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Análise de Sistema de Potência I A11 – Potência em Sistemas Trifásicos - prof Prof Robmilson 1 Orientações preliminares Foram criados links para que as atividades sejam enviadas pelo próprio BB. Nesta aula, após os estudos, também terão atividades a serem postadas. Daremos início no estudo sobre Potência em Sistemas Trifásicos. Desta forma, façamos o estudo dos principais conceitos que envolvem potência em sistemas trifásicos para na sequência prosseguirmos considerando a medição em sistemas de potência trifásica utilizando o Teorema de Blondel. 2 Potência em Sistemas Trifásicos Principais conceitos 3 Em sistemas monofásicos 4 S (VA) P (W) Q (VAr) Triângulo das Potências Em sistemas monofásicos 5 Em sistemas trifásicos 6 Em valores eficazes para sistemas trifásicos simétricos 7 S (VA) P (W) Q (VAr) Triângulo das Potências Em valores eficazes para sistemas trifásicos simétricos 8 Leitura de Potência utilizando o Wattímetro 9 Leitura de Potência utilizando Wattímetro Análise de Sistema de Potência I Prof Robmilson Princípio de funcionamento do Wattímetro Figura 1 - Instrumento Eletrodinâmico - Fonte: Medidas Elétricas - SENAI-CST 1996 11ASP I - Prof Robmilson Esquema simplificado do wattímetro Bobina de corrente Bobina de tensão Fonte Carga A B VAB I de carga: IA Figura 2 - Esquema simplificado do wattímetro. 12ASP I - Prof Robmilson Teorema de Blondel Pode-se demonstrar que em uma carga alimentada por um sistema polifásico a m fases e n fios, a potência total absorvida pela carga é obtida pela soma das leituras em n-1 wattímetros ligados de modo que cada bobina amperimétrica esteja inserida em um dos n-1 fios e as bobinas voltimétricas estejam ligadas tendo 1 ponto em comum com a amperimétrica e o outro terminal de todas elas sobre o “n-ésimo” fio. (Teorema de Blondel – 1893). 13ASP I - Prof Robmilson Teorema de Blondel (cont.) IA IC IB Z Z Z N A C B W1 W2 Figura 3 - Esquema de ligação dos wattímetros (Carga Y). 14ASP I - Prof Robmilson Teorema de Blondel (cont.) 15ASP I - Prof Robmilson Observação: O Teorema de Blondel se aplica somente à carga equilibrada. Sendo T o período das correntes e das tensões, as potências lidas em cada wattímetro valerão. 𝑊1 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑃1𝑑𝑡 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑉𝐴𝐶 . 𝐼𝐴 𝑑𝑡 𝑊2 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑃2𝑑𝑡 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑉𝐵𝐶 . 𝐼𝐵 𝑑𝑡 Como: VAC = VAN + VNC = VAN – VCN VBC = VBN + VNC = VBN – VCN Teorema de Blondel (cont.) 16ASP I - Prof Robmilson E aplicando a Lei de Kirchhoff no nó N: IN = IA + IB + IC 0 = IA + IB + IC IC = - (IA +IB) Então: 𝑊1 +𝑊2 = 1 𝑇 න 0 𝑇 (𝑉𝐴𝐶. 𝐼𝐴 + 𝑉𝐵𝐶. 𝐼𝐵) 𝑑𝑡 𝑊1 +𝑊2 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑉𝐴𝑁. 𝐼𝐴 + 𝑉𝐵𝑁. 𝐼𝐵 − 𝑉𝐶𝑁. (𝐼𝐴 + 𝐼𝐵) 𝑑𝑡 𝑊1 +𝑊2 = 1 𝑇 න 0 𝑇 𝑉𝐴𝑁. 𝐼𝐴 + 𝑉𝐵𝑁. 𝐼𝐵 + 𝑉𝐶𝑁. 𝐼𝐶 𝑑𝑡 = 𝑷 Teorema de Blondel (cont.) IA IC IB Z Z Z N A C B W1 W2 Figura 4 - Esquema de ligação dos wattímetros (Carga Y). 17ASP I - Prof Robmilson Sendo assim, considerando que cada wattímetro pode ser determinado como segue. A potência total do sistema trifásico será a somatória dos 2 wattímetros. Exemplo/exercício (aplicação) 18 Exemplo/exercício (aplicação) 19 IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Exemplo/exercício (aplicação) 20 IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Exemplo/exercício (aplicação) 21 IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Exemplo/exercício (aplicação) 22 cos ϕ = 0,6 Exemplo/exercício (aplicação) 23 Exemplo/exercício (aplicação) 24 IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Exemplo/exercício (aplicação) 25 Exemplo/exercício (aplicação) 26 IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Exemplo/exercício (aplicação) 27 Exemplo/exercício (aplicação) 28 Comparando com a potência complexa encontrada... Exercício extra para entrega em 05/05/20 (aplicação) 29 Um sistema trifásico simétrico alimenta uma carga equilibrada ligada em Y sendo a impedância de fase na carga 3 + j4 (Ω) e a tensão de linha é de 380 V – 60 Hz, sendo sequência positiva. Determine: a) IL e IF; b) cos ϕ; c) Potência complexa; d) Potência ativa pela leitura dos instrumentos (Teorema de Blondel). IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 VAB VCB Wattímetro utilizado como Varmetro (Medição de reativos) W Carga A B C Figura 5 - Ligação do wattímetro como varmetro. 