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DIREITO INTERNACIONAL
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
FONTES MATERIAIS
Não pertencem ao universo da ciência do direito propriamente, mas sim a política do direito. Essas fontes se caracterizam como um conjunto de fatores políticos, econômicos, culturais entres outros que vão condicionar a formalização das diversas fontes do direito internacional público.
FONTES FORMAIS 
São os métodos ou processos de criação das normas jurídicas internacionais. As diversas técnicas que vão permitir considerar uma norma como pertencente ao meio jurídico, vinculando os atores dos quais se destinam.
A convenção de Haia de 18 de Outubro de 1907 que criou o tribunal internacional de presos foi o primeiro texto internacional que estabeleceu um rol de fontes do direito internacional.
Anos mais tarde em 1920 surgiu o artigo 38 do estatuto da corte internacional de justiça que foi considerado como um rol mais autorizado das fontes do direito internacional público, e estabeleceu que a função da corte seria decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas. 
Primeiro serão aplicadas as convenções internacionais, sejam elas gerais ou especiais que estabelecem regras dos pensamentos reconhecidos pelos Estados litigantes.
A corte também vai aplicar os costumes internacionais como prova de uma pratica geral que é aceita como sendo direito.
Também vai ser estabelecido que é fonte do direito internacional público, os princípios gerais de direito que são reconhecidos pelas nações civilizadas. 
O Art. 38 vai ressalvar que as decisões judiciarias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações são meios auxiliares para determinação das regras de direito.
Esse rol não prejudica a faculdade da corte de decidir uma questão em razão de equidade caso as partes assim concordarem.
O Art. 38 do Estatuto da Corte internacional de Justiça não é um rol taxativo. Em nenhum momento ele diz que é um elenco de fontes do direito internacional, disciplinando quais instrumentos e meios que a corte deverá aplicar numa controvérsia concreta entre os Estados a sua jurisdição submetida.
A doutrina tradicional tem apontado que as fontes do direito internacional corresponde perfeitamente estipulado nesse dispositivo, sendo elas:
Os tratados internacionais, os costumes internacionais e os princípios gerais de direito.
O Art. 38 da CIJ nunca pretendeu ser um rol taxativo das fontes do direito internacional público, mas serviu apenas como um roteiro para a própria corte no que se refere a esta aplicação do direito internacional em um caso concreto.
SÃO FONTES PRIMARIAS DO DIREITO INTERNACIONAL, os tratados internacionais, os costumes internacionais e os princípios gerais de direito.
Qualquer regra que pretenda ser considerada como norma do direito das gentes (direito internacional), não podem derivar de outro lugar que não seja de uma dessas três fontes.
O Art. 38 da CIJ faz menção as decisões judiciais e a doutrina dos juristas como meios auxiliares na busca de comprovação da existência de uma determinada regra de direito, mas esses meios auxiliares NÃO SÃO FONTES de direito, são apenas meios de auxílio para ajudar a definir o direito aplicado.
Vale ressaltar que não existe hierarquia entre as fontes formais do direito internacional público. Como exceção pode ser citado o artigo 103 da carta das nações unidas que vai atribuir primazia da carta da ONU sobre os demais compromisso internacionais concluídos por quaisquer de seus membros e também as normas de ius cogens que vão prevalecer sobre todas as demais regras ou obrigações internacionais
Além dessas expressões do direito internacional existentes, podem existir outras como por exemplo os atos unilaterais estatais e decisões de organizações internacionais, além de certas regras de conteúdo bastante recente como o soft law que para alguns doutrinadores é uma fonte.
COSTUMES INTERNACIONAIS – É o Direito não escrito
O costume internacional é uma fonte mais antiga do que os tratados.
Requisitos para formação de um costume:
1 – Inveterata consuetudo (ação repetida)
2 – Opnio juris (opinião jurídica)
Para que um costume se forme é necessário o cumprimento de ambos os requisitos.
Q1 - Como evitar a formação de um costume?
R= O pais deve refutar a ação do outro pais, emitindo uma mensagem de opinião ilicitude.
Q2 - Surgindo a divisão de um pais em dois o novo pais está obrigado a aceitar todos os costumes que o antigo pais aceitava? 
Não! Pois é uma nova soberania, e como uma nova soberania de acordo com a corrente voluntarista o pais só está obrigado por aquilo que tem vontade.
