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Módulo 5- DIREITO PREVIDENCIARIO

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Módulo 5 – Beneficiários da Previdência Social. Segurado. Dependentes. Inscrições do Segurado Obrigatório. Inscrições do Segurado Facultativo. Inscrições dos Dependentes. Filiação. Perda da Qualidade de Segurado.
 
SEGURADOS: pessoa física indicada na lei, maior de 16 anos, exceto se aprendiz, que maior de 14 anos, que exercem, exerceram ou não atividade, remunerada ou não, efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício, que podem contribuir para o custeio social das prestações. Divididos em 2 grupos (Lei 8.213/91, art. 11):
 
Segurados obrigatórios: lei exige a participação no custeio e em contrapartida lhes concede benefícios (aposentadoria, pensões, auxílios, salário-família e salário-maternidade) e serviços (reabilitação profissional e serviço social), quando presentes os requisitos para a concessão. 3 tipos:
 
· Comuns: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, aposentado que estiver exercendo ou que voltar a trabalhar.
 
· Individuais: autônomos, equiparados a autônomo, eventuais, empresários.
 
· Especiais: produtor rural e assemelhados.
 
Segurados facultativos: aqueles que não têm regime próprio, nem se enquadra na condição de segurados obrigatórios do regime geral, resolvem verter contribuições para fazer jus a benefícios e serviços. Ex: dona-de-casa, estudantes, desempregados que filiam-se ao sistema e pagam contribuições, o síndico, quando não remunerado; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social; o maior de 14 anos de idade que se filiar ao RGPS (Lei 8.213/91, art. 13; Lei 8.212/91, art. 14).
 
A - SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM - EMPREGADO:
 
· Empregado Urbano: pessoa física que presta serviços de natureza contínua a empregador, sob dependência deste e mediante salário (CLT, art. 3º).
 
· Empregado Rural: pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico em atividade agropecuária, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário.
 
· Diretor-Empregado: pessoa que exerce função de diretor com subordinação ao empregador.
 
· Trabalhador Temporário: pessoa contratada por empresa de trabalho temporário, para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular ou permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas.
 
· Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior: está abrangido pelo Regime da Previdência Social, desde que seja domiciliado ou contratado no Brasil para trabalhar no exterior, independente se a empresa é nacional ou estrangeira. Se não houver contribuição, inexistirá direito ao benefício.
 
· Aquele que presta serviço no Brasil à missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos subordinados, ou a membros dessas missões e repartições.
 
· Brasileiro civil que trabalha para União, no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local para necessidade temporária de interesse público.
 
· Brasileiro civil que trabalha à União, no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, exceto se segurado na forma da legislação vigente no país do domicílio ou sistema previdenciário do organismo internacional.
 
· Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior: não poderá ser contratado no estrangeiro.
 
· Bolsista e estagiário que prestam serviços como empregado: alunos matriculados, que frequentam efetivamente cursos vinculados à estrutura do ensino público e particular, nos níveis superior, de educação profissional de nível médio ou superior, ensino médio, ou escolas de educação especial.
 
· Servidor Público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais: livre nomeação e exoneração.
 
· Servidor do Estado, Distrito Federal ou Município e respectivas autarquias e fundações, ocupantes de cargo efetivo, de cargo em comissão ou função de confiança, desde que, nessa qualidade, não esteja filiado a regime próprio de previdência social.
 
· Servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município e respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, não sujeito a sistema próprio de previdência social: lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público.
 
· Escrevente e auxiliar contratado por titular de serviços notariais e de registro.
 
· Exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, não vinculado a regime próprio de previdência social: deputados federais, senadores, seus suplentes, governadores, deputados estaduais, prefeitos e os vereadores, não estejam vinculados a regime próprio de previdência social.
 
· Empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil: pessoas que prestam serviços à ONU, OIT, exceto se houver sistema próprio de previdência social.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM – EMPREGADO DOMÉSTICO: Pessoa física que presta serviços de natureza contínua a pessoa ou a família, sob subordinação, para o âmbito residencial destas, que têm atividades sem fins lucrativos. Ex: mordomo, copeira, cozinheira, jardineiro, motorista, cuidadora, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM – TRABALHADOR AVULSO: Pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural, a diversas pessoas, sem vínculo empregatício, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato de sua categoria ou órgão gestor de mão-de-obra. Ex: estivador, conferente de carga e descarga, consertador de carga e descarga, vigia portuário, amarrador da embarcação, trabalhador em serviço de bloco (limpeza e conservação), arrumador de café, sal e similares, trabalhador na indústria de extração de sal, carregador de bagagem em porto, prático de barra em portos, guindasteiro, classificador, movimentador e o empacotador de mercadoria.
 
B - SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – TRABALHADOR AUTÔNOMO: Pessoa física, com atividade habitual, por conta própria e sem subordinação, a uma ou mais pessoas, mediante remuneração, com fins lucrativos ou não. Ex: profissionais liberais, advogados, veterinários, engenheiros, agrônomos, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – TRABALHADOR EVENTUAL: Pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter esporádico, à uma ou mais empresas, sem relação de emprego e a seu risco. Ex:
 
· Pedreiro, pintor, eletricista;
 
· Comerciante ambulante, camelô;
 
· Trabalhador associado a cooperativa de trabalho;
 
· Faxineira (diarista) e jardineiro que vão esporadicamente à residência de pessoa ou família;
 
· Feirante-comerciante que compra para revender; construtor de obra de construção civil (pessoa física);
 
· Piloto ou comandante de aeronave própria ou não, com atividade sem vínculo empregatício;
 
· Corretor ou leiloeiro, que exerce atividade sem vínculo empregatício;
 
· Vendedor de bilhetes de loteria;
 
· Cabelereiro, manicure, esteticista, maquiador etc., em salão de beleza, por conta própria;
 
· Presidiário que exerce por conta própria atividade remunerada;
 
· Árbitro de jogos de futebol e seus auxiliares, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – EQUIPARADOS A AUTÔNOMO: Ex:
 
· Ministros de confissão religiosa e os membros de congregação ou ordem religiosa.
 
· Pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua, quais sejam: atividade agropecuária ou pesqueira, e garimpo.
 
· Presidiário: exerce atividade remunerada, mediante contrato celebrado ou intermediado pelo presídio.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – EMPRESÁRIO: pessoa físicaexecuta atividade habitual, economicamente organizada, para produção de bens ou serviços, com fim de lucro. São empresários:
 
· Titular de firma individual urbana ou rural, que explora comércio em nome próprio, sem constituir sociedade, mas registrado na Junta Comercial.
 
· Diretor não-empregado, que exerce sua atividade sem subordinação (TST, En. 269). Parecer da Consultoria Jurídica do MPAS 2.484/2001: diretor eleito de sociedade por quotas de responsabilidade limitada é segurado obrigatório, na condição de empregado da empresa, por falta de previsão legal.
 
· Membro do Conselho de Administração na sociedade anônima. Membro do Conselho de Administração de sociedade por cotas de responsabilidade limitada não será contribuinte ou empresário.
 
· Sócios (pessoas físicas) da sociedade em nome coletivo, responde solidária e ilimitadamente.
 
· Sócio-cotista que participa da gestão ou que recebe remuneração decorrente de seu trabalho, na sociedade limitada, urbana ou rural.
 
· Todos os sócios, na sociedade de capital e indústria (uma pessoa entra com o trabalho e a outra entra com o capital, sendo que a responsabilidade dos sócios capitalistas é solidária, não havendo esta responsabilidade solidária com os sócios- indústria, exceto se também contribuírem com capital).
 
· Associado eleito para cargo de direção na Sociedade Cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, ex: Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC).
 
· Síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração ou não paga o condomínio ou uma parte dele.
 
C - SEGURADO OBRIGATÓRIO ESPECIAL: exercem atividades habituais, individualmente ou regime de economia familiar (cônjuges ou companheiros e filhos de 16 anos), com o auxílio eventual de terceiros ou não. Contribuição: aplicação de alíquota sobre resultado da comercialização da produção. Ex:
 
· Parceiro: pessoa que celebra contrato de parceria com o proprietário da terra ou dos animais, desenvolvendo a atividade agropecuária, dividindo os lucros de seu mister com o proprietário do imóvel na proporção estipulada no contrato. Lucro é a diferença entre resultado e despesas do período.
 
