivíduos sobrepeso ou obesos para que o sangue chegue em todas as partes do 
tecido. O exercício físico aumenta o diâmetro dos vasos por cerca de 24h, ajudando na circulação 
sanguínea. 
 
Traçados da pressão de pulso no VD, a. pulmonar e aorta. 
 - No gráfico se vê a curva de pressão aórtica, sendo que o momento em 
que a válvula aórtica fecha há uma reta no gráfico. 
 - O padrão pulmonar é idêntico, mudando apenas os valores e na parte 
em vermelho se observa um picozinho que é o fechamento da válvula 
pulmonar. 
No gráfico a esquerda se observa as 
pressões nos vasos pulmonares. Na 
artéria pulmonar a variação da 
pressão na sístole e na diástole, sendo 
a média de 15, e a medida que se afasta a pressão vai caindo para que 
haja as trocas entre outros. Pode-se reparar que ao chegar no átrio 
esquerdo a pressão é muito baixa. Essas podem alterar com a 
hipertensão pulmonar, que ocorre na DPOC – cor pulmonale –. 
 - A cor pulmonale pode causar congestão hepática, pois a v. cava inferior recebe sangue da veia hepática. 
 
Gradiente de pressão hidrostática 
 - Fluxo sanguíneo varia pelas zonas pulmonares (Z1 – superior –, Z2 
– média – e Z3 – inferior) sendo que pela gravidade Z3 recebe maior 
fluxo. Essa distribuição ocorre pela desigualdade dos valores de 
pressão de intrapleural ao longo pulmão (no ápice é mais negativo 
que na base). 
 - O fluxo e pressão também muda de acordo com o decúbito. 
 - Na zona Z1, ápice do pulmão, é uma região mais anaeróbica com 
menor circulação sanguínea (menor alcance do sistema imune, de 
forma que doenças de infecção bacteriana muitas vezes afetam essa 
região de forma mais eficaz); não faz diferença entre sístole e 
diástole, sendo que no repouso, a pressão alveolar é sempre maior 
que a capilar, o que muda com a atividade física. 
 # Pressão intrapleural mais negativa; maior pressão transmural; 
alvéolos maiores; menor pressão intravascular; menor fluxo sanguíneo, assim, menor ventilação e 
perfusão. 
 - Na Zona 2, a pressão alveolar é igual a capilar, de forma que pode haver o colabamento. 
 - Na Zona 3, a pressão capilar o tempo todo é mais alta que a pressão alveolar, de forma que essa não tem 
condição de colabar o capilar. Há mais circulação e trocas gasosas, de modo que é a região que há maior 
doenças cardiovasculares e pulmonares. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
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 - Paradoxo: a base pulmonar é relativamente menos expandida do que o ápice, ela é melhor ventilada. O 
decúbito muda a ventilação. 
 
Ao lado vemos que todas as áreas aumentam o fluxo sanguíneo com o 
exercício físico. Sendo que a gravidade ainda permite uma diferença 
entre as zonas. 
OBS: estertores crepitantes são sinônimo de edema pulmonar. 
 
O débito cardíaco aumenta a medida que a pressão arterial pulmonar 
aumenta e vice-versa. 
 
Na imagem á esquerda 
vemos que o vaso linfático 
tem uma pressão negativa 
de forma que ele não permite a formação de um edema 
pulmonar. 
 
No gráfico à direita 
pode ser observado 
que o quando há o 
aumento da pressão 
ou chegada de 
sangue no capilar, o 
vaso linfático pode não dar conta, de forma que há o edema 
pulmonar. Assim, a velocidade de formação do edema equivale 
ao líquido de edema por hora ÷ pelo peso seco dos pulmões. A 
classificação de doenças pode se encontrar pela pressão 
arterial esquerda comparado com a velocidade de formação do 
edema. 
Edema pulmonar: qualquer fator que cause elevação na pressão do líquido intersticial pulmonar de uma 
variação negativa para positiva, causando um preenchimento rápidos dos espaços intersticiais e dos 
alvéolos pulmonares com grandes quantidades de líquido livre. 
 - Insuficiência cardíaca esquerda ou doença válvulo mitral leva a grandes elevações na pressão venosa 
pulmonar e “alagamento” dos espaços intersticias e dos alvéolos. 
 - Quando há o aumento da pressão do capilar de forma exuberante, isso pode ser letal. 
Derrame pleural: grande quantidade de líquido livre no espaço pleural,

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