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Ingrid Sthephany Silva Pereira _ Mapa conceitual_3249

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Mapa Conceitual sobre Currículo
 >> Conceito e significado 
· Currículo: O que ensinar, como ensinar, por que ensinar e quando avaliar?
· O currículo é uma palavra que provém do Latin currere, que indica caminho, trajetória, um percurso a ser realizado nas relações existentes entre escola e sociedade.
· A palavra curriculum aparece pela primeira vez, conforme Hamilton (1992), no Oxiford English Dictionary no ano de 1633, em um atestado concebido a um mestre na sua graduação, na Universidade de Glasgow, Escócia.
· O estudo do Currículo foi reconhecido como uma nova área do conhecimento educativo, sob influência dos educadores americanos John Dewey, Franklin John Bobbitt e Ralph Tyler. Ambos enfatizaram a importância da organização, dos objetivos, do caráter técnico de como fazer o currículo, ficando conhecido como “teorias tradicionais ”. 
· No Brasil, essas ideias foram difundidas no ano de 1932, pelo movimento dos pioneiros da Escola Nova. Movimento esse que criticava a pedagogia tradicional e defendia a democratização e universalização do ensino.
>> Currículo e seu cenário histórico 
· Na Europa:
 - O pensamento iluminista rompeu com os modelos eruditos e literários elaborados pela igreja.
- No século XIX, as influências iluministas e positivistas do ensino dividiram o conhecimento em disciplinas e distribuiu os educandos em salas de aula com níveis hierarquizados, com objetivos classificatórios, cujos resultados poderiam ser verificados por meio de provas de rendimento acadêmico.
- O século XX foi marcado por inúmeras reações acerca deste modelo de currículo.
· Nos EUA:
- A teoria pragmatista de Dewey ofereceu um modelo de currículo que pregava o autodomínio e o autogoverno no qual o aluno deveria aprender fazendo.
· No Brasil:
 - O movimento da Escola Nova baseou- se no modelo de currículo pragmatista de Dewey. Em 1932, foi escrito e divulgado o documento que se tornou o Marco inaugural do projeto de renovação educacional. O documento é conhecido como ”Manifesto dos Pioneiros” e defendia a concretização de uma escola única, pública, laica, obrigatória é gratuita.
>> Teorias do Currículo 
· TEORIAS TRADICIONAIS
O termo currículo só começa a se tornar recorrente, após a segunda guerra. No século XIX, a tradição disciplinar humanista foi retomada por John Franklin Bobbitt, nos Estados Unidos.
O modelo humanista estava obsoleto para os propósitos da vida moderna e para as atividades laborais, assim como o latim e o grego se apresentavam supostamente inúteis para a preparação para o trabalho na vida contemporânea.
O modelo de Bobbitt era composto de objetivos, procedimentos e métodos para obtenção de resultados, os quais deveriam estar rigorosamente mensurados de modo a possibilitar sua verificação. Nesse modelo, a educação estava essencialmente voltada para a vida adulta.
· TEORIAS CRÍTICAS 
 As teorias críticas tem sido um dos mais fortes baluartes na construção teórica do currículo, pois estão ligadas a uma teoria social identificada nas ideias estruturalistas e nós ícones analíticos de classe, poder, cultura, ideologia, hegemonia e Estado.
A teoria crítica tem suas bases filosóficas iniciais contidas em Kant, Hegel e Marx que sustentam as lentes para enxergarmos os lados mais ocultos das práticas e das dinâmicas das relações implicadas nos conteúdos e no contexto escolar.
O objetivo das teorias críticas é orientação para a emancipação e a direção em busca do comportamento crítico. Suas abordagens são críticas e comprometidas com as lutas e práticas de dominação. A análise crítica nós currículos implica o questionamento do conhecimento, das relações de poder, das identidades como espaços de construção onde a produção dos discursos, refletem as desigualdades e os aspectos de contestação.
· Currículo na visão de Paulo Freire 
Paulo Freire se utilizou de conceitos humanistas ainda não usados pelas teorias críticas, como: amor, fé nós homens, esperança e humildade. Seu fico não estava em dizer como a pedagogia é, mas como ela deve ser. Sua crítica ao currículo está sintetizada no conceito de educação bancária, na qual faz alusão ao ato de depósito bancário.
Na perspectiva de Freire é a própria experiência do educando que se torna fonte primária de temas geradores para a construção dos conteúdos programáticos do currículo. 
>> Currículo e Cultura: Princípios essenciais de uma prática educativa 
A escola educa as novas gerações produzindo e reproduzindo a cultura de uma sociedade. Por meio do currículo, os alunos em diferentes situações, aprendem comportamentos e os valores que fazem parte dessa cultura. A cultura que compõe o currículo oficial define ainda um tipo de linguagem, de pensamento, de consciências e de modos de ver, viver e atuar no mundo.
Dessa forma, apontamos a estreita relação entre currículo, conteúdos e cultura, pois um currículo vai sempre comunicar, transmitir conhecimentos, competências, crenças, hábitos, valores, que constituem o que chamamos de cultura. 
A cultura expressa nos currículos posiciona nossas percepções e representações nas complexas relações estabelecidas socialmente.
>> Planejamento Curricular
No campo da educação, o planejamento é uma prática necessária. Desse modo, o planejamento é imprescindível na prática docente do currículo. Como a educação escolar é uma intervenção com intencionalidade, a organização e sistematização de ações e objetivos tornam-se imprescindíveis.
Podemos representar o planejamento em três níveis:
· Planejamento Educacional 
O planejamento educacional é algo mais amplo, pensando em ações e macros, que podemos encontrar na legislação educacional, entendendo o planejamento educacional, como: Processo contínuo que se preocupa com o para onde ir e quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto às necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto às do indivíduo.
· Planejamento Curricular 
O planejamento curricular é de nível intermediário, podemos assim definir, pois sua preocupação permeia a seleção de conteúdos e sua aprendizagem, como também as condições, aplicação e integração de conteúdos. O planejamento curricular define-se como: Uma tarefa multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários campos do conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino aprendizagem.
· O Plano de ensino, é considerado em nível micro, ou seja, está mais próximo do cotidiano escolar, variando de acordo com a prática do professor. Assim, definimos como a “ previsão das situações do professor com a classe.”
>> Currículo: Planejando a prática 
O planejamento curricular não é uma mera seleção de conteúdos, mas todo projeto de educação que se defende e acredita com a definição de “ certas teorias ou princípios pedagógicos, organizando os conteúdos e a atividade em função de certas teorias de aprendizagem humana, princípios metodológicos, previsão de determinados meios, condições do ambiente de aprendizagem etc.
A função do currículo em uma escola vai depender do modo como o mesmo foi construído, com ou sem participação dos profissionais da educação, da maneira como foi defendida sua concepção pedagógica e qual a metodologia escolhida e conteúdos selecionados que vão ao encontro dessa concepção.
Mesmo com os fatores limitantes, o professor precisa entender, em sua formação contínua, que seu papel é de planejar, pois é um profissional com competências e autonomia para isso e optar por decisões. Podemos dizer que o currículo, no seu planejamento, busca um equilíbrio entre uma educação de qualidade, o controle sobre o sistema escolar e a autonomia das escolas e dos professores.

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