· Meeiro: pessoa que pactua com o proprietário da terra um contrato de meação para a consecução de atividade agropecuária, partilhando os rendimentos obtidos. Rendimento é lucro e demais recebidos.
 
· Arrendatário rural: pessoa que usa a propriedade pagando um aluguel ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hotifrutigranjeira.
 
· Pescador artesanal: aquele que tem por atividade a pesca, mediante recursos rudimentares, para obter sua subsistência.
 
· Assemelhado ao pescador artesanal: Ex: mariscador, caranguejeiro, eviscerador (limpador de pescado), observador de cardume, pescador de tartarugas e o catador de algas.
 
SEGURADO FACULTATIVO: pessoa física, maior de 14 anos de idade, que não tem obrigação legal de recolher a contribuição previdenciária, mas o faz para poder contar tempo de contribuição. São eles:
 
· Dona-de-casa;
 
· Síndico de condomínio, quando não remunerado, nem beneficiado pelo não pagamento do condomínio ou redução de parte deste pagamento.
 
· Estudante;
 
· Brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviços no exterior;
 
· Aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social, como o desempregado;
 
· Titular ou suplente em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
 
· Membro de conselho tutelar (escolhidos pela comunidade local, com mandato de 3 anos e uma recondução), encarregado por zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
 
· Bolsista e estagiário;
 
· Bolsista com dedicação em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, se não vinculado a outro regime de previdência social;
 
· Presidiário que exerça atividade sem remuneração, se não vinculado a outro regime da previdência.
 
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS:
 
Filiação: é o vínculo jurídico que se estabelece entre pessoas que contribuem como segurados para Previdência Social e esta, vínculo este do qual decorrem direitos e obrigações. São:
 
· Obrigatória: ingresso imediato ao sistema previdenciário, independe da vontade do segurado.
 
· Facultativa: depende da vontade do segurado.
 
Inscrição: registro do segurado no âmbito interno do INSS. Ex:
 
· Autônomo: necessário fazer inscrição perante o INSS, local em que obterá o número para preenchimento e pagamento dos carnês.
 
· Contribuinte individual: segurados especial e facultativo devem fazer inscrição no INSS. 
 
· Empregado: não há inscrição, pois no registro na empresa já está automaticamente filiado ao sistema.
 
MATRÍCULA DA EMPRESA: cadastramento da empresa como contribuinte da Seguridade Social. São:
 
· Empresas individuais e sociedades mercantis: ocorre simultaneamente com inscrição, registro ou arquivamento dos atos constitutivos na Junta Comercial ou inscrição no CNPJ.
 
· Desobrigados à inscrição no CNPJ, devem fazê-lo junto ao INSS, no prazo de 30 dias contados do início de suas atividades:
 
· Sociedades Civis, com seus atos constitutivos registrados no Cartório de Registro da Pessoa Jurídica.
 
· Obras de construção civil em geral.
 
· Condomínios, exceto os inscritos no CNPJ.
 
· Produtor rural, pessoa física equiparada a autônomo.
 
· Segurado especial, que exporta ou vende produto rural direto ao consumidor, ou adquirente domiciliado no exterior.
 
· Autônomo e equiparado que remunera outros autônomos ou empregados.
 
Paralisação da atividade: comunicação ao INSS, mediante apresentação do Certificado de Matrícula e Alteração (CMA).
 
Manutenção da qualidade de segurado (chamado “período de graça”): é o período em que o segurado continua filiado ao sistema com direito a benefícios e serviços, embora não recolha contribuições.
 
Deixando o segurado de exercer atividade abrangida pelo RGPS, ou ficando desempregado, poderá conservar essa qualidade independentemente de contribuições:
 
· Sem limite de prazo, para quem estiver em gozo de benefício.
 
· Até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. O prazo pode ser prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
 
· Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória.
 
· Até 12 meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso. Ex: caso de percepção de auxílio-reclusão, mesmo após a perda do benefício pela soltura, haverá manutenção da qualidade de segurado por mais 12 meses após esse fato (soltura).
 
· Até 3 meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar Serviço Militar, quando o empregado terá suspenso seu contrato de trabalho, eis que não há pagamento de salário, nem prestação de serviços.
 
