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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Fibrose Cística Dietoterapia Prof. MSc. Lucas Costa Guimarães Revisão Fisiologia Função pulmonar Ventilação x Hematose Definição DPOC Diagnóstico DPOC Estado Nutricional Fisiopatologia DPOC Exposição a fator de Risco → Inflamação Obstrução vias aéreas (hipersecreção / obstrução pequenas vias aéreas). Destruição parênquima. Anomalias vasculares pulmonares (espessamento vasos). HIPERCAPNIA COR PULMONALE HIPERTENSÃO PULMONAR Distúrbio pulmonar Alterações anatômicas nos vasos sanguíneos pulmonares e aliterações funcionais nos pulmões Resistência vascular pulmonar aumentada Hipertensão pulmonar Hipertrofia ventricular direita Insuficiência cardíaca Cor pulmonale Inflamação e DPOC Mediadores pró-inflamatórios Mecanismos contra-regulatórios → catabolismo Resistência Periférica à Insulina Resistência Hormônio do Crescimento Aumento do trabalho respiratório → ↑ metabol. Estado Nutricional DPOC: 22% a 24% de DEP → Ambulatorial 25 a 40% de DEP → Internação Desnutrição: marasmática + frequente = desnutrição crônica adaptada DEP: multifatorial < consumo > gasto energético DEP x DPOC Afetam o consumo Metabólico Perdas Nutricionais Drogas - Anorexia - <motilidade gástrica - Dispnéia - Depressão - Debilidade crônica - Palatabilidade da dieta - Déficit nutricional prévio -> trab.respiratório e cardíaco - >Temp. - >Ineficiência por hipóxia - >metabolismo - Remoção de fluidos corporais - Má absorção - Náuseas - Anorexia - Irritação gástrica - Proteólise Consequências da DEP ↓ptn, Fe → ↓ Hg → ↓ capacidade transporte O2 ↓ vit. C → ↓ colágeno → tec. Conjuntivo (suporte) ↓ Zn, Mg, P, K, vits → ↓ função muscular e imune Hipoproteinemia → edema pulmonar Atrofia s. imune → < resposta imune > dispneia, dificuldade de interromper o uso da ventilação artificial (atrofia muscular) e > suscetibilidade a infecções Respiratórias * Avaliação Nutricional Associação baixo IMC → pior prognóstico - Padrão para Adultos – OMS - Padrão para idosos - Lipschitz Considerar BIA → melhor avaliação MM Avaliar Perda de Peso Recente (PPR) Avaliação Clínica + Antropometria + Bioquímica + Imunológica Avaliação Nutricional Fatores associados a mau prognóstico: - IMC < 25 kg/m2 - Perda não intencional de peso - Redução MM Recuperação de peso → < mortalidade em pacientes dependentes de O2 domiciliar Diretrizes: Musculatura da Coxa < 70 cm Dietoterapia Objetivos nutricionais: Promover manutenção da força, massa e função muscular respiratória Satisfazer as demandas das AVDs Manter/ promover uma reserva adequada de massa corporal magra e tecido adiposo Corrigir o desequilíbrio hídrico Controlar as interações drogas e nutrientes Promover melhoria da qualidade de vida Vencer anorexia Dietoterapia Metabolismo de macronutrientes: QR: vol. CO2 produzido / vol consumido O2 Substrato oxidativo QR CHO 1,0 PTN 0,83 LIP 0,7 Dieta mista 0,7 –1,0 Lipogênese 1,01 – 1,2 POEHLMAN e NORTON, 1999 Dietoterapia Energia: “Harris- Benedict”: FI: 1,3 (estáveis) a 1,7 (x TMB, sem AF) 35 – 40 (estáveis) ou 40 - 45 Kcal / Kg /dia Pct com ventilação mecânica: 25 – 30 Kcal / Kg Monitorar glicemia e CO2 CHO: Antigamente X Atualmente 50% - 60% do VET NPT: não ultrapassar 5 mg / Kg / min Infecções concomitantes podem aumentar em até 30% o GET. * Dietoterapia PTN: 15 – 20% do VET 1,2 – 2 g / Kg de peso LIP: 25% - 30% → perfil anti-inflamatório. Dieta hiperLip → esvaziamento gástrico → dispneia - Aumento em Ventilação Mecânica (VM) Evitar excesso NaCl (> 10 g/d): retenção hídrica e interferência na respiração Vitaminas e minerais: antioxidantes * Dietoterapia Avaliar: Consistência Fracionamento Temperatura Enteral Parenteral Dietoterapia Estratégias: ANOREXIA: Ingerir primeiro alimentos + energéticos X Fibras Utilizar alimentos preferidos Fracionar a dieta Alimentos de > dens. Calórica SACIEDADE PRECOCE: Ingerir primeiro alimentos + energéticos Limitar líquidos nas refeições