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Gengivite e Periodontite

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Gengivite e periodontite: as duas principais formas de doença periodontal
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17/06/2019 - 12:25
Atualizado: 
18/06/2019 - 10:50
A doença periodontal desenvolve-se e progride, em muitos casos, de forma lenta e silenciosa. Geralmente indolor, é diagnosticada em fases já avançadas condicionando o seu tratamento. Gengivite e periodontite são as duas principais formas de doença periodontal. Fique a conhecê-las.
A doença periodontal está entre as 10 doenças mais frequentes, sendo a principal responsável pela perda de dentes em adultos. A seguir à cárie dentária, é aquela com maior prevalência na cavidade oral, resultando de múltiplos fatores.
“A doença periodontal é uma doença inflamatória de caráter crónico de origem multifatorial” que perturba e afeta os tecidos periodontais podendo causar lesão irreversível no osso alveolar e no ligamento periodontal.
Entre as causas que levam ao seu desenvolvimento, o especialista em Medicina Dentária, Paulo Marques, destaca a acumulação de placa bacteriana, “acompanhada por uma higiene oral deficiente e inadequada”, como a mais frequente.
No entanto, esclarece que existem outros fatores de risco. “A doença periodontal é uma patologia inflamatória de origem multifatorial cujo aparecimento e evolução depende da interação da resposta do sistema imunitário do hospedeiro à ação patogénica dos microrganismos da placa bacteriana”, adianta revelando que esta pode surgir como consequência dos hábitos alimentares, consumo de álcool e tabaco ou por questões genéticas.
Para além dos maus hábitos de higiene oral, stress ou ansiedade, também as alterações hormonais presentes na puberdade, menopausa ou gravidez podem condicionar o seu desenvolvimento.
A doença periodontal pode surgir ainda associada a várias patologias sistémicas como é o caso da diabetes ou artrite reumatoide. Nestes casos, “as manifestações orais mais frequentemente associadas a doenças sistémicas são as lesões da mucosa oral, da língua, da gengiva, das glândulas salivares, do esqueleto facial, da pele extra oral e as lesões periodontais”. No entanto, a maioria dos doentes desconhece que a sua condição pode aumentar o risco de desenvolver doenças da cavidade oral, pelo que o especialista afirma que é essencial “alertar os profissionais de saúde e informar os doentes para que tenham mais atenção aos sinais e sintomas”.
Gengivas edemaciadas, avermelhadas e sensíveis, mau hálito e alterações no gosto, hemorragia durante a mastigação ou escovagem estão entre as principais manifestações clínicas da doença periodontal. Mas, tal como explica Paulo Marques, há outros sinais a considerar:
· Aumento da coroa clínica devido à migração apical da gengiva marginal;
· Aumento da sensibilidade dentária aos estímulos térmicos, doce e ácido;
· Mobilidade e alterações no alinhamento dentário com influência na oclusão dentária;
· Aumento da profundidade de sondagem, sem a migração do epitélio funcional, provocado pelo edema e inflamação gengival;
· Formação de bolsas devido à migração apical do epitélio funcional.
Gengivite e Periodontite são as principais formas de doença periodontal. A primeira caracteriza-se por uma inflamação que resulta da acumulação da placa bacteriana, manifestando-se através de edema, alteração da forma e contorno e hemorragia.
“Na periodontite, desenvolvem-se bolsas periodontais com uma profundidade de sondagem superior a 3 mm”, que conduzem à recessão da comprometendo os tecidos.
Tratamento: cirurgia está indicada para casos mais avançados
A doença periodontal pode ser tratada de forma fácil e eficaz quando se encontra num estádio inicial. Destartarização, curetagem e alisamento radicular são os procedimentos realizados para o seu tratamento. “O objetivo é a remoção da placa bacteriana e dos cálculos dentários, criando-se as condições favoráveis para a reparação e regeneração dos tecidos e aumento da dificuldade de adesão da placa bacteriana à superfície dentária”, explica o especialista em medicina dentária.
Hábitos como a escovagem dentária após as refeições, o uso do fio e dos escovilhões para limpeza dos espaços interdentários, de raspador lingual e, em alguns casos, o uso regular de um irrigador oral são essenciais para a manutenção de uma boca sã após tratamento. “O uso de colutórios e elixires poderá ser importante para complementar os procedimentos de higiene oral, no entanto, o uso de antibióticos é raro senão mesmo indispensável”, acrescenta o médico dentista.
“Nos casos de doença periodontal avançada ou grave, o tratamento inicial da infeção deve iniciar-se com destartarização, curetagem e alisamento radicular, com o objetivo de controlar a progressão da doença, seguindo-se os procedimentos cirúrgicos e terapêutica antibiótica”, explica acrescentando que se recomenda a utilização de metronidazol associado à amoxicilina, como tratamento sistémico de periodontite, “quando existe resistência da flora oral às tetraciclinas”.
De acordo com Paulo Marques, a cirurgia periodontal está indicada para “criar as condições favoráveis para a curetagem e o alisamento radicular, aumentar a gengiva ou promover a regeneração da inserção epitelial perdida pela doença periodontal” e dos tecidos, entre outros.
A cirurgia de retalho, a gengivectomia e a gengivoplastia estão entre os procedimentos cirúrgicos utilizados.
“Os procedimentos cirúrgicos e a saúde periodontal estão intimamente relacionados e desempenham um papel importante na integridade biológica dos tecidos. A preservação do espaço biológico representa uma barreira de defesa entre o biofilme e a crista óssea alveolar, além da relação fisiológica que assegura a saúde periodontal”, explica.
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Autor: 
Sofia Esteves dos Santos

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