· Até 6 meses após a cessação das contribuições, em relação ao segurado facultativo.
 
Perda da qualidade de segurado:
 
· Lei 8.212/91, art. 15, § 4º: “a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos”.
 
· Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício.
 
· Importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade.
 
· Contribuinte individual: no dia 16 do segundo mês seguinte ao do vencimento da contribuição relativa ao mês imediatamente posterior ao término dos prazos mencionados para manutenção da qualidade desegurado.
 
· A contagem da perda da qualidade somente se efetiva no mês subsequente ao término das situações de manutenção dessa qualidade. Ex: a cessação das contribuições, por falta de exercício de atividade abrangida pela Previdência, será de 12 meses. No entanto, a contagem do prazo, encerrando-se no mês subsequente, praticamente elevará esse número para 13 meses.
 
DEPENDENTES
 
Características dos Dependentes:
 
· Não contribuem diretamente para o custeio da previdência social.
· Subordinam-se economicamente ao segurado, de forma parcial ou total.
 
DEPENDENTES dos segurados acima mencionados - Divididos em três classes (Lei 8.213/91, art. 16):
 
Classe 1 (presunção absoluta de dependência econômica):
 
· Cônjuge
 
· Companheira ou companheiro (união estável, considerada quando a intenção do homem e da mulher, através de atos inequívocos, induz a união duradoura, com vistas à criação de família, filhos, patrimônio, mútua dependência e respeito)
 
· Filho não emancipado (legítimo e o legitimado, natural ou adulterino, enteado e o trazido pela companheira ou companheiro à união estável e o tutelado), de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.
 
Classe 2 (presunção absoluta de dependência econômica, desde que haja ausência de membros da classe 1): os pais.
 
Classe 3 (dependência econômica deve ser comprovada): irmão de qualquer condição menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.
 
Ordem de Sucessão:
 
· Dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições para efeitos de dependência e o benefício é dividido em partes iguais, não havendo falar em meação.
 
· A existência de dependente de qualquer das classes mencionadas exclui do direito às prestações os das classes seguintes, ex: para haver dependentes na classe 3 com direito ao recebimento do benefício, não pode haver dependentes na classe 1 e na 2.
 
Perda da qualidade de dependente:
 
· Para o cônjuge:
 
· Separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos.
· Anulação do casamento.
· Abandono do lar voluntariamente por mais de 5 anos ou por tempo inferior, se o tiver abandonado sem motivo justo e a ele se recuse a voltar, conforme sentença judicial.
· Assegurada a prestação de alimentos, volta o cônjuge a ser dependente.
 
· Para o companheiro ou companheira:
 
· Cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos.
· Assegurada a prestação de alimentos, o companheiro ou companheira volta a ser dependente.
 
· Para o filho e equiparado e irmão, de qualquer condição, e inválidos:
 
· Maioridade, aos que completarem 21 anos de idade, salvo se inválidos.
· Emancipação, no caso dos primeiros.
· Recuperação da higidez (saúde).
 
· Para os dependentes em geral:
 
· Cessação da invalidez.
· Falecimento.
 
· Para o menor (filho ou irmão) que for emancipado, podendo ocorrer a emancipação das seguintes formas:
 
· Maior de 16 anos, mediante instrumento público.
· Casamento.
· Exercício de emprego público efetivo.
· Colação de grau em curso de ensino superior.
· Estabelecimento civil ou comercial.
· Existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
 
Inscrição do Dependente:
 
· Quando da inscrição do segurado, o mesmo pode qualificar o dependente perante a Previdência Social e apresentar os documentos necessários para tanto.
 
· Para o segurado obrigatório a inscrição tem natureza de ato jurídico declaratório.
 
· Havendo fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente, há necessidade da comunicação ao INSS, com as provas cabíveis.
 
· Ocorrendo o falecimento do segurado, sem que tenha sido feita a inscrição do dependente, cabe a este promovê-la, observados os seguintes critérios: companheiro ou companheira, pela comprovação do vínculo; para os pais, pela comprovação de dependência econômica; irmãos, pela comprovação de dependência econômica e declaração de não-emancipação; equiparado a filho, pela comprovação de dependência econômica, prova da equiparação e declaração de que não tenha sido emancipado.

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