Dar preferência a alimentos frios Dietoterapia Estratégias: DISPNÉIA: Descansar antes das refeições Usar broncodilatadores antes das refeições Comer devagar Consistência CONSTIPAÇÃO: Aumentar ingestão de fibras* e água Utilizar alimentos laxantes Dietoterapia Excesso Energia: Retenção Hídrica Intolerância Glicose Esteatose Hepática Diarreia Produção CO2 TMB (ind. Alimento) Desequilíbrio eletrolítico Terapia Nutricional Enteral → Parenteral Enteral Precoce Glutamina ↓ morte por infecção Controle Glicêmico Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) Papel anti-inflamatório → omega-3 e borage Antioxidantes (A) Sem evidências para recomendação em DPOC Sem evidências para recomendação de n-3. * Fibrose Cística Revisão da Fisiopatologia Etiologia → CFTR Micronutrientes envolvidos Diagnóstico Sistemas acometidos Estado nutricional Estado Nutricional Associação com Classe de Mutações 1 – 3 → Insuficiência pancreática Déficit Crescimento e Desenvolvimento Avaliação Nutricional Acompanhamento → monitoramento 3m Peso Comprimento / Estatura Perímetro Cefálico Curvas OMS Relação Peso / Estatura IMC CB e DC Avaliação Ingestão: RA 3 dias Avaliação Nutricional - Bioquímica Hemograma Completo (HC) Albumina Vitaminas lipossolúveis Tempo de Protrombina (TP ou TAP) Glicemia Ureia Fe, Ca, P, Zn, Na e K Enzimas hepáticas Outros Exames: DEXA e USG Abdominal Objetivos da Terapia Nutricional Antecipar e tratar déficits nutricionais Prevenir progressão da doença Manter nutrição e crescimento adequados Objetivo: - P50 P/E aos 2 anos de idade - P50 IMC/I 2 a 20 anos - > 20 anos: M → IMC > 22 H → IMC > 23 Dietoterapia Lactentes → AME, fórmulas → enzimas (CD)? Mesmo com enzimas: 20-30% má-abs LIP: TCM LIP: 35 – 40% Maiores 2 anos e adultos: 110-200% necessidades Verão: Na → 2-4 mEq/kg/d Dietas hipercalóricas e hiperlipídicas tem efeito benéfico. * Terapia Nutricional V.O. V.O. + S.O. N.E. complementar → noturna (30-50% VET) NP → períodos curtos → Pré-Op Transplante Caso Clínico ALSC, sexo masculino, branco, 6 anos e 4 meses. Nascido a termo, de parto normal, com 2.800 gramas e 48 cm. Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida. A partir dos 2 meses começou a apresentar déficit de crescimento e vômitos, sendo que aos 6 meses seu peso foi de 3.500 gramas e estatura de 54 cm. Nesta idade foi internado com quadro de anemia acentuada e desnutrição com edema de membros inferiores, associados a tosse irritativa em acessos coqueluchóides. Encaminhado então para UTI, onde foi descartada a suspeita de mucoviscidose, uma vez que o teor de Cloretos no suor correspondeu ao limite superior da normalidade, em um teste, e que foi constatada ausência de esteatorréia. Após melhora do quadro, recebeu alta hospitalar. Admitido no Pronto Socorro com quadro respiratório grave, com abdome volumoso e distendido e tórax deformado, com baqueteamento dos dedos. Histórico de internações recorrentes por várias crises de bronquite. Mãe relata fezes com aspecto “oleoso”. Pai falecido aos 32 anos decorrente de crise respiratória fulminante, com histórico de bronquite crônica. Irmão falecido com 2 anos e 3 meses de broncopneumonia, também com histórico de bronquite crônica. Pelas crises respiratórias e face ao estado nutricional, foi instituída no hospital Terapia de Nutrição Parenteral Total, administrada por bomba de infusão em 24 horas, evoluída gradualmente até atingir a proporção de 15 g/kg/dia de Glicose (10,4 mg/kg/min); 2,0 g/kg/dia de Lipídio e 1,2 g/kg/dia de Proteínas. Na visita constatou-se criança bastante deprimida, apresentando muita secreção pulmonar, com dificuldade de expectoração. Peso Atual = 15 kg, sendo P3 para idade = 16,8 kg; Estatura Atual = 105 cm, sendo P3 paraidade = 108,7 cm; Peso para Estatura entre P5 e P10 (14,7 e 15,2 kg). Calcule a demanda calórica da dieta do paciente. Qual deve ser a TN? Qual a recomendação de macronutriente? Justifique.
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