30ASP I - Prof Robmilson Como está ligado, o instrumento mede: 𝑊 = 𝑅𝑒 𝑉𝐵𝐶 . 𝐼𝐴∗ , mas 𝑉𝐵𝐶 = 3 ∠30° . 𝑉𝐵𝑁 e 𝑉𝐵𝑁 = 𝑉𝐴𝑁 . [1 ∠ − 120°] 𝑠𝑒𝑞.⊕ => 𝑉𝐵𝐶 = 3 ∠30° . 1 ∠ − 120°. 𝑉𝐴𝑁 𝑉𝐵𝐶 = 3 ∠ − 90° . 𝑉𝐴𝑁 𝑊 = 𝑅𝑒 3 ∠ − 90° . 𝑉𝐴𝑁. 𝐼𝐴∗ , mas Wattímetro utilizado como Varmetro (Medição de reativos) cont. 31ASP I - Prof Robmilson 𝑉𝐴𝑁. 𝐼𝐴∗ = 𝑉. 𝐼 ∠𝜑 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑑𝑎) ∴ 𝑊 = 𝑅𝑒 3 ∠ − 90° . 𝑉. 𝐼 ∠𝜑 𝑊 = 𝑅𝑒 3 . 𝑉. 𝐼 ∠𝜑 − 90° 𝑊 = 3 𝑉. 𝐼. cos(𝜑 − 90°) , 𝑚𝑎𝑠 cos(𝜑 − 90°) = 𝑠𝑒𝑛𝜑 𝑊 = 3 . 𝑉. 𝐼. 𝑠𝑒𝑛𝜑 => 𝑊 = 3. 𝑄 => 𝑄 = 𝑊 3 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑒 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 𝑛𝑎𝑠 3 𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠: 𝑄 = 3 𝑊 3 . 3 3 => 𝑄 = 3 3.𝑊 3 => 𝑸 = 𝟑 .𝑾 Wattímetro utilizado como Varmetro (Medição de reativos) cont. W Carga A B C Figura 6 - Ligação do wattímetro como varmetro. 32ASP I - Prof Robmilson Em resumo: Informações complementares • Vale destacar que as conclusões apresentadas são válidas para seus respectivos modos de ligação dos wattímetros, bem como, para as respectivas sequências de fases adotadas. • Com procedimento análogo pode-se determinar a natureza da carga para qualquer modo de ligação e para qualquer sequência de fase. • Ver maiores detalhes em ROBBA, E. J.; SCHMIDT, H. P.; KAGAN, N.; OLIVEIRA, C. C. B. de. Introdução a Sistemas Elétricos de Potência: Componentes Simétricos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. ASP I - Prof Robmilson 33 Leitura dos wattímetros em função do fator de potência da carga, do modo de ligação e da sequência de fase. IA IB IC Z Z Z N A B C W1 W2 Figura 7 - Esquema de ligação dos wattímetros (Carga Y). Para a forma como estão ligados os instrumentos e considerando Seq. (+): 34ASP I - Prof Robmilson VAB VCB Determinação do fator de potência e a natureza da carga W1 = cos (φ+30°) e W2 = cos (φ-30°) o que permite determinar a relação entre ambos e denominá-lo de (a): a = W1/W2 = ____/____ = ____ E o cálculo do fator de potência na carga também pode ser determinado por: Logo, o ângulo de defasagem => φ = _____ Assim, para a forma como estão ligados os instrumentos e considerando Seq. (+), quando W1<W2, a natureza da carga será: INDUTIVA Além disso, considerando a figura 6 (anterior), pode-se deduzir também: Quando: a < 1 = Indutiva; a = 1 = Resistiva; a > 1 = Capacitiva. [ ] [ ] ____=Φcos=>)1+a²a.2 a+1 =Φcos - 35ASP I - Prof Robmilson Deduzindo-se das potências lidas nos wattímetros, pode-se também determinar as potências como: Variação da leitura dos instrumentos (cont.) IA IC IB Z Z Z N A C B W1 W2 Figura 8 - Esquema de ligação dos wattímetros (Carga Y). Para outra forma como estão ligados os instrumentos e considerando Seq. (+): 36ASP I - Prof Robmilson VAC VBC Determinação do fator de potência e a natureza da carga(cont.) W1 = cos (φ+30°) e W2 = cos (φ-30°) o que permite determinar a relação entre ambos e denominá-lo de (a): a = W1/W2 = ____/____ = ____ E o cálculo do fator de potência na carga também pode ser determinado por: Logo, o ângulo de defasagem => φ = _____ Assim, para a forma como estão ligados os instrumentos e considerando Seq. (+), quando W1 > W2, pode-se concluir que a natureza da carga será: INDUTIVA Além disso, considerando a figura 7 (anterior), pode-se deduzir também... Quando: a > 1 = Indutiva; a = 1 = Resistiva; a < 1 = Capacitiva. [ ] [ ] ____=Φcos=>)1+a²a.2 a+1 =Φcos - 37ASP I - Prof Robmilson Deduzindo-se das potências lidas nos wattímetros, pode-se também determinar as potências como:Exemplo de Exercício G MEDIÇÃO M1 (Y) M2 (Y aterrada) Alimentador V ∞ 1 2 3 (Y aterrada) Zalim = 1Ω/fase W2 Motor M1 10 CV Cosφ=0,8 η%=0,91 Vnom=440V Motor M2 5 CV Cosφ=0,7 η%=0,7 Vnom=440V W1 W3 A B C 38ASP I - Prof Robmilson Figura 9 – Exemplo de exercício. Introdução_e_Ex_Medição_ASPI.pdf
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