O novo Estado deve indicar quais os costumes que ele vai ou não se obrigar.
Uma vez formado o costume não será não possível refutar para que esse costume não se forme, contudo, depois de formado o costume não será possível refutar, somente será possível negar.
Objetor persistente - Quando o costume está em formação – Refuta o costume
Negador resistente – Quando o costume já está formado – Nega o costume
Uma vez que um novo pais se forma deve apontar de imediato quais os costumes que ele vai se obrigar a aceitar e quais ele não vai se obrigar.
Q3 – É possível ter costume internacional nas relações bilaterais, como também nas relações multilaterais.
Não existe hierarquia entre as fontes do direito internacional público, portanto, um costume pode revogar um tratado ou vice e versa.
TRATADOS INTERNACIONAIS 
Todo acordo formal concluído entre sujeitos de Direito Internacional Público, e destinado a produzir efeitos jurídicos.
Tratado formal (procedimento longo): requer a ratificação;
Tratado simplificado (procedimento breve): dispensa a ratificação.
Os tratados multilaterais normalmente têm a cláusula de adesão, isto é, podem receber a adesão de novos Estados ou organizações internacionais. No aspecto material, a doutrina classifica os tratados em:
Tratados-leis: por meio dos quais as partes editam uma regra de direito objetivamente válida. A essa classe pertencem as grandes convenções coletivas, como as de Haia e de Genebra, sobre o direito da guerra; além de todos os tratados em que se percebe nas partes a tentativa de estabelecer certas regras, como a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados;
Tratados-contratos: por meio deles, as partes realizam uma operação jurídica tais como acordos de comércio, de aliança, de cessão territorial.
A atual Carta Magna brasileira permite que o Poder Executivo celebre alguns acordos, sem a necessidade de posterior referendo do Congresso Nacional. 
O acordo executivo como subproduto de um tratado já em vigor. Por exemplo, os acordos de detalhamento, especificação e suplementação previstos no texto original;
O acordo executivo como expressão da competência privativa do Presidente de manter relações com os Estados estrangeiros (art. 84, VIII, da CRFB/88). Sendo assim, o chefe do Poder Executivo brasileiro decide, sem a necessidade de aprovação do Poder Legislativo, acerca de intercâmbio consular, aceitação ou recusa de convites para Conferências e Convenções etc.
Não há prazo para os Estados procederem à ratificação, exceto quando for estabelecido durante a negociação. Por outro lado, a não ratificação não enseja qualquer responsabilização jurídica do Estado. Os tratados que exigem a ratificação só passam a ser obrigatórios quando há a troca ou o depósito dos instrumentos de ratificação.
A adesão é uma forma de expressão definitiva do consentimento do Estado em relação ao tratado internacional. Sua natureza jurídica não difere daquela da ratificação: também aqui o que temos é manifestação firme da vontade de ingressar no domínio jurídico do tratado. O aderente é, em princípio, um Estado que não negociou nem assinou o pacto – e que assim não pode ratificá-lo –, mas que, tomado de interesse por ele, decide tornar-se parte, havendo-se antes certificado da possibilidade do ingresso por adesão.
Todo Estado que tenha interesse em ingressar mediante adesão em um tratado coletivo deve certificar-se de que esse tratado é aberto, e de que os eventuais limitesdessa abertura não excluem sua pretensão adesiva.
Condições de Validade dos Tratados Internacionais
1. Capacidade das partes contratantes.
Os atores capazes de celebrar um tratado são os Estados soberanos.
2. Habilitação dos agentes signatários.
Plenos Poderes
1. Qualquer pessoa é considerada representante de um Estado desde que:
a) apresente carta de plenos poderes apropriados; ou
b) a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes.
2. Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado:
a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado;
b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados;
c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de um tratado em tal conferência, organização ou órgão.
3. Vícios de Consentimento.
Consentimento expresso com agravo ao direito interno: dificilmente o princípio pacta sunt servanda servirá para fazer convalidar, na ordem interna, semelhante afronta ao primado da Constituição.
Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importância fundamental.
4. Objeto Lícito e Possível:
É nulo o tratado que violar uma norma imperativa do Direito Internacional geral. Essas normas são ainda poucas e um exemplo desse tipo de norma é a Carta da ONU. A nulidade do tratado ocorre mesmo quando a norma imperativa for posterior a ele.
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral.

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